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Anotações da aula de direito civil PARTE GERAL OAB XXI Exame CERS

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Direito Civil – XXI CERS
Parte Geral
Pessoa Física ou Natural:
- O que é a personalidade jurídica? 
É a aptidão genérica para titularizar direitos e contrair deveres na ordem civil.
- Quem tem Personalidade Jurídica – é chamado de sujeitos de direito – Pessoa física e a pessoa jurídica;
- Personalidade é um atributo (uma qualidade) inerente a pessoa;
- Os animais não são dotados de direitos da personalidade jurídica no direito brasileiro; Se enquadrando no conceito de bens móveis, que se movem por conta própria doutrinariamente chamados de ser movente (art. 82, CC).
Pessoa Física, Natural ou de Existência Visível:
- É aquele ente dotado de estrutura, dotado de complexidade biopsicológica. Pode ser criado de forma natural ou artificial;
- Quando é que a pessoa jurídica vai adquirir a sua personalidade?
Art. 2º do CC – será iniciada do nascimento com vida;
- Nascer com Vida? Significa RESPIRAR.
- Não precisa para aquisição de personalidade jurídica TER PRAZO MÍNIMO DE VIDA.
- Não precisa ser UMA VIDA VIÁVEL.
- Não precisa CORTAR O CORDÃO UMBILICAL;
- O Registro de nascimento, é um documento meramente declaratório, porque declara comprovado pelo documento da D.N.V (DECLARAÇÃO DE NASCIDO VIVO), com efeito EX TUNC (Retroativo).
a.1) Quem é NASCITURO? 
Aquele não nascido, não concebido e dotado de vida uterina.
- Lei Seca:
Art. 2º, CC: a lei Poe a salvo, desde a concepção os direitos do nascituro.
- Doutrina:
Personalidade Jurídica: 
Formal: é adquirida desde a concepção, diz respeito a direitos de conteúdos extra patrimoniais. Ex: direito à vida.
Material: Fica sob condição suspensiva (Aguardando o nascimento com vida), e diz respeito a direitos patrimoniais. Ex: propriedade.
- Direitos do Nascituro: 
a) Art. 542, CC - pode receber doação (ficando sob condição suspensiva aguardando o nascimento com vida para a transferência da propriedade);
b) Art. 1798, CC – pode receber herança;
c) Tem direito à vida;
 Capacidade: é a medida jurídica da personalidade, dividindo-se em capacidade de direito, jurídica ou de gozo; e capacidade de fato, exercício ou atividade.
De direito (de gozo): Art. 1º, CC, é capacidade de direitos e deveres na ordem civil (Toda pessoa sem EXECEÇÃO);
De Fato (exercício): consiste na capacidade de pessoalmente praticar atos da vida civil, de forma autônoma.
- direito + fato = Capacidade Jurídica Geral ou Plena: maior poder de alta determinação conferido pelo direito privado;
- Mesmo dotado de Capacidade Jurídica Geral ou Plena, a lei lhe exigirá uma Legitimação em algumas situações;
- Legitimação: capacidade negocial ou privada;
Ex: Vênia ou Outorga Conjugal – são situações nas quais por conta do casamento, ainda que o sujeito tenha uma capacidade jurídica geral ou plena para a prática para aquele determinado ato da vida civil, ele vai precisar da autorização do cônjuge. Os atos estão listados nos incisos do art. 1647, CC. Esposa: uxória. Marido: Marital.
- Exceções: Por conta do Regime de bens do casamento, não se exigirá a vênia ou outorga conjugal:
Art. 1647, caput, CC: Regime de Separação Absoluta/Voluntária/Total;
Art. 1656, CC: Regime de Participação final nos aquestos, desde que o pacto ante nupcial libere a outorga para a venda de bens imóveis particulares;
* Se uma pessoa casada na comunhão parcial de bens, e antes de se casar adquiriu um imóvel, e ao se casar deseja vender, TERÁ QUE PEDIR A OUTORGA CONJUGAL, pois, o bem gerou frutos e benfeitorias NA CONSTÂNCIA DO CASAMENTO, comunicando (Art. 1660, IV e V, CC).
- Se houver NEGATIVA do cônjuge?
