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Teoria da Política Clássica - Aula 1: Slides e comentários

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Teoria Política Clássica – Contratualismo e Contrato Social.
Professor Doacir Gonçalves de Quadros. 
Aula 1
Frases em amarelo: Títulos e frases importantes.
Textos em "roxo": Resumo dos comentários e respostas importantes do excelentíssimo professor Doacir Gonçalves de Quadros durante os slides.
Plano de Ensino
Objetivo geral:
• Apresentar os elementos basilares da Teoria Política Clássica.
Objetivos específicos:
• Justificar a relevância da Teoria Política Clássica nos dias de hoje.
Tema 01: O que significa a teoria?
 Você sabe qual é, afinal, a utilidade da teoria? Não apenas a teoria política, mas a teoria de um modo geral, possui um papel central para a produção de conhecimento científico, pois é por meio da discussão teórica que podemos definir quais são as categorias e os conceitos com os quais identificamos e nos referimos aos fenômenos observáveis, as coisas do mundo "real".
 Além disso, é por meio da discussão teórica que são formulados as principais perguntas e problemas com que lidam na prática os pesquisadores que fazem investigações empíricas.
“Qual a importância desta disciplina? Ela traz algumas informações importantes para nos ajudar a compreender o Estado.”
Qual o significado para as palavras teoria, política e clássica?
Teoria: Se refere a um conjunto sistemático de opiniões e ideias sobre determinado tema;
“A teoria política clássica se fundamenta por pensadores que procuram trazer informações de maneira sistemática sobre determinado assunto/tema (no caso da aula, ao Estado).”
Política: uma ação flexível, arte de governar, uma relação de poder;
“O poder é a capacidade de influenciar o comportamento das pessoas” (Ribeiro, 1981, p.15);
“Esta característica, sobretudo da ciência política norte-americana na década de 60/70.”
Interesse e decisão;
Clássica: se refere a modelo, tradição.
“Dentro destas linhas, os pensadores passam a refletir sobre as relações de poder (exclusivamente o político, o Estado). Se colocam ‘clássicos’ por darem o pontapé inicial dentro da teoria política sobre a reflexão da relação de poder da sociedade.”
Tema 02: As fontes do poder
 De onde vem o poder? Você já deve ter ouvido falar que o poder emana do povo, mas o que é o "povo", o que essa categoria designa?
 Trata-se de uma ideia puramente abstrata, ou é a soma dos indivíduos que faz parte de uma comunidade política? Qual a relação entre povo e soberania? Para saber de onde vem o poder precisamos discutir sobre seus fundamentos.
 É precisamente essa a proposta do professor Doacir Quadros nessa primeira aula de Teoria Política Clássica, com a discussão acerca das fontes do poder político.
Quais são as fontes para se exercer o poder?
Atributos pessoais;
“A partir de determinada característica, como carisma e comunicação, ele tem a capacidade de persuadir as pessoas para que elas adotem um comportamento desejado por ele.”
Propriedades e posses;
“Exclusivamente, se refere ao poder econômico, de indivíduos/grupos/pessoas que utilizam-se do poder (no caso, de ter a sua posse) e conseguindo influenciar outras pessoas por isto.”
 Conhecimento, saber;
“Também conhecido como ‘ideológico’. Hoje, na sociedade moderna, indivíduos que possuem conhecimento e saber são indivíduos poderosos por possuírem a capacidade de influenciar outras pessoas.”
Organizações e instituições (mídia, igreja, escola, sindicatos, partidos e governo, etc.);
“Elas se colocam em uma posição extremamente importante para a sociedade, por terem como função a socialização do membro da sociedade.”
Poder político ou Estado;
“Segundo Marx, o poder do Estado é a única instituição que tem a legitimidade do toldo social para que, se necessário, usar a força/coerção para que ele adote o comportamento desejado (isso não é permitido de se utilizar nas demais instituições).”
O poder político ou estado pode ser estudado de diferentes maneiras.
“Dentre elas: pensar o Estado a partir de sua organização na forma de Estado ou o sistema de governo e/ ou político, e também nas formas de regimes políticos.”
