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Universidade de Brasília 
Instituto de Ciência Política 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MONITORIA DE INTRODUÇÃO À CIÊNCIA POLÍTICA 
 
 
 
 
GABARITO 
LISTA DE QUESTÕES 
 
Unidade I 
 
 
SCHMITTER 
Questão 1 – Tendo como base os conceitos apresentados por Schmitter em seu texto “ Reflexões sobre o 
conceito da política”, relacione os elementos corretamente, de acordo com os sentidos apresentados de 
política. 
i) Instituições 1) A tarefa de uma ciência política 
seria explicar e presumivelmente 
predizer, por que uma determinada 
linha de conduta foi, é ou será 
adotada. 
ii) Decision Making 2) Atrela a política ao desarmamento 
não-violento de conflitos como 
objetivo principal. 
iii) Funcionalismo 3) Relaciona a política à ação do 
Estado e de organizações anexas que 
participam da atividade Estatal. 
iv) Poder 4) Pode ser confundido com autoridade 
e/ ou com influência, sendo um dos 
pontos principais da política. 
 
A) i -2, ii – 4, iii – 3, iv – 1 
B) i - 3 , ii - 2 , iii - 1 , iv - 4 
C) i - 4 , ii - 1, iii - 2 , iv - 3 
D) i - 1, ii - 3 , iii - 4 , iv - 2 
E) i - 3 (p.32), ii – 1(p.35) , iii – 2 (p.36) , iv – 4 (p.33) 
Questão 2 – Assinale a alternativa incorreta sobre os conceitos apresentados por Schmitter em seu texto “ 
Reflexões sobre o conceito da Política”. 
A) O poder é apresentado como um dos elementos característicos da política pelo autor, sendo até 
mesmo relacionado ao fenômeno da coerção e da violência, muito característicos de Max Weber. 
CORRETA: O autor apresenta o poder juntamente com a autoridade e a influência como 
sendo uma das características da política; dentre outras definições, ele ainda se utiliza da 
definição de Weber como “ o meio decisivo da política é a violência”. (p.33) 
B) A definição apresentada de Schmitter para definir a ciência política tem sua tese fundamentada na 
questão de essa buscar avidamente por ser científica, implicando preocupações teóricas e 
metodológicas, sendo assim sua definição principal. 
INCORRETA: O autor afirma que a Ciência Política contemporânea se distingue pela 
vontade de ser científica, mas também explica que essa não é sua definição. (p.31) 
C) Os fatores que definem a política, de acordo com o autor, são: suas instituições, seus recursos, 
seus processos e sua função. 
 
CORRETA: (p.32) 
D) Apesar de apresentar a função da política como resolução de conflitos, ele apresenta uma 
ressalva, pois a política não põe fim ao conflito, existindo por vezes permanentemente dentro da 
sociedade. 
CORRETA: (p.36) 
E) Os atores políticos necessariamente são heterogêneos, ou seja, convivem de forma a manter um 
conflito ao mesmo tempo que uma interdependência. 
CORRETA: (p.37) 
Questão 3 – De acordo com o texto de Philippe Schmitter, julgue como certas ou erradas as alternativas a 
seguir. 
I – A política pode ser definida por dois focos distintos, embora relacionados: o estudo do conflito e o 
estudo da integração. 
CERTA: Definição. (p.37) 
II – A definição de Ciência Política por Instituições compreende somente o Estado, não considerando 
partidos, facções, grupos de pressão, entre outros. 
ERRADA: Tal definição da Ciência Política considera organizações anexas que podem intervir na 
atividade Estatal. (p.32) 
III – Para ser político, o ato social deve ser controverso – indicando um conflito, e seus atores precisam 
ser livres de limitações. 
ERRADA: Os atores políticos devem ser limitados, de forma a causar uma restrição mútua, para 
que o ato social seja político. (p.36) 
IV – A ideia de autoridade apresentada relaciona-se a um poder obedecido voluntariamente. 
CORRETA: Definição. (p.34) 
A) I – E, II – E, III – E, IV – C 
B) I – C, II - C, III – C, IV -E 
C) I – C, II – E, III – E, IV – C 
D) I – E, II – C, III – E, IV – C 
E) I – C, II - E, III – E, IV - E 
 
 
 
 
WEBER 
 
1. ​Poucos anos antes de sua morte, Max Weber, sociólogo alemão, realiza uma palestra 
dedicada aos jovens estudantes da então Universidade de Munique. Posteriormente transcrita e 
organizada, a palestra intitulada “Política como Vocação” reúne conceitos que, hoje em dia, são 
canônes para a disciplina da ciência política, assim como para a sociologia. 
 
Selecione a alternativa mais adequada em relação aos conceitos weberianos de (​I​) Estado 
moderno​; (​II​) fundamentos da legitimação da dominação​; e, por fim, (​III​) ​os motivos que 
garantem a obediência ao detentor do poder​. 
 
a) ​Para o autor, (​I​) o Estado seria uma comunidade espiritual que, dentro dos limites de 
determinado território, reivindica o monopólio do uso legítimo da violência física. Além disso, 
(​II​) os três fundamentos da legitimação da dominação seriam: o poder tradicional, o poder 
carismático e o poder racional-legal. (​III​) Poder e destreza seriam os motivos da obediência ao 
detentor do poder. 
 
INCORRETA​. Para Weber, o Estado é ​uma comunidade humana (p. 56). Além disso, os 
motivos da obediência ao detentor do poder são: ​retribuição material​ e ​prestígio social​ (p. 59). 
 
b) ​Para o autor, (​I​) o Estado seria uma comunidade patriarcal que, dentro dos limites de 
determinado território, reivindica o monopólio do uso legítimo da violência física. Além disso, 
(​II​) os três fundamentos da legitimação da dominação seriam: o poder tradicional, o poder 
espiritual e o poder racional-legal. (​III​) Burocracia e audácia seriam os motivos da obediência ao 
detentor do poder. 
 
INCORRETA​. Para Weber, o Estado é ​uma comunidade humana (p. 56). Os três fundamentos 
da legitimação são: o poder tradicional, ​o poder carismático e o poder racional-legal (p. 57). 
 