Art. 1648, CC: somente se for de justo motivo ou seja impossível concedê-la, o juiz irá suprir a outorga. Ação de Suprimento Judicial.
- Se não houver a outorga?
Art. 1649, CC: será um ATO ANULÁVEL, podendo o outro cônjuge requerer a anulação em ATÉ 2 ANOS APÓS A SEPARAÇÃO.
§ú: a convalidação por instrumento público, ou particular AUTENTICADO.
* Na Súmula 332 do STJ que fala sobre FIANÇA, implicando na INEFICÁCIA TOTAL DA GARANTIA;
Despesas contraídas para a 
manutenção do lar
, 
não
 precisam de prévia 
autorização
, e a responsabilidade é SOLIDÁRIA, não importando o 
regime de bens
.
- Art. 1643, CC 
- Art. 1644, CC 
b.2) Teoria das Incapacidades:
- De fato (de exercício ou atividade): É a capacidade de exercer pessoalmente os atos da vida civil; Nem toda pessoa tem a capacidade DE FATO;
De forma Absoluta (Art. 3º CC): “São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 anos”.
*Só o absolutamente incapaz é representado para atos da vida civil.
*Se o absolutamente incapaz praticar um ato sozinho, o ato é NULO – art. 166. CC.
*Não corre prescrição e decadência contra absolutamente incapaz.
* O Absolutamente incapaz ele é REPRESENTADO;
De forma Relativa (4º CC): 
“São incapazes, relativamente a certos atos, ou a maneira de exercê-los:
I – Os maiores de 16 anos e os menores de 18 anos;
II – Os ébrios habituais, os viciados em tóxicos;
III – aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;
IV – os pródigos;”
*O Relativamente incapaz ele é ASSISTIDO;
*Não há no Brasil uma idade que automaticamente se tornará INCAPAZ;
- Na Regra Geral: incapacidade findará junto com o seu fato gerador;
- A Idade Senil (idosos) não significa incapacidade.
Na Dúvida?
‘RIA’ para os lados
:
RIA 
– RELATIVAMENTE INCAPAZ É 
ASSISTIDO
AIR
 – ABOSLUTAMENTE INCAPAZ É 
REPRESENTADO
Cessação da Incapacidade: com a causa que a originou.
Com o final de sua causa objetiva de Maioridade;
Com o final de sua causa subjetiva Revisão do processo de interdição
Emancipação
Emancipação: É antecipar a capacidade plena.
- Ato irrevogável e irretratável;
- Podendo ser de 3 maneiras: Art. 5º §ú, CC
Voluntário:
- Ainda que o menor esteja unilateralmente sob a guarda de um dos genitores, a emancipação voluntária exigirá a participação do outro genitor, pois a guarda não põe fim no poder familiar.
- um dele na falta do outro: quando morre, quando está em coma...
- Se houver conflito na decisão dos pais, a decisão caberá ao juiz, Art. 1641, CC – princípio da proteção integral do menor;
- O menor com pelo menos 16 anos completos;
- Através de escritura pública, independente de homologação judicial;
- A Emancipação Voluntária, não será capaz de exonerar a responsabilidade civil dos pais; Enunciado 41 do CJF, onde responderam solidariamente com o menor. “41 – Art. 928: a única hipótese em que poderá haver responsabilidade solidária do menor de 18 anos com seus pais é ter sido emancipado nos termos do art. 5º, parágrafo único, inc. I, do novo Código Civil.”
Judicial: Art. 5º, 1º parte do §ú, CC:
- é aquela conferida pelo tutor ao pupilo tutelado, que tem ao menos 16 anos completo através de processo judicial após parecer do ministério público.
Legal: Art. 5º, §ú, II e SS, CC
- Se dará quando houver algumas divergências com a incapacidade;
- Casamento;
- Exercício do emprego público efetivo;
- Colação de grau em ensino superior;
- O estabelecimento civil ou comercial, ou a existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha própria.
Extinção da Pessoa Natural ou Física:
- Se dá com a MORTE:
Real: Quando cessam as funções cerebrais da pessoa. Art. 3° da lei 9434/97. Quando há corpo. Havendo atestado de óbito. 
