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Praticas Fisiologia 2015

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Faculdade de Ciências da Saúde / UNIMEP
ROTEIROS DE AULAS PRÁTICAS - FISIOLOGIA HUMANA
Aula Prática 1: Autópsia no Rato - Automatismo Cardíaco - Colabamento Pulmonar
OBJETIVOS 
Aprendizagem na manipulação de animal. 
Observação do COLABAMENTO PULMONAR.
Verificação do AUTOMATISMO CARDÍACO. 
Visualização anatômica dos órgãos e das estruturas que compõem os diversos sistemas funcionais, in vivo e in situ. 
PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS 
1º- Coloque o rato, previamente anestesiado, em decúbito dorsal.
2º- Após a tricotomia, faça uma incisão na pele do rato, desde a região pubiana até o pescoço, divulsionando-a lateralmente.
3º- Execute uma segunda incisão na musculatura abdominal.
4º- Promova pneumotórax no animal;
5º- Seccione os vasos da base do coração, retirando o coração e colocando–o, numa placa de Petri, em solução fisiológica aquecida (37° C);
6º- Dê seqüência à dissecção, identificando os diversos órgãos e estruturas anatômicas.
7º- Com o pneumotórax no animal, constate o colabamento pulmonar:
- Observar a freqüência e amplitude dos movimentos respiratórios, antes e depois da execução da manobra experimental.
8º- Retirando o coração e colocando-o na solução fisiológica aquecida:
- Observar o Automatismo Cardíaco.
9º- Localize, visualize e anote então os diversos órgãos e estruturas que dos diferentes sistemas fisiológicos:
-	Sistema Cardiovascular
-	Sistema Respiratório
-	Sistema Digestivo
-	Sistema Renal
-	Sistema Endócrino 
-	Sistema Reprodutor
Aula Prática 2: Efeitos Celulares da Pressão Osmótica
1. OBJETIVOS: Demonstrar ao aluno:
- os princípios básicos de osmose e pressão osmótica.
- os mecanismos de difusão passiva de substâncias através da membrana celular.
- a importância da osmolaridade e tonicidade para a manutenção da homeostasia dos líquidos corporais.
 
2. MATERIAIS 
Sangue heparinizado (heparina é um anticoagulante) obtido de rato
Tubos de ensaio 
Estante para tubos de ensaio 
Pipeta Pasteur (conta-gotas)
Centrífuga 
Pinça anatômica 
Frasco com detergente
Soluções contendo diferentes concentrações de NaCl.
Microscópio, lâminas e lamínulas
3. MÉTODOS E RESULTADOS
3.1. Experimento 1: Identificar 8 tubos segundo as soluções abaixo relacionadas:
	Solução
	Soluto
	Água
	NaCl 0,05 M
	0,2 g
	100 ml
	NaCl 0,07 M
	0,485 g
	100 ml
	NaCl 0,10 M
	0,7 g
	100 ml
	NaCl 0,15 M
	0,9 g
	100 ml
	NaCl 0,20 M
	1,2 g
	100 ml
	NaCl 0,25 M
	1,5 g
	100 ml
	NaCl 0,15 + detergente
	0,9 g
	100 ml
	H2O
	
	100 ml
- Adicione 2 ml de cada solução aos respectivos tubos.
- Adicione 2 gotas de sangue em cada tubo e homogeneize cuidadosamente.
- Adicione 2 gotas de detergente no tubo de NaCl + DETERGENTE
- Centrifugue os tubos durante 5 min a 2.000 rpm.
- Retire os tubos cuidadosamente da centrifuga e coloque-os em ordem.
- Observe os aspectos abaixo e preencha o quadro de resultados.
 - sobrenadante incolor com presença de precipitado = ausência de hemólise
 - sobrenadate rosado com presença de precipitado = hemólise parcial
 - sobrenadante avermelhado com ausência de precipitado = hemólise total
- Observe o tamanho do precipitado comparando os tubos nos quais ele aparece.
3.2. Resultados do Experimento 1
	Solução
	Não houve hemólise
	Hemólise parcial (grau de hemólise)
	Hemólise total
	NaCl 0,05 M
	
	
	
	NaCl 0,07 M
	
	
	
	NaCl 0,10 M
	
	
	
	NaCl 0,15 M
	
	
	
	NaCl 0,20 M
	
	
	
	NaCl 0,25 M
	
	
	
	NaCl 0,15 + detergente
	
	
	
	H2O
	
	
	
3.3. Experimento 2: 
- Identifique 3 lâminas como NaCl 0,05; NaCl 0,15; NaCl 0,25
- Em cada lâmina coloque uma gota de sangue respectivo à identificação
- Cubra-as com lamínulas e observa-as em microscópio optico.
3.4. Resultados do experimento 2: desenhe as células observadas nas 3 condições experimentais.
Aula Prática 3: Efeitos Celulares da Tonicidade
1. OBJETIVOS: Demonstrar ao aluno:
- os princípios básicos de osmose e pressão osmótica.
- os mecanismos de difusão passiva de substâncias através da membrana celular.
- a importância da osmolaridade e tonicidade para a manutenção da homeostasia dos líquidos corporais.
 
2. MATERIAIS 
Sangue heparinizado (heparina é um anticoagulante) obtido de rato
Tubos de ensaio 
Estante para tubos de ensaio 
Pipeta Pasteur (conta-gotas)
Centrífuga 
Pinça anatômica 
Frasco com detergente
Soluções contendo diferentes concentrações de Uréia e Sacarose.
3. MÉTODOS
Experimento: Identificar 7 tubos segundo as soluções abaixo relacionadas:
	Solução
	Soluto
	Água
	Uréia 0,10 M
	0,6 g
	100 ml
	Uréia 0,30 M
	1,8 g
	100 ml
	Uréia 0,50 M
	3,0 g
	100 ml
	Sacarose 0,10 M
	3,4 g
	100 ml
	Sacarose 0,30 M
	10,3 g
	100 ml
	Sacarose 0,50 M
	17,1 g
	100 ml
	NaCl 0,15M + 
Uréia 0,30 M
	NaCl 0,9 g
Uréia 1,8 g
	100 ml
- Adicione 2 ml de cada solução aos respectivos tubos.
- Adicione 2 gotas de sangue em cada tubo e homogeneize cuidadosamente.
- Centrifugue os tubos durante 5 min a 2.000 rpm.
- Retire os tubos cuidadosamente da centrifuga e coloque-os em ordem.
- Observe os aspectos abaixo e preencha o quadro de resultados.
 - sobrenadante incolor com presença de precipitado = ausência de hemólise
 - sobrenadate rosado com presença de precipitado = hemólise parcial
 - sobrenadante avermelhado com ausência de precipitado = hemólise total
- Observe o tamanho do precipitado comparando os tubos nos quais ele aparece.
4. RESULTADOS
	Solução
	Não houve hemólise
	Hemólise parcial (grau de hemólise)
	Hemólise total
	Uréia 0,10 M
	