Além disso, os motivos da obediência ao detentor do poder são: ​retribuição material e 
prestígio social​ (p. 59). 
 
c) ​Para o autor, (​I​) o Estado seria uma comunidade humana que, dentro dos limites de 
determinado território, reivindica o monopólio do uso legítimo da violência física. Além disso, 
(​II​) os três fundamentos da legitimação da dominação seriam: o poder tradicional, o carismático 
e o poder racional-legal. (​III​) Aspiração ao poder e tradição seriam os motivos da obediência ao 
detentor do poder. 
 
INCORRETA​. Para Weber, os motivos da obediência ao detentor do poder são: ​retribuição 
material​ e ​prestígio social​ (p. 59). 
 
d) ​Para o autor, (​I​) o Estado seria uma comunidade humana que, dentro dos limites de 
determinado território, reivindica o monopólio do uso legítimo da violência física. Além disso, 
(​II​) os três fundamentos da legitimação da dominação seriam: o poder tradicional, o carismático 
e o poder racional-legal. (​III​) Retribuição material e prestígio social seriam os motivos da 
obediência ao detentor do poder. 
 
CORRETA​. Para Weber, o Estado é ​uma comunidade humana (p. 56). Os três fundamentos da 
legitimação são: ​o poder tradicional​, ​o poder carismático e ​o poder racional-legal (p. 57). 
Além disso, os motivos da obediência ao detentor do poder são: ​retribuição material e 
prestígio social​ (p.59). 
 
2. ​Julgue as sentenças abaixo de acordo com os conceitos postulados por Weber na sua obra 
“Política como Vocação”. Selecione, então, ​a alternativa mais adequada​. 
 
I. ​A ética da responsabilidade consiste em uma postura a ser adotada pelos homens políticos. 
Ela se baseia na atitude, realizada pelos agentes políticos, de responsabilização dos seus atos a 
motivos externos a sua capacidade de ação, como “a vontade de Deus” ou a “sorte”. 
 
II. ​A ética da convicção consiste em uma postura a ser adotada pelos homens políticos. Ela se 
baseia na atitude, realizada pelos agente políticos, de responsabilização dos seus atos a motivos 
internos a sua capacidade de ação. 
​III. ​O senso de proporção seria a capacidade do agente político de, reconhecendo a 
impossibilidade de exercício da atividade política de forma eticamente monocrática (com base 
em só uma das duas éticas), saber equilibrar a incorporação do exercício destas duas éticas na 
sua atividade política. 
 
a)​ ​I – V, II – V, III – F 
b)​ ​I – F, II – F, III – V 
c)​ ​I – F, II – F, III – F 
d)​ ​I – F, II – V, III – V 
e)​ ​I – V, II – V, III – V 
 
CORRETA​: Alternativa “B”. As definições das éticas estão invertidas. A ética da 
responsabilidade internaliza a responsabilização dos atos (p. 113), enquanto a ética da convicção 
externaliza a responsabilização dos atos (pp. 113-14). A definição de senso de proporção está 
correta (pp. 110-11). 
 
3. De acordo com o texto citado previamente, analise as afirmações abaixo e identifique a 
incorreta​. 
 
a) ​“​Sociologicamente, o Estado não se deixa definir a não ser pelo específico meio que lhe é 
peculiar, tal como é peculiar a todo outro agrupamento político, ou seja, o uso da coação física​” 
(WEBER, 2000, p. 56). Logo, Weber acredita que, havendo ausência de instituições que exercam 
violência (ou coação física em geral), o conceito de Estado inexistira, subsistindo apenas a 
“anarquia”. 
 
 
CORRETA​. Weber menciona esta visão no início da palestra, definindo a violência (e a coação 
física em geral) como meio definidor do Estado. Logo, concordando com a afirmação de Trotsky 
de que “Todo Estado se baseia na força”, ​Weber analisa que, havendo ausência de coação 
física (o meio definidor), inexiste Estado​. (p. 57) 
 
b) ​“​No momento, voltaremos a atenção, particularmente, para o segundo tipo de legitimidade, 
ou seja, o poder brotado da submissão ao ‘carisma’ puramente pessoal do ‘chefe​’” (WEBER, 
2000, p. 58). Dentro da tipologia ideal que analisa os fundamentos da legitimação da dominação, 
Weber denota que a modalidade mencionada na citação se funda na crença nos dons pessoais e 
extraordinários de um determinado indivíduo, bem como na crença de que ele seria dotado de 
qualidades prodigiosas e outras características exemplares. 
 
CORRETA​. Analisado como um dos fundamentos que legitima a dominação exercida entre os 
homens, o “​poder carismático​” se basearia na crença da existência de ​qualidades excepcionais​, 
dotes prodigiosos e ​dons extraordinários em certos indivíduos que, assim sendo, justificariam 
sua autoridade sob seus seguidores. (p. 57) 
 
c) ​“​Toda empresa de dominação que reclame continuidade adminsitrativa exige, de um lado, 
que a atividade dos súditos se oriente em função da obediência devida aos senhores que 
pretendem ser os detentores da força legítima​” (WEBER, 2000, p. 59). No caso do Estado, 
Weber analisa que a obediência se funda em dois dispositivos: a riqueza material e o prestígio 
social. 
 
CORRETA​. Como análise das relações de obediência que fundam a aderência dos funcionários 
do Estado à lógica burocrática-racional-legal, Weber identifica este dois fatores como 
primordiais para a garantia da obediência: ​a riqueza material ​e o ​prestígio social​. Em relação 
ao primeiro, a recompensa material baseia a garantia da obediência. Secundariamente, o prestígio 
social inerente ao exercício das funções do Estado é mais um dos insumos a obediência. (pp. 
59-61) 
 
 
d) ​“​Há duas maneiras de fazer política. Ou se vive ‘para’ a política ou se vive ‘da’ política​.” 
(WEBER, 2000, p.64). Dentro desta tipologia ideal weberiana, segundo Weber, o homem que 
vive “para a política” deve ser economicamente independente e economicamente disponível. Ou 
seja, ele deve ter uma fortuna pessoal garantida (economicamente independente), além de aferir 
tais rendas sem necessariamente dedicar seu tempo a esta atividade (economicamente 
disponível). 
 
