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caso concreto 3

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SEMANA 3 
 
OBRIGAÇÕES DE DAR COISA CERTA 
 
Ana Maria, produtora rural do oeste de São Paulo, firmou com Pedro Augusto a obrigação de 
entregar dez sacas de café Catauí, tipo exportação que estavam armazenadas em seu galpão ao 
final do mês de abril. Para tanto, Pedro adiantou a quantia de R$7.000,00 (sete mil reais). Ocorre 
que antes do termo fixado, uma chuva torrencial destruiu o galpão com as sacas destinadas ao 
credor. Sem saber o que fazer, Pedro que é novo no ramo do comércio de café, procura você, seu 
(sua) sobrinho(a), estudante de Direito da Estácio de Sá e pergunta: 
a) Que tipo de negócio jurídico fizera com Ana Maria? 
Aqui trata-se de uma obrigação de dar coisa certa pois está identificada na quantidade, qualidade e 
espécie. 
b) Nesse caso, existe alguma maneira de ele reaver o prejuízo sofrido? Qual a base jurídica 
disso? 
Pode reaver de acordo com o Princípio “Res Perit Domino”, ou seja, a coisa pertence ao seu dono 
antes da tradição e em caso da coisa se perder, o dono da coisa deverá suportar os prejuízos. 
Conforme o art. 237 do Código Civil. 
Art. 237. Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus melhoramentos e 
acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento no preço; se o credor não anuir, poderá o devedor 
resolver a obrigação. 
Parágrafo único. Os frutos percebidos são do devedor, cabendo ao credor os pendentes. 
 
 
Na obrigação de dar coisa certa, 
a) se, antes da tradição, a coisa se perder sem culpa do devedor, este responderá pelo 
equivalente mais perdas e danos. 
Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da 
tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes; se a 
perda resultar de culpa do devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos. 
SEMANA 3 
A alternativa “a” misturou as definições do art. 234. Sem culpa, a obrigação se resolve; com culpa, o 
devedor responde pelo equivalente mais perdas e danos. 
b) até a ocorrência da tradição, a coisa pertence ao devedor, com seus melhoramentos, 
pelos quais poderá exigir aumento no preço. 
Art. 237. Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus melhoramentos e acrescidos, 
pelos quais poderá exigir aumento no preço; se o credor não anuir, poderá o devedor resolver a 
obrigação. 
Parágrafo único. Os frutos percebidos são do devedor, cabendo ao credor os pendentes. 
c) os acessórios não estão abrangidos por ela, salvo se o contrário resultar do título ou das 
circunstâncias do caso. 
Art. 233. A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não mencionados, salvo 
se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso. 
d) se esta se deteriorar, ao credor não é dado recebê- la no estado em que se encontra, com 
abatimento do preço. 
Art. 235. Deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, poderá o credor resolver a 
obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu. 
Art. 236. Sendo culpado o devedor, poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no 
estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em outro caso, indenização das 
perdas e danos. 
e) se, depois da tradição, a coisa se perder sem culpa do devedor, este responderá pelo 
equivalente mais perdas e danos. 
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