	
	
	Uréia 0,30 M
	
	
	
	Uréia 0,50 M
	
	
	
	Sacarose 0,10 M
	
	
	
	Sacarose 0,30 M
	
	
	
	Sacarose 0,50 M
	
	
	
	NaCl 0,15M + 
Uréia 0,30 M
	
	
	
5. DISCUSSÃO
1. Calcule a osmolaridade em mOsm/litro, de cada uma das soluções utilizadas nas aulas 2 e 3.
2. Qual é a característica das moléculas de NaCl, sacarose e uréia, em relação à permeabilidade da membrana?
3. O que é uma solução isosmótica, hiperosmótica e hiposmótica?
4. O que é uma solução isotônica, hipertônica e hipotônica?
5. Classifique as soluções utilizadas conforme sua osmolaridade e tonicidade.
6. Porque em injeções intravenosas utilizam-se soluções de NaCl 0,9% (0,9 g de NaCl/100 ml) ou glicose 5% (5g de glicose/100ml)?
7. Explique os resultados observados nos tubos, em todas as condições experimentais (aulas 2 e 3).
8. Explique os resultados observados ao microscópio optico.
Aula Prática 4: Miografia no Modelo Ciático-Gastrocnêmio
1. INTRODUÇÃO	
	A contração do músculo estriado esquelético é dependente de estímulos provenientes do motoneurônio (atividade neurogênica). Uma estimulação do neurônio motor causa liberação de acetilcolina na placa motora e o acoplamento excitação-contração, ou seja, despolarização da fibra muscular e subsequente contração. Um estímulo elétrico, desde que supra-limiar, aplicado diretamente sobre o músculo também desencadeia o processo contráctil. 
	A contração do músculo estriado esquelético pode ser estudada utilizando-se um quimógrafo e uma alavanca inscritora (registradores).
	Existem contrações isométricas (o músculo desenvolve tensão, mas não há encurtamento) e isotônicas (o músculo se encurta em resposta à estimulação).
	Na prática, analisaremos o registro de contrações isotônicas do músculo gastrocnêmio isolado de um animal experimental (rã), por estimulação direta no músculo ou indireta (via nervo ciático), por meio de eletrodos.
2. OBJETIVOS
	A aula tem por objetivos a compreensão de diferentes aspectos do controle neuromuscular e da contração do músculo estriado esquelético. Para tanto deverão ser observados:
- as características contrácteis e funcionais do músculo
- o limiar de excitabilidade e a leido tudo-ou-nada
- o efeito do aumento da intensidade de estimulação
- o efeito do aumento da freqüência da estimulação 
- a ocorrência fisiológica da tetanização 
- os fenômenos de fadiga e contratura muscular.
3. MATERIAL E MÉTODO
MATERIAL 
Animal Experimental: Rã
Material Cirúrgico
Mesa Cirúrgica
Estilete para Espinalação 
Solução de Ringer
Quimógrafo 
Estimulador Elétrico
Papel para Registro do Gráfico dos Procedimentos Experimentais.
3.2- MÉTODO 
1º- Espinalação da rã, para destruição do sistema nervoso central.
 	- Nessa condição, o animal não apresentará reflexos.
2º- Imobilização do animal experimental
3º- Dissecção do músculo gastrocnêmio e nervo ciático
4º- Identificação e fixação do músculo 
5º- Preparo da pena inscritora para o registro do experimento no quimógrafo e
 ajustes necessários.
6º- Importante: gotejar, periodicamente, a solução de Ringer sobre o músculo. 
7º- Envolver o eletrodo no nervo ciático e aplicar estímulos elétricos a começar com a voltagem zero, aumentando progressivamente.
8º- Observe as variações no registro até obtenção da resposta contractil máxima
9º- Fixada a intensidade, aumente a frequência de estimulação
10º- Retire o eletrodo do nervo e conecte-o ao músculo
11º- Volte o registrado aos valores mínimos iniciais e repita os procedimentos de aumento na intensidade de estimulação, até obtenção da resposta contractil máxima; seguido de aumento na frequência.
DISCUSSÃO
Estimulando-se o ciático, as respostas contrácteis foram observadas desde a primeira estimulação? Sim, Não, Porque?
Estimulando-se o gastrocnêmio, as respostas contrácteis foram observadas desde a primeira estimulação? Sim, Não, Porque?
Aumento na intensidade de estimulação, modifica a resposta muscular? Explique as diferenças entre nervo e músculo.
Que tipo de contrações foram observadas?
Como denomina-se o estímulo de menor intensidade capaz de produzir resposta muscular?
Fixando-se a intensidade de estimulação e aumentando-se a frequência, o que se observa?
Explique o significado de tétano imperfeito e perfeito.
O que é fadiga muscular?
Qual é a causa da contratura muscular?
Aula Prática 5: Modelo de Estresse no Sistema Nervoso Neurovegetativo (SNN)
1. INTRODUÇÃO	
	O sistema nervoso neurovegetativo (visceral ou autônomo), é a divisão funcional do sistema nervoso, responsável pela sensibilidade e controle motor visceral.
	As eferências neurovegetativas (vias motoras) classificam-se em simpáticas e parassimpáticas.
	Dentre as várias funções do SNN, incluí-se a regulação cardiovascular. Nesse sentido, durante situações de estresse físico e/ou emocional, o sistema nervoso simpático exerce um importante controle fisiológico sobre o funcionamento cardiovascular.
2. OBJETIVOS
	A aula tem por objetivos demonstrar o efeito do exercício físico, como modelo de estresse, sobre a freqüência cardíaca e pressão arterial.
3. METODOLOGIA
3.1 Casuística:
	Serão convidados a participar como voluntários na realização do esforço físico, 2 alunos, preferencialmente com alto e baixo condicionamento físico.
3.2 Materiais
	Bicicleta ergométrica, estetoscópio, esfigmomanômetro (ou polar), cronômetro.
3.3. Método
Exercício em bicicleta ergométrica:
- Inicialmente serão medidas a frequência cardíaca e pressão arterial em repouso;
- Acionado o cronômetro, o voluntário iniciará o exercício e as medidas dos dois parâmetros serão realizadas a cada 5 min;
- Ao final de 20 min o exercício será interrompido e o aluno ficará sentado para mensuração da resposta de recuperação da frequência cardíaca e pressão arterial, a cada 5 min; durante 15 min.
Tabelas para coleta de dados
	TEMPO
	FREQUENCIA CARDÍACA
	PRESSÃO ARTERIAL
	REPOUSO
	