CORRETA​. Analisando sob esta distinção tipológica, Weber define tais requisitos como mais 
adequados para tal modalidade (viver “para a política”) de exercício da atividade política. (p. 65) 
 
e) ​“​A ética do Sermão da Montanha? O Sermão da Montanha – onde se traduz, segundo 
entendo, a ética absoluta do Evangelho – é algo muito mais sério do que imaginam os que, em 
nossos dias, citam, com leveza, seus mandamentos​” (WEBER, 2000, p. 111). Dentro das 
discussões acerca da presença da dimensão ética na atividade política, Weber afirma, 
contrariando as observações de Maquiavel, que a ética do Sermão da Montanha seria plenamente 
compatível com a atividade política. 
 
INCORRETA​. Apesar de afirmar o permeio da esfera ética dentro da esfera política, Weber 
denota que uma possível “ética do Sermão da Montanha” ​se opõe diametralmente aos 
requisitos necessários para a realização efetiva da atividade política que, segundo ele, deve 
se basear na ​ética da responsabilidade​, na ​ética da convicção e no ​senso de proporção​. (pp. 
111-14). 
 
 
ARENDT 
1) Em seu texto “Sobre a Violência”, Hannah Arendt tem como tema central de sua 
discussão a diferença entre Poder e Violência. Sobre essa diferença, assinale a 
 
alternativa INCORRETA. 
 
a) Poder só pode existir se relacionado a um grupo de indivíduos e, portanto, NÃO é 
propriedade ou característica individual. É entendido como a habilidade humana para 
agir em concerto. Se alguém ocupa uma posição tida como “de poder”, é porque tem 
consentimento de um grupo. ​Ao dizer que instituições políticas são manifestações de 
poder popular e que decaem tão logo o apoio do povo deixa de sustentá-la (pág. 34) 
Arendt delega ao apoio popular a fonte do poder. Além disso, a autora entende que 
grupos são capazes de delegar a indivíduos posições que detém “poder”. 
b) A violência, dado seu fator coercitivo, pode, segundo Arendt, destruir e minar o poder. 
Não pode, contudo, criá-lo. ​Isso se dá, além do fator coercitivo da violência, pelo seu 
poder destrutivo. O uso da força pode matar, destruir e, por consequência, minar os 
polos de poder. Criá-lo, contudo, dependeria de apoio popular o qual a autora entende 
que não pode ser conquistado com o uso da força. 
c) Poder e violência, embora diferentes, não são opostos. São, por outro lado, 
complementares e podem existir de forma combinada e harmoniosa em um sistema de 
governo. ​[INCORRETA] “Poder e violência são opostos, onde um domina 
absolutamente, o outro está ausente.”(pág. 44) Arendt, então, demonstra que, embora 
poder e violência possam sim ter pontos de tangência na realidade objetiva, são 
opostos em significado teórico. 
d) Violência tem, por si só, um caráter instrumental. Por isso, não necessita de apoio 
popular para se desenvolver. Um contingente muito pequeno de pessoas, munidas de 
aparatos militares, é capaz de conter uma horda de pessoas. ​O caráter instrumental da 
violência (uso de armas, por exemplo), não depende de muitas pessoas para funcionar, 
diferentemente do poder, que, segundo Arendt, não tem outra fonte senão o apoio 
popular. 
e) Para a autora, violência é entendida como ÚLTIMO recurso para conservar intacta a 
estrutura de poder já existente. ​Quando o apoio popular é perdido, para manter a 
estrutura de poder, a violência é utilizada como instrumento coercitivo e coesivo. Sendo, 
contudo, paliativo e, portanto, perderá sua efetividade rapidamente. 
 2) Hannah Arendt faz, em seu texto “Sobre a violência”, uma distinção entre termos 
normalmente utilizados como sinônimos no meio acadêmico que, entretanto, têm significados 
muito diferentes. Marque a alternativa INCORRETA acerca dessa conceituação feita pela 
autora. 
a) Vigor é uma característica singular, pertencente a um indivíduo, não a um grupo. 
Grupos com poder tendem a, muitas vezes, a se voltar contra pessoas com vigor. ​(pág. 
37) 
b) Autoridade pode ser investida em pessoas ou grupos. Para ser conservada requer 
respeito, no caso pessoal ao indivíduo ou ao seu cargo. No caso coletivo, a autoridade 
se mostra, por exemplo, quando um policial ameaça um manifestante durante a 
manifestação. ​[INCORRETA] “pode ser investida em pessoas - há algo como autoridade 
pessoal, por exemplo, na relação entre a criança e seus pais, entre aluno e professor, 
ou pode ser investida em cargos como, por exemplo, no Senado romano” (pág. 37). A 
 
autoridade, para Arendt, é uma característica investida em indivíduos, ou seja, no 
policial, não na corporação. A ameaça de um policial a um manifestante, é uma 
demonstração de violência, não de autoridade. Autoridade, nesse caso, seria o cargo 
que o policial detém, não sua ação. 
c) Força é um termo que, segundo Arendt, deve ser utilizado somente para fenômenos 
naturais.​(pág. 37) 
d) Poder é a habilidade humana para agir em concerto, pertence a um grupo de indivíduos 
e, portanto, não é propriedade individual ou característica singular. ​(pág. 36- 37) 
e) Violência tem, necessariamente, um caráter instrumental. ​(pág. 37) 
3) Julgue as proposições a seguir como CORRETAS ou INCORRETAS, de acordo com o texto 
de Hannah Arendt “Sobre a violência”. 
a) Burocracia pode ser entendido como um governo tirânico pois não existe como 
responsabilizar nenhum indivíduo por um ato cometido. Nesse sentido, torna-se um 
governo que não presta contas à população, principal característica de um governo 
tirânico. ​CORRETA (pág. 33) 
b) Conceitos de violência, poder, vigor, força e autoridade, nas sociedades, se mesclam, 
sendo difícil encontrar algum deles sendo aplicado puramente. ​CORRETA (pág. 38) 
c) O consenso é vital para a manutenção e perpetuação do sistema de governo vigente. 
Seja em governos autoritários, seja em governos tidos como democráticos. ​CORRETA 
(pág. 35) 
d) Instituições políticas são manifestações de poder que petrificam e decaem tão logo o 
poder vivo do povo deixa de sustentá-la. ​CORRETA (pág. 34) 
e) Violência, por ser um fator instrumental e, portanto um mecanismo do governo, não 
necessita ser justificada para ser utilizada. ​INCORRETA “A violência é por natureza 
instrumental; como todos os meios, ela sempre depende da orientação e da justificação 
pelo fim que almeja.” (pag. 40-41) 
 
