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Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul
Campus Virtual
	
	Avaliação a Distância 
Unidade de Aprendizagem: Estudos Socioculturais
Curso: Administração
Professor: Carlos Euclides Marques
Nome do estudante: Nota 9,0
Data: 26/05/16
Orientações:
Procure o professor sempre que tiver dúvidas.
Entregue a atividade no prazo estipulado.
Esta atividade é obrigatória e fará parte da sua média final.
Encaminhe a atividade via Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem (EVA).
Ao contrário de sociedades de outrora, nas quais havia uma doutrina do Bem supremo dominante, que, na maioria das vezes, servia como forma para definir estruturas políticas e éticas que conduziam a sociedade, nossa sociedade contemporânea é marcada por aquilo que alguns pensadores contemporâneos chamam de pluralismos nas formas de vida. Trazendo alguns dos aspectos que estudamos em nossos Tópicos de estudo, elabore uma dissertação sobre o que é uma sociedade justa mediante este pluralismo nas formas de vida. 
Sua dissertação deve ter de 45 a 90 linhas.
Para facilitar, siga o seguinte roteiro:
Elabore um parágrafo de introdução, situando seu leitor quanto à temática a ser abordada, à linha de raciocínio e às fontes tomadas para a elaboração da reflexão;
Posteriormente, em pelo menos dois ou três parágrafos, desenvolva seu raciocínio, concatenando elementos do artigo, os conteúdos solicitados e as teses estudadas;
Por fim, elabore um parágrafo de fechamento (conclusão). 
É importante que seu escrito demonstre a leitura de alguns textos dos nossos Tópicos de estudo e/ou do material sugerido nesta atividade. Desta forma, é importante que você traga determinadas teorias para dialogar com sua argumentação.
Você pode, também, alargar sua bagagem, corroborando seus argumentos com outras fontes e/ou dados estatísticos. Para tanto, sugerimos alguns vídeos e um texto para você pensar certos aspectos ligados aos debates contemporâneos no campo da Ética e da Filosofia Política, que trazem, direta ou indiretamente, o tema de uma sociedade justa:
John Rawls e o renascimento do liberalismo - Luiz Bernardo Araújo. Eis um vídeo da série Balanço do século XX - Paradigmas do século XXI, agora sobre as ideias de John Rawls, disponível em https://www.youtube.com/watch?v=Zz4YxPetGLA (acessado em 05/04/2016);
O Drama Burguês - Gerd Bornheim e Marilena Chauí (Completo). Um episódio da série Ética, baseada no livro homônimo, editado pela Companhia das Letras;
O que é política. A primeira palestra do curso de Ciência Política da ECA/USP de 2013, ministrado pelo professor Clóvis de Barros Filho;
O sentido da política e Hannah Arendt, artigo de Ana Paula Rrpolês Torres, disponível em http://www.scielo.br/pdf/trans/v30n2/a15v30n2.pdf (acessado em 05/04/2016)
Não se esqueça dos dados bibliográficos ao final do texto e das marcas de referenciação ao longo de seu escrito, respeitando as normas da ABNT (ver o manual Trabalhos acadêmicos na Unisul).
Pluralismo em xeque
A sociedade de outrora, desde seus primórdios, tem algo comum à sociedade hodierna: a diferença. Muitas gerações, por certo, “engessaram” muitas diferenças, no entanto, o mundo contemporâneo não esconde sua diversidade e sequer deseja fazê-lo. Mesmo entre os indivíduos que se imaginam semelhantes, há diferenças gritantes, porém, ainda maior é o grito de uma sociedade que não sabe lidar, ou ainda caminha a passos de recém-nascido para isso, com essa amálgama diversa que vivenciamos, atualmente. Imaginando compreender mais profundamente a origem dessa resistência ao diverso, a ideia conceitual sobre e as propostas para uma readequação social acerca disso, buscamos em Chiavenato (2005), Marconi (1985), Dallari (2014) e Oliveira e Rodrigues(2004) embasamento.
De acordo com Marconi (1985, p.127), o termo cultura é bastante amplo, embora se origine em colere, cultivar, instruir, cultus, cultivo, instrução, afinal, são várias as áreas do saber humano que se apropriam dessa definição. Vale, entretanto, salientar que o termo extrapola uma definição tão simplista. Chiavenato (2005, p.112) define cultura da seguinte forma:
[...] a cultura é um padrão de assuntos básicos compartilhados que um grupo aprendeu como maneira de resolver seus problemas de adaptações externas e integração interna, e que funciona bem a ponto de ser considerado válido e desfavorável para ser transmitido aos novos membros como a maneira correta de perceber, pensar e sentir em relação aqueles problemas. (CHIAVENATO, 2005)[Como você já deu os dados no início do enunciado que marca a referenciação, não é preciso repetir.]
