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16/04/2017 BDQ Prova
http://simulado.estacio.br/bdq_prova_resultado_enade.asp 1/3
Simulado ENADE: 2017.01 Nota:5,0 Matr.: 201407151241
Disciplina: 2º CICLO ­ HISTÓRIA ­ LICENCIATURA Aluno: MICHAEL LEONARDO BOTELHO DOS SANTOS
  1a Questão (Ref.: 1057598) Pontos: 1,0  / 1,0
"Os anos 30 e 40 são verdadeiramente revolucionários no que diz respeito ao encaminhamento da questão do
trabalho no Brasil. Neste período, elabora­se toda a legislação que regulamenta o mercado de trabalho do país,
bem como estrutura­se uma ideologia política de valorização do trabalho e de "reabilitação" do papel e do lugar
do trabalhador nacional. A dinâmica entre os dois processos reforça­os mutuamente."
GOMES.  Angêla  de  Castro  (et.al).  In:  Estado Novo.  Ideologia  e  Poder.  Rio  de  Janeiro.  Zahar  Editores.  1982.
P.154. 
A  estruturação  do  Estado  Novo  pode  ser  compreendida  como  conseqüência  direta  da  transição  feita  na
Revolução de 30, rompendo não apenas com as estruturas de poder consolidadas no eixo São Paulo­Minas mas
inaugurando  uma  relação  direta  entre  o  Estado  e  a  classe  trabalhadora.  O  trecho  que  melhor  ilustra  essa
característica é:
  A  classe  trabalhadora,  sobretudo  a  urbana  e  industrial,  torna­se  o  público­alvo  do  Estado  Novo  e  do
protagonismo político de Vargas. Assim, os marcos  legais e a criação de um aparato representativo da
classe trabalhadora, passaram a funcionar como um elemento de identificação direta entre governante e
governados, formando uma base eleitoral sólida.
O Estado Novo significou um rompimento com as políticas  trabalhistas dos anos 30 e a escolha de um
tortuoso  caminho  político  com  base  em  medidas  e  práticas  ditatoriais,  suspensão  dos  direitos  civis,
perseguição a sindicatos e associações e da busca por uma interlocução direta entre o Estado e a classe
trabalhadora por meio do Ministério do Trabalho.
A  criação  de  uma  categoria  nova,  a  do  eleitor­cidadão,  favoreceu  o  surgimento  de  diferentes
agremiações  que  defendiam  os  interesses  trabalhistas,  sendo  elas  o  principal  elo  de  ligação  entre  o
governo  e  a  população.  Apesar  de  independentes,  procuravam  o maior  alinhamento  possível  com  as
políticas econômicas e sociais sem, no entanto, permitir ser por elas controladas.
Os sindicatos, no cenário estrutural do Estado Novo, tornam­se o único elemento de contestação tácita
ao regime. Ao inaugurar uma fase de regulamentação das atividades laborais, Vargas abre um flanco
político de disputas em torno da primazia e domínio das classes trabalhadoras o que, ao final, acabará
por desgastar irreversivelmente seu mandato.
A política de Vargas tinha por base um arco heterogêneo de alianças o que também incluía os agentes
políticos do sudeste que não participavam como protagonistas no cenário anterior. Assim, foi possível a
passagem  para  o  Estado  Novo  sem  criar  fraturas  políticas  significativas,  dando  ao  governante  a
possibilidade de utilizar com mais liberdade seu carisma como linguagem direta popular.
  2a Questão (Ref.: 1060815) Pontos: 1,0  / 1,0
A descoberta de uma estátua em uma favela na região de Mataryia, em Cairo, no Egito, deixou entusiastas e
arqueólogos em êxtase. Por ser no mesmo local onde se encontrava a cidade de Heliópolis, que foi governada
por  Ramsés  II  há  mais  de  três  mil  anos,  as  chances  de  a  obra  ser  uma  representação  do  faraó  eram
grandes.Após uma semana de análises, no entanto, os pesquisadores estão certos de que a estátua não é de
Ramsés II e sim um outro faraó menos conhecidos, Psamético I, que governou o Egito entre 664 e 610 a.C..