 
BOBBIO 
1. De acordo com o exposto por Norberto Bobbio, em sua produção “As teorias das formas 
de governo”, classifique as afirmativas como verdadeiras (V) ou falsas (F) 
( ) Todos os três autores clássicos abordados (Platão, Aristóteles e Políbio) trabalham 
com a ideia de tipos ideais, ou seja, inatingíveis e tipos reais. aqueles que podemos 
experimentar. 
FALSO. Platão é o único que faz essa distinção com seus dois modelos que podem ser 
encontrados num plano das ideias, que seriam as constituições perfeitas (monarquia e 
aristocracia), e as reais, passíveis de serem encontradas, seriam degenerações dessas 
duas. Aristóteles e Políbio não fazem essa diferenciação. (p.45) 
 
( ) Os critérios de Platão para classificar as formas reais enquanto melhores ou piores 
giram em torno de quantas pessoas governam, se é baseado no consenso ou violência, se 
é fundamentado na legalidade ou na ilegalidade. Políbio segue os mesmos critérios. 
FALSO. Bobbio afirma que os dois critérios para Platão são o consenso ou violência e 
ilegalidade ou legalidade. E depois diz que implicitamente Políbio usa os mesmos 
critérios, porém nenhum deles leva em conta o número de pessoas que governam como 
qualificador. (p.54 / p.67) 
( ) Aristóteles e Políbio teorizam sobre um governo misto. Sendo que o de Aristóteles 
baseia-se na harmonia institucional e o de Políbio na harmonia social. 
FALSO. Por mais que ambos teorizem sobre o governo misto, Aristóteles fala de uma 
harmonia social baseada na combinação de democracia e oligarquia; seria uma forma de 
achar o meio-termo entre o governo para os pobres e o governo para os ricos, trazendo 
uma paz social. Políbio fala em harmonia institucional em sua teoria do governo misto, 
baseando-se principalmente na experiência romana que combinava elementos de reino, 
aristocracia e democracia. (p.60-61/p.69-70) 
( ) Todos os autores abordados vêem a democracia como uma forma de governo 
negativa. Platão devido ao excesso de liberdade que leva a licenciosidade, Aristóteles 
afirma que esse governo visa só o bem dos pobres, e Políbio diz que um governo de 
arbitrariedade. 
FALSO. Nem todos os autores colocam democracia como um termo negativo. Platão em 
‘A República’ coloca a democracia como caracterizado acima, mas em ‘O Político’ faz 
uma distinção entre uma democracia positiva e uma negativa. Aristóteles coloca a 
democracia como definido na afirmativa, mas por fim para Políbio a oclocracia seria o 
governo da arbitrariedade enquanto a democracia seria uma forma positiva de governo 
popular. (p.45-48/p.54/p.56-57/p.66) 
( ) A razão de Platão ter uma visão tão pessimista é fruto de suas frustrações em se tornar 
o Rei-filósofo abordado em “O Político”. 
FALSO. Por mais que ‘O Político’ realmente discorra sobre o governante ideal, que seria 
na ideia de Platão, o Rei-filósofo; Bobbio afirma que a visão pessimista presente na teoria 
das formas de governo desse pensador clássico se deve ao fato de ele ter presenciado a 
decadência da democracia ateniense. (p.46) 
a) F - F - F - F -F 
b) V -V - F - F - F 
c) V - F - F - V - V 
d) F - V - F - V - F 
e) F - V - F - F - V 
RESPOSTA A 
2. Baseando-se no que Norberto Bobbio desenvolve no texto sobre as teses principais da teoria 
das formas de governo de Políbio, analise as afirmações abaixo e assinale a alternativa que 
 
corresponde à resposta correta: 
I. O autor afirma que a teoria de equilíbrio de Políbio é a mesma que a de tripartição dos 
poderes enunciada por Montesquieu. 
II. Por mais que Políbio não considere que a história é uma definidamente uma sucessão de 
pioras, sua visão da história cíclica ainda tende ao decaimento de “qualidade” nasconstituições com o tempo. 
III. Políbio elabora uma sétima constituição que seria a mista. Para ele essa constituição seria 
a mais perfeita e duraria para sempre. O seu exemplo concreto mais próximo foi a 
constituição romana. 
a) Todas estão erradas 
b) Somente a III está certa 
c) Somente a I está errada 
d) Somente I e II estão erradas 
e) Somente a II está certa 
RESPOSTA E 
I está incorreta pois Bobbio diz que por mais que essas duas teorias sejam semelhantes, não 
deve-se pensar que elas são a mesma coisa. A teoria de equilíbrio de Políbio, elemento presente 
num governo misto, funcionaria como um elemento de controle recíproco dos poderes. A 
tripartição dos poderes de Montesquieu trata de uma descentralização do poder, para trazer uma 
equidade e para que nenhum grupo ou indivíduo detenha o poder absoluto. (p.70) 
II está correta pois Bobbio afirma que mesmo que Políbio não estabeleça uma linha descrente 
eterna como Platão o faz, a tendência dos governos é se direcionarem para as formas menos 
perfeitas ou menos desejáveis à medida que o ciclo avança. Parte-se da melhor forma possível, 
para a pior forma possível, ocorre uma leve melhora por se estabelecer a segunda melhor forma 
possível, mas ainda assim é uma piora no quadro geral. (p.69) 
III está incorreta porque Políbio mesmo afirma que essa constituição também irá se corromper e 
se degradar com o tempo, mas o seu grande diferencial é que sua estabilidade é prolongada em 
comparação às constituições simples. (p.70-72) 
3. Complete as afirmativas com os termos apropriados 
I. Platão afirma que a passagem de uma constituição para outra depende do _________. 
Quando a constituição anterior se corrompe, é necessário mudar. Essa corrupção pode ser 
identificada por meio da _______. Ela pode ser de dois tipos, tanto______ quanto 
________. 
II. Segundo Platão, o homem ________ é aquele que tem _______ e _______. Sua falha é 
________. Quando seu governo é corrompido ele dá lugar ao homem _______. 
III. Aristóteles afirma que uma constituição é o que dá ordem à cidade. Focado na ideia de 
_______________, seu critério para classificar uma constituição como boa ou ruim é 
_______________​. 
IV. Para Platão em “A República” as formas reais se sucedem dessa forma 
________________________________. ​Para Aristóteles as constituições se sucedem 
como ________________________________. ​E para Políbio elas formam o ciclo 
 
