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NUTRIÇÃO NA GESTAÇÃO Definindo a GestaçãoDefinindo a Gestação A palavra gestação : vem do latim gestatione, nome do ato de gestare, que deu origem a “gestar” = levar, trazer, carregar, conduzir. “A gestação acarreta uma série de alterações fisiológicas para o organismo materno, pois ao longo de 40 semanas, o óvulo fecundado se diferencia, desenvolve e cresce até tornar-se um lactente com cerca de 3 kg e 50 cm (Ballart, 1995; Williams,1997; Yazlle, 1998) “período de nove meses do desenvolvimento do embrião no útero, processo que se inicia na fecundação e termina no nascimento” (Dicionário Jurídico, 2001) Desde a confirmação da gravidez muda muita coisa na história da mulher.... 1º Mês3º Mês5º Mês7º Mês9º Mês Os eventos relacionados à gestação no 1°mês ... De 3 a 7 horas após a ejaculação: apenas os espermatozóides mais fortes chegam ao óvulo. Cerca de 20 horas após a ejaculação: um espermatozóide consegue penetrar no óvulo, fecundando-o. No primeiro dia após a fertilização, as células vão se multiplicando dentro do útero Os eventos relacionados à gestação no 1°mês ... 4 º dia. Estágio de divisão celular. Na quarta semana de gravidez as células ficam em um ritmo frenético dentro do útero. Com 28 dias de gestação o feto já está formado Da fecundação ao nascimento... 4 meses de gestação. Com 40 dias de gestação a placenta, cordão umbilical e o embrião é formado. 5 meses de gestação. Da fecundação ao nascimento... 7 meses de gestação. 8 meses de gestação. 6 meses de gestação. 9 meses O período gestacional é constituído por 40 semanas, sendo heterogêneo em seus aspectos fisiológicos, metabólicos e nutricionais 1°Trimestre: modificações biológicas Aspectos fisiológicos e Nutricionais na gestação 1°Trimestre: modificações biológicas devidas à intensa divisão celular e alterações hormonais; 2°e 3°Trimestre: ganho de peso adequado, ingestão de energia e nutrientes, fatores emocionais são determinantes do crescimento e desenvolvimento fetal. (Vitolo, 2009) 1. Gonadotrofina coriônica (HCG): detectada no sangue 8 dias após a fecundação, mantém níveis de progesterona e estrógeno 2. Progesterona: relaxa musculatura lisa do Principais hormônios e suas funções na gestação 2. Progesterona: relaxa musculatura lisa do útero, e do intestino = motilidade = constipação 3. Estrógeno: reduz proteínas séricas, afeta função tireoidiana, interfere no metabolismo do ácido fólico, participa da mamôgenese Principais hormônios e suas funções na gestação 4. Hormônio lactogênico placentário: antagoniza a ação da insulina, deposição de proteínas nos tecidos, inicia processo de produção do leite 5. Insulina: normal no início da gestação, gestação = estado hiperinsulinêmico final da gestação= glicose 6. Tiroxina: regula as reações oxidativas envolvidas na produção de energia Ajustes fisiológicos Maternos Fisiologia da GestaçãoFisiologia da Gestação •• AumentoAumento dada FreqüênciaFreqüência CardíacaCardíaca;; •• AumentoAumento dada VentilaçãoVentilação PulmonarPulmonar;; •• AumentoAumento dada TaxaTaxa dede FiltraçãoFiltração GlomerularGlomerular;;•• AumentoAumento dada TaxaTaxa dede FiltraçãoFiltração GlomerularGlomerular;; •• AumentoAumento dodo VolumeVolume PlasmáticoPlasmático // ÁguaÁgua CorporalCorporal;; •• AlteraçõesAlterações dede PosturaPostura ee MarchaMarcha;; •• AjustesAjustes nasnas FunçõesFunções GastrintestinalGastrintestinal ee HepáticasHepáticas;; •• AumentoAumento ee MaturaçãoMaturação dasdas GlândulaGlândula MamáriaMamária;; •• AlteraçõesAlterações MetabólicasMetabólicas ee HormonaisHormonais;; •• DesenvolvimentoDesenvolvimento dasdas EstruturasEstruturas FetaisFetais;; Ajustes fisiológicos Maternos •• aumentoaumento dede 5050%% nana expansãoexpansão dodo volumevolume plasmáticoplasmático