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Filosofia Francis Bacon e John Locke Francis Bacon - Biografia Nasceu durante o reinado de Elizabeth I, no dia 22 de Janeiro de 1561. Desde cedo sofreu influências antagônicas. Em 1577, iniciou carreira diplomática, alcançando altos cargos. Faleceu em 1626, terminando seus dias pesquisando “experimentalmente”. Características Foi chamado de “primeiro dos modernos e último dos antigos” Um dos fundadores do método indutivo “Saber é poder”: natureza a serviço do homem libertação dos preconceitos e erros (ídolos): cultura diferente, linguagem não exata, tradição Observação dos fenômenos: tábua da presença, tábua de ausência e tábua dos graus Indução moderna ou científica A identificação que Bacon faz da verdade com a utilidade (ciência e tecnologia) sempre foi polêmica, e poucos na tradição científica a endossam de maneira inequívoca Indução moderna ou científica Hipótese - > fenômeno Destaques Plano da “Grande Instauração” compreendia 6 partes. Bacon realizou somente a segunda parte, a metodologia, exposta em sua obra Novum Organum. Este projeto Baconiano pretendia um “verdadeiro e extraordinário progresso do saber” Segundo vários interpretes, Bacon aproxima-se assim, daquilo que outros filosofos posteriores (Locke, por exemplo) chamariam propriedades primárias da matéria, por oposição às qualidades secundárias Na obra “Nova Atlanta” a principal idéia é que a harmonia e o bem estar dos homens repousam no controle científico alcançados sobre a natureza e a conseqüentemente facilitação da vida em geral. Idéias Ele dizia que o saber natural deveria ser concebido como saber ativo e fecundado em resultados práticos “saber e poder” afirmava ele. Sua grande filosofia defende a idéia de que as qualidades naturais são estabelecidas por via empírica e experimental, e não por via especulativa, com os pressupostos da metafísica tradicional. Bacon não ligava a matemática no conhecimento da natureza. Os traços proféticos do pensamento de Bacon ficam evidentes nas poucas páginas da “Nova Atlanta”. A ciência não é obra individual, mas coletiva, exigindo um verdadeiro exército de pesquisadores que devem recolher material para os intérpretes, a ciência é investigação empírica, nascida do contato com o real e não oriundo de teorias afirmadas a priori; a ciência tem sentido eminentemente prático aumentando a duração da vida, curando as doenças, fabricando máquinas de todos os tipos, inclusive engenhos para voar e percorrer as águas submarinas. Bacon tinha pleno conhecimento de que o conhecimento científico também pode ser utilizado erroneamente, contra o bem público. Idéias Para Bacon, o conhecimento científico é gerado não por cientistas com habilidades extraordinárias, mas pelas atividades cooperativas de pessoas que cultivaram a independência de julgamento e a liberdade de pensamento. A célebre metáfora de Bacon que compara a realização de experimentos ao ato de torturar a natureza foi influenciada pelas deliberações de um inquérito oficial, presidido por Bacon sob ordens da rainha Elizabeth 1ª, sobre a admissibilidade de confissões obtidas sob tortura em processos criminais. Bacon X Aristóteles A indução Aristotélica apenas ordena o já conhecido e por isso é tautológica, a indução Baconiana amplia o conhecimento, avançado de fato e saber Criticava Aristóteles, Bacon afirma que “todas as razões que este aduz em favor da vida contemplativa dizem respeito ao bem privado, ao prazer e á dignidade do indivíduo. Sob tal aspecto, não há dúvidas que a vida contemplativa leva a palma...mas os homens devem saber que neste teatro da vida humana apenas Deus e os anjos podem ser espectadores” Ídolos da tribo ídolos da tribo (tribus), estes “[…] se fundamentam sobre a própria natureza e sobre a própria família humana ou tribo” (REALE,2004, p. 269). Neste tipo de ídolos os homens avaliam como verdade o conhecimento adquirido pelos sentidos. Ídolos da Caverna Os ídolos da caverna (specus) “[…] tem como fundamento o homem individualmente considerado […] para ele […] todos os homens possuem como espécie de caverna de antro individual que destrói e corrompe a luz da natureza devido a várias causas,[…]” (BACON,p.35). Sendo assim, estes homens consideram tudo a partir de uma ótica individual. Ídolos do Mercado ídolos do mercado (fori), que são aqueles que possuem os vícios que decorrem da linguagem como nos diz Bacon estes homens “[…] acreditam que sua razão domina as palavras; mas ocorre também que as palavras retrucam e refletem sua força sobre o intelecto, o que torna a filosofia e as ciências sofísticas e inativas […]” (REALE, 2004, p.271). Ídolos do Teatro ídolos do teatro (theatri) são aqueles que a partir de representações criam fábulas ou teatros para explicar a realidade. “Assim procedemos por a nosso ver, serem as filosofias tradicionais e as inventadas, nada mais do que fábulas postas em cena e desempenhadas, criando dessa forma mundos fantasiosos e teatrais” (BACON, p. 36). Diante do que observou das filosofias antigas, principalmente a de Aristóteles e a de Platão, Bacon fez criticas a partir dos métodos que estes utilizavam para tentar explicar a realidade, como a de Platão que usava das categorias, porque estes não proporcionavam o retrato fiel da realidade. Ao fazer uma crítica aos sistemas filosóficos, Bacon propõe três tipos de gêneros que a partir de “teatros” procuravam de alguma forma explicar ou transmitir o que era a realidade; estes são: os sofísticos, os empíricos e os supersticiosos. Como é sabido, ele as considera fontes de erros e da falsa filosofia.
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