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Flexibilização & Globalização Daniela Maria Cartoni(1)

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73 
Revista de Direito 
Vol. XI, Nº. 13, Ano 2008 
Daniela Maria Cartoni 
Faculdades de Valinhos 
daniela_cartoni@yahoo.com.br 
Katiusca Lorenzetti 
Universidade Presbiteriana Mackenzie 
katiuscalorenzetti@ig.com.br 
A FLEXIBILIZAÇÃO NO DIREITO DO 
TRABALHO E A GLOBALIZAÇÃO 
RESUMO 
O final do século XX marcou um novo contexto nas relações de 
trabalho, caracterizado pela adoção de políticas neoliberais, acir-
ramento da concorrência mundial e o agravamento do desempre-
go estrutural potencializado pelo desenvolvimento tecnológico e 
novas técnicas de organização do trabalho. Tais fatores agravaram 
o problema social do desemprego e da heterogeneidade das rela-
ções trabalhistas no Brasil. Nesse contexto, a flexibilização da legis-
lação trabalhista passou a ser defendida como hipótese para ate-
nuar a precarização do mercado de trabalho. Tal acepção parte do 
pressuposto de que a debilidade das relações empregatícias deve-
se à rigidez das leis trabalhistas que geraria custos extraordinários 
às empresas, tanto na contratação como demissão de funcionários. 
Este trabalho demonstra que a flexibilização indiscriminada das 
regras laborais apenas potencializa a transferência, aos trabalha-
dores, de uma parte significativa dos riscos inerentes à atividade 
empresarial, sem efetivar qualquer função social na redução das 
taxas de desemprego ou do trabalho informal. 
Palavras-Chave: Direito do trabalho, desenvolvimento econômico e 
social, flexibilização e desregulamentação. 
ABSTRACT 
At the end of the 20th century, there was a new context in the la-
bor relationships, characterized by neoliberal politics, the techno-
logical development and new work organization techniques. By 
setting those factors, it was worsened both social concerns: struc-
tural unemployment and heterogeneity of the labor relationships. 
Therefore, references to labor laws flexibilization hypothesis be-
came defended by authors who believe that precarious labor rela-
tionship is due to the fact that sticky labor laws would generate 
extra costs to the enterprises, be in the recruiting, and be in the 
employees' dismissal. This article seeks to demonstrate that the 
indiscriminate flexibilization of the works rules just transfer to the 
laborers the responsibility of an expressive part of the inherent 
risks of business activity. In this point of view, flexibilization does 
not bring any social function in the decrease of unemployment 
rates, as well as of the informal work. 
Keywords: Labor rights, economical and social development, flexibiliza-
tion and deregulation 
 
Anhanguera Educacional S.A. 
Correspondência/Contato 
Alameda Maria Tereza, 2000 
Valinhos, São Paulo 
CEP. 13.278-181 
rc.ipade@unianhanguera.edu.br 
Coordenação 
Instituto de Pesquisas Aplicadas e 
Desenvolvimento Educacional - IPADE 
Artigo Original 
Recebido em: 22/04/2008 
Avaliado em: 04/07/2008 
Publicação: 11 de agosto de 2008 
A flexibilização no Direito do Trabalho e a globalização 
Revista de Direito • Vol. XI, Nº. 13, Ano 2008 • p. 73-86 
74 
1. INTRODUÇÃO 
As recentes mudanças ocorridas no âmbito da organização produtiva, desenvolvimen-
to tecnológico e orientação política para a proteção do trabalho atribuíram papel desta-
cado ao tema flexibilização no debate sobre desenvolvimento econômico e justiça soci-
al. 
A flexibilização, por alguns tratada como desregulamentação, passa a figurar 
nos debate acadêmico relacionado ao Direito do Trabalho em face dos impactos provo-
cados pela crise econômica e crescimento dos indicadores relacionados ao desemprego. 
Todavia, o processo de ajustamento do Direito do Trabalho às atuais realidades da 
chamada sociedade pós-industrial deve ser analisado à luz de um debate de cunho teó-
rico jurídico sem excluir a regra da norma mais favorável, derivada do princípio prote-
tor. 