ee 2020%% dede aumentoaumento hemoglobinahemoglobina;; •• elevaçãoelevação dosdos níveisníveis dede estrogênioestrogênio ee progesteronaprogesterona:: hiperventilaçãohiperventilação parapara suprirsuprir oo aumentoaumento dede 2020%% dasdas necessidadesnecessidades dede OO22,, desconfortodesconforto nasal,nasal, respiraçãorespiração abdominal,abdominal, respiraçãorespiração ofegante)ofegante);;nasal,nasal, respiraçãorespiração abdominal,abdominal, respiraçãorespiração ofegante)ofegante);; •• aumentoaumento dede 3030 parapara 4040%% nono débitodébito cardíacocardíaco (circulação(circulação placentáriaplacentária dede 625625mL/minuto)mL/minuto);; •• metabolismometabolismo basalbasal maiormaior emem 1515 aa 2020%%;; •• alteraçõesalterações olfativasolfativas ee gustativasgustativas:: hiperêmesehiperêmese,, náuseasnáuseas ee vômitosvômitos;; •• aumentoaumento dede pesopeso:: crescimentocrescimento dada massamassa muscularmuscular fetalfetal ee tecidotecido adiposoadiposo;; Fatores de risco na gestação Gestação de alto risco: é aquela na qual a vida da mãe e/ou feto tem maiores chances de ser atingida por complicações!complicações! Fatores de risco na gestação 1.Características individuais e condições sócio demográficas desfavoráveis;desfavoráveis; 2. História reprodutiva anterior; 3. Doença obstétrica na gravidez atual; 4. Intercorrências clínicas Características individuais e condições Características individuais e condições sóciodemográficassóciodemográficas desfavoráveisdesfavoráveis • idade menor que 17 e maior que 35 anos; • ocupação: esforço físico, carga horária, rotatividade de horário, exposição a agentes químicos, físicos, biológicos e estresse;e estresse; • situação conjugal de insegurança; • baixa escolaridade; • altura < 1,45m; • peso < que 45kg e > que 75kg; • dependente de drogas ilícitas; História reprodutiva anteriorHistória reprodutiva anterior •• morte perinatal explicada ou não, • RN com crescimento retardado, pré-termo ou mal- formado; • abortamento habitual;• abortamento habitual; • esterilidade e/ou infertilidade; • intervalo < que 2 anos e > que 5 anos; • nuliparidade ou multiparidade; • síndrome hemorrágica ou doença hipertensiva; • cirurgia uterina anterior; História reprodutiva anteriorHistória reprodutiva anterior •• desvio no crescimento uterino, n° de fetos e volume líquido amniótico; • Gestação prolongada • ganho ponderal inadequado;• ganho ponderal inadequado; • pré-eclâmpsia e/ou eclâmpsia; • amniorrexe prematura; • hemorragias na gestação; • óbito fetal; Intercorrências ClínicasIntercorrências Clínicas •• cardiopatias; • pneumopatias; • nefropatias; • endocrinopatias; • hemopatias;• hemopatias; • HAS; • epilepsia; • doenças autoimunes; • doenças infecciosas; • ginecopatias; Gestação na adolescência A gravidez na adolescência está associada à elevação do risco de baixo peso ao nascer, parto pré-termo e mortalidade infantil ... ... há incremento das necessidades nutricionais, e na gestante adolescente este aumento é ainda maior porque se superpõem as demandas referentes ao crescimento da mãe e aquelas relacionadas com o desenvolvimento do feto. Barros DC et al, 2004 Gestante > 35 anos: aborto, DHEG, DM gestacional e placenta prévia Gestante baixo peso: baixo peso ao nascer, Devemos estar atentos... Gestante baixo peso: baixo peso ao nascer, desenvolvimento fetal comprometido Gestante sobrepeso/obesidade: DHEG, DM gestacional, macrossomia e morte fetal Paridade: quanto > paridade > IMC Tabagismo: RCIU, risco de TPP e mortalidade perinatal, gestantes tabagistas tem < ingestão de energia e nutrientes, necessita de 3x mais folato e 2x mais vit. C com relação às não-fumantesÁlcool: consequências no SNC do feto, nariz, olhos e coração, retardo no crescimento e mental SÍNDROME ALCOÓLICA