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caso concreto 6

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SEMANA 6 
 
OBRIGAÇÕES DE DIVISÍVEIS E 
INDIVISÍVEIS; INTRODUÇÃO ÀS 
OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS 
Antônio, Bernardo e Carlos vendem a Diego o quadro "X" de Rafael, que deverá ser entregue 
dentro de 6 meses. Foi estipulado que, em caso de inadimplemento da obrigação, deveria ser paga 
multa de R$ 90.000,00. Por ocasião do adimplemento da obrigação, Bernardo verificou que o 
quadro fora destruído juntamente com alguns objetos antigos, por descuido de Antônio. Diego 
ingressou em juízo, para pleitear seus direitos, em face de Antônio, Bernardo e Carlos para receber 
a multa de R$ 90.000,00. Os amigos devedores rebelaram-se contra isso e procuraram um 
excelente advogado, que fizera seu curso de Direito na Universidade Estácio de Sá. Pergunta-se: 
Qual a defesa apresentada por este advogado? 
Se a obrigação é indivisível em razão da natureza de sua prestação, que é indivisível por motivo 
material, legal, convencional ou judicial, enquanto perdurar a indivisibilidade, não desaparecendo a 
causa que lhe deu origem, subsistirá tal relação obrigacional. Desse modo, desaparecido o motivo 
da indivisibilidade não mais sobreviverá a obrigação. Assim, p. ex., à indivisibilidade contratual 
pode cessar se a mesma vontade que a instituiu a destruir. 
 Os devedores de uma prestação indivisível convertida no seu equivalente pecuniário passarão a 
dever, cada um deles, a sua quota-parte, pois a obrigação se torna divisível, ao se resolver em 
perdas e danos ( art. 263 do CC. ) 
 Caso haja culpa por parte de todos os devedores no caso de descumprimento da obrigação 
indivisível, TODOS responderão em partes ou fracos iguais, pela aplicação direta do princípio da 
proporcionalidade. (art. 263, § 1.º, do CC). 
ATENÇÃO: Com relação ao § 2.º do artigo 263 do CC, a questão não é tão pacífica. Veja só: 
§2.º - Se for de um só a culpa, ficarão EXONERADOS os outros, respondendo só este pelas 
perdas e danos. 
 Flavio Tartuce, Gustavo Tepedino e Anderson Schreiber, entendem que a exoneração é total, ou 
seja, as pessoas que não foram culpadas pelo perecimento do bem não vão arcar com a obrigação 
em si, e nem mesmo com as perdas e danos, visto que só recairá sobre o culpado. 
Mas a questão é controvertida, pois há quem entenda que, havendo culpa de um dos devedores na 
obrigação indivisível, aqueles que não foram culpados continuam respondendo pelo valor da 
obrigação; mas pelas perdas e danos só responde o culpado. 
 
 
SEMANA 6 
 
Álvaro Vilaça Azevedo, assim diz: 
“Entretanto, a culpa é meramente pessoal, respondendo por perdas e danos só o culpado, daí o 
preceito do art. 263, que trata da perda da indivisibilidade das obrigações deste tipo, que se 
resolvem em perdas e danos, mencionando que, se todos os devedores se houvessem por culpa, 
todos responderão em partes iguais (§1º), e que, se só um for culpado, só ele ficará responsável 
pelo prejuízo, restando dessa responsabilidade exonerados os demais, não culpados, não culpados. 
Veja-se bem! Exonerados, tão somente, das perdas e danos, não do pagamento de suas cotas” ( 
Teoria...,2004, p94). 
A DEFESA SE DARÁ COM BASE NO PRIMEIRO POSICIONAMENTO, em que o culpado deverá arcar 
com as perdas e danos e com o valor do objeto da prestação. É errôneo dizer que, aqueles que não 
tivessem culpa também arcassem com o valor do bem, até porque depois que o bem se transforma 
em perdas e danos, os codevedores deixam de ser devedor do todo para ser da sua quota-parte. O 
que os ligavam como se fosse uma “solidariedade”, se dava pelo fato de ser o objeto um bem 
indivisível, não estando este mais na relação, torna-se uma obrigação divisível. Então, cada qual 
responde por seus atos. 
FONTE: HTTP://ALINEGOIS.BLOGSPOT.COM.BR/2013/03/DIREITO-DAS-OBRIGACOES-OBRIGACAO.HTML 
 
Sobre as obrigações solidárias é correto afirmar: 
a) A solidariedade pode ser presumida em se tratando de obrigação derivada de ato ilícito. 
b) Havendo a morte de um dos devedores solidários, cada um de seus herdeiros está obrigado a 
pagar a cota que corresponder ao seu quinhão hereditário, a menos que seja indivisível a 
obrigação. 
c) O conteúdo da obrigação solidária deve ser exatamente o mesmo para todos os devedores. 
d) O pagamento feito pelo devedor a um dos credores solidários não extingue inteiramente a 
dívida, pois aqueles que não receberam o seu crédito poderão demandar o devedor comum para 
receber a sua quota parte, segundo o princípio de que “quem paga mal, paga duas vezes”.

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