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John Locke Resumo

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John Locke e o governo representativo
Primeira parte (Contrato Social)
	Hobbes O contrato social delegava o poder através de um contrato, esse poder era soberano e absoluto. Contexto Histórico: Guerra Civil Inglesa.
	Locke Para Locke o Estado é apenas o guardião que centraliza as funções administrativas. Contexto Histórico: Revolução Gloriosa.
	Rousseau Os indivíduos não renunciam seus direitos naturais, mas ao contrário, entra em acordo para a proteção dos mesmos, o Estado é criado para preservar esses direitos. O Estado representa a vontade geral.
Segunda Parte (Biografia)
	Locke nasceu na Inglaterra (1632) era um filósofo Inglês, formado em Medicina.
Contexto Histórico:
 Durante sua infância, a Inglaterra vivia conflitos entre o rei Carlos I e o Parlamento, que redundou na execução do primeiro e levou a “República de Cromwell”, após sua morte, Carlos II (filho de Carlos I) assume o poder (ocorre restauração da Monarquia) é sucedido pelo seu irmão Jaime II que foi deposto na Revolução Gloriosa por sua filha e seu sobrinho Guilherme de Orange que teve como consequência fim do absolutismo Monárquico britânico, aumento do poder do parlamento, a estabilidade política e econômica e surgimento das condições necessárias para que, mais tarde, ocorresse a Revolução Industrial.
Obras de Locke:
“Cartas sobre a tolerância humana”, no qual, defende a tolerância do Estado no campo religioso.
 “Ensaios sobre o entendimento humano” que consistia em saber “qual a essência, qual origem e qual alcance do conhecimento humano”.
 “Dois tratados sobre o governo civil”, no qual, contesta o absolutismo e a doutrina do direito divino dos reis.
“Pensamento sobre a educação”
Terceira Parte (Locke no seu tempo)
	Esse tópico apresenta 2 pontos principais: O rompimento entre sociedade natural e sociedade civil e a crença em Deus como contenção das paixões.
Locke defendia que a sociedade civil não deveria ser tomada como prolongamento da sociedade natural, e sim como criação, produto da conjunção de vontades individuais visando à estabilidade e à paz.
	Corte entre a sociedade civil e a sociabilidade natural dos homens causado pela razão.
	Argumenta, como Hobbes, que o conhecimento advém da experiência, sendo a mente humana um tabula rasa. Todo conhecimento consiste no reconhecimento de uma conveniência ou de uma inconveniência entre ideias, determinada pela razão.
	Locke defendia a tolerância a todas as religiões, mas não era indiferente a ela; Locke era cristão e acreditava que o cristianismo tem uma função a cumprir na preservação da ordem coletiva, ou seja, ele sustentava que o medo do inferno e a esperança da vida eterna no paraíso eram paixões necessárias à obediência e aos costumes, mas o ateísmo não deve ser tolerado por representa uma transgressão por evitar a punição terrena.
	O temor a Deus faz os homens cumprirem sua palavra, algo crucial na sua reflexão, umas vez que, confiança é a base da ordem social.
Quarta Parte (O indivíduo e a sociabilidade natural)
	Esse tópico fala, especialmente, do contraste entre Hobbes e Locke sobre a natureza humana e sua sociabilidade natural. 
	Para Locke, o homem é levado a procurar o convívio com outros homens, mas tal sociabilidade é justificada pelo fato de que Deus fez o homem para que ele seja um indivíduo sociável, mas que cabe ao homem através da razão definir a tarefa de realizar ou não sua individualidade, de concretizar ou não sua sociabilidade.
	Além disso, cabe ressaltar que para Locke a liberdade não deve ser confundida com permissividade, pois é limitada pela lei natural, como por exemplo, não destruir a própria vida ou a vida alheia.
	Locke contesta Hobbes, pois afirma que o conteúdo da lei natural não consiste na autopreservação, mas na preservação da humanidade.
Quinta Parte (Trabalho e propriedade privada)
	Este tópico vai discutir a interpretação de alguns autores como MacPherson, e Tully sobre o conceito de Locke sobre a propriedade privada. Além disso, vai tratar da ênfase conferida por Locke à educação, no qual, para ele a educação era imprescindível no entendimento da lei natural e do uso correto da razão.
	Em um primeiro momento, Locke parte de duas premissas básicas que permitem a apropriação da propriedade privada: A primeira é que o homem tem direito à preservação da sua vida e para isso, precisa apropriar-se daquilo que Deus deu em comum a todos; A segunda premissa refere-se o direito do homem ao fruto do seu próprio trabalho. Exemplo: A água de uma fonte é de todos, mas a água recolhida por alguém é de quem? É de quem a recolheu, ou seja, o trabalho identifica o proprietário e a propriedade.
