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QUÍMICA ORGÂNICA II conceitos básicos …. Hidrocarbonetos (contêm apenas Carbonos e Hidrogênios) Hidrocarbonetos Alifáticos (cadeias abertas e cíclicas) Alcanos (parafinas) Alcenos (etilenos ou olefinas) Alcinos (acetileno) CH3-CH3 Etano CH2 = CH2 Eteno (etileno) HC CH Etino (acetileno) Hidrocarbonetos Aromáticos (contêm o anel benzeno) Benzeno e seus derivados Hidrocarbonetos Aromáticos Polinucleares Benzeno Naftaleno Friedrich August Kekulé von Stradonitz foi um químico alemão. Em 1857, ele determinou as características fundamentais do átomo de carbono nos compostos. O carbono é tetravalente Trata-se do primeiro postulado de Kekulé, que atribui ao carbono a possibilidade de quatro ligações. A estrutura ao lado representa o composto: CH4 O Carbono forma ligações múltiplas Ligação SIMPLES Ligação DUPLA Ligação TRIPLA (Sigma) (Uma sigma outra pi) (Par sigma e outra pi) Estrutura Atômica: Orbitais Schrödinger: o movimento de um elétron em torno de um núcleo pode ser descrito matematicamente pelo que se conhece como uma equação de onda Expressão matemática cujo quadrado (2) prediz o volume do espaço em torno do núcleo onde o elétron pode ser encontrado Solução de uma equação de onda: função de onda () ou orbital orbital s orbital p orbital d Representações dos orbitais s, p e d Formas dos orbitais 2p orbital 2px orbital 2py orbital 2pz 3 orbitais 2p Orbitais se organizam em camadas eletrônicas, de tamanho e energia sucessivamente maiores, ao redor do núcleo. E acomodam até 2 elétrons. Teoria da Ligação de Valência a ligação entre dois átomos dá-se através da sobreposição de dois orbitais atômicos semipreenchidos sobreposição refere-se a uma porção destes orbitais atômicas que ocupam o mesmo espaço na zona de sobreposição, existe apenas um par de elétrons com spins desemparelhados, provocando a aproximação dos núcleos e diminuindo a energia do sistema logo, os átomos tendem a posicionar-se de forma a que a sobreposição de orbitais seja máxima, reduzindo a energia do sistema a um mínimo, formando ligações mais fortes e estáveis Ligação sigma () Toda ligação covalente feita através da interpenetração de dois orbitais (s-s ou s-pz) situados em um mesmo eixo. Ligação sigma () e pi () Ligação pi () Derivada do emparelhamento de orbitais fora do eixo de ligação, orbitais situados em eixos paralelos (px-py). Todas as ligações covalentes simples são do tipo sigma As ligações pi () ocorrem pela sobreposição de orbitais p, semipreenchidos e paralelos entre si. As ligações sempre acompanham uma ligação sigma. E são mais fraca que a ligação HIBRIDIZAÇÃO Várias moléculas possuem estruturas não explicáveis pela simples sobreposição de orbitais atômicos puros. Surgiu, então, na década de 1930, a teoria dos orbitais híbridos, que pode ser resumida nos seguintes enunciados: a)orbitais atômicos puros podem eventualmente se misturar, formando orbitais híbridos b)x orbitais híbridos são formados pela mistura de x orbitais puros c)os orbitais híbridos são iguais entre si, mas totalmente diferentes dos orbitais puros formadores d)os orbitais híbridos, por repulsão, afastam-se ao máximo uns dos outros • O carbono pode apresentar orbitais híbridos do tipo sp, sp2 e sp3 Carbono Polaridade das ligações Em moléculas onde os átomos são iguais a ligação é puramente covalente, pois nenhum dos átomos tem tendência a atrair os elétrons. Já as moléculas formadas por átomos diferentes as estruturas iônicas podem ter contribuição diferente, se afinidade eletrônica de um dos átomos é maior que a do outro então ocorre a formação de cargas parciais sobre os átomos formando com isso uma ligação covalente polar. Os átomos em uma ligação covalente polar formam o dipolo elétrico (quando uma carga parcial positiva está próxima a uma carga parcial negativa). A medida da magnitude das cargas parciais (dipolo elétrico) é o momento dipolar (). + - Unidade: debye (D) • Linus Pauling, 1932 eletronegatividade () (o poder de atração dos elétrons por um átomo quando este é parte de uma ligação) Átomos com alta eletronegatividade atraem os elétrons A maneira mais simples de estabelecer uma escala de eletronegatividade foi desenvolvida por Mulliken. = ½ (I + Ea) Tabela de Eletronegatividade REPULSÃO DOS PARES ELETRÔNICOS E GEOMETRIA MOLECULAR Método VSEPR: Quando numa moléculas os átomos unem-se, orientam-se de maneira a minimizar as repulsões entre elétrons . Os pares eletrônicos tendem a se orientar de forma que sua energia total seja mínima. Os elétrons ficam tão próximos quanto possível do núcleo e o mais afastado possível de si. As forças repulsivas decrescem bruscamente com o aumento do ângulo entre os pares. Força da repulsão 90º > 120º > 180º 1. Quebra Heterolítica ou Heterólise: a