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AD Teoria do Conhecimento

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Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul
Campus Virtual
	
	Atividade de Avaliação a Distância
Unidade de Aprendizagem: Teoria do Conhecimento 
Curso: Administração
Professor: Joel Irineu Lohn, MSc.
Nome do aluno: Nota 10
Data: 18/08/16
Orientações:
Procure o professor sempre que tiver dúvidas.
Entregue a atividade no prazo estipulado.
Esta atividade é obrigatória e fará parte da sua média final.
Encaminhe a atividade via Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem (EVA).
01 – Leia com atenção o trecho abaixo disponível em: http://www.g17.com.br/noticia.php?id=133 . Acesso em 22 jul 2016.
A Polícia Rodoviária Federal acabou de interditar um trecho da BR-101, nas proximidades do município de Alagoinhas, interior da Bahia. O motivo é a aparição de diversos tipos de assombrações durante a noite, provocando acidentes e causando medo e pavor aos motoristas que trafegam pelo local. 
Um caminhoneiro que trafegava no trecho assombrado acabou virando o caminhão quando avistou na estrada um burro, um cachorro, um gato e um galo, um em cima do outro. O filho do caminheiro que viajava junto com o pai, estava com uma câmera fotográfica na mão e conseguiu fazer o registro da “assombração”. 
O repórter de G17.com. br conversou com o chefe da Policia Rodoviária do local, sobre a possibilidade de reforçarem a segurança no trecho mal assombrado, mas o policial foi enfático: “Assombração ninguém segura, e nenhum policial quer ficar naquela estrada, então a solução é interditar e criar um desvio, pra segurança de todos nós”. 
Relatos de moradores de Alagoinhas (BA) afirmaram que, aqueles animais estão aparecendo na estrada para assustar os motoristas, porque foram vítimas de atropelamento há cerca de 50 anos atrás.
Considerando a reportagem acima e que você foi designado para investigar a situação supracitada, argumente como você realizaria tal investigação em conformidade com a forma do conhecimento científico. Sua resposta deve ter no mínimo 10 e no máximo 15 linhas. (3,0 pontos)
R: Conscientizar policiais da área e brincar com a temática em outdoors seria o começo da desconstrução dessa teoria de cunho popular. Não é surpresa nenhuma para qualquer conhecedor da lógica científica que, a maioria das pessoas que, supostamente, presenciou algum fenômeno sobrenatural, passou e passa por momentos emocionais de alta sensibilidade como a perda de um ente querido ou algum outro tipo de stress. Em seu livro “Mind Over Matter”, LoydAuerbach afirma que algumas reações cerebrais acabam por explicar tonturas, desmaios e mesmo a visão de vultos através da visão periférica. Além disso, o conhecimento científico nos ensina que, quando a razão não traz explicação plausível e rápida, as raízes culturais místicas comumente sugestionam uma explicação metafísica, ainda que impalpável. Considerando o local dos registros, Bahia, místico (o que comprovamos pela história e pela própria declaração dos policiais sobre o caso), a teoria de sugestionamento e a grande facilidade contemporânea de fraude em vídeos e fotos, podemos concluir que se trata de um caso baseado em crendices populares, mesmo porque a morte de animais em estradas, infelizmente, é algo comum e nem por isso são todas estradas assombradas como essa supostamente é.
(AUERBACH, Loyd, Mind Over Matter – A mente sobre a matéria, 1996, LA, 340 páginas)
02 –Nesta unidade de aprendizagem foi trabalhado o conhecimento conforme a concepção grega, moderna e contemporânea. Faça uma pesquisa na biblioteca virtual da Unisul( http://pergamum.unisul.br/pergamum/biblioteca/index.php ) e construa um texto de 20 a 40 linhas apresentando diferenças entre a perspectiva filosófica que fundamenta o conhecimento para René Descartes e o pensamento contemporâneo. (4,0 pontos)
R: Na sociedade em que Descartes viveu, filosofia e ciência não se dividiam. Ao contrário, a filosofia convergia na conclusão de que toda ciência partia de suas bases de pensamento, mesmo porque, para Descartes e sua teoria de método qualquer objeto de conhecimento que se baseasse na dúvida não era tido como conhecimento. Isto é, assim como a ciência parte de observações e comprovações metódicas, o pensamento filosófico de René define que o conhecimento não poderia ser baseado em nada que deixasse margem a dúvidas. No entanto, era partindo do questionamento e da dúvida, até de si mesmo, que a teoria de Descartes buscava o conhecimento. Em pleno século XVII, Descartes era o maior expoente do racionalismo clássico e usava a dúvida como ponto de partida rumo ao conhecimento. Em um tempo em que filosofia não era diferenciada das demais ciências, Descartes tentou encontrar um denominador comum e racional para a definição do que seria o conhecimento. Em seu método, basicamente, toda dúvida deveria existir para se buscar a resposta concreta e lógica. É fundamental lembrarmos que Descartes põe o foco sobre a busca pelo conhecimento não mais fora do sujeito, mas dentro dele. O intelecto e o próprio interior do homem passam a estar sob os holofotes investigativos para resultar no