Isso porque a descoberta, que tem cerca de nove metros de altura e pesa sete toneladas, apesar de ter o estilo
da época de Ramsés II, tem hieroglifos que dizem pertencer a Psamético I. "Não seremos categóricos, mas há
grandes chances de [a estátua] ser de Psamético I", disse o ministro de antiguidades do Egito, Khaled el­Anani,
à  imprensa. Como o faraó em questão governou a região cerca de 600 anos depois de Ramsés II, o ministro
atenta para outras hipótese: "Existe a possibilidade, ainda que pequena, que Psamético I tenha reutilizado uma
estátua antiga que foi do Ramsés II".
http://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2017/03/estatua­encontrada­em­favela­do­egito­nao­era­de­
ramses­ii.html 
Ramsés  II  foi  conhecido  como um dos maiores  governantes do Egito,  estendendo  seu domínio  por  quase 67
anos. Quando criança, com cerca de quatorze anos de  idade, participou  junto de seu pai, Seth  I do cerco da
Líbia,  já  tendo sido nomeado desde os dez como seu sucessor. Das diferentes  realizações, são marcantes no
seu período os seguintes acontecimentos:
  A Batalha de Kadesh na qual se reabrem os enfrentamentos com os hititas e a construção dos templos
de Abu­Simbel, na região da Núbia.
A construção dos Templos de Karnac e Luxor e a ampliação da política de alianças por matrimônios na
fração oriental do império.
O estabelecimento do monoteísmo, dedicado a figura do deus Aton e a diminuição das relações
comerciais com os povos do Mar Egeu.
A unificação do Alto e Baixo Egito em um só Estado teocrático, centrado na figura do Faraó e a invasão
16/04/2017 BDQ Prova
http://simulado.estacio.br/bdq_prova_resultado_enade.asp 2/3
dos hicsos no Delta do Nilo.
A expulsão dos Assírios por Psamético I e a derrota para os Persas na Batalha de Pelusa, com Psamético
III
  3a Questão (Ref.: 1057599) Pontos: 1,0  / 1,0
O termo servidão no debate marxista com freqüência apresenta uma ambigüidade desnecessária, que parece
derivar­se da pesquisa histórica não­marxista. Takahashi está certíssimo em insistir em que servidão é a forma
de trabalho e de existência no modo feudal de produção. Sua essência estava na transferência, para o uso do
terratenente do trabalho da família camponesa, além do que era necessário para a subsistência e reprodução
econômica da mesma. O trabalho excedente poderia ser utilizado diretamente nos domínios do senhor, isto é,
na  mansão  rural  e  terras  circunvizinhas,  ou  seu  produto  poderia  ser  transferido  sob  a  forma  de  renda  em
espécie  ou  em  dinheiro,  por  parte  da  família  serva,  para  o  senhor.  HILTON.  Rodney  (et  Al).  A  Transição  do
Feudalismo para o Capitalismo. Um Debate. São Paulo. Paz e Terra. 1977. 
Com base no fragmento acima, observe as asserções abaixo:
I  _  Como  a  família  camponesa  era  detentora  de  fato  dos  bens  de  produção,  a  transferência  do  produto
excedente de seu trabalho ao senhor deveria, necessariamente, se dar de modo forçado.
II ­ Os diferentes modos de servidão levaram os historiadores, como Bloch, a considerar que entre os séculos
IX e XIII, a Europa viveu um processo de "servilização". 
III  ­  Diversos  burgos  contavam  com  as  guildas,  corporações  de  agricultores  que,  na  condição  de  servidão,
podiam praticar o comércio apenas dos recursos de sua subsistência. 
Estão corretas:
Todas as asserções estão corretas.
Apenas a asserção III.
As asserções I e III.
As asserções II e III.
  As asserções I e II.
  4a Questão (Ref.: 1057600) Pontos: 1,0  / 1,0
No início de 1848, o eminente pensador político francês Alexis de Tocqueville tomou a tribuna na Câmara dos
Deputados para expressar sentimentos que muitos europeus partilhavam: "Nós. Dormimos sobre um vulcão ...