FETAL SÍNDROME ALCOÓLICA FETAL RN com nariz antevertido, filtro liso e lábio superior fino característicos da SAF RN com implantação baixa de orelhas, filtro liso e lábio superior fino característicos da SAF 1. Dados Pessoais (idade, planejamento, estrutura) 2. Histórico de Saúde / Gestacional (hábitos de vida) 3. Sintomas / Alterações TGI • função intestinal / náuseas e vômitos / refluxos Consulta NutricionalConsulta Nutricional refluxos 4. Exame Clínico (controle PA) 5. Avaliação Bioquímica (anemia, perfil lipídico e glicemia) 6. Prática de Atividade Física 7. Antropometria (ganho de peso satisfatório) Ganho de Peso da Gestante • Faixa: 10-15 kg ; Média: 12,5 kg • Reserva adiposa fisiológica*: 2-4kg [*GE: final da gestação, parto e lactação ] - Avaliação do Ganho de Peso - Uso do Índice de Massa Corporal como indicador do suprimento adequado de energia Categoria de IMC Pré-Gestacional Ganho de Peso Total Baixo Peso (IMC<19,8) 12,5 a 18,0 kg Normal (IMC de 19,8 a 26,0) 11,5 a 16,0 kgNormal (IMC de 19,8 a 26,0) 11,5 a 16,0 kg Sobrepeso (IMC de 26,0 a 29,0) 7,0 a 11,5 kg Obesidade (IMC>29,0) Mínimo de 6,0 kg Ganho de Peso Total Recomendado para Gestantes ADULTAS Fonte: Institute of Medicine, 1990 - Avaliação do Ganho de Peso - Uso do Índice de Massa Corporal como indicador do suprimento adequado de energia Categoria de IMC Pré-Gestacional Ganho de Peso Total Baixo Peso (IMC<19,8) 15,0 a 18,0 kg Normal (IMC de 19,8 a 26,0) 14,0 a 16,0 kg Sobrepeso (IMC de 26,0 a 29,0) 9,0 a 11,0 kgSobrepeso (IMC de 26,0 a 29,0) 9,0 a 11,0 kg Ganho de Peso Total Recomendado para Gestantes ADOLESCENTES Fonte: Institute of Medicine, 1990 Gestação na Adolescência • Dificuldades Clínicas: imaturidade fisiológica e emocional, crescimento incompleto, risco nutricional • Dificuldades Psicossociais: mudanças na perspectiva de vida da adolescente e da família Abordagem Multiprofissional nos Cuidados com a Saúde :: Outras Técnicas de Avaliação do Ganho de Peso :: Sobrepeso (S) Obesidade (O) Fonte: Atalah et al., 1997 Baixo Peso (BP) Adequado (A) Sobrepeso (S) :: Outras Técnicas de Avaliação do Ganho de Peso :: Curva de Rosso-Mardones :: Outras Técnicas de Avaliação do Ganho de Peso :: 88.. AnamneseAnamnese AlimentarAlimentar •• FracionamentoFracionamento // HoráriosHorários // ComposiçãoComposição dasdas RefeiçõesRefeições •• PreferênciasPreferências ee AversõesAversões // AlergiaAlergia ee IntolerânciasIntolerâncias •• MitosMitos ee TabusTabus AlimentaresAlimentares •• QuantidadeQuantidade ee QualidadeQualidade dosdos AlimentosAlimentos EnergiaEnergia IngestãoIngestão dede AlimentosAlimentos FontesFontes dede:: ProteínasProteínas Consulta NutricionalConsulta Nutricional ProteínasProteínas FerroFerro CálcioCálcio ZincoZinco ÁcidoÁcido FólicoFólico IodoIodo VitVit.. A,A, DD ee CC VitVit.. ComplexoComplexo BB Necessidade Estimada de Energia (Estimated Energy Requirement – EER): GastoGasto dede energiaenergia emem repousorepouso ((2424h)h) EfeitoEfeito térmicotérmico dosdos alimentosalimentos NívelNível dede AtividadeAtividade FísicaFísica TermorregulaçãoTermorregulação ++ TermorregulaçãoTermorregulação EnergiaEnergia dede DepósitoDepósito (formação(formação dede novosnovos tecidostecidos e/oue/ou produçãoprodução dodo leiteleite materno)materno) = Equação do = Equação do Gasto Total de EnergiaGasto Total de Energia ((Total Energy Expenditure –– TEETEE)) ����������� �������������� ��� ������ � ���� � ������� ������ � ���� � ������� �������� ��� ���� ������� �� �� �� � � �� �� ������ ����� �� ��� ���� �������� ��������� �������������� � ��� � ������� � � ����������� ���� � ��!� ��� ��� ��� � ���� ��!