Segundo a teoria que defende a flexibilização, a mudança do ordenamento ju-
rídico trabalhista brasileiro está desenhada na própria Constituição Federal de 1988, 
que, em seu artigo 7º prevê a possibilidade da modificação de salários e da jornada por 
meio da negociação coletiva. Tem-se, de um lado, o conjunto de normas e princípios 
limitadores do poder do capital e, de outro, o intuito de superar a crise econômica pela 
adaptação das normas já existentes pela negociação coletiva. O Estado seria um agente 
direcionador dos atores sociais a uma solução benéfica. 
Este debate, suscitado pelas mudanças econômicas, tecnológicas e culturais 
que colocam em pauta a própria função do direito do trabalho, envolve profissionais 
de diferentes áreas do conhecimento que discutem até que ponto a debilidade das rela-
ções empregatícias deve-se ao fato de que a rigidez das leis trabalhistas gerar custos 
extraordinários às empresas, tanto na contratação, como na demissão de funcionários. 
O presente trabalho busca compreender os limites da flexibilização das regras 
laborais como uma forma de apenas transferir, aos trabalhadores, uma parte significa-
tiva dos riscos inerentes à atividade empresarial. Sob essa ótica, a flexibilização consis-
tiria tão somente em isenção unilateral das responsabilidades do empregador sobre o 
vínculo empregatício, sem efetivamente qualquer função social na redução das taxas 
de desemprego, bem como do trabalho informal. 
Daniela Maria Cartoni, Katiusca Lorenzetti 
Revista de Direito • Vol. XI, Nº. 13, Ano 2008 • p. 73-86 
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2. O DEBATE SOBRE FLEXIBILIZAÇÃO E O DIREITO DO TRABALHO 
A flexibilização do Direito do Trabalho é o processo de adaptação de normas trabalhis-
tas à realidade cambiante. Conforme Barros Júnior (2002, p. 44): 
[...] do ponto de vista psicológico e sociológico, flexibilização consiste na capaci-
dade da renúncia a determinados costumes e de adaptação a novas circunstân-
cias. Do ponto de vista jurídico, a flexibilização deve ser analisada em confronto 
com certos princípios imbuídos de alguma rigidez. 
A principal problemática da flexibilização encontra-se no conflito entre o 
princípio protecionista e a liberdade de gestão empresarial. De acordo com o primeiro 
princípio, o Estado tem uma função social e o Direito do Trabalho um papel de prote-
ção do empregado; já o segundo prega uma maior liberdade, por meio de leis mínimas, 
acabando por transformar a flexibilização em sinônimo de desregulamentação. 
Para a doutrina liberal, o Estado se afasta por completo, dando margem à li-
berdade. A justificativa encontra-se na eficácia e competitividade do processo econô-
mico para preservação do lucro, próprio do regime capitalista. Aqui, o mercado encar-
rega-se de regular as relações entre empregado e empregador, mediante a abolição de 
qualquer lei protecionista, por meio da desregulamentação. 
Nesse sentido, é necessário distinguir os fenômenos da flexibilização normati-
va e da desregulamentação. Segundo Crepaldi (2004, p. 23): 
[...] flexibilizar significa causar transformações nas regras existentes, atenuando a 
influência do Estado, diminuindo o custo social da mão-de-obra, mitigando cer-
tas regras que não ofendem a dignidade do ser humano, mas velando por stan-
dart mininum indispensável, mediante patente desigualdade existente entre em-
pregadores e trabalhadores. 
Observa-se, portanto, um entendimento para a doutrina de que a desregula-
mentação seria a retirada de normas protetoras do trabalho no ordenamento jurídico, 
enquanto a flexibilização refere-se à adaptação dos direitos trabalhistas conquistados, 
mantendo sempre um mínimo fundamental. 
Às duas visões diferentes sobre o tema, uma referente ao valor trabalho e a 
outra ao valor econômico, acrescenta-se uma concepção intermediária, pela qual cabe-
rá ao Estado e ao Direito do Trabalho a promoção e a coordenação dos interessesentre 
o social e o econômico, ou seja, necessário rever o papel do Estado muito intervencio-
nista, sem, contudo, afastá-lo das relações trabalhistas. Na realidade, a flexibilização 
das leis não deve ser nem de proteção, nem de desregulamentação, mas de adaptação, 
A flexibilização no Direito do Trabalho e a globalização 
Revista de Direito • Vol. XI, Nº. 13, Ano 2008 • p. 73-86 
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devendo o Estado, apenas guiar a sociedade por um modelo de direito que se coloca 
entre a direção central e sua auto-regulação pelo mercado. 