	
	5 min
	
	
	10 min
	
	
	15 min
	
	
	20 min
	
	
	
	
	
	Pós-exercício
	
	
	25 min
	
	
	30 min
	
	
	35 min
	
	
	
	
	
DISCUSSÃO
Analise e discuta os resultados, após a confecção da curva de freqüência cardíaca e pressão arterial, explicando os efeitos do sistema nervoso neurovegetativo no sistema cardiovascular.
Aula Prática 6: Cardiograma de Tração - Atividade Elétrica e Mecânica do Coração
1. INTRODUÇÃO 
	O coração da rã consta de um ventrículo, duas aurículas e um seio venoso, no qual desembocam veias cavas.
	Do ventrículo sai um bulbo arterioso que se bifurca em dois vasos calibrosos: um esquerdo, que origina a carótida primitiva esquerda, a artéria pulmocutânea, que se distribui à pele e ao pulmão por seus ramos, artéria cutânea, artéria pulmonar e a artéria intestinal primitiva. O direito tem distribuição semelhante, mas o ramo maior toma o nome de aorta primitiva e promove a irrigação dos órgãos urogenitais, membros inferiores, etc.
	O sangue venoso desemboca, por intermédio das veias cavas, no seio venoso e desta passa à aurícula direita, de onde vai ao ventrículo. O sangue vai dos pulmões e da pele para a aurícula esquerda (a pele tem função respiratória também nos batráqueos) e depois ao ventrículo.
	O sangue arterial e venoso são lançados no ventrículo único do sapo (como nos batráqueos em geral), porém não se misturam, senão em proporções mínimas.
	Quando o ventrículo se contrai, o sangue passa para o bulbo arterial, também em mistura mínima, vai para os vasos periféricos e completa o circuito que permite a passagem do sangue venoso e arterial em tempo diferentes, de tal modo a não se misturarem.
	Estudaremos alguns aspectos das propriedades fundamentais do miocárdio: automatismo, excitabilidade, condutibilidade e contratibilidade.
Automatismo
	Os estímulos responsáveis pela excitação do miocárdio podem nascer em qualquer uma das fibras cardíacas. Existem, no entanto certas zonas (zonas marca-passo) com diferenciação anatômica e funcional (tecido nodal) que possuem essa propriedade de gerar estímulos (automatismo) de maneira característica e o fazem com uma freqüência própria.
	A zona de automatismo, que possui a freqüência mais elevada, passa a comandar a ativação cardíaca submetendo a excitação de todas as fibras ao seu próprio ritmo, o marca-passo cardíaco propriamente dito.
	A freqüência das zonas de marca-passo pode ser alterada por modificações dos íons, da temperatura e, especialmente do SNA, com seus neuromediadores.
Excitabilidade
	É a propriedade que tem o miocárdio de reagir quando estimulado. O coração funcionalmente comporta-se como um sincício: ativando-se um ponto, todo o órgão responde. Cada uma das respostas às ativações regulares do marca-passo constitui uma sístole cardíaca; quando qualquer outro ponto que não aquele que tem a função de marca-passo cardíaco consegue excitar o coração, a resposta extra que se origina chame-se extra-sístole.
Ritmicidade
	É a propriedade que tem o tecido marcapasso de funcionar num ritmo próprio de produção dos potenciais de ação, o que tem relação com a frequência cardíaca.
Condutibilidade
	É a propriedade de propagação da atividade elétrica cardíaca iniciada no marca-passo, por todas as 4 câmaras cardíacas, numa sequência precisa e ordenada.
	Essa propriedade depende do tecido condutor e das sinapses eletricas (gap-junctions) existentes entre as fibras do miocárdio.
Contratibilidade
	É a propriedade que tem o miocárdio de contrair-se, respondendo como um todo à lei do tudo-ou-nada: ou responde com uma contração máxima, ou não responde. Isto, entretanto, não significa que não se possa variar o máximo de energia conseguido por um dado batimento, ou que não se possa regular a contratibilidade.
	Vários são os fatores que interferem: íons, a seqüência das ativações, o sistema nervoso neurovegetativo simpático e parassimpático, etc.
2. OBJETIVOS 
- Estudar a excitação rítmica do coração
- Verificar o automatismo cardíaco. 
- Observar as alterações nas atividades elétrica e contrátil do coração sob efeitode diferentes drogas e soluções.
- Observar as alterações na atividade do coração sob condições experimentais de diferentes tipos de bloqueios.
3. MATERIAIS
- Animal experimental: rã 
- Drogas e soluções: Adrenalina, Acetilcolina, Solução de Ringer frio e quente, CaCl2
Estilete
Material Cirúrgico
Papel para Registro do Gráfico
Quimógrafo
4. MÉTODOS
- Imobilizar o animal pelo processo de espinalação 
- Expor o coração e mantê-lo umedecido com solução de Ringer
- Prender o coração à pena inscritora através de um gancho metálico preso ao ápice do ventrículo. 
- Verificar a estrutura do coração
- Ligar o quimógrafo e observar o gráfico das atividades cardíacas sob diferentes condições experimentais. 
5. REGISTROS (desenhar nos espaços indicados)
- REGISTRO DA ATIVIDADE NORMAL DO CORAÇÃO:
- REGISTRO SOB EFEITOS DE DIFERENTES DROGAS E SOLUÇÕES
- Pipetar as diferentes drogas e soluções
- Observar as alterações na atividade cardíaca e no registro gráfico, em cada determinada condição.
- Após cada droga ou solução:
- Lavar o coração com solução fisiológica de Ringer
- E esperar a estabilização da frequência do batimento a cada.
- Seqüência das drogas e soluções: 
Adrenalina:
Acetilcolina: 
Solução de Ringer quente: 
Solução de Ringer frio: 
- CaCl2:
 
- REGISTROS DA ATIVIDADE CARDÍACA SOB EFEITO DE DIFERENTES TIPOS DE BLOQUEIOS CARDÍACOS
- Promover diferentes bloqueios cardíacos, observando em cada um deles:
A atividade cardíaca e o registro gráfico. 
- Sequência dos Bloqueios (Ligaduras de Stannius):
1º- Fazer a 1ª ligadura de Stannius
 - Passando uma linha ao redor do limite entre o seio venoso e os átrios.
- Apertar o laço, observar o efeito e o registro no gráfico:
2º- Fazer a 2ª ligadura:
Passando outra linha ao redor do limite entre os átrios e o ventrículo.
 Observar o efeito e o registro gráfico:
3º- A seguir, desfazer a 1ª ligadura, obtendo-se a 3ª ligadura 
- Observar o efeito e o registro gráfico:
 