� ��� ��� ��� � ��� "# � ����� ��������$� ������� ������ �# � ����� ��������$� ������� �����"%&�'��"(&���� )# � ����� ��������$� ������� ������*�'���"(&���� ¹ Incremento de GE durante a gestação: 2°trimestre (8kcal x 20 semanas) e 3 ° trimestre (8kcal x 34 semanas) . Proteínas Durante a gestação ocorre armazenamento de aproximadamente 925 g de proteínas: 60% feto e placenta e 40% tecidos maternos • Gestantes Saudáveis: Ingestão adicional de 10g/dia – PAVB Consumo total de 60g/dia Maior 18 anos: 1,5 g/kg de peso/dia • Adolescentes: Menor 15 anos: 1,7 g/kg de peso/dia 15-18 anos: 1,5 g/kg de peso/dia •Minerais: CÁLCIOCÁLCIO • A gestação produz uma grande alteração no metabolismo do cálcio: diminuição de 5% dos níveis normais. • Ingestão satisfatória para atender as necessidades maternas, bem como para a formação das estruturas óssea e dentária do feto. • Ação Vitamina D: ação da luz solar sobre um precursor existente na pele (7- deshidrocolesterol) Requerimentos de Cálcio Estágio de Vida Idade Gestante Não Gestante DRIs: sem necessidade de ingestão adicional Adolescente: formação da massa óssea + mineralização do esqueleto fetal Adulto: prevenção de osteoporose futura Adolescente � 18 anos 1300 mg 1300 mg Adulto 19-30 anos 1000 mg 1000 mg 31-50 anos 1000 mg 1000 mg - Consumo Diária de Lácteos: 3 porções = 1 copo de leite = 1 pote de iogurte - •Minerais: FERROFERRO • O ferro é um dos nutrientes mais importante na gestação: expansão da hemoglobina circulante + crescimento do feto e placenta. • Anemia materna está associada com a prematuridade, baixo peso ao nascer e aumento da mortalidade ao nascimento. Recomendação de Ingestão de Ferro Estágio de Vida Idade Gestante Não Gestante Consumo Diário de Carnes: 2 porções = 1 fatia de carne assada = 1 filé de frango 3ºTrimestre: Suplementação Medicamentosa Adolescente � 18 anos 27 mg 15 mg Adulto 19-30 anos 27 mg 18 mg 31-50 anos 27 mg 18 mg Prevenção Anemia: reforçar o consumo de carnes e vísceras, além de hortaliças verdes-escuras e feijões juntamente com alimentos ricos em vitamina C A Questão da SuplementaçãoA Questão da Suplementação Com FerroCom Ferro •• Intervenção Terapêutica • Indicada apenas para grupos de risco nutricional • Gestantes com Hb > 11g / dL: 300 mg de sulfato ferroso (60 mg de ferro elementar) a partir da 20ª semana • Gestante Anêmica (Hb = 8g / dL e < 11g / dL): 03 drágeas de sulfato ferroso / d (180 mg de ferro elementar Exame parasitológico Repetir exame entre 30 e 60 dias Manter tratamento se Hb não atingiu 11g / dL Quando estiver normal: dose de suplementação (60m/d) Monitoramento, especialmente no último trimestre •• Gestantes com Hb inferior 8g / dL: Hematologia • Gestante com anemia megaloblástica (Hb < 11g / dL e VCM>95 fL): 1 a 5 mg/d de ácido fólico • Gestante com dieta deficiente em cálcio (<600 mg) A Questão da SuplementaçãoA Questão da Suplementação Com FerroCom Ferro • Gestante com dieta deficiente em cálcio (<600 mg) • Gestante adolescente • Gestante vegetariana • Gestação múltipla • Gestante usuária de tabaco, álcool e drogas •Avaliar necessidade da suplementação de outros nutrientes: zinco, cobre, cálcio e folato (sinais e sintomas clínicos maternos) Minerais: ZincoZinco • A importância do zinco para o crescimento fetal e a prevenção de malformações congênitas. • Durante a gestação estima-se que 100 mg de zinco sejam armazenados no feto, líquido amniótico, tecido uterino e mamário e sangue materno. Ingestão Diária de Zinco Estágio de Vida Idade Gestante Não Gestante Fontes: O conteúdo de zinco dos alimentos é muito variável, e as melhores fontes são as carnes vermelhas e os mariscos. Adolescente � 18 anos 13 mg 9,0 mg Adulto 19-30 anos 11 mg 8,0 mg 31-50 anos 11 mg 8,0 mg � Durante a gravideza concentração de zinco diminui de 20% a 30%, a partir do terceiro mês de gravidez • Vitaminas: ácidoácido fólicofólico • A placenta é rica em receptores de folato, porém no início da gestação a