_____________________________. 
a) I. nível de corrupção - luta - armada - pela desobediência civil 
II. oligárquico - desejo de honrarias - desprezo pelos pobres - sua virtude diminui 
a medida que a riqueza cresce - democrático 
III. quem comanda e como comanda - consenso ou violência 
IV, timocracia, oligarquia, democracia e tirania - monarquia, tirania, oligarquia, 
aristocracia, democracia e politia - monarquia, tirania, aristocracia, democracia e oclocracia 
b) I. nível de corrupção - discórdia - pela luta - pelo debate 
II, timocrático - ambição - fome de riqueza - valoriza mais o dinheiro do que aos 
sábios - oligárquico 
III, porque comanda e quem comanda - ilegalidade ou legalidade 
IV. timocracia, oligarquia, democracia e tirania - monarquia, tirania, aristocracia, 
oligarquia, politia e democracia - monarquia, tirania, aristocracia, oligarquia, democracia 
e oclocracia. 
c) I. revezamento de gerações - discórdia - pela luta - pelo debate 
II. democrático - desejo de liberdade - licença para se fazer tudo - excesso de 
liberdade que leva a anarquia - timocrático 
III. quem comanda e porque comanda - interesse pessoal ou interesse público 
IV. oligarquia, timocracia, democracia e tirania - monarquia, tirania, aristocracia, 
oligarquia, democracia e politia - monarquia, tirania, aristocracia, oligarquia, democracia 
e politia. 
d) I. revezamento de gerações - discórdia - dentro da classe dirigente - entre a classe 
dirigente e a dirigida 
II. timocrático - desejo de honrarias - ambição - valorizar mais os guerreiros do 
que os sábios - oligárquico 
III. quem comanda e como comanda - interesse pessoal ou interesse público 
IV. timocracia, oligarquia, democracia e tirania - monarquia, tirania, aristocracia, 
oligarquia, politia e democracia - monarquia, tirania, aristocracia, oligarquia, democracia 
e oclocracia. 
e) I. aumento da corrupção - discórdia - entre governantes - entre governantes e 
governados 
II. oligárquico - ambição - fome de riqueza - valoriza mais o dinheiro do que aos 
sábios - democrático 
III, quem comanda e como comanda - interesse pessoal ou interesse público 
 
IV. timocracia, oligarquia, democracia e tirania - monarquia, tirania, aristocracia, 
oligarquia, politia e democracia - monarquia, tirania, aristocracia, oligarquia, democracia 
e oclocracia. 
 
RESPOSTA C 
I. Platão afirma que a passagem de uma constituição para outra depende do ​revezamento de 
gerações​. Quando a constituição anterior se corrompe, é necessário mudar. Essa 
corrupção pode ser identificada por meio da ​discórdia​. Ela pode ser de dois tipos, tanto 
dentro da classe dirigente​ quanto ​entre a classe dirigente e a dirigida​. (p.49-51 ) 
II. Segundo Platão, o homem ​timocrático é aquele que tem ​desejo de honrarias e ​ambição​. 
Sua falha é v​alorizar mais os guerreiros do que os sábios​. Quando seu governo é 
corrompido ele dá lugar ao homem ​oligárquico​. (p.47-48) 
III. Aristóteles afirma que uma constituição é o que dá ordem à cidade. Focado na ideia de 
quem comanda e como comanda​, seu critério para classificar uma constituição como boa 
ou ruim é ​interesse pessoal ou interesse público. ​(p.56 / p.58) 
IV. Para Platão em “A República” as formas reais se sucedem dessa forma ​timocracia, 
oligarquia, democracia e tirania. ​Para Aristóteles as constituições se sucedem como 
monarquia, tirania, aristocracia, oligarquia, politia e democracia. ​E para Políbio elas 
formam o ciclo ​monarquia, tirania, aristocracia, oligarquia, democracia, oclocracia. ​(p.50 
/ p.46 + p.57-58 / p.46 + p.67 ) 
 
 
MAQUIAVEL 
1. De acordo com os capítulos indicados d’O Príncipe, assinale as alternativas a seguir 
como verdadeiras ou falsas 
a) Maquiavel acredita que, para um governante, é preferível ser odiado que ser amado - 
FALSO: Maquiavel fala que o ideal seria que um príncipe fosse ao mesmo tempo amado 
e temido e que, sendo preciso escolher, seria mais seguro escolher ser temido. Ser temido, 
porém, é diferente de ser odiado. O ódio faz o governante perder o povo - e por 
consequência, o governo. (capítulo XVII) 
b) O autor acredita que a glória pode ser conquistada por quaisquer meios por um príncipe 
virtuoso - ​FALSO: no capítulo VIII Maquiavel explica que não se pode considerar 
massacres e traições como virtù, nem tais vitórias como gloriosas. 
c) O texto defende que as bases da sociedade são boas leis e bons exércitos, e que não 
existem boas leis sem bons exércitos que as garantam ​ VERDADEIRO (capítulo XII) 
d) Existem, segundo Maquiavel, duas disposições opostas: a vontade dos nobres de 
oprimirem o povo e a do povo de não ser oprimido, as quais têm influência direta nas 
 