Tema 03: Como se organiza a gestão do poder político
 A gestão do poder político é um tema central para a Teoria Política Clássica. Você já pensou sobre por que existem "Estados" no Brasil? Qual é a finalidade de se separar uma comunidade política em unidades subnacionais? Por que existem os 27 Estados da federação Brasileira? Aliás, o que é uma federação?
 Essas questões nos remetem para uma reflexão sobre como organizamos a gestão do poder político. E esse é mais um dos tópicos da moderna análise política que foi legado pela Teoria Política Clássica.
“Na teoria de Aristóteles, o homem tem sua completude, sua racionalidade, a partir do momento em que ele passa a viver em sociedade.”
“Modelo contratualista: o homem não adere ao Estado por uma necessidade, mas por uma vontade, motivada por pesar os pós e contras.”
Forma de Estado:
Estrutura estatal interna;
Centralização e descentralização;
“Indica a maior ou menor irradiação do poder político” (Acquaviva,2010, p.93);
Relatividade da distinção;
Princípios opostos da organização;
Descentralização política.
“No Brasil, houve tanto a centralização quanto a descentralização, sendo atualmente, na perspectiva federalista de descentralização.”
Tema 04: Os sistemas de governos
 Indo um pouco além das formas de organização do poder político, temos diferentes sistemas de governos. Há países em que a atividade de governo é compartilhada entre o Poder Legislativo e o Poder Executivo - o sistema parlamentarista - mas há países em que o parlamento apenas cria as leis que regem a ação do poder executivo - o sistema presidencialista.
 Os sistemas de governo são diferentes por que as comunidades políticas são diferentes, e no âmbito da Teoria Política podemos conhecer algumas categorias básicas para examinar essas diferenças.
Sistema ou regime de governo
“Há dois sistemas de governo mais utilizados: presidencialismo e parlamentarismo” (Quadros, 2016, p.22);
Presidencialismo;
“Há um único governante, eleito pelo voto direto do eleitor. Este único governante passa a construir em torno de si uma chefia unipessoal (o governante tem a possibilidade de escolher membros/assessores para fazer parte de seu gabinete por nomeação, partindo por vontade própria, sem vinculo da escolha tendo necessidade de aceitação no parlamento ou legislativo). Também há o poder de veto do governante, em que ele pode vetar projetos que são aprovados no legislativo. O presidencialismo permite a possibilidade de uma decisão mais rápida ao governante, comparado ao parlamentarismo, tendo neste, discutir as decisões junto ao parlamento.”
Parlamentarismo;
“Muito comuns nos países e Estados europeus. Normalmente, há dois governantes: o chefe de Estado e o chefe de governo, sendo pessoas diferentes. Quando pautado em uma monarquia (como o sistema Inglês), o chefe de Estado é o representante da coroa e o chefe de governo é eleito pelo Legislativo, o parlamento Inglês, que passa a ser escolhido a partir de uma maioria no parlamento inglês. É possível afirmar que o poder do chefe de governo passa a ser muito forte em relação aos rumos políticos e administrativos de um Estado. O chefe de Estado (nos moldes da monarquia), passa a ter um vinculo muito grande na sociedade em virtude da tradição que a coroa representa. No parlamentarismo nos moldes da república, também há dois governantes, mas sendo o chefe de Estado sendo eleito comumente eleito pelo povo do povo, e o de governo, pelo parlamento.”
“O que leva uma sociedade aderir ao presidencialismo ou parlamentarismo? Todo e qualquer estado representa uma realidade cultural historicamente construída de cada sociedade.”
“Qual desses dois sistemas de governo se coloca mais próximo a democracia? Segundo Hans Kelsen, ‘parlamentarista, pois o chefe de Estado ou de governo são justamente eleitos de uma forma direta e indireta pelo povo. No presidencialismo, apesar de ser eleito pelo povo, o presidente passa a ter oempoderamento muito grande em relação ao legislativo, ou seja, muito maior que o legislativo, ou seja, pode trazer problemas danosos a democracia.”
Experiências presidencialistas na América do Sul.
Tema 05: A discussão sobre as formas de governo
 É graças à Teoria Política Clássica que temos as mais antigas formas de classificação dos governos. Os primeiros pensadores políticos propuseram as distinções elementares para a reflexão sobre os fenômenos políticos.