placenta ainda não está formada = EN e reservas nutricionais da mãe são vitais neste período. • Suplementação periconcepcional (4 semanas antes e 12 semanas após a concepção): 400 ug/d de folato sintético + folato dietético = tubo neural se formar entre o 25º e 27º dia após a concepção. Recomendação Diária de Ácido Fólico Estágio de Vida Idade Gestante Não Gestante Deficiência: descolamento de placenta, prematuridade, morte neonatal, baixo peso ao nascer, hemorragia pós-parto, atraso de maturação do SNC, anemia megaloblástica e malformação fetal: defeitos de tubo neural (DTNs) = anencefalia e a espinha bífida Adolescente � 18 anos 600 400 Adulto 19-30 anos 600 400 31-50 anos 600 400 Ac. Fólico = síntese de RNA e DNA: crescimento e desenvolvimento Considerações Gerais sobre Minerais & Vitaminas •• IodoIodo:: hormônios T3 e T4 desempenham papel importante no crescimento e desenvolvimento. Deficiência = alterações neurológicas fetal (cretinismo): obrigatoriedade da iodação do sal.. •• VitaminaVitamina AA:: manutenção dos tecidos epiteliais. Atenção: Hipovitaminose / Hipervitaminose = abortos, anormalidades congênitas parto prematuro, retardo de crescimento intrauterino, baixo peso ao nascer.crescimento intrauterino, baixo peso ao nascer. • Adolescentes: droga isotretinoína = tratamento da acne •• VitaminaVitamina CC:: nutriente importante em todas as etapas da vida, porém não existem dados conclusivos para estimar a sua importância específica na gestação. •• VitaminasVitaminas ComplexoComplexo BB:: Tiamina, Riboflavina, Vitamina B6, Niacina, e Cobalamina (B12), têm suas necessidades aumentadas entre 30 e 40% = co-fatores no metabolismo dos macronutrientes. Situações comuns na gestação e práticas alimentares 1. NÁUSEAS E VÔMITOS Freqüentes no 1° trimestre: 70% relatam náuseas e 50% vômitos; surgem na 6ª e vai até 20ª semana. Orientações nutricionais: refeições pequenas e mais freqüentes, alimentos hipogordurosos e abrandados (purês); consumo de gengibre (em bolos e biscoitos), cream-cracker no desjejum, consumo de vitamina B6 25mg 3x/dia. semana. 2. PICAMALÁCIA Ingestão de substâncias não-alimentares tais como terra, sabão, tijolo, cravo, barro de pote, gelo, cal de parede, cinza de cigarro. Situações comuns na gestação e práticas alimentares HIPÓTESE: alívio para náuseas e vômitos, suprimento de Ca e Fe Orientações: alertar quanto aos riscos tais como contaminação por substâncias tóxicas, do aporte de nutrientes saudáveis e infecções por parasitas. de cigarro. 3. PIROSE Queimação ou azia após refeições devido pressão do útero sobre estômago levando a Situações comuns na gestação e práticas alimentares Orientações nutricionais: Comer devagar, pequenas refeições, mastigar bem os alimentos e evitar estresse durante alimentação. CUIDADO COM RESTRIÇÃO DE FRUTAS CÍTRICAS! pressão do útero sobre estômago levando a > refluxo causando desconforto e queimação. 4. CONSTIPAÇÃO Causas: aumento da progesterona=relaxamento da musculatura intestinal= peristaltismo. Situações comuns na gestação e práticas alimentares Orientações nutricionais: Maior ingestão de água, ingerir verduras cruas e cozidas, cereais integrais, frutas secas, além de caminhadas leves. EVITAR LAXANTES, SALVO COM PRESCRIÇÃO MÉDICA! 5. CAFEÍNA: Possíveis efeitos adversos sobre o feto com 10 a 14 xícaras/dia (baixo peso, prematuridade, RCIU). Browne e cols (2007) não encontraram tal Situações comuns na gestação e práticas alimentares Browne e cols (2007) não encontraram tal associação. Bicalho & Filho, 2002 verificaram influência da cafeína no peso ao nascer, avaliando os 354 conceptos de baixo peso e 354 de peso normal. Consideraram a ingestão de cafeína em refrigerantes, café e chás, na qual não verificaram fator de risco associado com CIU e gestação. 