4º- Desfazer a 3ª ligadura de Stannius e observar se o coração reassumi a sua atividade normal. 
6. DISCUSSÃO 
Identificar e explicar as alterações observadas com o uso das diferentes drogas e soluções:
Adrenalina: ----------------------------------------------------------------------------------
Acetilcolina: ----------------------------------------------------------------------------------
Ringer Quente: -------------------------------------------------------------------------------
Ringer Frio: -----------------------------------------------------------------------------------
Solução CaCl2: -------------------------------------------------------------------------------
Identificar e explicar os diferentes bloqueios (Ligaduras de Stannius) 
1ª ligadura de Stannius se identifica com qual bloqueio cardíaco humano?
_______________________________________________________________________
2ª ligadura de Stannius se identifica com qual bloqueio cardíaco humano?
_______________________________________________________________________
- 3ª ligadura de Stannius se identifica com qual bloqueio cardíaco humano?
_______________________________________________________________________
Em que condição pode acontecer o escape ventricular e o que significa?
Aula Prática 7: Microcirculação
1. INTRODUÇÃO
	Existe um controle local do fluxo sangüíneo pelos tecidos e um processo de regulação humoral, em resposta às necessidades dos tecidos 
	Um dos princípios mais fundamentais da função circulatória consiste na capacidade de cada tecido controlar seu próprio fluxo sangüíneo local em relação às necessidades metabólicas.
	Quando a necessidade de fluxo se altera, o fluxo segue esta alteração.
	Algumas necessidades específicas dos tecidos referem-se a: suprimento de O2 aos tecidos; suprimento de nutrientes, como glicose, aminoácidos, ácidos graxos; remoção de CO2 dos tecidos; remoção de H+ dos tecidos; manutenção de concentrações apropriadas de íons em geral; transporte de vários hormônios e outras substâncias específicas para os diferentes tecidos.
	O fluxo sangüíneo para cada tecido é geralmente regulado no nível mínimo capaz de suprir suas necessidades.
	REGULAÇÃO HUMORAL DA CIRCULAÇÃO 
	A regulação humoral da circulação refere-se à regulação por substâncias secretadas nos líquidos corporais ou neles absorvidos, como hormônios e íons.
	Algumas dessas substâncias são formadas por glândulas especiais e, a seguir, transportadas pelo sangue por todo o corpo. Outras são formadas em áreas teciduais locais e só produzem efeitos circulatórios locais 
	AGENTES VASOCONSTRITORES: 
	NORADRENALINA E EPINEFRINA
	A noradrenalina é um hormônio vasoconstritor particularmente potente. A epinefrina tem menor potência, e em alguns casos, produz vasodilatação como por exemplo ocorre ocasionalmente no coração para dilatar as artérias coronárias durante o aumento da atividade cardíaca.
	ANGIOTENSINA 
	A angiotensina é uma das mais potentes substâncias vasoconstritoras. A verdadeira importância da angiotensina no sangue, reside normalmente na sua atuação simultânea sobre todas as arteríolas do corpo, aumentando a resistência periférica total, com conseqüente elevação da pressão arterial. 
	VASOPRESSINA 
	A vasopressina é ainda mais potente que a angiotensina como vasoconstritora, o que a torna, talvez, a mais potente das substâncias vasoconstritoras.
	ENDOTELINA
	É um poderoso vasoconstritor nos vasos sangüíneos lesados. A endotelina é encontrada nas células endoteliais dos vasos sangüíneos após grave lesão do vaso. É provavelmente a liberação local da endotelina, com vasoconstrição subsequente que impede a ocorrência de sangramento extenso de artérias. 
	AGENTES VASODILATADORES 
	BRADICININA 
	A bradicinina produz intensa dilatação arteriolar, bem como aumento da permeabilidade capilar. 
	SEROTONINA 
A serotonina está presente na musculatura lisa cardiovascular e também nas plaquetas (carreadoras da serotonina). sendo que nas plaquetas encontramos um receptor conhecido como 5HT-2. A serotonina estimula a liberação de óxido nítrico no endotélio, produzindo relaxamento vascular deste e com isso promove a vasodilatação do tecido cardíaco (in vitro). Nas artérias coronárias o receptor 5HT-1D é o principal receptor responsável por esta atividade no endotélio vascular, no entanto, por ação direta da serotonina pode-se obter a vasoconstrição por agonismo nos receptores 5HT-2B presentes nas artérias coronárias
	