Ficta ou Presumida:
- Sem declaração de ausência 7º, CC. §ú O juiz tem que esperar encerra as buscas e as averiguações e após o juiz irá declarar a provável data de óbito em SENTENÇA do processo de justificativa do óbito, fixando a provável data de falecimento.
- Com declaração de ausência 22, CC: Não há corpo, tendo que o juiz declarar o óbito.
Procedimento de Ausência:
1º Fase: Da curadoria dos bens do ausente
2º Fase: Da sucessão provisória
3º Fase: Da sucessão definitiva
- art. 22, CC alguém dará a notíciaao juiz.
- art. 25, CC o juiz nomeará um curador (que vai ser responsável por administrar os bens do ausente). Rol de preferência.
- art. 26 e 23, CC o prazo é de 1 ano, mas vai para 3 anos se este tiver procurador ou representante que aceite o mister.
- Ultrapassado o prazo um dos legitimados do art. 27, CC, vai requisitar a conversão da curadoria de bens em sucessão provisória.
- art. 28, § 1º, CC se ninguém do art. 27, CC pedir o MP irá requerer.
Sendo sucessão provisória:
- art. 31, CC aquele que recebe o patrimônio não poderá vendê-la.
- art. 30, CC aquele que recebe o patrimônio terá que dar garantia para se imitirem na posse. 
- terá que resguardar 50% dos frutos do patrimônio do ausente.
Exceção: Os descendentes, os ascendentes e os cônjuges, estão liberados da guarda dos frutos.
- A sucessão provisória dura 10 anos.
- Art. 38, CC;
*Se o ausente voltar na 2º fase:
- o curador devolverá os bens no modo como o ausente deixou (Se houver depreciação acima da média o ausente poderá receber o reembolso na caução); 
- 50% dos frutos art. 33, CC; Se a ausência for voluntária PERDERÁ O DIREITO AOS FRUTOS;
* Se o ausente voltar na 3º fase:
- Terá direito ao patrimônio no estado em se encontra, ou aquilo que se sub-rogou no lugar;
*Se o ausente voltar A MAIS DE 10 ANOS da Sucessão Definitiva, o AUSENTE não terá direito a nada.
- A ausência põe fim ao casamento (art. 1571, CC);
Comoriência: Art. 8º, CC
- Mesma ocasião? Não necessariamente estarem no mesmo acidente, mas tem que estar provado que morreram ‘no mesmo instante’.
Pessoa Jurídica:
- Conceito: é a soma de esforços humanos (corporação) ou a destinação de um patrimônio (fundação) constituída na forma da lei, objetivando uma finalidade lícita e obediente a função social.
- Art. 45, CC: a aquisição da personalidade jurídica começa com o seu registro (que será constitutivo com efeitos ex nunc);
- Em alguns casos excepcionais, antes do registro se faz necessário a autorização ou aprovação do Poder Executivo, e daí sua averbação com o registro, sob pena de sua INEXISTÊNCIA.
- Art. 17, CF: além do registro jurídico tem que ter um registro específico da classe, EX: políticos;
Princípio da Separação, Independência ou Autonomia:
- A pessoa jurídica em relação a pessoa física, ela passa a ser autônoma em relação aos seus integrantes, Art. 46, V e 1052, CC;
- A desconsideração é uma medida excepcional e episódica, através da qual o patrimônio dos integrantes de uma determinada pessoa jurídica, passará a ser atingido por dívidas da respectiva pessoa jurídica.
- A ideia de Separação, Independência ou Autonomia é relativa porque excepcionalmente é possível que a pessoa física responda por dívida da pessoa jurídica, e vice e versa.
- Requisitos: Art. 50, CC
Pedido Expresso: 
- a requerimento da parte ou
- a requerimento do Ministério público, quando couber intervir no feito;
 +
 
Abuso da Personalidade: - Desvio de finalidade ou
 - Confusão patrimonial;
- não seria possível a desconsideração por ofício, porque a lei exige um pedido EXPRESSO;
- A doutrina no art. 50, CC adota uma Teoria Maior e Objetiva:
Maior: porque o código civil exige um número maior de requisitos do que os demais diplomas;
Objetiva: por o legislador civilista não exigirá nem CULPA nem DOLO;
- Há normas especiais que adotam a Teoria Menor, porque adotam apenas 1 requisito para desconsiderar – que a pessoas jurídica seja de alguma forma seja obstáculo no ressarcimento de valores. 