vantagens, desvantagens e necessidadesimplicadas ao governante que chegar ao poder 
pelas graças de algum deles - ​VERDADEIRO (capítulo IX) 
e) O príncipe virtuoso para Maquiavel é aquele que confia na Divina Providência para 
conquistar e manter o poder, preservando os valores morais clássicos da cristandade - 
FALSO - Maquiavel demonstra sua concepção de príncipe virtuoso ao longo de todo o 
texto, mas esta fica mais explícita principalmente no exemplo do rio que inunda, nos 
capítulos VI, XXV e, finalmente, no apelo que ele faz a Lorenzo de Médici, ao final do 
livro (XXVI). Para Maquiavel, o príncipe virtuoso é aquele que consegue recuperar seu 
destino e agir na busca de seus objetivos de forma a tentar remodelar o mundo de forma 
mais favorável a s​i. 
RESPOSTA: FFVVF 
 
2. De acordo com o texto trabalhado, assinale a alternativa ​INCORRETA 
a) Fortuna é o imponderável, aquilo que acontece independentemente da vontade humana. 
Pode ser chamada acaso. ​CORRETA (capítulo XXV) 
b) Virtù é a capacidade humana de recuperar seu destino, de agir na busca de seus objetivos 
de forma a tentar remodelar o mundo de forma mais favorável a si. CORRETA (exemplo 
do rio e do dique, capítulo XXV) 
c) Occasione é a chance concedida ao indivíduo para que ele retome as rédeas de sua vida e 
possa conquistar seus objetivos ​CORRETA (capítulo VI) 
d) O príncipe verdadeiramente virtuoso conseguiria sempre, segundo Maquiavel, conquistar 
e manter o poder, independentemente da Fortuna ser favorável ou não ​FALSO - (exemplo 
de César Bórgia, capítulo VII e afirmação no cpítulo XXVI de virtú e fortuna serem 
50-50) 
e) Maquiavel reprovava um príncipe que fosse excessivamente misericordioso: para ele, 
havia doses e situações onde a crueldade seria aceitável e até boa ​VERDADEIRO - 
(exemplo do general romano Cipião, capítulo XVII. A crueldade pode ser justificada 
quando houver “causa manifesta e justificativa apropriada” para tal) 
RESPOSTA: D 
 
3) Relacione as formas de se chegar ao poder segundo Maquiavel, a seguir, com as 
características que lhe são próprias: 
 
( c ) Poder pela virtù 
( a ) Poder pela Fortuna 
( d ) Poder pelo crime 
( e ) Poder pelas graças do povo 
( b ) Poder pelas graças dos nobres 
(TODAS AS DEFINIÇÕES SE 
ENCONTRAM NOS CAPÍTULOS VI, 
VII, VIII E IX) 
 
 
 
a . É uma forma de se chegar ao poder 
onde o príncipe necessita enraizar suas 
conquistas da maneira mais rápida e eficaz 
possível, enquanto ainda o puder fazer 
b​. Forma de poder onde é muito difícil 
agradar os aliados sem recorrer a meios 
ilícitos. Forma instável de poder, pela 
natureza mesma de como foi conquistado e 
pelas disposições naturais de seus aliados 
c​. Forma de poder onde a autoridade do 
governante está mais sedimentada pela 
própria forma como este chegou ao poder, 
através de grande capacidade pessoal. 
d​. Forma de conquista do poder que dá 
pouca importância aos meios, 
concentrando-se no fim e nas conquistas, 
não glórias, que isso acarreta. 
e​. Forma de poder onde é exigido do 
governante principalmente que não oprima 
o povo nem atente contra sua propriedade 
 
 
 
MACFARLANE 
1. A partir da leitura e análise do texto “Teoria Política Moderna”, assinale a alternativa 
correta. 
 
a) A primeira categoria de movimentos dos homens, os movimentos voluntários, se 
destacam e servem como base para a análise do estado de natureza para Hobbes. 
 
INCORRETA​. A primeira categoria, caracterizada pela “previsão do fim ou das 
consequências das coisas”,não é a de maior interesse para o Leviatã. Todavia, a segunda 
categoria se destaca por ser caracterizada como fruto de aversão ou ódio, servindo como 
base para se entender o estado de natureza e o Leviatã (p. 19). 
 
b) Devido às características egoísticas e selvagens do homem no estado de natureza pensado 
por Hobbes, seria inevitável uma condição de insegurança e de violência. Nesse sentido, 
torna-se claro que, para o autor, o homem seria um escravo completo de sua natureza. 
 
 
INCORRETA​. ​Apesar de as características apresentadas estarem corretas, o texto de 
Macfarlane ressalta o fato de Hobbes negar o homem como escravo completo de sua 
natureza, tendo em vista a razão humana (p. 20). 
 
c) Quando Hobbes explica a segunda lei da natureza, na qual se afirma que d​evemos estar 
prontos para abandonar o nosso direito de todas as coisas em prol da paz, ele deixa claro 
que esse abandono estaria ligado a interesses egoísticos e, portanto, não se trata de uma 
lei moral. 
 
CORRETA (p. 21). 
 
d) Ao caracterizar o homem natural em sua concepção, John Locke destaca dois elementos: 
a racionalidade e parcialidade. Todavia, torna-se claro como a parcialidade se sobressai, 
visto que ​a vontade de defender os interesses pessoais o torna irracional. 
 
INCORRETA​. ​Os dois elementos em destaque para Locke são de fato a racionalidade e a 
parcialidade, entretanto, é reforçado no texto de Macfarlane o papel primário da 
racionalidade que se sobressai a essa parcialidade (p.25). 
 
e) Segundo Rousseau, a solução da degradação imposta pela criação da propriedade privada 
foi o estabelecimento de instituições políticas. Desse modo, é evidente como essa decisão 
da população em conjunto garantiria elementos essenciais como a igualdade e liberdade. 
 
INCORRETA. ​Apesar de a solução encontrada ser, de fato, a criação de instituições 
políticas, ela não foi pensada pela população de forma conjunta, mas majoritariamente 
por ricos e corruptos (p.31). 
 