	HISTAMINA 
	A histamina é liberada praticamente em todos os tecidos do corpo; quando estes sofrem lesão, inflamação ou reação alérgica. A maior parte da histamina deriva dos mastócitos dos tecidos lesados e dos basófilos no sangue. A histamina exerce poderoso efeito vasodilatador sobre as arteríolas. E tem capacidade de aumentar acentuadamente a porosidade capilar, permitindo o extravasamento de líquido e de proteínas plasmáticas nos tecidos.
	PROSTAGLANDINAS 
	Quase todos os tecidos do corpo contêm quantidades pequenas a moderadas de várias substâncias químicas relacionadas, denominadas prostaglandinas. A maioria das prostaglandinas atuam como agentes vasodilatadores, apesar de algumas causarem vasoconstrição.
REGULAÇÃO NEURAL DA CIRCULAÇÃO E O CONTROLE RÁPIDO DA PRESSÃO ARTERIAL
	REGULAÇÃO NEURAL DA CIRCULAÇÃO
	O controle nervoso normalmente tem pouco a ver com o ajuste do fluxo sangüíneo. Trata-se de uma função do controle tecidual local do fluxo sanguíneo. Na verdade, o controle nervoso afeta principalmente funções mais globais como: a redistribuição do fluxo sangüíneo para as diferentes áreas do corpo; o aumento na atividade de bombeamento do coração; e, em particular, o fornecimento de um controle rápido da pressão arterial. 
	O meio pelo qual o sistema nervosocontrola a circulação, é quase totalmente através do sistema nervoso autonômico. 
	SISTEMA NERVOSO AUTONÔMICO ou NEUROVEGETATIVO
	A parte mais importante do sistema nervoso neurovegetativo para a regulação da circulação consiste no sistema nervoso simpático (SNP), que também é importante ao contribuir para a regulação da função cardíaca.
	SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO
INERVAÇÃO SIMPÁTICA DOS VASOS SANGÜÍNEOS
As fibras nervosas simpáticas se distribuem por todos os vasos sanguíneos; à exceção dos capilares, dos esfíncteres pré–capilares e da maioria das metarteríolas.
A inervação das pequenas artérias e arteríolas permite que a estimulação simpática aumente a resistência e, por conseguinte, reduza a taxa de fluxo sangüíneo pelos tecidos. 
A inervação dos grandes vasos, em particular das veias, permite que a estimulação diminua o volume desses vasos, alterando, assim, o volume do sistema circulatório periférico. Esse processo pode transferir sangue para o coração, desempenhando portanto importante papel na regulação da função cardiovascular. 
2. OBJETIVOS
Observar as diferenças anatomofisiológicas entre artérias e veias 
Observar as características funcionais da circulação capilar
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Animal experimental: Rã 
Solução: Adrenalina, Histamina, Soro fisiológico
Material experimental e aparelhos: estilete, material cirúrgico, prancha, microscópio
Procedimentos Experimentais
1º- Imobilizar o animal pelo processo de espinalação 
2º- Fixação do animal: deitá-lo em decúbito dorsal imobilizando-o na prancha, por meio de alfinetes, transfixando as patas.
3º- Exposição do mesentério: fazer uma incisão longitudinal de 2cm na região lateral do abdome.
4º- Exteriorizar uma alça do intestino delgado e cobrir da prancha com a porção do mesentério limitada pela alça intestinal.
5º- Fixar a alça atravessando o intestino com os alfinetes, o mais distante possível do mesentério.
6º- Colocar a prancha sobre a platina do microscópio, usar lentes de pequeno aumento.
Observação: Ao notar que o mesentério se resseca, umedecê-la com solução de NaCl por meio de um conta-gotas.
EXPERIÊNCIA
Arteríolas e Vênulas
Observar os vasos maiores que se apresentam como duas linhas paralelas limitando colunas vermelhas que fluem.
Bifurcação
Procurar vasos que se bifurcam. Em alguns o sangue flui em direção à bifurcação, em outros, o fluxo é em direção oposta. Qual é a arteríola, e qual a vênula?
c- Fluxo
Observar que em alguns vasos o fluxo de sangue se acelera intermitentemente, em outros é contínuo.
Onde é o fluxo intermitente: nas arteríolas ou vênulas? Por quê?
d- Capilar
Observar entre os vasos maiores uma rede de vasos anastomosados, de paredes quase invisíveis e de pequeno diâmetro. São os capilares onde as hemáceas se deslocam como pilhas de moedas.
Instilar uma gota de adrenalina sobre o mesentério. Quais as modificações no calibre dos vasos?
 f- Instilar uma gota de histamina sobre o mesentério. Quais as modificações no calibre dos vasos?
		
 ARTÉRIA			 VEIA 
Aula Prática 8: Medida de Pressão Arterial e da Frequência Cardíaca, Ausculta Cardíaca
		