6. EDULCORANTES: •Sacarina: gestantes devem restringir uso pois a placenta é permeável à sacarina, depositando-se nos tecidos fetais. •Aspartame: não há contra-indicação - níveis toleráveis de Situações comuns na gestação e práticas alimentares •Aspartame: não há contra-indicação - níveis toleráveis de fenilalanina •Acessulfamo-k e Sucralose: uso seguro •Esteviosídio: natural Recomendáveis para gestantes diabéticas para controle glicêmico! ADA, 1998 7. CHÁS NA GESTAÇÃO A Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro lançou portaria que contra-indica o uso de chás na gestação (erva-doce, espinheira-santa, cidreira, camomila e boldo). Situações comuns na gestação e práticas alimentares Há controvérsias, pois nos estudos em animais utilizou-se extratos de plantas, onde os efeitos observados foram sangramentos e relaxamento uterino. Não há evidências científicas, porém recomendá-los em níveis seguros fora do período de risco (1° trimestre). 1. GESTAÇÃO NA ADOLESCÊNCIA: Preferir alimentos-fonte de ferro, vitamina A, ácido fólico e cálcio. Evitar o consumo de alimentos de baixo valor nutricional: salgadinho, biscoitos recheados, refrigerantes e doces (provêm calorias, mas não Intervenção Nutricional nutrientes). Consumo com cautela! Recomendações diárias (ADA,2000): Energia: 38 a 50kcal/kg de peso ideal Proteínas: < 15 anos – 1,7g/kg > 15 anos – 1,5g/kg 2. BAIXO PESO Peso pré-gravídico baixo ou perda de peso durante gestação ( inapetência, volume gástrico reduzido e anemia) Orientações nutricionais: aumentar densidade energética, fracionamento em 6 vezes/dia, evitar guloseimas ao longo Intervenção Nutricional fracionamento em 6 vezes/dia, evitar guloseimas ao longo do dia, lanches ricos em carboidratos, acréscimo de óleo vegetal às refeições principais. Obs: se baixo peso for constitucional, o ganho deve ser igual ao da gestante eutrófica, se má-alimentação, orientar ganho de 500g/semana. 3. ANEMIAS 3.1 Anemia ferropriva: expansão do volume plasmático afeta níveis de Hb e Hct, importante avaliar VCM, CMH e ferritina. Pontos de corte: Hb < 11 e Hct < 33% (IOM, 1992) Intervenção Nutricional Pontos de corte: Hb < 11 e Hct < 33% (IOM, 1992) 3.2 Anemia megaloblástica: deficiência de folato ou vit. B12. Riscos: TPP e defeitos no TN Orientações nutricionais: suplementação de Fe de 60 a 120mg/dia e 1mg de folato + ingestão de fontes alimentares. 4. OBESIDADE Complicações: DM gestacional e DHEG Conduta: Controle do apetite para diminuir velocidade do ganho de peso (200 a 300g/sem)ou 36kcal/kg de peso Intervenção Nutricional ganho de peso (200 a 300g/sem)ou 36kcal/kg de peso ideal (normocalórica); na presença de complicações 25 a 30kcal/kg de peso ideal (hipocalórica) Orientações nutricionais: dieta entre 2000 e 2200kcal/dia, fracionada em 6 vezes e rica em carboidratos complexos prover glicose para o feto. 5. DM GESTACIONAL Rastreamento positivo (na 20ª semana): glicemia de jejum > 85 ou 90mg/dL, se TTOG (75g) após 2h > 140mg/dL = DM gestacional (OMS/ADA, 2001) Intervenção Nutricional Recomendações nutricionais: Energia de 30 a 35kcal/kg peso ideal, 50 a 55% de HC, 20% de PROT. e 25 a 30% de LIP., limitar monossacarídeos entre 10 a 15% do HC total, aumento do consumo de fibras, fracionamento, uso de edulcorantes. 6. DHEG HAS (PAS>140 e PAD>90) após 20ª semana gestacional sem proteinúria, podendo evoluir para pré-eclâmpsia (tontura, cefaléia, distúrbios visuais, dores abdominais, vômitos e edema de face e mãos)+ proteinúria > 300mg em Intervenção Nutricional vômitos e edema de face e mãos)+ proteinúria > 300mg em 24h. Recomendaçõesnutricionais: energia=gestante obesa ou com DM, dieta hiperprotéica de AVB e se sintomas de pré- eclâmpsia, dieta normossódica (<6g sal/dia), se HAC < 2g/dia.
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