 
 
 
2. De acordo com a leitura do texto “Teoria Política Moderna” de Macfarlane, assinale a 
alternativa que represente a caracterização do estado de natureza e do homem, 
respectivamente, para cada autor estudado. 
 
I. Estado de Guerra; 
II. Vida essencialmente animal; 
III. Perfeita harmonia, com liberdade e igualdade. 
 
a) Racional, egoísta e inimigo dos demais; 
b) Bom e irracional; 
c) Racional e parcial. 
 
 
a) Hobbes – I c; Locke – II b; Rousseau - III a. 
b) Hobbes – II b; Locke - III a; Rousseau – I c. 
c) Hobbes – I a; Locke – III b; Rousseau – II c. 
d) Hobbes – I a; Locke – III c; Rousseau – II b. 
e) Hobbes – III c; Locke – II b; Rousseau – I a. 
 
CORRETA: D) Ia (p.19), IIIc (p. 24 e 25), II b (p 29) 
 
3. Assinale a alternativa INCORRETA de acordo com o texto “Teoria Política Moderna” de 
Macfarlane: 
 
a) Estabelecendo uma comparação entre Hobbes e Rousseau, é evidente a oposição 
existente entre uma visão pessimista hobbesiana de que o homem seria essencialmente 
egoísta, e a visão do homem “como poderia ser” de Rousseau. 
 
 
CORRETA. ​Ao passo que Hobbes apresenta um homem extremamente preocupado com 
sua autogratificação, Rousseau caracteriza um homem inocente e preocupado apenas 
com as suas necessidades básicas (p. 19 e 29). 
 
b) De forma oposta à visão Hobbesiana, John Locke defende o direito de resistência aos 
tiranos e o estabelecimento de limites para a autoridade política. Nesse sentido, a vontade 
dos governados seria a única fonte de poder legítimo. 
 
CORRETA. ​Locke afirma a necessidade de existirum consentimento renovado a cada 
geração, sendo esse o fundamento de legitimidade do contrato social. De forma oposta, 
Hobbes defende uma postura autoritária representada pelo Leviatã (p.22 e 27). 
 
c) É possível notar uma forte semelhança entre Hobbes e John Locke ao abordarem os 
conceitos de “estado de natureza” e “estado de guerra”. Desse modo, ambos consideram 
que esses termos possuem o mesmo significado e podem ser usados como sinônimos. 
 
INCORRETA. ​Locke busca diferenciar de forma clara esses dois termos que, segundo 
ele, podem ocorrer separadamente. Nesse sentido, o estado de guerra definido por esse 
autor se assemelha ao estado de natureza descrito por Hobbes (p. 25). 
 
d) Analisando os três autores citados por Macfarlane, uma das oposições mais intensas de 
pensamento se dá entre Rousseau e Locke ao abordarem a propriedade privada. Ao passo 
que Rousseau a considerava como a origem de todos os males, Locke defendia a 
propriedade privada como um direito natural. 
 
CORRETA. John Locke afirmava que o contrato social, entre outros aspectos, visava 
proteger o direito à propriedade. Por outro lado, o contrato social segundo Rousseau 
buscava preservar o homem do estado degenerado causado pela criação da propriedade 
privada (p.27). 
 
 
e) Rousseau, além de apresentar uma caracterização do homem “como poderia ser” no 
estado de natureza, tece uma crítica fundamental aos pensamentos de Locke e Hobbes. 
Em oposição a esses dois pensadores, Rousseau ​procura afastar o homem no estado de 
natureza de todas as influências da vida em sociedade. 
 
CORRETA. ​Segundo Rousseau, as características impostas ao homem no estado de 
natureza de acordo com Hobbes e Locke pressupõem vivências sociais. Como exemplo 
de características que ele considera incoerente nesse estágio pré-social, tem-se o egoísmo 
humano citado por Hobbes (p.29). 
 
 
 
CARNOY 
1. Em seu texto "​Marx, Engels, Lênin e o Estado​", Martin Carnoy explora teorias marxistas do 
Estado, abordando Marx, Engels, Lênin e Rosa Luxemburgo. Com essas teorias em mente, 
preencha a tabela a seguir, relacionando o nome do autor da primeira tabela com a ideia 
apresentada na segunda; depois, assinale a alternativa com a ​ordem correta​: 
 
I) Hegel ( ​IV ) Para que possa haver expressão da autoridade do povo, 
deve permitir uma imprensa livre e sem censura, assim como 
direito de associação e reunião. 
II) Marx e Engels ( ​III ) Serve apenas como o braço armado da burguesia, 
precisando, por isso, ser eliminado através de uma revolução 
armada. 
III) Lênin ( ​I ) É uma organização ideal e inevitável, indo além da história 
e dos próprios interesses humanos. 
IV) Rosa Luxemburgo ( ​II ) Expressa uma real necessidade de organização da 
sociedade, não importando qual seja a estrutura de classe 
específica. 
 
 
A) I, II, III, IV. 
B) IV, II, I, III. 
C) II, IV, III, I. 
D) IV (p.85), III (p.79), I (p.66), II (p.74). 
E) III, I, IV, II. 
 
2. O texto apresenta muitos conceitos e ideias centrais do pensamento marxista, analisando a 
obra de Marx e Engels. Tendo esse conjunto como base, classifique as afirmações a seguir em 
verdadeiras e falsas e, depois, assinale a alternativa que contém a ​ordem correta​: 
 
( ​V ) Marx e Engels acreditavam no potencial da democracia de ser usada pelos dominados, 
embora atentassem para a “​duplicidade da democracia​”, segundo a qual esse sistema também 
poderia ser usado pela burguesia para iludir o proletariado com uma falsa participação política. 
 
CORRETA. A democracia seria capaz de ter duas faces para a burguesia, que poderia ser 
ameaçada por ela ou se utilizar dela: no primeiro caso, através da tomada de poder por parte dos 
dominados; no segundo, através da criação de uma participação falsa e ilusória dos dominados 
na democracia (pp.71-72). 
 