a) CDC – art. 28, §5º;
b) CTN – art. 135;
c) Lei dos crimes contra o ambiente (Lei 9.605/98) – art. 4º;
d) Lei antitruste (Lei 8.884/94) – art. 18;
 - No novo CPC a partir do art. 133 e seguintes fala-se sobre a desconsideração da personalidade jurídica INDIRETA OU INVERSA: Aquela que sai da Pessoa Jurídica para atingir a Pessoa Física;
Classificação das Pessoas Jurídicas:
Quanto à atividade executada:
a.1) Direito Público: São aquelas previstas em Lei. Que podem ser:
Interno: Poder Público Constituído – Art. 41, CC;
Externo: submetidas ao direito internacional público – Art. 42, CC;
a.2) Direito Privado: Todas as demais não previstas em Lei;
- Tanto a Fundação ou Associação podem ser de Direito Público ou Privado;
- As Organizações Religiosas são privadas porque o Estado é: Leigo, Laico e não confessional;
- Os Partidos Políticos são privados porque no Brasil nós vivemos o sistema de Pluripartidarismo Democrático, sendo assim o Estado não pode impedir a criação de novos partidos políticos, podendo criar requisitos para que se tenha assegurada uma legitimidade do partido;
Quanto a Estrutura:
b.1) Corporações: Somas de esforços humanos (seu elemento central é a pessoa). Que se dividem em:
1 - Sociedades: É a união de pessoas, organizadas em regra através de um contrato social e que objetivam a partilha de lucros ao final do exercício financeiro. Que se subdividem em:
Simples: Art. 966, §ú, CC 
- Objetiva a prestação de Serviços; 
- Será registrada no Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas;
Empresárias: Art. 966, CC 
- Objetiva a prestação de Empresas;
- Será registrada no Registro Público de Empresas (Juntas Comerciais);
2 - Associações: União de associados organizados através de um estatuto e com uma finalidade ideal (finalidade não econômica) – art. 53, CC.
- O lucro da associação não pode ser repartido entre os associados, ele deve ser reinvestido na finalidade da associação;
- Art. 55, CC;
- Art. 57, CC: 
b.2) Fundações: É a destinação de um patrimônio livre e desembaraçado pra uma determinada finalidade.
- Criação da Fundação – art. 62, CC:
1 - Escritura Pública:
- Terá efeitos ‘Inter-vivos’;
- É irretratável Art. 64, CC;
2 - Testamento
- Terá efeitos ‘mortis-causa’;
- É revogável;
- Art. 63, CC: Se o patrimônio destinado não for suficiente, e de outro modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação que se proponha a fim igual ou semelhante.
- Art. 62, § ú: o rol é TAXATIVO;
- Alteração do Estatuto:
Art. 67, CC: *III – Aprovação pelo Min. Público, que terá um prazo de no máximo 45 dias, se a caso denegar ou não o fizer, poderá requerer o suprimento no Judiciário.
- O fiscal das Fundações é o Min. Estadual da onde está situada; 
Direitos da Personalidade:
- Garantias fundamentais deferidas a pessoa, para que ela tenha o pleno exercício de sua personalidade jurídica.
Características: art. 11, CC
São intransmissíveis, Irrenunciáveis e indisponíveis, cabendo exceção em casos previstos em lei; são imprescritíveis (a ausência do seu exercício não gerará a perda); 
- A pretensão a Reparação Civil tem uma prescrição de 03 anos;
*Lesados Indiretos (Lesão Reflexa ou Ricochete): Há uma tentativa de se lesionar a personalidade do morto, e por conta dessa tentativa acaba-se por atingir a personalidade de alguém que estar vivo.
- Art. 12 §ú, CC: Regra Geral – Cônjuges, Parentes em linha reta e Colaterais até o 4º Grau;
- Art. 20, §ú, CC: Regra Específica – Lesão a personalidade do morto, em relação à imagem – Cônjuges, Parentes em linha reta;
Classificação no Código Civil:
Pilar da Integridade Física: - Corpo Vivo; - Corpo Morto; - Autonomia do Paciente;
- Art. 13, CC (Corpo Vivo): a ‘exigência médica’ de acordo com o enunciado seis do CJF pode ser: física ou psíquica.
