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Faculdade Dom Bosco de Psicologia Curso de Graduação em Psicologia Períodos: 7º Manhã Disciplina: Psicologia e Instituição Prof. Dr Jorge Sesarino Fevereiro de 2014 Ementa Conceito de instituição. A história do movimento institucionalista. Modelos institucionais. Objetivos Compreender o binômio instituinte-instituído para delimitar o conceito de instituição; Analisar as diferentes perspectivas teóricas que tratam o conceito de instituição; Identificar os principais modelos institucionais historicamente produzidos. O que são Instituções? Formas de organizações sociais, mecanismos sociais que controlam o funcionamento da sociedade e dos indivíduos. São de interesse social porque refletem experiências quantitativas e qualitativas do processo civilizador. É impossível viver sem o outro, sem a inter-dependência que obriga a viver em sociedade, formando grupos, compartilhando valores e criando objetivos comuns. O que são instituições? Como elas surgem? Os seres humanos as criam, visando à diminuição do estado de desamparo, inerente à condição humana. As instituições sociais tem função fundamental no processo de socialização, seu objetivo é possibilitar que o indivíduo torne-se membro da sociedade. Instituição são regras que regem uma sociedade ou entidade para atingir determinado objetivo. Portanto, a instituição é um fenômeno da linguagem, é um dito, uma Lei, uma inter-dição, uma proibição do impossível. Instituições são organizações ou mecanismos sociais que controlam o funcionamento da sociedade e dos indivíduos: o que ser, como ser e para quem ser; o que dizer, como dizer e a quem dizer; o que fazer, como fazer e a quem fazer; o que esperar, como esperar e de quem esperar. Instituições são produtos do interesse social que refletem as experiências quantitativas e qualitativas dos processos socio-econômicos. São organizadas sob a forma de regras e normas, visam à ordenação das interações entre os indivíduos e entre estes e suas respectivas formas organizacionais. As instituições são responsáveis pela organização das interações sociais, analisam sua evolução e desenvolvem métodos que visam a satisfação das necessidades sociais. Diferença entre Grupo Social e Instituição Social: Os grupos sociais se referem a individuo com objetivos comuns, envolvidos num processo de interação mais ou menos continuo. As instituições sociais se referem a regras e procedimentos dos diversos grupos. Exemplo: O pai, a mãe e os filhos formam um grupo primário; as regras e os procedimentos que regulamentam essa relação fazem parte da instituição familiar. Alguns exemplos de instituições: Políticas, incluem os órgãos e os partidos políticos. Religiosas, possuem nomes de acordo com a religião, como igrejas, templos, sinagogas, mesquitas, centros espíritas, etc.. Educacionais, são as escolas, as creches, as universidades, etc.. Científicas, como Capes, Cnpq… Culturais, como os museus, teatros… São também considerados instituições: O casamento, A linguagem, A influência social. As creches surgiram no Brasil em 1870, a partir da necessidade das mães pobres de trabalhar para auxiliar na renda da família, mas que não tinham com quem deixar seus filhos, que devido a pouca idade, não poderiam ser enviados à escola. As meninas eram educadas para se tornarem professoras e mães, dentro do método da puericultura: conjunto de meios para assegurar o perfeito desenvolvimento físico, moral e mental da criança. 19 Duas das diversas correntes incluídas no Movimento Institucionalista: a Análise Institucional ou Socioanálise e a Sociopsicanálise. Os movimentos institucionais visam a lógica da diferença. Buscam desencadear rupturas objetivas e subjetivas em modos coagulados de experiências institucionais, contrapondo à alienação a autonomia e a expressão da alteridade. Segundo Baremblitt (1992), p.27). Instituições são instâncias de saber que permitem a todo tempo recompor as relações sociais, organizar espaços e recortar limites. A despeito de sua forma virtual, imaginária e simbólica, não estão desvinculadas da prática social. Cada sociedade, segundo o modelo infraestrutural a que obedece, cria um tipo de instituição, que será mantida e sustentada em todos os níveis, do Estado à família, Igreja, escola, relações de trabalho, sistema jurídico, etc. Para a Psicologia Social e a Sociopsicanálise, tributária da Psicanálise, a cultura é um esforço humano para lançar pontes sobre o abismo. Produz-se a partir da falta, buscando, pela linguagem, organizar o seu mundo. Esse trabalho de criação e metamorfose lingüística ocorreu com a sexualidade humana, que é regida pela pulsão. A pulsão não tem objeto fixo, como os instintos. Seus objetos pulsionais têm de ser “encontrados”. O objetivo da pulsão é suprimir o estado de tensão que reina na fonte pulsional, o inconsciente. A pulsão não traz, em si mesma, uma harmoniosa garantia de ordem. Para que o desejo possa servir à espécie humana e ao esforço civilizatório, ele precisa ser recalcado, isso é, institucionalizado. A trama dialética entre instituinte, instituído e institucionalização, faz com que ela seja realidade inacabada, projeto em construção. O instituinte não resulta em instituído. É relação de forças permanente, que comporta tanto o poder como as singularidades de resistência e produção de novos sentidos.
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