quebra da ligação é assimétrica, de modo que o par de elétrons fique apenas com um dos átomos da ligação (formação de íons). Quebra de ligações carbocátion + H H H C Br H C H H Br carbânion + H H H C H H C H H H C com uma carga negativa em excesso C com uma carga positiva em excesso Quebra de ligações 2. Quebra Homolítica ou Homólise: a quebra da ligação é simétrica, de modo que cada átomo fique com seu elétron original da ligação (formação de radicais). radicais livres + H H H C H H C H H H Características dos radicais Ocorrem em moléculas apolares ou com baixa diferença de eletronegatividade; São eletronicamente neutros; Muito reativos; As reações radicalares não são muito comuns quando comparado a reações polares. Exemplo: Cloração do Metano CH4 + Cl2 CH3Cl + HCl (+ CH2Cl2, CHCl3 e CCl4) Mecanismo ocorre em várias etapas: Etapa 2 Cl + H C H H H Cl H + C H H H Etapa 3 CH H H + Cl Cl CH H H Cl + Cl Etapa 1 Cl Cl Cl Cl+ calor ou luz Reação em Cadeia 1. Iniciação da Cadeia (radicais são criados) Cl 2 2 Cl calor ou luz 2. Propagação da Cadeia (radical geral radical) CH 4 + Cl CH 3 + H-Cl CH 3 + Cl 2 CH3Cl + Cl 3. Finalização da Cadeia Possíveis etapas de finalização CH 3 + Cl CH 3 Cl CH 3 + CH 3 CH3CH3 Cl 2Cl + Cl Acidez e Basicidade em Química Orgânica Teoria de Ácidos e Bases de Lewis Ácidos: moléculas receptoras de um par de elétrons Bases: moléculas que doam um par de elétrons Neste processo há a formação de ligações covalentes. Representação de Setas Curvas As Setas devem começar com uma ligação covalente ou par de elétrons não compartilhados e aponta para uma região com deficiência de elétrons, ou seja, que possui maior afinidade por elétrons. Exemplos Carbocátions e Carbânions • Qualquer átomo deficiente de elétrons pode agir como um ácido de Lewis. • Muitos compostos do grupo IIIA contendo elementos como Boro e Alumínio são ácidos de Lewis porqueos átomos do grupo IIIA tem somente um sexteto de elétrons na camada de valência. Muitos outros compostos que têm átomos com orbitais livres também agem como ácidos de Lewis. Zinco e haletros de ferro (III) são frequentemente usados como ácidos de Lewis em reações orgânicas. Força de Ácidos e Bases Um composto orgânico será tanto mais ácido quanto mais deficiente de elétrons ele estiver. Também será tanto mais básico, quanto mais disponível for seu par de elétrons. Aumento da eletronegatividade C N O F 48p aK δ-δ 3 H CH 38p aK δ-δ 2 H NH 15,7p aK δ-δ H OH 3,2p aK δ-δ H F Aumento da Acidez Em contraste com os ácidos fortes, como HCl e H2SO4, o ácido acético é um ácido muito mais fraco. Quando ácido acético dissolve em água, a seguinte reação não se procede por completo: • A força de um ácido é caracterizada em termos da constante de acidez (Ka) ou pelos valores de pKa O conhecimento dos valores de pKa pode ser usado para predizer a posição do equilíbrio. Eletrófilo e Nucleófilo • Compostos (ou centros) eletrofílicos são os que sentem afinidade por elétrons, portanto um ácido de Lewis. • Compostos (ou centros) nucleofílicos são os que sentem afinidade por “núcleos”/ prótons (cargas positivas), portanto uma base de Lewis. (Nü / :Nu / Nu:) Reações de Aminas Reação ácido-base: base ácido NUCLEÓFILO X ELETRÓFILO Nucleófilo: substância “amante de núcleos”, isto é, tem um átomo rico em elétrons que pode formar uma ligação doando um par de elétrons a um átomo pobre em elétrons. Muitos nucleófilos são negativamente carregados. Eletrófilo: substância “amante de elétrons”, isto é, tem um átomo pobre em elétrons que pode formar uma ligação aceitando um par de elétrons de um nucleófilo. Muitos eletrófilos são positivamente carregados. nucleófilo X base de Lewis eletrófilo X ácido de Lewis Reações de Adição Eletrofílica nos Alcenos Os alcenos se comportam como nucleófilos (bases de Lewis) nas reações polares. A ligação dupla C=C é rica em elétrons e pode ceder um par de elétrons para um eletrófilo (ácido de Lewis). nucleófilo eletrófilo CH3 CH3CH3 CH3 + H-Br H Br CH3 CH3CH3 CH3 O eletrófilo H+ é atacado pelos elétrons da ligação dupla e uma nova ligação C-H se forma. Isto deixa o outro átomo de carbono com uma carga + e um orbital p vazio. Br - doa um par de elétrons ao átomo de carbono positivamente carregado, formando uma ligação C-Br e gerando um produto de adição neutro. carbocátion intermediário Bibliografia 1. SOLOMONS, T.W.G.; FRYHLE, C.B. Química Orgânica. Rio de Janeiro: LTC Editora. Vol 1, 7.ed., 2001; Vol 2, 7a ed., 2002. 2. VOLLHARDT, K.P.C.; SCHORE, N.E. Química Orgânica: Estrutura e Função. Porto Alegre: Bookman. 4.ed., 2004. 3. LEMBO, A. Química: Realidade e contexto. São Paulo: Editora Ática. Vol 3, 2000. 4. BARBOSA, L.C.A. Introdução à Química Orgânica. São Paulo: Prentice Hall. 2004.
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