 Em uma disciplina como essa podemos nos familiarizar com o pensamento antigo (tendo em mente os filósofos gregos como Aristóteles ou Platão), mas também com as obras que delimitaram os parâmetros que ainda hoje balizam o exercício do poder político, como a tensão entre igualdade e liberdade, a discussão acerca do Liberalismo e o problema da desigualdade entre os homens nas comunidades políticas.
Forma de governo
Forma pela qual o poder se organiza e se exerce;
“É considerando esse tipo de classificação que podemos identificar algumas das contribuições do pensamento politico de Platão e Aristóteles (Quadros, 2016p.23);
“”
Platão – A República;
“Platão procura chamara atenção através de um olhar empírico em que ele faz na sociedade de sua época na qual os Estados se organizam, além da não enxergar uma forma perfeita da sociedade.”
Aristóteles – Política;
“Se coloca como sendo a referência para nós entendermos a tipologia de Platão em relação as formas de governo. É uma tipologia que se difere muito de Platão, em razão do número de formas de se organizar, além dos critérios que Aristóteles utiliza para definir as formas de governo possível para se organizar o Estado.”
Nicolau Maquiavel - “O Príncipe” e “Comentários sobre a primeira década de Tito Lívio”;
“Identificamos nessas duas obras, que Maquiavel se coloca favorável a monarquia e ora a republica, onde coloca como uma característica do pensamento de Maquiavel, olhando mais ainda a república ,como bons olhos.”
Hobbes – O Leviatã;
“A ênfase está no contexto político em meados do século 17 (época em que foi escrito) em que ele se coloca como sendo um defensor do Estado absolutista, no caso específico absolutista, temos que entender a monarquia absolutista, em que o governante passa a ter, ou a se concentrar em si, todos os poderes. O poder soberano é o governante.”
 John Locke – Segundo Tratado do Governo Civil;
“No primeiro tratado, John Locke argumenta algumas críticas em relação a monarquia, e no segundo tratado, ele chama a atenção sobre a necessidade de se limitar o poder doo governante. Também entende que o Estado é um mal necessário, mas deve se conter o máximo poder deste Estado. No caso de Locke, o poder soberano é o Legislativo, onde passaria a ter o poder limitado.”
Rousseau – Discurso sobre a origem da desigualdade e O Contrato Social.
“Poder soberano não é o Legislativo ou a soberania, e sim a vontade geral.”
“Hobbes, Locke e Rousseau não oferecem uma tipologia das formas de governo, se preocupando em identificar e/ou argumentar no sentido da justificação do Estado, além da prescrição e direcionamento para a organização do Estado, ou seja, qual a forma em que eles entendem que o Estado deve ser organizado, qual a forma de governo.”
Na prática:
 Acompanhando a discussão proposta pelo professor Doacir no livro base da nossa disciplina saberemos qual a origem da expressão contratualismo, e o que significa o contrato social.
 Você já parou para pensar sobre por que os contratos são respeitados? Quais é o sentido de se estabelecer um contrato? Procure estudar cláusulas de um contrato, e note como existe uma estrutura básica sobre o que venha a ser um contrato.
 Em um exercício simples como esse você poderá verificar como os princípios discutidos na Teoria Política Clássica se aplicam em situações práticas e nas rotinas dos cidadãos que vivem sob a tutela de um Estado de Direito.
Leia a apresentação e a introdução do livro O Estado na Teoria Política Clássica (livro base da disciplina);
Leia a apresentação do livro Teoria Geral do Estado de Marcus Aquaviva;
O fundamento e a evolução histórica do Estado;
Partidos políticos, organizações interestatais;
Antologia de clássicos da política;
Documentação histórica.
Finalizando:
Refletimos nesta aula: 
O que é teoria política clássica; 
Algumas formas de poder;
Algumas maneiras de se estudar o Estado.
Referências: 
ACQUAVIVA, M. C. Teoria geral do Estado. Barueri: Manole, 2010;
QUADROS. D.G. O Estado na teoria política clássica. Curitiba: Intersaberes, 2016.
Centro Universitário UNINTER. Relações Internacionais. Abril, 2017.

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