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“Todo sistema de educação é uma maneira política de manter ou de modificar a apropriação dos discursos, com os saberes e os poderes que eles trazem consigo”. (Michael Foucault) Por meio de uma análise histórica inovadora, Foucault concluiu, que a concepção do homem como objeto foi necessária na emergência e manutenção da Idade Moderna, porque dá às instituições a possibilidade de modificar o corpo e a mente. A escola deve ser compreendida, a partir de Foucault como um local de articulação dos poderes e saberes na produção do sujeito moderno, o homem é o resultado da configuração epistemológica do saber moderno e um efeito do poder disciplinar. Para tal discussão Foucault divide a escola em três eixos: Analise do sistema do saber; Modalidade de poder; relações entre eu consigo próprio. Esses deveriam ser os princípios norteadores da educação escolar. Entretanto não é isso que ocorre na educação escolar hoje. A escola enquanto espaço de socialização organiza seu cotidiano com práticas e propósitos de fixar, adaptar e modelar, corpo e pensamento desde a infância tirando assim do individuo seu caráter de ser emancipado. Muitos episódios nos mostram que a escola ainda faz uma pedagogia enrijecida, asséptica, idêntica, uniformizada, desprovida de escutas e de significados que digam que interpelem que façam sentido às demandas, às necessidades e às individualidades de seu público. a penalidade, a vigilância e o controle seriam então uma maneira de gerir as ilegalidades, de riscar limites de tolerância, de dar terreno a alguns, de fazer pressão sobre outros, de excluir uma parte, de tornar útil outra, de neutralizar estes, de tirar proveito daqueles (FOUCAULT, 1987, p. 230).A eficiência da escola como uma instituição produtora de subjetividades, evidencia o fato de que o discurso sobre o fracasso das instituições disciplinares é, na verdade, um discurso malicioso, pois segundo Foucault, No discurso pedagógico, a escola propõe-se a construir um individuo pensante, que saiba tomar decisões inteligentes, entre outras expectativas. Nas práticas diárias, no entanto, restringe, apaga, recolhe as singularidades, faz um “arrastão” nas diferenças, nas subversões ou atos de rebeldia. Suspende, expulsa, aprova e desaprova, controla e manipula tudo o que é ensinado e principalmente interfere no crescimento intelectual, critico e emancipador do individuo. Jéssica Mariane de Oliveira PEreira Turma: X FOUCAULT E A ESCOLA: Disciplinar, examinar, fabricar Curso: Licenciatura em Educação Física Turno: Manhã Matéria: Filosofia da Educação Física Professora: Luise Moro CURITIBA Novembro/2013
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