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Anotações da aula de direito civil OAB XXI Exame CERS

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Direito Civil
FAMÍLIAS
Regime de Bens:
Eficácia Patrimonial: 
- Trata-se do estatuto patrimonial do casamento, o qual se inicia com o matrimônio, regido pelos princípios: liberdade de escolha e variedade, e mutabilidade.
Liberdade de Escolha e Variedade:
- Regra Geral: os nubentes são livres para a escolha do regime de bens. 
- Exceção: Art. 1641, CC.
Pacto Antenupcial – art. 1653, CC: é um contrato que é feito antes do casamento, solene que somente poderá ser feito por escritura pública, sob pena de nulidade absoluta, cujo objetivo é regular o casamento.
- só produzirá seus efeitos no momento do seu casamento.
- Art. 1654, CC: o menor de 16 anos pode fazer um pacto, mas dependerá de aprovação do seu representante legal.
- Variedade: no exercício da sua liberdade e autonomia, você criar através de regimes já pré-existentes no CC, criando assim regimes híbridos.
- Art. 1640, CC: Regime da comunhão parcial de bens – regime supletivo/regra geral.
Mutabilidade – art. 1639, §2º, CC: 
“Art. 1.639. É lícito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular, quanto aos seus bens, o que lhes aprouver. 
§ 1º O regime de bens entre os cônjuges começa a vigorar desde a data do casamento.
§ 2º É admissível alteração do regime de bens, mediante autorização judicial em pedido motivado de ambos os cônjuges, apurada a procedência das razões invocadas e ressalvados os direitos de terceiros.”
- O CC, no §2º do art. 1639, permite a mudança do regime de bens, sendo necessário: 
Pedido conjunto e motivado de ambos os cônjuges;
Procedimento de jurisdição voluntária (não pode haver lide);
O juízo competente é o juízo de família;
Não pode vim a prejudicar terceiros. Por isso devem publicar editais.
- Mudanças:
O procedimento é judicial;
Intervenção do Ministério Público;
Art. 734, § 1, CPC: Ao receber a petição inicial, o juiz determinará a intimação do Ministério Público e a publicação de edital que divulgue a pretendida alteração de bens, somente podendo decidir depois de decorrido o prazo de 30 (trinta) dias da publicação do edital.
 Espécies de Regime de Bens:
Comunhão Parcial de bens:
O que não entra (não comunica) na comunhão parcial:
Art. 1.659. Excluem-se da comunhão: 
I - os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância do casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar; II - os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges em sub-rogação dos bens particulares; III - as obrigações anteriores ao casamento; IV - as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em proveito do casal; V - os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão; VI - os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge; VII - as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes. 
O que entra (comunicam – aquestos) na comunhão parcial:
Art. 1.660. Entram na comunhão: 
I - os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que só em nome de um dos cônjuges; II - os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de trabalho ou despesa anterior; III - os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de ambos os cônjuges; IV - as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge; V - os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge, percebidos na constância do casamento, ou pendentes ao tempo de cessar a comunhão.
- Art. 1.662, CC – PRESUNÇÃO RELATIVA “JURIS TANTUM”: No regime da comunhão parcial, presumem-se adquiridos na constância do casamento os bens móveis, quando não se provar que o foram em data anterior.
 Outorga ou vênia conjugal:
- É uma hipótese de Legitimação/autorização/capacidade negocial ou privada. 
- São situações em que por conta do casamento, mesmo que o sujeito tenha uma capacidade jurídica geral ou plena, para que ele pratique um determinado ato da vida civil, ele precisará da autorização do cônjuge. 
- 2 Tipos de Outorga:
Uxória: conferida pela Esposa;
Marital: conferido pelo Esposo;
“Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta (neste a total liberdade):
I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;
II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos (tem que formar o litisconsórcio);
III - prestar fiança ou aval (esse último é novidade do NCC);
IV - fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam integrar futura meação. 
Parágrafo único. São válidas as doações nupciais feitas aos filhos quando casarem ou estabelecerem economia separada.”
- Na união estável não é possível ter a outorga, pois não há uma formalidade na maioria das vezes em que as pessoas passam a ter esse tipo de relacionamento. Dependendo do caso, se houver uma escritura pública registrada em cartório competente, haverá sim a outorga. STJ.