1. INTRODUÇÃO 
	A determinação da pressão arterial é importante no diagnóstico de alterações cardiovasculares e, por isso, é importante determiná-la corretamente.
	Existem técnicas diretas (em animais) e indiretas para a medida da pressão arterial (em humanos).
Como o bombeamento do sangue é pulsátil, a pressão arterial oscila entre um nível sistólico e diastólico, podendo ser determinadas as pressões sistólica (pressão máxima) e a diastólica (pressão mínima). 
 A diferença entre a pressão sistólica e a diastólica determina a pressão de pulso que, no adulto normal, varia entre 40 e 50 mmmHg.
2. OBJETIVOS
- Aprender a determinar a frequência cardíaca pela palpação da artéria radial.
- Auscultar as bulhas cardíacas
- Familiarizar-se com as técnicas da pressão arterial pelo método indireto, utilizando o esfigmomanômetro e o estetoscópio.
3. MATERIAL 
- Estetoscópio, Esfigmomanômetro (manguito, manômetro e pêra pressurizadora).
4. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
 DETERMINAÇÃO DA FREQÜÊNCIA CARDÍACA PELO PULSO ARTERIAL
O pulso arterial representa a propagação periférica da variação inicial de pressão na aorta, através das paredes arteriais e do sangue. Isso ocorre porque as paredes arteriais são elásticas.
A onda de pulso atinge uma artéria antes da chegada do sangue saído do ventrículo. 
Os locais mais indicados para a medida do pulso são as artérias radial e carótida.
Pela palpação da artéria radial, verificar o ritmo cardíaco.
Determinar o pulso radial (frequência cardíaca) por 1 minuto. Anotar o resultado.
Repetir a determinação utilizando os tempos: 15 segundos e 30 segundos. 
Calcular a frequência através do pulso radial / minuto. Anotar os resultados.
4.2 AUSCULTA DAS BULHAS
	São sons audíveis em áreas do tórax e com mais nitidez nas áreas precordiais.
	Podem ser ouvidas por fonocardiograma ou pelo uso do estetoscópio (1 e 2 bulhas).
1 bulha: fechamento das válvulas atrioventriculares
2 bulha: fechamento das válvulas semilunares
3 bulha: fluxo de sangue para os ventrículos já quase cheios
Bulha atrial: vibrações do fluxo de sangue para os ventrículos durante a contração atrial. 
Áreas para ausculta das bulhas cardíacas normais: os focos para ausculta são: aórtico, pulmonar, tricúspide e mitral; conforme a figura. 
4.3 MEDIDA DA PRESSÃO ARTERIAL - MÉTODO AUSCULTATÓRIO 
A pressão arterial é a pressão que o sangue ejetado do ventrículo esquerdo exerce na artéria aorta e que se propaga pela rede arterial sistêmica.
Através desse método é possível determinar a pressão máxima (sistólica) e a pressão mínima (diastólica).
Para a determinação do método auscultatório, utiliza-se o esfigmomanômetro juntamente com o estetoscópio.
DISCUSSÃO
O que é pressão arterial?
Qual a importância da manutenção da pressão arterial?
O que são válvulas cardíacas? 
Como é determinada a freqüência a cardíaca?
Quais os valores de pressão arterial considerados normais?
Quais são os mecanismos que regulam a pressão arterial?
Aula Prática 9: Espirometria
1. INTRODUÇÃO
Espirometria é um método para medidas das alterações do volume pulmonar que ocorrem durante a inspiração e expiração.
O volume de ar nos pulmões maximamente cheio pode ser dividido em
Volume Corrente (VC): volume gasoso inspirado ou expirado em cada ciclo respiratório único (500 ml) 
Volume Inspiratório de Reserva (VIR): volume gasoso máximo que pode ser inspirado ao final de uma inspiração normal (3.000 ml)
Volume Expiratório de Reserva (VER): volume gasoso máximo que pode ser expirado fazendo-se uma expiração máxima ao final de uma expiração normal (1.100 ml)
Volume Residual (VR): volume gasoso que permanece nos pulmões após uma expiração máxima (1.200 ml)
Volume Expiratório Forçado (VEF1,0): quantidade máxima de gás que pode ser expelida em 1 segundo, após inspiração máxima (4.000 ml)
As Capacidades Pulmonares são medidas da função pulmonar calculadas pela soma de 2 ou mais volumes:
Capacidade Pulmonar Total (CPT): quantidade total de gás contida no pulmão após inspiração máxima; soma dos volumes 1 a 4 (5.800 ml)
Capacidade Vital (CV): medida do maior volume corrente possível; volume máximo que pode ser inspirado após expiração máxima (VER + VC + VIR = 4.600 ml))
Capacidade Inspiratória (CI): quantidade máxima de gás que pode ser inspirada fazendo-se uma inspiração máxima ao final de uma expiração normal (VC + VIR = 3.500 ml)
Capacidade Funcional Residual (CFR): quantidade de ar presente no pulmão ao final de uma expiração normal (VER + VR = 2.300 ml)
Capacidade Vital Forçada (CVF): quantidade de gás que pode ser expelida dos pulmões expirando-se o mais forte possível após inspiração máxima(5.000 ml).
2. METODOLOGIA
	O método mais comum, inicialmente padronizado, envolve as seguintes etapas:
- campânula contendo O2, imersa num reservatório de água
- a campânula é contrabalanceada por um peso
- a campânula é conectada a uma pena inscritora e a um quimógrafo
(registro gráfico numa folha de papel em movimento circular)
- uma tubulação conecta a boca do indivíduo c/ o reservatório de gás
- o indivíduo respira por um tubo de maneira que quando o ar é:
* retirado na inspiração o recipiente abaixa e a inscrição se eleva;
* adicionado na expiração o recipiente se eleva e a inscrição abaixa
VENTILAÇÃO ALVEOLAR E ESPAÇO MORTO ANATÔMICO
Freqüência Respiratória (FR): n de incursões respiratórias por unidade de tempo.
Volume-Minuto Respiratório (VMR):
- é o volume de ar movido pelo sistema respiratório por min
- uma parte ventila espaço morto anatômico e outra ventila alvéolos
VMR = VC x FR (6.000 = 500 x 12)
- durante exercício intenso o VMR pode elevar-se p/ até 130 l/min
Espaço Morto Anatômico: traquéia, brônquios e bronquíolos não-respiratórios (o ar contido nessas estruturas não estabelece trocas).
volume de espaço morto anatômico (VEMA) p/ FR=12 é de 150 ml.
Volume Minuto Alveolar: fração do VMR que ventila os alveólos e está sujeito as trocas gasosas.
FR = 12	VEMA = 150 ml	 VC = 500 ml	(500 – 150 = 350)
Volume minuto alveolar = 12 x 350 = 4.200 ml/min
Aula Prática 10: Dosagem de Glicose, Colesterol, Triglicérides
1 INTRODUÇÃO 
A GLICOSE ou glucose ou dextrose, é um monossacarídeo. Juntamente com a frutose e a galactose, é o carboidrato fundamental dos carboidratos maiores, como sacarose e maltose. Amido e celulose são polímeros de glucose.
No metabolismo, a glicose é uma das principais fontes de energia e fornece 4 calorias de energia por grama. A glucose hidratada (como no soro glicosado) fornece 3,4 calorias por grama. Sua degradação química durante o processo de respiração celular dá origem a energia química (armazenada em moléculas de ATP - entre 36 e 38 moléculas de ATP por moléculas de glucose), gás carbônico e água.
O nome Glucose veio do grego glykys (γλυκύς), que significa "doce", mais o sufixo -ose, indicativo de açúcar. Tem função de fornecedor de energia, participa das vias metabólicas, além de ser precursora de outras importantes moléculas.
 A regulação glicêmica é uma função homeostática essencial à vida das células e está sobre regulação precisa de vários hormônios e do sistema nervoso neurovegetativo.
 O COLESTEROL é um esteroide lipídico encontrado nas membranas celulares e transportado no plasma sanguíneo de todos os animais. É um componente essencial das membranas celulares dos mamíferos. O colesterol é o principal esterol sintetizado pelos animais, mas pequenas quantidades são também sintetizadas por outros eucariotas, como plantas e fungos.
Não existe colesterol em nenhum produto de origem vegetal. Plantas apresentam um produto similar chamado de estigmaesterol, que não é absorvido pelo corpo humano.
A maior parte do colesterol presente no corpo é sintetizada pelo próprio organismo, sendo apenas uma pequena parte adquirida pela dieta. Portanto, ao contrário de como se pensava antigamente, o nível de colesterol no sangue não aumenta se se aumentar a quantidade de colesterol na dieta. O colesterol é mais abundante nos tecidos que mais sintetizam ou têm membranas densamente agrupadas em maior número, como o fígado, medula espinhal, cérebro e placas ateromatosas (nas artérias). O colesterol tem um papel central em muitos processos bioquímicos, mas é mais conhecido pela associação existente entre doenças cardiovasculares e as diversas lipoproteínas que o transportam, e os altos níveis de colesterol no sangue (hipercolesterolemia).
O colesterol é insolúvel em água e, consequentemente, insolúvel no sangue. Para ser transportado através da corrente sanguínea ele liga-se a diversos tipos de lipoproteínas, partículas esféricas que tem sua superfície exterior composta principalmente por proteínas hidrossolúveis. Existem vários tipos de lipoproteínas, e elas são classificadas de acordo com a sua densidade. 
As duas principais lipoproteínas usadas para diagnóstico dos níveis de colesterol são:
- lipoproteínas de baixa densidade (Low Density Lipoproteins ou LDL): acredita-se que são a classe maléfica ao ser humano, por serem capazes de transportar o colesterol do fígado até as células de vários outros tecidos. Nos últimos anos, o termo (de certa forma impreciso) "colesterol ruim" ou "colesterol mau" tem sido usado para referir ao LDL que, de acordo com a hipótese de Rudolf Virchow, acredita-se ter ações danosas (formação de placas arteroscleróticas nos vasos sanguíneos). 
- lipoproteínas de alta densidade (High Density Lipoproteins ou HDL): acredita-se que são capazes de absorver os cristais de colesterol, que começam a ser depositados nas paredes arteriais (retardando o processo arterosclerótico). Tem sido usado o termo "colesterol bom" para referir ao HDL, que se acredita que tem ações benéficas. 
TRIACILGLICEROL: é nome genérico de qualquer tri-éster oriundo da combinação do glicerol (um triálcool) com ácidos, especialmente ácidos graxos (ácidos carboxílicos de longa cadeia alquílica), no qual as três hidroxilas (do glicerol) sofreram condensação carboxílica com os ácidos, os quais não precisam ser necessariamente iguais. Triacilgliceróis são prontamente reconhecidos como óleos ou gorduras (ver óleo vegetal e gordura), produzidos e armazenados nos organismos vivos para fins de reserva alimentar.
De forma simplificada, um triacilglicerol é formado pela união de três ácidos graxos a uma molécula de glicerol, cujas três hidroxilas (grupos –OH) ligam-se aos radicais carboxílicos dos ácidos graxos.
Existem vários sinônimos para "Triacilglicerol": Triacilglicerídeo; Triacilglicerídio; Triacilglicídeo; Triacilglicídio; Triglicerídeo; Triglicerídio; Triglicéride; Triglicerol; 
2 OBJETIVOS 
Demostrar aos alunos uma forma simples de dosagem de glicose, colesterol e triglicerídeos por meio de fitas reativas e leitura rápida.
3 PROCEDIMENTOS
- Lavagem e secagem das mãos
- Assepsia na polpa digital 
- Perfuração do dedo com lancetador para punção digital
- Colocação de uma gota de sangue sobre as 3 fitas reativas (Accutrend® glicose, Accutrend® colesterol e Accutrend® triglicerides) 
- Colocação da fita reativa no aparelho de leitura (ACCUTREND® GCT)
- Proceder à leitura seguindo as instruções do aparelho.
Valores de glicose plasmática (em mg/dl) para diagnóstico de diabetes mellitus e seus estágios pré-clínicos
	