Dessa forma compreende-se, cultura como algo tão natural a um grupo específico que se torna única segundo aquele ponto de vista. A visão diversa de outro grupo parece “inatural” e nem sempre recebe o respeito necessário. Em uma cultura moderna tão pluralista é incoerente perceber, ainda, receio e desrespeito com o diverso. Mesmo porque a diversidade, para, Chiavenato (2005, p.164) significa transformar e recriar valores para garantir manifestações culturais de várias origens e cores. Enquanto isso Oliveira e Rodrigues (2004, p. 3834) citam Thomas ao referir acerca da diversidade:
A diversidade inclui todos, não é algo que seja definido por raça ou gênero. Estende-se à idade, história pessoal e corporativa, formação educacional, função e personalidade. Inclui estilo de vida, preferência sexual, origem geográfica [...] (THOMAS APUD OLIVEIRA E RODRIGUES, 2004, p. 3834)
A evolução humana, infelizmente nem sempre parece relacionada ao respeito ao diverso, como, então acontece a convivência justa entre o que gosta e o que não gosta, entre o que é e o que não é, entre o que foi e o que será, entre X e Y? A constituição brasileira em 1988 declara em seu capítulo 5, antes mesmo dos dispostos fundamentais:
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia [sic] Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. Disponível em: http://www.planalto.gov.br 
Nosso documento básico legislativo brasileiro, no entanto, muito deixa a desejar no tocante a própria lei proposta em seu artigo acima citado. Tão grande é sua incoerência que inúmeras emendas tentam retificar palavras, expressões e equívocos que afrontam a pluralidade cultural no 5º parágrafo defendida. O ativismo social e a conscientização de uma sociedade não mais passiva esbarram na hipocrisia de conceitos e preconceitos enraizados em muitos indivíduos incapazes de se abrir ao recriado, ao diverso e ao desconhecido. Chiavenato (2005, p. 165) nos fala exatamente dessa difícil modificação cultural, “A cultura é difícil de mudar principalmente em nível mais profundo, com valores e pressuposições básicas. O multiculturalismo significa a existência de muitos e diferentes elementos [...]”.
Em um contexto, infelizmente, resistente ao diverso, muitas são as tentativas de garantir a básica igualdade de tratamento aos indivíduos. Prova disso é a declaração dos direitos humanos universais promulgada pela ONU, em dezembro de 1948, após a 2ª grande guerra mundial que mostrou a face mais terrível a intolerância à diversidade. Entretanto, há que se ressaltar, que em muito estão afastadas a teoria e a prática acerca desse documento e outros tantos que objetivam diminuir, ao menos, a diferença contundente entre raças, credos, gêneros e escolhas pessoais de vida. Ainda que se defenda de muitas formas o relativismo cultural, não raro as manchetes jornalísticas nos trazem notícias que mais parecem oriundas do período paleolítico dahumanidade, expressão talvez exagerada, mas certeira ao definir tantas transgressões de atitude sociais hodiernas que em muito se afastam da teoria básica de respeito ao diverso e simplesmente respeito ao outro.
Dessa forma, consta-nos que somente manifestações populares a favor das minorias de qualquer natureza, sozinhas, não modificarão esse quadro. Uma forma, talvez, mais eficaz de lutar pela convivência justa de diversas culturas deve pautar-se na política que é, fundamentalmente, o meio mais organizado e legítimo de fazer valer direitos e deveres individuais dos cidadãos. Cabe, ainda, registrar a inexorável necessidade de um constante, contínuo e insistente trabalho educacional da sociedade como um todo para que assimilem novos olhares ainda que senão pela força da lei, mas pela força da luta perene pelo estado laico tão alardeado em nosso e em tantos outros países. Uma convivência justa entre os diferentes – que de tão diferentes acabam por ser iguais – depende de ações legais e atitudes humanitárias hoje, amanhã, amanhã e sempre, pois o modificar social e cultural caminham de mãos dadas com a evolução social e o tempo cronológico, imperdoavelmente mutantes.
Referências
CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos novos tempos. 2 ed. S/L: campos[Inicial maiúscula], 2005.
Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em: http://www.planalto.gov.br . Acesso em: 25 Mai 2016
DALLARI, Dalmo de Abreu. Direitos Humanos e Cidadania. São Paulo: Moderna, 2004.
MARCONI, Marina de Andrade & PRESOTTO, Zélia Maria Neves. Antropologia: uma introdução. São Paulo: Atlas, 1985.
OLIVEIRA, Ualison Rébula de; Rodriguez, MARTIUS Vicente Rodriguez y. Gestão da diversidade: além de responsabilidade social, uma estratégia competitiva. XXIVEncontro Nac. de Eng. de Produção[Neste caso o destaque é para o títulodo evento.] - Florianópolis, SC, Brasil, 03 a 05 de nov de 2004.
Vejo que você soube aproveitar bem a oportunidade dada.
Nota final: 9,0
Parabéns!
CEM

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