- Pode abrir mão da outorga conjugal?
Sim, por conta do regime de bens:
Separação Absoluta -
*A separação obrigatória precisa da outorga conjugal, pois de acordo com a súmula 377 do STF, por que de acordo com o STF os bens adquiridos na constância do casamento se comunicam.
Participação Final dos Aquestos – quando o pacto nupcial for liberado a outorga para a venda de bens particulares.
“Art. 1.656. No pacto antenupcial, que adotar o regime de participação final nos aquestos, poder-se-á convencionar a livre disposição dos bens imóveis, desde que particulares (dispensa da outorga uxória).”
- Negativa? 
“Art. 1.648. Cabe ao juiz, nos casos do artigo antecedente, suprir a outorga, quando um dos cônjuges a denegue sem motivo justo, ou lhe seja impossível concedê-la.”
- E se o cônjuge não conceder a outorga? 
“Art. 1.649. A falta de autorização, não suprida pelo juiz, quando necessária (art. 1.647), tornará anulável o ato praticado, podendo o outro cônjuge pleitear-lhe a anulação, até dois anos depois de terminada a sociedade conjugal. Parágrafo único: A aprovação torna válido o ato, desde que feita por instrumento público, ou particular, autenticado.”
- A ausência da outorga na FIANÇA gerará anulação segundo a Sumula 332, STJ.
- Há atos que podem ser praticados, no casamento, de forma independente? 
Art. 1.642. Qualquer que seja o regime de bens, tanto o marido quanto a mulher podem livremente: I - praticar todos os atos de disposição e de administração necessários ao desempenho de sua profissão, com as limitações estabelecidas no inciso I do art. 1.647; II - administrar os bens próprios; III - desobrigar ou reivindicar os imóveis que tenham sido gravados ou alienados sem o seu consentimento ou sem suprimento judicial; IV - demandar a rescisão dos contratos de fiança e doação, ou a invalidação do aval, realizados pelo outro cônjuge com infração do disposto nos incisos III e IV do art. 1.647; V - reivindicar os bens comuns, móveis ou imóveis, doados ou transferidos pelo outro cônjuge ao concubino, desde que provado que os bens não foram adquiridos pelo esforço comum destes, se o casal estiver separado de fato por mais de cinco anos; VI - praticar todos os atos que não lhes forem vedados expressamente. 
Art. 1.643. Podem os cônjuges, independentemente de autorização um do outro: I - comprar, ainda a crédito, as coisas necessárias à economia doméstica; II - obter, por empréstimo, as quantias que a aquisição dessas coisas possa exigir. 
Art. 1.644. As dívidas contraídas para os fins do artigo antecedente obrigam solidariamente ambos os cônjuges.
União Estável
Conceito: É a união pública contínua e duradoura, entre homem e mulher, desimpedido de se casar ou separados, com animus de constituir família.
Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família.
- Necessário prazo mínimo? NÃO
- Precisa morar junto? S. 382. A vida em comum sob mesmo teto (more uxório), não é indispensável à caracterizaçãoda união estável. 
- Ter filhos? NÃO
- Pessoas casadas podem ter união estável com outra pessoa? Não, desde que separadas de fato.
- Não se aplica as causas suspensivas do casamento à união estável – art. 1523, CC.
- Como distinguir do namoro? STJ (REsp 474.962/SP): tem que haver intenção de constituir família (mero passatempo ou namoro).
- Cabe união estável entre pessoas do mesmo sexo? ADPF 132 / RJ - RIO DE JANEIRO.
- A união estável homoafetiva é uma entidade familiar, e a ela por analogia aplicam-se as regras da união estável.
Deveres Pessoais:
Art. 1.724. As relações pessoais entre os companheiros obedecerão aos deveres de lealdade, respeito e assistência, e de guarda, sustento e educação dos filhos.
 
Eficácia Patrimonial: 
Art. 1.725. Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros (contrato de convivência), aplica-se às relações patrimoniais, no que couber, o regime da comunhão parcial de bens.
* Se os companheiros não quiserem ter como o regime a comunhão parcial de bens, terão que fazer um ‘contrato de convivência’ por escrito, não exigindo assim a forma pública, elegendo assim o regime escolhido.
Concubinato: 
Art. 1.727. As relações não eventuais (habituais) entre o homem e a mulher, impedidos de casar, constituem concubinato. 
- Segundo o STF, quais os efeitos do concubinato? 
Súmula 380 do Supremo Tribunal Federal (STF): “Comprovada a existência de sociedade de fato entre os concubinos, é cabível a sua dissolução judicial, com a partilha do patrimônio adquirido pelo esforço comum.” 
- Atualmente, ainda, nega o STJ direito a indenização por serviços prestados. Veja-se:

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