	Nomal
	Tolerância à glicose diminuída
	Diabetes mellitus
	Glicemia de jejum
	< 100 (70 a 99)
	≥ 100 a < 126 
	≥ 126 
	Glicemia 2h após GTT
	
	 140 a < 200
	≥ 200
	Glicemia casual
	
	
	≥ 200, com sintomas clássicos
Fonte: SBD diretrizes 2013/2014
Jejum = falta de ingestão calórica por no mínimo 8 h.
GTT = Teste de tolerância à glicose (75 g de glicose oral e dosagens glicêmicas sucessivas)
Glicemia casual = realizada a qualquer hora do dia, sem se observar o intervalo desde a última refeição
Sintomas clássicos de DM: poliúria, polidipsia e perda não explicada de peso.
Nota: O diagnóstico de DM deve sempre ser confirmado pela repetição do teste em outro dia, a menos
que haja hiperglicemia inequívoca com descompensação metabólica aguda ou sintomas óbvios de DM.
Valores referenciais do perfil lipídico para adultos maiores de 20 anos
	
	Desejável
	Limítrofe
	Alto
	Colesterol total
	< 200 mg/dL
	200-239
	≥240
	
	Desejável
	Limítrofe
	Alto
	Muito alto
	TGL
	< 150 mg/dL
	150-200 
	200 a 499
	≥500
	
	Ótimo
	Desejável
	Limítrofe
	Alto
	Muito alto
	LDL-colesterol
	< 100 mg/dl
	100-129 
	130-159
	160-189
	≥190
	
	Baixo
	Desejável
	HDL-colesterol
	< 40 mg/dl
	> 60 mg/dl
Fonte: V Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose; Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 101, n. 4, Supl.1, 2013.RESULTADOS (valores em mg/dL)
	Voluntário
	Glicemia
	Colesterolemia
	Trigliceridemia
	1
	
	
	
	2
	
	
	
	3
	
	
	
	4
	
	
	
Aula Prática 11: Teste de Tolerância à Glicose e Curva Glicêmica Controle 
Aula Prática 12: Teste de Tolerância à Glicose e Curva Glicêmica Diabética
1. INTRODUÇÃO:
O controle fisiológico da concentração de glicose no sangue (glicemia) garante sua oscilação entre 80-90 e 120 a 140 mg/dl de sg.; respectivamente no jejum matinal e 1 hora após uma refeição.
A manutenção da glicemia é vital, pois a glicose é o único nutriente utilizado pelo cérebro, retina e epitélio germinativo das gônadas, em quantidades suficientes para seu suprimento energético adequado.
No jejum, a insulina deve diminuir para que a glicose produzida pela gliconeogênese supra o cérebro e não seja desviada para os músculos.
O fígado atua como um sistema-tampão da glicose sangüínea, evitando variações glicêmicas. Entre os mecanismos reguladores, temos vários hormônios hiperglicemiantes, tais como glucagon, adrenalina, GH e cortisol e apenas um hipoglicemiante que é a insulina.
	O teste de tolerância à glicose, ou GTT, é um exame utilizado para o diagnóstico da função pancreática. 
2. Objetivo: Analisar a função endócrina do pâncreas na regulação da glicemia.
3. MATERIAL E MÉTODOS	
Animal Experimental: Rato (plasma sanguíneo).
Drogas: Insulina, Glucagon, Glicose
Grupos Experimentais 
GRUPOS CONTROLE (aula 9)
Controle
Controle + glicose
Controle + glucagon 
Controle + insulina
GRUPOS DIABÉTICOS (aula 10)
Diabético
Diabético + glicose
Diabético + glucagon 
Diabético + insulina
Coleta de sangue para glicemia: nos tempos: 0; 5; 10; 20; 30; 45 e 60 minutos.
Procedimento de aplicação das drogas 
a- Coleta de sangue no tempo 0.
b- Em seguida administrar a droga (1 ml/ via i.p.)
c- Coletas nos tempos: 5; 10; 20; 30; 45 e 60 minutos após a administração da droga.
Determinação da glicemia
Reagentes 
Reagente de cor: Glicose Enzimática
b- Padrão de glicose - 100 mg/dl.
Procedimentos técnicos
Tipos de Tubos: Amostra, Padrão, Branco
Preenchimento dos Tubos
	
	Amostra
	Padrão (em duplicata)
	Branco
	Amostra
	10µl/cada tempo
	 
	
	Padrão
	-
	10 l (Glicose Padrão)
	
	Reagente de cor
	1,0 ml
	1,0 ml
	1,0 ml
Banho-maria: Agitar os tubos, mantê- los em banho-maria, a 37ºC, durante 15 minutos.
Determinar as absorbâncias (DO)
Dos tubos das amostras e dos padrões (P1 e P2)
Calibrar o espectrofotômetro (505 nm)
 Acertar o zero com o branco.
4. Resultados
GRUPOS CONTROLE (AULA 9)
Anotar os valores obtidos de absorbância (DO) e calcular os respectivos valores de glicemia (G).
	Tempo (minutos)
	Controle
	Controle + Glicose
	Controle + Insulina
	Controle + Glucagon
	
	D0
	G
	DO
	G
	DO
	G
	DO
	G
	0
	
	
	
	
	
	
	
	
	5
	
	
	
	
	
	
	
	
	10
	
	
	
	
	
	
	
	
	20
	
	
	
	
	
	
	
	
	30
	
	
	
	
	
	
	
	
	45
	
	
	