Como propõe Robortella (1994, p. 97) a flexibilização do direito do trabalho 
com foco na negociação coletiva, passa ser “[...] o instrumento de política social carac-
terizado pela adaptação constante das normas jurídicas à realidade econômica, social e 
institucional, mediante intensa participação de trabalhadores e empresários, para efi-
caz regulação do mercado de trabalho.” 
Defende Nascimento (1997, p. 16) que: 
Pode-se enfrentar o problema da flexibilização situando-se em duas relações: de 
polarização entre a função tutelar e desproteção decorrente de sua implantação; e 
de integração, por meio da combinação entre afastamento do paternalismo, subs-
tituído por uma tutela razoável e coordenação entre interesses do capital e traba-
lho, mediante transferência da tutela estatal para o âmbito da negociação coleti-
va. 
Ainda para o autor, “[...] flexibilização é o afastamento da rigidez de algumas 
leis para permitir, diante de situações que o exijam, maior dispositividade das partes 
para alterar ou reduzir os seus comandos.” (NASCIMENTO, 2003, p. 67). Já para Ma-
nus (2002, p. 126) “A flexibilização é prejudicial aos trabalhadores por ser um modo de 
tratamento de prestação de serviços que oferece vantagens ao capital.” 
Não se pode ignorar que a discussão traz em seu bojo particularidades. En-
quanto apóia-se a flexibilização das normas protetoras em função da negociação entre 
as partes sobre as regras do contrato de trabalho, para o aprofundamento do debate 
considera-se que não pode ser desconsiderada a finalidade do Direito de Trabalho, que 
nas palavras de Martins (1998, p. 46): 
[...] é assegurar melhores condições de trabalho, porém, não somente estas situa-
ções, mas também condições sociais ao trabalhador. Assim, o Direito do Trabalho 
tem por fundamento melhorar as condições de trabalho dos obreiros e também 
suas situações sociais, assegurando que o trabalhador possa prestar seus serviços 
em um ambiente salubre, por meio de seu salário, ter um uma vida digna para 
desempenhar assim seu papel na sociedade. 
A opinião presente em parte da doutrina sobre a flexibilização de que se deve 
adaptar a norma à situação econômica para que a auto-regulação entre as partes, sem a 
interferência estatal, assegure a melhor condição de desenvolvimento e garantia do 
mínimo ao trabalhador, contraria o sistema jurídico positivo do país, especialmente se 
analisarmos a relação entre o Direito do Trabalho e o Direito Econômico. 
Daniela Maria Cartoni, Katiusca Lorenzetti 
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O primeiro tem como escopo melhorar as condições de trabalho e suas situa-
ções sociais, ao passo que o segundo “[...] tem por objetivo disciplinar juridicamente as 
atividades desenvolvidas nos mercados, buscando uma forma de organização do sis-
tema e também visando ao interesse social” (MARTINS, 2002, p. 46). 
No que tange a geração de empregos como sugerido aumento dos empregos 
formais pelos seus defensores, critica Siqueira Neto (2004, p. 236): 
Estamos discutindo a flexibilização como se o papel do Direito do Trabalho fosse 
o de gerar empregos e ele é fundamentalmente a primeira grande manifestação 
da sociedade contemporânea de limite ao poder econômico. Ele não surgiu para 
regular o emprego, mas para controlar o abuso do poder econômico. Quem gera 
emprego é a dinâmica econômica com todas as suas variáveis. 
Desta forma, em se tratando de legislação, mormente a legislação trabalhista, 
justificariam-se normas flexíveis na Constituição Federal que contrariam o argumento 
da rigidez da legislação como um inibidor do desenvolvimento econômico e social por 
meio da geração de emprego e renda. Vejamos a seguir. 