- Art. 14, CC (Corpo Morto): Transplante de órgãos NA FORMA GRATUITA com finalidade científica ou altruísta, que pode ser revogado a qualquer tempo;
- Art. 15, CC (Autonomia do Paciente ou Livre consentimento informado): Na regra geral o ‘Consentimento Informado’ o médico terá o dever de informar todas as possibilidades e riscos, e o paciente através da informação do médico irá ou não consentir COM LIBERDADE; E em situações de emergências a doutrina majoritária diz que há a DISPENSA desse ‘Livre consentimento informado’.
Pilar da Integridade Psíquicaou Moral: - Imagem; - Privacidade; - Nome;
- Imagem: - Retrato: é a fotografia (pôster); - Atributo: qualitativo social (caráter); - Voz: timbre sonoro identificador;
- Art. 5º, V e X, CF;
- Art. 20, CC: ‘Autorizadas’ expressa ou tacitamente; ‘ou se necessárias à administração da justiça ou á manutenção da ordem pública’ não precisará de autorização, em caso de ser por força de lei;
- Se a imagem for usada para fins comerciais, deverá ter a autorização, se não tiver terá o ‘dano moral puro ou Ire Ipsa’ que é aquele dano que se configura pela própria conduta + súmula 403 STJ; podendo ser POSITIVA ou NEGATIVA;
* Rol Exemplificativo: - Lei Anti Bullyng (13.185/15);
* Lei 13188/15 Lei de Direito de Resposta: Esta lei traz a possibilidade do ofendido pleitear EXTRAJUDICIALMENTE perante o veículo ofensor aquele que lesou sua personalidade, caso o veículo não dê a lei já traz a forma procedimental para ser ajuizado posteriormente;
- Privacidade (Vida privada):
- Art. 5ª, XII da CF;
- Art. 21, CC: A vida privada segundo o código civil é uma ‘cláusula pétrea’ dos direitos da personalidade. 
- Nome: é a etiqueta social 
Pré-nome: Roberto;
Sobrenome/Patronímico/Apelido de Família: Tolentino;
Agnome: Junior - serve para evitar a homonímia dentro da mesma família (Jr, Filho, Neto...)
- Art. 17, CC: Responsabilidade Civil Objetiva;
- Art. 18, CC: o lesado pode pleitear a tutela específica para a paralisação, e o dano moral puro ou ire Ipsa decorrente do dano da simples exposição, pouco importando se a propaganda é POSITIVA OU NEGATIVA; Mesmo se a pessoa for pública DEVE HAVER A AUTORIZAÇÃO;
- Art. 19, CC: deve ser utilizado para atividades LÍCITAS; Art. 57 da lei 6015/73, diz que poderá ser acrescido ao nome;
- É possível a alteração do nome? O nome se submete a uma imutabilidade RELATIVA na regra geral. 
Exceções: 
Hipóteses Legais: Casamento ou divórcio; Adoção; Proteção a Testemunha; até um ano APÓS a maioridade civil; aquisição de nacionalidade brasileira; 
Hipóteses Jurisprudenciais: Cirurgia de Transgenitalização, o STJ diz que uma vez realizada a cirurgia será possível a alteração do registro de nascimento, tanto no que diz respeito ao NOME tanto ao GÊNERO. E no Registro não haverá nenhuma pré anotação de efeito discriminatório.
Direito da Personalidade Jurídica:
- Art. 52, CC: ‘naquilo que couber’ nome, honra...
- Súmula 227, STJ: 
Negócio Jurídico:
- Manifestação da vontade humana objetivando criar, modificar, conservar ou extinguir relações jurídicas;
Ex: Contratos e Testamentos;
Validade do Negócio Jurídico:
- Validade, é um juízo de adequação, pertinência no ordenamento jurídico brasileiro;
- No art. 104, CC, diz de forma PREPODERANTE os requisitos da validade do negócio jurídico; 
- II: lícito é possibilidade jurídica; possível diz respeito a possibilidade material; determinado (Gênero + Quantidade + Qualidade) ou determinável (Gênero + Quantidade) dependendo do nível de individualização do objeto;
- III: forma prescrita ou não defesa em lei (proibida): A regra geral do negócio jurídico é a LIBERDADE, de qualquer maneira ou forma; 
*Em Regra Específica, a lei impõe uma forma determinada no art. 108, CC – os imóveis de valor superior a 30x o maior salário mínimo vigente no país será feito por ESCRITURA PÚBLICA; E se não o fizer o negócio ser NULO ABSOLUTAMENTE.