	Locke também define duas limitações para essa apropriação, a primeira de que o homem ao apropriar-se do que a natureza deu em comum para todos implica garantir sua preservação, cada indivíduo deve deixar o bastante para todos e o segundo limite é dado pela repulsa ao desperdício, de que os frutos obtidos do seu trabalho não excedam a capacidade de seu consumo e essa apropriação só é legítima quando resultante do próprio trabalho.
	A partir desse momento, com a introdução da moeda, ocorre uma virada de chave em relação ao segundo limite, que traz alterações para o estado de natureza inicial em relação à propriedade privada e torna esse limite arbitrário. É nesse ponto que a exposição de Locke torna-se ambígua abrindo espaço para diversas interpretações.
	Para Macpherson, por exemplo, o dinheiro remove as limitações naturais e permite uma apropriação ilimitada, já para Tully (crítico de Macpherson) defende que o uso do dinheiro não remove os limites à apropriação e a propriedade ampliada não passa de uma convenção.
	Para Macpherson não haveria mais desperdício, pois o ouro e prata não estragam e podem ser acumuladas em quantidades ilimitadas (Locke critica a simples acumulação e defende o aquecimento do comércio), além disso, o uso do dinheiro aumentaria a produção total que seria distribuída em benefício dos desfavorecidos. Macpherson considera toda a questão moral tradicional presente em Locke (como o conceito do não desperdício) como “resíduo”.
	Para Tully, a introdução do dinheiro não superaria o limite de utilidade ou não desperdício. Isso é refutado por algumas passagens de sua obra: “Alguns pensamentos sobre educação”, Locke critica a cobiça, a influência nociva do luxo, o desejo de inutilidades e o desperdício em geral.
	No Segundo Tratado Locke justifica a intervenção do Estado, competindo a este algumas atribuições, especialmente, no que concerne ao trabalho e à propriedade. Para Locke cada indivíduo tem sua responsabilidade individual e cabe ao Estado regular essas relações sociais, ou seja, cada cidadão deve ser capaz de garantir-se a si mesmo e a seus dependentes, cabendo ao Estado implementar políticas sociais para ajudar os incapazes de se manterem a sair dessa situação de dependência
	Além disso, Locke enfatizou a importância da educação para o entendimento da lei natural e consequentemente, o uso correto da razão. Locke chega a essa conclusão ao perceber que as pessoas podem ser impedidas de compreender a procedência de um determinado argumento pela conjunção de 4 fatores: Precárias condições de vida, a repressão da própria ideia de que ao conhecimento se chega pela reflexão, e não pela fé, a preguiça e as pessoas tomarem certas proposições verdadeiras por assemelharem-se as suas crenças. 
Sexta Parte (A construção do Estado)
	Como dito na terceira parte, diferentemente de Hobbes, Locke defendia que a construção do Estado parte de um contrato feito pelos homens como escolha da preservação da humanidade e não, simplesmente, da autopreservação. E converge com a afirmação de Hobbes que todos os homens são livres e iguais, dotados de racionabilidade e que renunciam parte dos seus direitos para a formação de uma sociedade civil, um contrato social para verem-se livres da guerra.
	Locke defende que o povo é soberano e que o Legislativo é o poder supremo. Este não pode infringir danos à propriedade ou à vidados súditos. A função do Estado é fazer e implementar as leis e devem incidir em todos os membros da comunidade. Locke defende a separação dos poderes, no qual, o Legislativo elabora as leis, enquanto, o Executivo fica com a responsabilidade de aplicar e supervisionar as leis vigentes e cabe aos cidadãos, em última instância, resolver os conflitos entre o Legislativo e o Executivo.
	Diferentemente de Hobbes, que considerava o Estado um poder supremo incontestável, para Locke competia ao povo controlar os poderes pelo voto e pela revolução, no caso da revolução é um último recurso a que se apela para fazer valer a lei natural.
Sétima Parte (Estado, religião e tolerância)
	Neste tópico Locke reitera sua defesa de que não haveria razões para o governante interferir nos assuntos religiosos com duas justificativas: A primeira de que ninguém pode renunciar à sua busca por salvação e a segunda é de que o governante não deve imiscuir no interior da mente humana. Entretanto, Locke defendia que o ateísmo não deve ser tolerado, pois para Locke quem não acredita em Deus não tem uma razão suficiente para cumprir contratos ou dizer apenas a verdade sob juramento.

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