3. HIPÓTESES CONSTITUCIONAIS DE FLEXIBILIZAÇÃO 
Não se pode esquecer que na verdade a flexibilização já existe na legislação 
trabalhista brasileira, explicitada pela adoção do banco de horas com redução e aumen-
to da jornada de trabalho, a participação dos trabalhadores nos lucros das empresas, os 
programas de demissões voluntárias, a terceirização e a subcontratação de serviços. 
Alguns autores defendem que a primeira forma de flexibilização no Brasil foi 
a criação do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - Lei 5.107/66) que, im-
plodindo a estabilidade, deu ampla liberdade ao empregador para despedir emprega-
dos sob o regime. Destaca-se também: 
a) Lei 6019/74: criou o regime de trabalho temporário para atender ne-
cessidade transitória de substituição extraordinária de serviço; 
b) Artigo 58 A da CLT: trata do trabalho em tempo parcial. Modalidade 
de contrato de trabalho que impõe horário máximo de 25 horas sema-
nais e opção manifestada perante a empresa, na forma prevista em ins-
trumento decorrente de negociação coletiva. 
c) Artigo 443, §2o CLT: trata do contrato por prazo determinado, quando 
haja necessidade ou serviço transitório da empresa e contrato de expe-
riência. 
d) Artigo 59, §2o CLT: instituiu o banco de horas, possibilitando a com-
pensação de horas trabalhadas no período de um ano. 
A flexibilização no Direito do Trabalho e a globalização 
Revista de Direito • Vol. XI, Nº. 13, Ano 2008 • p. 73-86 
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No texto da Constituição Federal encontramos elementos nítidos de flexibili-
zação normativa1, a exemplo do artigo 7o (incisos VI, XIII, XIV) da Lei Maior. 
Art 7o, VI: “irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou a-
cordo coletivo”; 
Este inciso prevê expressamente a irredutibilidade de salário, salvo o disposto 
em Acordo ou Convenção Coletiva. Desta forma, o que foi objeto de avenca deve ser 
fielmente cumprido, respeitadas as disposições constitucionais e legais que regem a 
matéria, poderá haver redução, não inferior ao salário mínimo. Ressalvadas as seguin-
tes situações: 
a) o desconto depende de mútuo consentimento (art. 462, §1o CLT); 
b) impenhorabilidade do salário (art. 649, IV do CPC), ressalvado o caso de 
pagamento de pensão alimentícia (§2o do citado artigo); 
c) aviso prévio do empregado, com antecedência mínima de 30 dias, quando 
se demite, sob pena do empregador de descontar o salário correspondente 
ao prazo respectivo (art. 487, §2o da CLT). 
Art 7o, XII: “duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e 
quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jor-
nada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho”; 
É faculdade a compensação de horários e a redução de jornada mediante a-
cordo ou convenção coletiva de trabalho sendo, neste caso, a compensação condicio-
nada à intervenção sindical. 
Art 7o, XIV: “jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos initer-
ruptos de revezamento, salvo negociação coletiva”. 
Quando o empregado trabalha para uma mesma empresa, com jornada de 
turnos ininterruptos de revezamento será, em regra de 6 horas. Permitindo-se, contu-
do, o prolongamento desta por meio de acordo ou convenção coletiva, aumentando 
para o máximo de 8 horas e “sem pagamento de horas extras”. Considera-se este tipo 
de flexibilização in pejus (prejudicial ao trabalhador). 
 
1 Note-se que diferenciamos “flexibilizaçãodo trabalho” e “flexibilização do direito do trabalho”. Consideramos que o 
“trabalho flexível” é aquele que se apresenta sob a forma a flexibilidade de horário, local (trabalho remoto) ou a com-
binação dos dois (teletrabalho ou telecomunicação), proporcionado pelas novas tecnologias de informação e comunica-
ção. Para mais, ver Nassif (2003). 
