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A crise da Modernidade e a Crítica ao Racionalismo

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A crise da modernidade e a crítica ao racionalismo
Introdução
Grande crítica aos enganos do racionalismo exacerbado da filosofia moderna. 
Há uma crítica contundente no sentido de demonstrar que a razão não iluminou, e que esta mesma razão que se afirmava produzir o racionalismo pode produzir o irracionalismo. 
Período da modernidade - defesa do paradigma de racionalidade, apoiada na razão que, liberta de crenças e superstições, funda-se na própria subjetividade e não mais na autoridade. 
Crítica à esta possibilidade de se atin­gir a verdade a partir da noção de subjetividade, como trabalhado pela filosofia analítica, que abandona as noções do "sujeito que conhece". 
Michel Foucault
Filósofo francês, Michel Foucault (1926-1984) estabelece um nexo entre saber e poder. Indo em direção contrária ao proposto pela idade moderna, no qual o saber antecede o poder (como proposto por Francis Bacon), Foucault defende que não há uma verdade, e que esta verdade não se encontra separada do poder, antes é o poder que gera o saber. A partir desta defesa, propõe então estabelecer um processo genealógico que visa descobrir “como esta verdade tem sido produzida no âmbito das relações de poder”.
Foucault nos remete aos processos disciplinares que visam a tornar os corpos dóceis e submissos. Tais procedimentos se mostram evidentes no que define como processo de dispositivos de disciplina que se encontram disciminadas em diversas áreas da sociedade como família, comunidade, educação, vizinhança, entre outros. Tais controles de disciplina se multiplicam no corpo social, que define como “sociedade disciplinar”. Na busca deste processo, Foucault desenvolve uma “microfísica do poder” na qual busca compreender como estes processos de disciplina se encontram e se estabelecem
A fenomenologia
Edmund Husserl (1859-1958) e Maurice Merleau-Ponty.
Partindo da noção de intencionalidade, a fenomenologia defende que toda consci­ência é intencional, isto é, visa algo fora de si. Em outras palavras, os fenomenólogos defende que não há pura cons­ciência, separada do mundo, única e imutável como defendida pelos racionalistas do século XVII (como Descartes), ou que há objeto em si como defendido pelos empiristas (como Locke) pois é o sujeito que dá significado ao objeto. Tudo se faz a partir do conceito de intencionalidade.
A fenomenologia estabelece uma nova relação e uma nova visão acerca do sujeito/ objeto e ser/ mundo. Se opõe a visão objetiva do positivismo que tem a ciência como única forma de conhecimento: “Não há um puro ser "escondido" atrás das aparências ou do fenô­meno: a consciência desvela progressivamente o objeto por meio de seguidos perfis, de perspec­tivas as mais variadas. A consciência é portanto doadora de senti­do, fonte de significado. 
Escola de Frankfurt
Theodor Adorno, Marx Horkheimer, Herbert Marcuse e Walter Benjamin. É também conhecida como Teoria Crítica.
 Partindo da crítica ao racionalismo exacerbado, defende que a razão não ilu­mina, não revela a natureza que se fez presente pelo advento da ciência. Percebem a origem do ir­racional que se mostra presente no exercício de determinado modo de racionalidade, a razão instrumental.
 
Trata-se do exercício da racionalidade científica, típica do positivismo, que visa a dominação da natureza para fins lucrativos e coloca a ciência e a técnica a serviço do capital” (Arruda Aranha, Filosofando).. 
O progresso científico tem um preço alto: o desaparecimento do sujeito autônomo, engolido pelo totalitarismo uniformizador da indústria cultural ou da socie­dade unidimensional.
Em oposição a esta Teoria tradicional, os frankfurtianos propõe a teoria Crítica, que visa o indivíduo autônomo, cons­ciente de seus fins. Sua eman­cipação será possível apenas em seu âmbito individual, ao ser resolvido o conflito entre a autonomia da ra­zão e as forças obscuras e inconscientes que inva­dem essa mesma razão.Desde de Descartes, para os frankfurtianos, construíram e estabeleceram um conceito de razão que alojava a origem do irracional.
Habermas
Teoria da ação comunicativa 
Indo contrário a maneira defendida pela tradição moderna de alcançar o conhecimento apoiada na subjetividade. Habermas defende o conhecimento como sendo fruto de uma posição dialógica, não monológica, centrada em um sujeito. Propõe, como resultado do conhecimento o processo que se estabelece a partir de uma relação interpessoal numa co­munidade comunicativa. A "pluralidade de vozes" busca o consenso que se faz pelo procedimento argumentativo que visam assegurar sua validade. 
Habermas também con­sidera que o critério da verdade se funda em um consenso discursivo e que não consiste na correspondência do enunciado com os fatos, nem propriamente na ação comunicativa.
Filosofia da linguagem
A filosofia da linguagem desloca a relação entre sujeito e objeto para a linguagem. A filosofia se torna fundamentalmente uma busca pela apreensão por conceitos, indo assim contrário a filosofia tradicional que visava promover a análise como base para uma investigação das essências.
A filosofia neste momento passa a ser um suporte, uma ferramenta para outras áreas do conhecimento. A Filosofia não explica, mas auxilia. Não é essa sua função. Como exemplo podemos citar as frases de Wittgens­tein no livro de sua primeira fase, Tractatus logico­philosophicus: "O fim da filosofia é o esclareci­mento lógico dos pensamentos. / A filosofia não é uma teoria, mas uma atividade. Uma obra fi­losófica consiste essencialmente em elucidações. / O resultado da filosofia não são 'proposições filosóficas', mas é tornar proposições claras. / Cumpre à filosofia tornar claros e delimitar pre­cisamente os pensamentos, antes como que tur­vos e indistintos". (proposição 4.112) (dominio público)

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