conhecimento. Segundo a teoria do filósofo, o homem é, por natureza, um ser racional e é a razão a base de todo conhecimento. Se, por exemplo, algo não foi explicado pela razão é porque não foi investigado suficientemente ao ponto de chegar à resposta. Desse modo, qualquer tipo de conhecimento com base em teorias populares inexatas, para Descartes, não configuram conhecimento. Bem como o conhecimento moderno escolástico, oriundo da herança aristotélica que nos induz a “receber” o conhecimento de fora, a sermos somente sujeitos que acolhem o conhecimento já definido como tal. A teoria moderna filosófica que embasa as linhas de formação de estudantes contemporâneos, em muito, parte do princípio de que o aluno ou sujeito é uma folha em branco na qual o mestre, detentor do conhecimento, deixará suas informações, ou seja, algum sujeito externo vai transmitir o conhecimento a outro sujeito, na contramão do que Descartes alardeava acerca de um conhecimento baseado na busca do pensar interior do sujeito para chegar ao conhecimento. Para ele, o sujeito, na busca pelo conhecimento, deveria voltar-se a si mesmo e descartar qualquer ideia preconcebida. A sociedade contemporânea, no entanto, está mergulhada em um caos de “achismos” e questionamentos metafísicos que em muito nos distanciam do conceito de Descartes acerca do conhecimento e da formação dele. Em um tempo em que as respostas são buscadas no que rodeia o sujeito, Descartes gritaria seu “Penso, logo existo” aos quatro cantos, sacudindo os sujeitos para que invertessem o olhar para dentro de si mesmos e de seus próprios pensamentos, formando conhecimento sem distorções e/ou influências de informações externas “prontas e acabadas”, somente endereçadas ao sujeito como mero receptor. Descartes e poria todas as certezas contemporâneas em xeque, questionando e duvidando para levar cada sujeito ao pensar. O duvidar, segundo Descartes leva o sujeito ao pensar, ao existir, portanto. Por outra mão, a contemporaneidade induz à supostas repostas prontas e inquestionáveis.
03 - Consciência, liberdade e responsabilidade são elementos necessários para que haja um comportamento moral. Crie uma situação hipotética no campo da pesquisa científica e demonstre como esses elementos podem ser aplicados.
Responda através de um texto de 15 a 30 linhas. Para responder utilize o livro didático da disciplina e também a biblioteca virtual da UNISUL. (3,0 pontos)
R:Uma vez que o sujeito tem consciência sobre os fatos, tem a liberdade, ou seja, autonomia para escolher seus atos, ainda que eles sejam baseados no seu conceito de moral. A moralidade, sendo, então relativa a cada sujeito, não o exime da responsabilidade pela escolha, pelo livre-arbítrio exercido conscientemente. Suponhamos, por exemplo, a seguinte situação: A lei de trânsito brasileira proíbe a ingestão de álcool em caso de uso da direção veicular, ou seja, se bebeu, não pode dirigir a chamada lei seca. É sabido por 10entre 10 motoristas, ainda que oriundos de lugares mais remotos, que isso é lei. Consciente disso, se um motorista bebe e decide dirigir assim mesmo consciente de sua liberdade de escolha, acaba por atropelar e matar um transeunteem sua rota de passagem. A lei é clara e exata responsabilizando-o legal e moralmente por seu ato, tanto que o classifica como homicídio culposo, quer dizer, o motorista embriagado que escolheu dirigir e acaba por matar alguém por seu desempenho questionável ao volante, assume a culpa pela sua escolha de dirigir em condições inadequadas. A ciência comprova por A +B que a menor ingestão de bebida alcoólica pode resultar na diminuição de reflexos, percepção e, portanto, menor capacidade de direção, ainda que a moral individual do motorista lhe garanta que a “força de seu braço e habilidade” pode garantir uma direção segura para si e para outrem. Segundo o código penal, homicídio significa a extinção de uma vida. A culpa do ato se dá pela definição moral e instituída no Art. 121, § 3o do Código Penal: “[...] configura-se com a produção de um resultado em decorrência de uma conduta humana voluntária imprudente, negligente ou imperita. De tal sorte, havendo uma conduta humana consciente e voluntária, destinada à uma finalidade qualquer que não seja o resultado incriminado (caso contrário estaríamos falando em dolo), mas que em sua realização, por negligência, imprudência ou imperícia acabe por dar causa ao resultado, estaremos diante de uma conduta culposa.” Assim, a consciência dos fatos, dá a todo sujeito a autonomia de escolher o que pensa ser, moralmente, o melhor o que não o exime da responsabilidade de suas decisões. Como podemos comprovar pela definição de Vasquez (1996, p. 91): “… Atos propriamente morais são aqueles nos quais podemos atribuir ao agente uma responsabilidade não só pelo que se propôs a fazer, mas também pelos resultados ou consequências [sic] da sua ação.”.
 ROSA, EMANUEL MOTTA DA, Homicídio culposo na direção de veículo automotor e a Lei 12971/14
 Disponível em: www.jusbrasil.com.br
Pesquisado em: 18/08/2016
VÁZQUEZ, A, S. Ética. 16. ed. Trad. João Dell’ Anna.Rio de janeiro: Civilização brasileira, 1996. p. 91.

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