Daniela Maria Cartoni, Katiusca Lorenzetti 
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Autores que estudam a evolução das relações de trabalho no Brasil descrevem 
uma série de medidas tomadas na década de 90 para mediação e conciliação de confli-
tos individuais e coletivos que flexibilizaram a própria CLT. Destacam a participação 
nos lucros e resultados, a desindexação salarial, a rejeição da Convenção 158 da OIT 
(que limita a demissão de trabalhadores), as cooperativas profissionais, a contratação 
por tempo determinado, o trabalho em tempo parcial, o banco de horas, a suspensão 
temporária do trabalho, a garantia de Emprego com redução do FGTS, a introdução de 
mecanismos de Somando-se a estes aspectos flexibilizadores do emprego formal, a ex-
plosão do emprego informal que atinge a maioria dos trabalhadores, experimenta-se 
no Brasil uma forte desregulamentação das relações de trabalho, com efeitos nefastos 
na precariedade das condições de trabalho e de emprego. 
Dessa forma, as relações entre capital e trabalho estão longe de atingir o equi-
líbrio e tendem a reproduzir, com maior gravidade, a desigualdade e a injustiça sociais 
no mundo do trabalho. 
4. LIMITES À FLEXIBILIZAÇÃO 
Para estabelecer os limites da flexibilização, primeiramente cabe observar que a flexibi-
lização não poderá contrariar a ordem jurídica social, ou seja, ferir os direitos funda-
mentais do trabalhador, como os relacionados à vida, à saúde e outros relativos à per-
sonalidade e a dignidade do trabalhador. A mesma consideração pode ser feita aos di-
reitos econômicos básicos, posto que representam conquistas da própria sociedade, de 
sua história de lutas por melhores condições de trabalho e de vida. 
Aliás, os direitos sociais e trabalhistas, conhecidos como de segunda geração 
ou de segunda dimensão, são constitucionalmente garantidos, não se podendo fazer 
tabula rasa sob pretextos globalizantes ou mais propriamente neoliberalizantes. 
Trabalho é direito da pessoa humana, dever e obrigação do Estado e de toda a 
sociedade. O direito deve ser encarado como postulado básico universal a ser garanti-
do a todas as pessoas. No entanto, para alguns autores, poder-se-ia aceitar e estender a 
flexibilização, desde que considerados os seguintes elementos: 
a) continuidade da relação individual de trabalho; 
b) formação profissional e mobilidade funcional; 
c) redução e flexibilidade do tempo de trabalho; 
d) liberdade sindical e negociação coletiva; 
A flexibilização no Direito do Trabalho e a globalização 
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e) rede de previdência social ou de mecanismos de proteção social e de 
inclusão; 
f) os direitos mínimos do trabalhador estatuídos em Constituições Na-
cionais; 
g) evitar-se contratos temporários, precariedades de vínculos, incentivos 
a grandes e prejudiciais rotatividades de mão-de-obra etc. 
Para se estabelecer limites à flexibilização deve-se rever também o princípio 
da igualdade e seu contraditório papel no Direito do Trabalho. De acordo com Romag-
noli (1997, p. 35): 
[...] cabe ao Direito do Trabalho conciliar o valor da igualdade com a nova expan-
são do valor da autorealização e autodeterminação, tendo em vista a tendência a 
uma desarticulação da unidade de tratamento, sem prejuízo da existência de 
compensações jurídicas e materiais por parte do Estado Social. 
5. GLOBALIZAÇÃO, NEOLIBERALISMO E EXCLUSÃO 
Em primeiro lugar, vale esclarecer a diferença entre os termos globalização e neolibera-
lismo, que embora sejam coincidentes os conceitos, são diversos. 
Globalização é um estado de coisas tecnológicas encetando inovações em to-
das as áreas, enquanto que o neoliberalismo é uma ideologia de mercado, que se pro-
cura influir na realidade pós-moderna. 
Economistas, juristas, sociólogos e políticos buscam respostas para fenômenos 
novos que, impulsionados pela chamada globalização, instituem uma economia de 
mercado total, aberta e sem limites. 
A globalização leva à prevalência das razões de mercado e dos interesses do 
capital, sujeitando nações e empresas a exigências de competitividade, eficiência e qua-
lidade do produto. Em razão da abertura dos mercados e a mitigação do protecionismo 
econômico favorecedor da empresa nacional, a competitividade evidentemente se e-
xasperou, desequilibrando a equação até então observada. 