Os senhores não percebem que a terra treme mais uma vez? Sopra o vento das revoluções, a tempestade está
no horizonte". Mais ou menos no mesmo momento, dois exilados alemães, Karl Marx com trinta anos e Friedrich
Engels com vinte e oito, divulgavam os princípios da revolução proletária para provocar aquilo que Tocqueville
estava alertando  seus  colegas,  no programa que ambos  tinham  traçado algumas  semanas antes para a  Liga
Comunista Alemã e que tinha sido publicado anonimamente em Londres, por volta de 24 de fevereiro de 1848,sob  o  título  (alemão)  de  Manifesto  do  Partido  Comunista,  "para  ser  publicado  em  inglês,  francês,  alemão,
italiano, flamengo e dinamarquês". 
HOBSBAWM. Eric. A Era do Capital. São Paulo. Paz e Terra. p.25
As revoltas de 1848, apesar de se configurarem como fenômenos de larga abrangência, atingiram a Europa de
modo  heterogêneo.  No  coração  do  processo,  os  países mais  industrializados  e  socialmente  estratificados  de
acordo  com  as  novas  relações  de  produção,  caso  da  França,  dos  Estados  Germânicos,  Áustria  e  regiões
italianas, além dos potencialmente explosivos em termos de revoltas sociais, como a Rússia.
PORQUE
As  rápidas  vitórias  e  derrotas  dos  movimentos  revoltosos  no  período  sofreram  influência  direta  dos  países
periféricos  como  a  Península  Ibérica,  Suécia  e  Grécia,  tendo  em  vista  que,  majoritariamente  rurais,
contribuíram para que o movimento ficasse concentrado em um cinturão de estados de natureza conservadora
e absolutista, facilitando o processo interno de repressão.
Marque a alternativa correta:
A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda, uma proposição verdadeira.
  A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda, uma proposição falsa.
As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da
primeira.
Tanto a primeira quanto a segunda asserções são proposições falsas.
As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.
  5a Questão (Ref.: 1057602) Pontos: 1,0  / 1,0
16/04/2017 BDQ Prova
http://simulado.estacio.br/bdq_prova_resultado_enade.asp 3/3
ROMA ­ Uma União Europeia (UE) em plena tempestade irá comemorar neste fim de semana, em Roma, o 60º
aniversário de seu tratado fundador, proclamando sua unidade e seu "futuro comum", superando os ventos da
discórdia,  dúvida  e  o  desafio  populista.  A  celebração  será  assombrada  pela  saída  do  Reino  Unido  da  UE,  o
Brexit, cujo lançamento será feito pelo Reino Unido quase imediatamente depois, em 29 de março. Brexit, onda
migratória,  crise  econômica,  terrorismo,  isolacionismo:  concebida  por  seis  países  para  reconstruir  a  Europa
após a 2ª Guerra, a União Europeia com vinte e sete membros corre o risco de desaparecer? 
O Estado de São Paulo. Edição de 24 de março de 2017 
Instituída oficialmente em 1993 pelo Tratado de Maastricht, ela remonta ao passado da reconstrução econômica
e política da Europa ao final da Segunda Guerra Mundial. Desse modo, analisando todo seu percurso até os dias
atuais, podemos afirmar corretamente que
A  União  Europeia  era  uma  resposta  imediata  ao  mundo  bipolar,  possibilitando  o  ressurgimento  do
sentimento  nacionalista,  tendo  a  Alemanha  como  a  principal  condutora  do  processo  e  principal
mantenedora do tratado, desde então.
A unificação das zonas ocupadas no território alemão, que resultou na criação da Alemanha Ocidental,
deteriorou as esperanças de reconciliação com as potências vencedoras da Segunda Guerra.
  A constatação do  fim da hegemonia europeia ao  final  da Segunda Guerra e o  início do mundo bipolar
entre Estados Unidos e União Soviética, período conhecido como ¿Guerra Fria¿, proporcionou o início da
mobilização frente às fragilidades bélicas e econômicas que se apresentavam no horizonte.
A Comunidade Europeia do Carvão e do Aço retardou durante décadas a formação da União Europeia por
impedir a concentração econômica em torno desses recursos essenciais.
Um dos grandes desafios da União Europeia reside em sua concepção. Ao impedir a livre circulação de
pessoas, bens,  serviços e  capital,  resultado das desconfianças  relacionadas ao  liberalismo do  início do
século, criou os entraves históricos que hoje ameaçam sua própria sobrevivência.
Período de não visualização da prova: desde até .

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