( ​V ) Embora Marx já falasse em uma "​ditadura do proletariado​", é Lênin quem usa o termo 
"​socialismo​" para classificar o período em que essa ditadura vigorasse, necessário para acabar 
com todos os resquícios da burguesia no poder e servir como período de transição entre o 
capitalismo e o comunismo. 
 
CORRETA. Lênin dá maior ênfase ao processo de transição entre o capitalismo e o comunismo, 
falando na necessidade de um período de transição, o socialismo, em que os resquícios da 
burguesia no poder seriam extintos através da ditadura do proletariado (p. 80). 
 
( ​V ) Para Marx, há dois níveis de autonomia do Estado: o “​normal​”, em que a burocracia se 
curva para o lado que domina na luta de classes, e o “​excepcional​”, em que essa luta é congelada 
pela capacidade de qualquer classe de demonstrar seu poder sobre o Estado. 
 
CORRETA. No grau “​normal​” de autonomia do Estado, este se submete à burguesia como o 
órgão que cuida dos registros e ordenação dos meios materiais, enquanto no “​anormal​” a luta de 
classes fica congelada, com o poder do Estado não pendendo para nenhuma classe, o que 
permitiria que o Executivo dominasse (p.76). 
 
 
( ​F ) De acordo com o texto, há dois pontos centrais no marxismo: a constatação de que o Estado 
é um instrumento de dominação na sociedade capitalista e que este representa o braço repressivo 
da burguesia. Um detalhe relacionado é o de que as condições materiais de uma sociedade seriam 
a base de sua estrutura, embora Marx não adentre muito nessa questão. 
 
INCORRETA. O texto apresenta três pontos centrais do marxismo, e não dois: as condições 
materiais de uma sociedade são a base de sua estrutura; o Estado é um instrumento de dominação 
na sociedade capitalista; e este representa o braço repressivo da burguesia. O primeiro ponto e 
mais importante foi deixado de lado erroneamente na questão, sendo justamente aquele sobre o 
qual o materialismo marxista se baseia e o Estado é construído (pp.65-71). 
 
( ​F ) Marx deixou em sua obra uma teoria clara e direta sobre o Estado, o que permitiu a Carnoy 
focar em poucas obras para fazer sua análise. 
 
INCORRETA. Marx não desenvolveu uma teoria do Estado única e coerente, o que fez com 
que Carnoy deduzisse as concepções marxistas do Estado da obra de Marx, destacando-se suas 
críticas a Hegel, sua teoria sobre a sociedade e suas análises de conjunturas históricas específicas 
(p.65). 
 
a) V, F, V, F, V. 
b) V, V, V, F, F. 
c) F, V, V, F, V. 
d) V, F, F, V, F. 
e) F, F, F, V, V. 
 
3. Um dos pontos centrais das teorias marxistas é a revolução, o processo de retirada da 
burguesia do poder. Tendo isso em mente, julgue as questões abaixo e assinale a ​alternativa 
incorreta​ sobre o processo revolucionário: 
 
a) De acordo com Lênin, o proletariado já estaria vivendo em uma ditadura burguesa no sistema 
capitalista, onde a democracia era exclusiva para aqueles que dominavam. A ditadura do 
proletariado seria uma ditadura para os burgueses e uma democracia para os proletários. 
 
CORRETA. Apesar de Lênin demonstrar algumas vezes afeição pela ideia de democracia, 
argumenta que esta existe apenas para a burguesia, enquanto o proletariado vive uma ditadura daburguesia. A ditadura do proletariado permitiria que os proletariados vivessem uma democracia, 
passando os burgueses para uma ditadura (pp.81-82). 
 
 
b) A principal diferença entre o pensamento de Rosa Luxemburgo e Lênin diz respeito aos meios 
e não aos fins da busca da derrubada do capitalismo. Para Luxemburgo, o Estado soviético 
estava fadado ao centralismo graças ao foco de poder no Partido Comunista. 
 
CORRETA. Rosa Luxemburgo já criticava Lênin desde a tentativa fracassada de revolução na 
Rússia em 1905. Em vida, alertou para o perigo de uma centralização do poder em um partido, o 
que poderia ameaçar a organização coletiva do proletariado e sua conscientização (p.87). 
 
c) Marx e Engels defendiam uma revolução pacífica pelo proletariado, como ocorreu com o 
Partido Social-Democrata na Alemanha. O termo "​ditadura do proletariado​" foi cunhado por 
Lênin para justificar a violência soviética. 
 
INCORRETA. Apesar de Engels reconhecer os avanços dos social-democratas na Alemanha, 
ele e Marx destacaram a necessidade de uma revolução em suas obras. O termo “​ditadura do 
proletariado​” surgiu em meio a isso - a diferença na sua utilização por Lênin se deu em seu foco 
maior na análise dessa ditadura, por fins práticos para a Revolução Russa (p.84). 
 
d) Para Rosa Luxemburgo, o problema da concepção leninista de “​ditadura do proletariado​” 
residia no fato de que era uma ditadura aos moldes burgueses, com uma liderança e centralização 
de poder. A verdadeira ditadura do proletariado seria uma maneira de aplicação da democracia, e 
não sua destruição. 
 
CORRETA. A pensadora acreditava que a ditadura pregada por Lênin tinha as aparências de 
proletária mas mantinha a mesmas organização das ditaduras burguesas, com falta de 
participação popular efetiva. O conceito de ditadura do proletariado que ofereceu consistia em 
um projeto coletivo de construção de um novo poder (p.85). 
 
e) Carnoy explora as ideias leninistas baseando-se principalmente em “​O Estado e a Revolução​”, 
publicado por Lênin às vésperas da Revolução Russa de 1917. Por isso as ideias leninistas sobre 
o Estado têm um cunho tão prático e focado nos processos revolucionários. 
 
CORRETA. Os escritos teóricos que Lênin deixou sobre o Estado focam muito no processo 
revolucionário e suas necessidades graças ao fato de se concentrarem em “​O Estado e a 
Revolução​”, obra de cunho guiador para revoluções proletárias. Esse fato explica também a falta 
de maior precisão sobre a visão de Lênin da teoria do Estado em períodos não revolucionários 
(p.80).

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