Ao romper com as barreiras do protecionismo econômico, a globalização afeta 
as empresas, exigindo, como conseqüência necessária, menor grau de intervenção esta-
tal e mais intensa flexibilização dos sistemas de proteção ao trabalho. Em outras pala-
vras, vai propugnar por uma individualização das relações de trabalho, afastando toda 
e qualquer intervenção do Estado. Pretende-se que cada trabalhador, livre individual-
mente, negocie com o empregador “a venda de sua força de trabalho”, acabando por 
Daniela Maria Cartoni, Katiusca Lorenzetti 
Revista de Direito • Vol. XI, Nº. 13, Ano 2008 • p. 73-86 
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derrogar toda legislação trabalhista, ou seja, ao invés de uma flexibilização, uma des-
regulamentação completa. 
Neste contexto, com a crescente importância das normas supra e infranacio-
nais, o Estado Nacional perde o monopólio de promulgar regras e acaba por levar a 
um direito reflexivo, primordialmente procedente de negociação. Aqui, o Estado age 
apenas como um guia, direcionando a sociedade ao diálogo. Esse diálogo serve para 
averiguar as necessidades da sociedade, valendo-se da justiça social e da dignidade 
humana. 
Cabe observar se esse diálogo não será igual para os atores sociais, pois o di-
reito não é neutro; valoriza um ou outro discurso predominante. Daí a razão de o Esta-
do não poder se ausentar, pois, dada a pluralidade de discursos, deve garantir que o 
diálogo não se torne um monólogo, no qual o vencedor já estará determinado. 
6. CRESCIMENTO ECONÔMICO X CRESCIMENTO DO EMPREGO 
No final do século XX, os avanços das técnicas de informação transformaram o globo 
em uma aldeia global comercial e produtiva. Contudo, existe uma associação entre 
globalização e exclusão, decorrente principalmente de idéias mercadológicas, comerci-
ais, econômicas e jurídicas do denominado neoliberalismo. 
Um mundo globalizado não significa uma correspondente melhoria na malha 
de emprego e benefícios sociais. Ele pode até conseguir índices positivos de crescimen-
to econômico, mas não gera empregos; ao contrário, o progresso tecnológico é causa 
importante da grande endemia do mundo, ou seja, o desemprego. 
Segundo mesmo os dados do IBGE, portanto de acordo com os dados oficiais, 
em 2000 o índice de desemprego nacional atingia a casa dos 7%. Já em comentários a 
propósito deste dado, de Arnaldo Lopes Süssekind, ex-ministro do Trabalho, na mes-
ma revista já indicada, verifica-se que este indicativo, apesar do prestígio técnico al-
cançado pelo IBGE, é questionável, considerando-se que não bate com a taxa de 50%, 
aproximadamente, de trabalhadores sem Carteira de Trabalho e Previdência Social 
(CTPS) assinada, isto é, sem um contrato formal de trabalho, taxa essa conforme todos 
os indicadores alardeados em veículos de comunicação e os do próprio IBGE; o que 
parece tornar procedente a crítica do presidente da CUT de que “[...] basta que um tra-
balhador tenha carregado uma sacola na feira de domingo, no último mês, para que os 
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órgãos oficiais o considerem empregado, em suas estatísticas” (ROCHA, 2006, p. 35-
36). 
No Brasil, desde a abertura do mercado promovida pelo governo Collor em 
1990, a relação padrão de emprego vem se recolhendo e modificando, deixando de ser 
um direito para se tornar um privilégio de poucos. Como ressalta Nassif (2003, p. 128): 
Ante a constatação de estarmos atravessando um período um período de “ruptu-
ra paradigmática”, vimos porque devemos nos voltar para a interpretação dos 
institutos e teorias da Ciência ameaçada. O Direito do Trabalho deve ser revisto 
de uma forma progressiva e, antes de tudo, ser inclusivo, mais parecido com um 
direito ao trabalho, aproximado de outros ramos do Direito, como o Previdenciá-
rio e Constitucional, adaptando conceitos e reformulando a aplicação de regras 
no sentido do cumprimento da finalidade social para a qual o sistema e as pró-
prias regras foram criadas, sem perder de vista o princípio da legalidade. 
[...] O problema da inclusão social do desempregado de longo prazo, e daquele 
desprovido de ocupação, deve converter-se num traço fundamental do conceito 
de democracia. 