*Na promessa de compra e venda terá todos os requistos do contrato principal à EXCEÇÃO DA FORMA, que é de forma LIVRE.
Consentimento Válido:
- É aquele que é livre e desembaraçado, porque é desprovido de qualquer tipo de pressão, não há erro, não há dolo, não há estado de lesão... O cidadão de livre e espontânea vontade consentiu. Poderá ser externado de qualquer maneira: escrito público, escrito particular, verbalmente...
- Seria possível consentir através do SILÊNCIO no Direito brasileiro? 
Regra Geral: o silencio é desprovido de efeito jurídico.
Exceção: Art. 111, CC = Requisitos: a) O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, b) e não for necessária a declaração de vontade expressa.
Ex: 539, CC;
Teoria das Invalidades/Nulidades:
a) Nulidade Absoluta:
- Hipóteses: Art. 167 e 166, CC
- Características: 
1. O ato nulo atinge interesse público superior; 
2. Pode ser arguida pelas partes, por terceiro interessado, pelo Ministério Público, quando lhe couber intervir, ou, até mesmo, pronunciada de ofício pelo Juiz ex ofício;
3. Não admite confirmação (ratificação, convalidação ou saneamento), mas pode ser convertido - 169/170, CC
4. A ação declaratória de nulidade é decidida por sentença de natureza declaratória de efeitos “ex tunc”;
5. A nulidade, segundo o novo Código Civil, pode ser reconhecida a qualquer tempo, não se sujeitando a prazo prescricional (imprescritível) ou decadencial, mas para que seja reconhecida em instâncias superiores, a matéria tem que ser antes pré-questionada.
# Atenção: apesar de o juiz poder reconhecer ex ofício a nulidade, ele não tem permissão para supri La, ainda que a requerimento da parte (art. 168 p.u, CC/02).
# Atenção: mesmo para conhecer o tem de ofício, é necessário ao juiz conferir contraditório. 
- Art. 10, CPC; 
b) Relativas/Anulabilidades:
- Hipóteses: 
Art. 171. Além dos casos expressamente declara- dos na lei, é anulável o negócio jurídico: I - por incapacidade relativa do agente; II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.
*Incapacidade Relativa gera nulidade relativa, incapacidade absoluta gera incapacidade absoluta.
Defeitos ou vícios do negócio:
- 
Consentimento ou Vontade
 = Erro, dolo, Coerção, lesão, Estado de perigo – 
NULIDADE RELATIVA
;
- 
Sociais
 = 
Fraude contra Credores – 
NULIDADE RELATIVA
; 
Simulação – 
NULIDADE ABSOLUTA
.
- 
Características:
1.
 O ato anulável 
atinge interesses particulares
, legalmente tutelados (por isso a gravidade não é tão relevante quanto na hipótese de nulidade); 
2.
 Somente pode ser arguida pelos 
legítimos interessados
;
3.
 Admite confirmação 
expressa ou tácita
 (ratificação
, saneamento ou convalidação
)
 – Art. 72, CC
;
4.
 A anulabilidade somente pode ser arguida, pela via judicial, em 
prazos decadenciais
 de 
4
 (regra geral) ou 2 (regra supletiva) anos, salvo norma específica sem sentido contrário (art. 178 e 179).
- art. 496: o negócio é anulável;
Defeitos do Negócio Jurídico:
- Quando a hipóteses nas quais o negócio jurídico está inquinado de algum vício subjetivo (no consentimento) ou objetivo (Social, para a sociedade). Podendo ser:
Vícios de Consentimento (de vontade)
Vícios Sociais
a.1) Coação Moral (art. 151 a 155, CC):
- Trata-se de coação psicológica. Na coação relativa o negócio pode ser anulável, desde que verificados os seguintes requisitos: 
A coação deve ser a causa do ato; 
Gravidade: A coação deve imputar ao coagido um verdadeiro temor de dano sério; 
Injusta (ilícita, contrária ao direito e abusiva); ameaça do exercício normal do direito não é coação, idem temor reverencial. 