	
	
	
	
	
	60
	
	
	
	
	
	
	
	
GRUPOS DIABÉTICOS (AULA 10)
Anotar os valores obtidos de absorbância (DO) e calcular os respectivos valores de glicemia (G).
	Tempo (minutos)
	Diabético
	Diabético + Glicose
	Diabético + Insulina
	Diabético + Glucagon
	
	DO
	G
	DO
	G
	DO
	G
	DO
	G
	0
	
	
	
	
	
	
	
	
	5
	
	
	
	
	
	
	
	
	10
	
	
	
	
	
	
	
	
	20
	
	
	
	
	
	
	
	
	30
	
	
	
	
	
	
	
	
	45
	
	
	
	
	
	
	
	
	60
	
	
	
	
	
	
	
	
Cálculos
		 100
a- FATOR = _____________________________
DO Padrão (absorbância do padrão)
b- Nível de glicose no sangue (mg/dL) = DO/Amostra x Fator
Aula Prática 13: Ciclo Estral
1 INTRODUÇÃO
	Na mulher, durante a vida fértil, ocorrem alterações cíclicas na função secretora de hormônios ovarianos e na ovulação. As variações nas concentrações sanguíneas dos estrógenos e progesterona causam mudanças no endométrio uterino e na mucosa vaginal.
	O ciclo uterino feminino divide-se em fases: 1. proliferativa ou estrogênica, 2. secretora ou progestacional e 3. período menstrual. 
	É possível estabelecer relações dos efeitos hormonais sobre células do epitélio vaginal, de ratas; cujo ciclo estral divide-se nas fases: Proestro, Estro, Metaestro e Diestro.
2 Objetivo
Observar o epitélio vaginal de ratas em diferentes fases do ciclo estral de ratas.
3 MATERIAIS E MÉTODOS
MATERIAL
Animais: Ratas
Soro Fisiológico (Solução Salina), Lâminas, Lâminulas, Conta-gotas, Microscópio
PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
Sedação da rata com Thionembutal
Coleta do esfregaço vaginal
Observação das fases no microscópio óptico.
4 RESULTADOS: Fases do ciclo estral
Proestro 
Início da ação estrogênica.
Fase que ocorre a ovulação: duração de 24 horas.
Corresponde na mulher à fase proliferativa. 
Lâmina:
- Ausência de leucócitos
- Inúmeras células epiteliais arredondadas e com núcleo
- Presença residual de tipos intermediários de células.
Estro
Fase de máxima ação estrogênica 
Fase em que a rata aceita o macho
Corresponde na mulher à ovulação. 
Lâmina:
 - Presença de inúmeras células corneificadas (queratinizadas).
Metaestro 
Início da elevação da progesterona sérica.
Fase muito curta na rata: duração de 12 a 24 horas.
É a fase secretória que antecede o diestro.
Corresponde na mulher à fase progestacional. 
Lâmina:
 - Reaparecem os leucócitos.
 - Entremeados com algumas células queratinizadas. 
 - E presença de outras células epiteliais. 
Diestro ou anestro 
É a fase de repouso.
O epitélio vaginal não recebe nenhuma ação hormonal.
Duração de 48 a 72 horas
Corresponde na mulher à fase menstrual.
Lâmina:
- Com excesso de leucócitos.
- Raras células. 
- Muco abundante.
PRANCHAS 
Aula Prática 14: Reflexos Medulares
1. INTRODUÇÃO
		Uma das manifestações mais evidentes da atividade nervosa é a contração muscular reflexa, dependente de arcos reflexos organizados a partir de receptores, neurônios aferentes (sensitivos), sinapses a nível central, neurônios eferentes (motores) e músculos (efetores). Em qualquer nível do S.N.C. é possível observar este tipo de atividade por estimulação periférica, inclusive a nível medular, onde tais reações podem ser analisadas em sua forma mais pura, no animal espinhal. Este tipo de preparação, onde as influências de centros nervosos supra espinhais foram eliminadas, constitui um ótimo modelo para o estudo dos reflexos e da organização motora medular.
	Os objetivos desta experiência são os de caracterizar ações reflexas medulares e demonstrar alguns aspectos da organização intrínsica medular, como base para discussões posteriores sobre o controle nervoso das diversas funções orgânicas.
2. METODOLOGIA
	I. No sapo normal, observar:
postura e tônus muscular
movimentos voluntários
reflexos
por estimulação mecânica da pata
por estimulação mecânica da córnea
por colocação do animal em decúbito dorsal (reflexo de endireitamento)
Preparar o animal espinhal, introduzindo o estilete no espaço formado pela união entre o crânio e a coluna vertebral e seccionar o neuroeixo a este nível com movimentos laterais do estilete. A seguir, introduzir o mesmo em direção cranial e, com movimentos circulares, efetuar a destruição do encéfalo, mantendo assim a medula espinhal íntegra.
 Como indicação de destruição encefálica, testar os reflexos córneo-palpebral e de endireitamento, como em (I), devendo os mesmos estarem ausentes.
Observar postura e tônus muscular, notando ausência de movimentos voluntários.
Prender o animal, pela mandíbula, na haste suporte, deixando os membros livres.
Estudar os reflexos medulares através de:
 - estimulação química:
estimular as extremidades de uma pata posterior (sempre a mesma) com ácido acético, inicialmentecom a solução mais diluída (1:500) e a seguir com as seguintes, em ordem. Tente correlacionar a resposta com a intensidade (igual concentração) do estímulo. Após cada estimulação, lavar o local estimulado e enxugá-lo.
colocar um pedaço de papel de filtro embebido em ácido acético puro no abdômen do animal. Observar. Lavar a região e testar outros pontos do corpo do mesmo modo.
Após todos os testes acima, destruir a medula espinhal com o mesmo estilete, agora em direção caudal, na maior extensão possível.
Comparar o animal, agora com o S.N.C. totalmente destruído com o animal espinhal.
Aplicar os mesmos estímulos (elétrico e químico) no animal com o S.N.C. destruído.
Observar e justificar as eventuais respostas remanescentes à estimulação elétrica.
3. MATERIAL UTILIZADO
Reagente
- soluções de ácido acético:
1:500
1:300
1:100
1:50
1:30
1:10
1:1 (ácido acético glacial)
Mantida pelo Instituto Educacional Piracicabano
 CAMPUS TAQUARAL 
 Rod. do Açúcar, Km 156 - Caixa Postal 68 CEP 13400-911 - Piracicaba, SP 
 Fone (019) 430-1503 Fax 430-1500 - Home Page: http://www.unimep.br C:\Documents and Settings\Silvia\My Documents\AULAS\FISIOLOGIA\Praticas\Praticas Fisiologia.doc
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