No mesmo sentido, assevera Souto Maior (2000, p. 140) que: 
A flexibilização das leis trabalhistas, a despeito de servir para atacar o desempre-
go, acaba provocando mais desemprego. Argumenta-se que se trata apenas de 
uma redução das regras ditadas pelo Estado, aumentando-se o campo de atuação 
dos atores sociais. Entretanto, como a força negocial dos sindicatos está sensivel-
mente reduzida, a retirada das normas estatais representa, de forma concreta, a 
mera desregulação das relações trabalhistas. 
Um estudo realizado por Pochmann (2002) evidencia que as alterações na re-
gulação das relações de trabalho introduzidas ao longo dos anos 90 como resultado de 
políticas neoliberalizantes não foram capazes de reduzir a informalidade. Segundo o 
autor, as reformas trabalhistas resultaram na precarização do emprego e maior despro-
teção social, evidenciando que não há como afirmar que o rigor dos mecanismos insti-
tucionais de proteção do emprego possa comprometer a geração de empregos. 
7. GLOBALIZAÇÃO E EXCLUSÃO 
Estatísticas divulgadas pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento 
Econômico) e OIT (Organização Internacional do Trabalho) mostram que os países que 
adotaram modelos neoliberais é possível constatar o aumento da pobreza e desigual-
dade social, com insegurança e desregulamentação do emprego. 
Daniela Maria Cartoni, Katiusca Lorenzetti 
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Segundo Rocha (2006, p. 36), no México, a população vem perdendo 39% do 
seu poder de compra. De 1997 até hoje o número dos que estão na “linha da pobreza” 
(miseráveis) vem crescendo mais rápido do que o número de nascimento de pessoas 
de todas as camadas, o que efetivamente é para estarrecer. Lá a classe média efetiva-
mente desapareceu, somente há pobres e ricos, sem uma camada intermediária. 
Na Argentina adotou-se também o chamado neoliberalismo: mais desempre-
go, menos segurança no posto de trabalho, com menos salários, menos tranqüilidade, 
mais exclusão e criminalidade. O governo argentino decidiu atacar o problema com 
mais liberalismo, sob a forma da chamada “flexibilização” dos contratos de trabalho, 
sob a alegação de que, sendo mais barato dispensar as empresas poderiam contratar 
mais. 
Entretanto, em toda a Argentina, nos últimos 10 anos, o número de delitos te-
ve um crescimento bruto de 89%, acreditando-se que essa expressão “bruto” seja con-
siderando, sem relatividades, o aumento populacional. Em Buenos Aires a situação é 
ainda mais grave: entre 1991 e 1999 a violência cresceu 313%. 
Já no Brasil, segundo pesquisa chancelada pelo IBGE sobre a década de 90, ao 
lado do grande boom do faturamento das empresas de capital aberto, nosso neolibera-
lismo engendrou, como todos sentem, grande queda de rendimento médio real dos 
trabalhadores e um grande aumento de desemprego, aumentando grandemente outro 
índice bastante visível, os dos moradores de ruas. O número de moradores de rua em 
São Paulo foi em 1994: 4.549; em 1996: 5.334; em 2000: 8.704. 
8. NOVO PAPEL DO SINDICATO 
O momento atual não favorece os sindicatos, que diante do desemprego estrutural 
perdem o poder de atração para a sindicalização dos trabalhadores e a capacidade de 
mobilização para realização de greves. A desindustrialização, as reestruturações em-
presariais e o desemprego diminuem as bases trabalhadoras; a explosão da informali-
dade do mercado de trabalho, os deslocamentos de capital, bem como a globalização 
da economia, ao provocarem a multiplicação dos tratados de integração regional e ex-
pansão das empresas multinacionais, desfavorecem a mobilização sindical. 
O sindicato também procura se aproximar do recinto da empresa para uma 
presença mais marcante junto aos problemas concretos do trabalhador, na tentativa de 
conter os avanços do capital. O que se observa, no entanto, são representantes dos tra-
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balhadores (sindicatos) com mobilização frágil, pouca autonomia e poder de negocia-
ção. 