Iminência ou Atualidade: A coação deve ser atual ou iminente (é para afastar a coação impossível); 
A coação deve constituir ameaça de prejuízo à pessoa ou bens da vítima, ou à pessoas da sua família.
- a análise dos requisitos acima se leva em consideração as circunstâncias subjetivas da vítima. Art. 152 do CC: ‘No apreciar a coação, ter-se-ão em conta o sexo, a idade, a condição, a saúde, o temperamento do paciente e todas as demais circunstâncias que possam influir na gravidade dela. ’
- Coação exercida por terceiros:
Art. 154. Vicia o negócio jurídico a coação exercida por terceiro, se dela tivesse ou deves- se ter conhecimento a parte a que aproveite, e esta responderá solidariamente com aque- le por perdas e danos. 
Art. 155, CC – Subsistirá o negócio jurídico, se a coação decorrer de terceiro, sem que a parte a que aproveite dela tivesse oudevesse ter conhecimento; mas o autor da coação responderá por todas as perdas e danos que houver causado ao coacto.
a.2) Lesão (Art. 157, CC):
- Está relacionada a uma concepção de justiça contratual e equidade nas relações negociais. Possui o fito de coibir o abuso de poder econômico ou uma posição privilegiada.
- Requisitos da Lesão:
Objetivo: manifesta desproporção entre as prestações estabelecidas no negócio jurídico. Há de ser verificada no momento do nascimento do negócio.
Subjetivo: Premente necessidade ou inexperiência de uma das partes. 
- Presente os requisitos o negócio poderá ter a sua:
Revisão – art. 157, §2º, CC – ‘doutrina prefere’;
Anulação – art. 171 e 178, CC – no prazo decadencial de 4 anos;
a.3) Estado de Perigo – art. 156, CC:
- É a aplicação do estado de necessidade aos defeitos dos negócios jurídico.
- Consequência jurídica segundo o CC, será a anulação do ato – art. 171 e 178, CC;
b.1) Fraude Contra Credores:
- A Fraude contra Credores consiste num vício social decorrente da prática de atos de disposição patrimonial pelo devedor com o objetivo de esvaziar o seu patrimônio e gerar insolvência em face dos seus credores. Para configuração da mesma se faz necessária a presença de três requisitos:
a) Anterioridade do Crédito: só pode fraudar o que existe.
b) ‘Eventus Damni’ - Dano ao credor: A insolvência que gerará dano ao credor.
c) Consilium Fraudis – Má-fé – art. 158 a 164, CC: 
Gratuito: presume-se a má-fé
Doação
Remissão (Perdão)
- Se estiver diante de uma Fraude contra Credores, que posteriormente ingressará com uma Ação Pauliana, objetivando a Anulação do negócio e essa ação se submeterá ao prazo decadencial de 04 anos – art. 171 e 178, CC.
b.2) Simulação:
- Trata-se de uma declaração enganosa de vontade, visando a produzir efeito diverso do daquele indicado pelo negócio. Perceba-se que não há vício na declaração da vontade, assim como ocorre na fraude contra credores. O objetivo é prejudicar terceiros ou descumprir a lei.
Classificação – art. 167, CC:
Absoluta:
- Nulidade Absoluta;
- é celebrado um negócio jurídico destinado a não produzir nenhum efeito, com o único intento de lesar alguém.
 
Relativa (ou dissimulação):
- é um ato complexo, envolvendo dois atos: primeiro ato (simulado), cujo objetivo é esconder o ato dissimulado que é proibido por lei.
- o ato simulado é NULO!
- os efeitos da dissimulação serão analisados;
b3) Reserva Mental – art. 110, CC:
- Quando um agente mantém escondida a intenção de não cumprir a finalidade do negócio. Não têm consequências para o direito. Acaso a reserva mental seja conhecida pela outra parte (havendo simulação absoluta), o negócio será nulo.

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