Em debate no Fórum Internacional sobre Flexibilização no Direito do Traba-
lho, o 5º expositor Luiz Marinho (2004, p. 192) reforça a idéia de que para haver nego-
ciação coletiva, se faz necessária primeiramente, uma reforma sindical. Para ele, preci-
samos do fim do monopólio sindical por meio da unicidade sindical. 
É preciso fortalecer as negociações sindicais, retomar as bases da formulação 
de um sistema de relações de trabalho efetivamente democrático no Brasil. Os sindica-
tos terão de ampliar seu poder de representação e negociação, principalmente nos lo-
cais de trabalho e na economia informal, unificar as lutas trabalhistas e, ainda, globali-
zar suas atividades e lutar por um novo mundo do trabalho. 
A idéia de que com liberdade de autonomia sindical, os sindicatos pequenos 
irão quebrar ou fechar, deve ser afastada, pois, o trabalhador não quer representantes 
fracos e pequenos, muito pelo contrário, desejam instituições fortes para representá-los 
no local de trabalho. 
O reconhecimento do direito de associação traz em seu bojo o entendimento 
de um contrapoder ao poder dos empregadores, da importância das relações continu-
adas entre os protagonistas das relações de trabalho e, acima de tudo, da importância 
de a sociedade criar regras legítimas para resolver os conflitos que nela se manifestam 
cotidianamente. Não basta reconhecer a existência dos conflitos, é necessário também 
dispor as partes de meios lícitos e legítimos para solucioná-los. 
O ponto de conexão e de articulação estrutural entre os diversos institutos de 
direito do trabalho é a liberdade sindical. Esta, na verdade, preliminarmente, funciona 
como condição para a atuação dos direitos individuais e coletivos. A partir da liberda-
de sindical é que são estruturados e articulados entre si os demais institutos do direito 
do trabalho. 
Neste contexto, podemos afirmar que a liberdade sindical tem como pressu-
posto o reconhecimento da existência do conflito nas relações de trabalho, e como uma 
de suas conseqüências mais virtuosas, o diálogo e a possibilidade de convergência en-
tre os atores sociais. 
Os direitos de associação sindical e de representação dos trabalhadores nos 
locais de trabalho são direitos fundamentais para equilibrar a desigual distribuição de 
poder nas relações de trabalho, e uma vez estruturados de forma livre, sem interferên-Daniela Maria Cartoni, Katiusca Lorenzetti 
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cia limitadora da autonomia do grupo por parte do Estado e dos empregadores, com 
garantia do efetivo exercício da ação coletiva, transforma-se no centro de gravidade 
mais evoluído do direito do trabalho, funcionando como ponto de partida da negocia-
ção coletiva – entendida em seu sentido mais moderno - e por conseguinte, de todo o 
sistema de relações de trabalho. 
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O debate sobre a chamada flexibilização é característica de um direito do trabalho pós-
moderno, baseado na idéia de negociação permanente para a busca de regras pragmá-
ticas que não preenchem um sentido a priori, mas as necessidades colocadas num de-
terminado momento. 
À primeira vista, esse Direito do Trabalho parece implicar uma chance de e-
mancipação, ao se despir da idéia de regulação de cima para baixo para introduzir a 
polivalência e, portanto, uma revalorização do saber operário. Neste sentido, a flexibi-
lidade poderia trazer uma certa autonomia para os trabalhadores e a idéia de emanci-
pação, inerentes à negociação coletiva. Consistira numa ampliação na capacidade e no 
poder das partes envolvidas no contrato de trabalho, tanto o empregado como o em-
pregador, em estabelecerem os parâmetros e limites que regerão as suas relações de 
trabalho. 
No entanto, muitos autores sugerem a flexibilização da legislação trabalhista 
como hipótese para amenizar a situação de precarização do mercado de trabalho, en-
tendendo que, entre outros motivos, a debilidade das relações empregatícias deve-se 
ao exagerado protecionismo das leis trabalhistas e da sua respectiva inflexibilidade. 
Em contraposição, concluímos neste trabalho que a flexibilização das regras laborais 
não pode ser confundida com a desregulamentação e, da mesma forma, não se pode 
transferir aos trabalhadores parte dos riscos inerentes à atividade empresarial, justifi-
cativa que em nada colabora para a diminuição das taxas de desemprego ou do traba-
lho informal. 
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