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Asma 2012-2

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Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Faculdade de Enfermagem, Fisioterapia e Nutrição
Curso de graduação em Enfermagem
Disciplina: Enfermagem na Saúde do Adulto 
ASMA
Isabel Cristina Kern Soares
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O Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) assinaram um acordo de cooperação técnica e científica voltado para a prevenção de doenças respiratórias, como asma, pneumonia, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), tuberculose e tabagismo.
Março/2008 
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PROBLEMA DE SAÚDE MUNDIAL
A ASMA, a rinite alérgica e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) são as Doenças Respiratórias Crônicas mais comuns. Representam um dos maiores problemas de saúde mundialmente.
Global Alliance against Chronic Respiratory Diseases (GARD) – estratégia da OMS
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ASMA
A asma acomete cerca de 300 milhões de indivíduos em todo o mundo e frequentemente está associada à rinite. 
O Brasil ocupa a oitava posição mundial em prevalência de asma.
Em 2007, foi responsável por cerca de 273 mil internações, gerando custo aproximado de R$ 98,6 milhões para o Sistema Único de Saúde (SUS). 
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ASMA
ASMA VEM DO GREGO "ASTHMA", QUE SIGNIFICA "SUFOCANTE", "ARQUEJANTE "
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ASMA
Conceito: É uma doença inflamatória crônica das vias aéreas, resultando em hiper-reatividade dessas vias, edema de mucosa e produção de muco.
Metade dos pacientes tem menos de 10 anos
1/3 entre 10 e 30 anos
Prevalência em ambos os sexos
1/3 outra pessoa da família também têm 
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FISIOPATOLOGIA
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FISIOPATOLOGIA
Espasmo muscular
Excesso de muco
Engurgitamento venoso
Estímulo
Externos-Pólen, animais
Estresse fadiga
Estímulo
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Estímulo 
Libera histamina- edema músculo liso
Edema - atrai prostaglandinas que aumentam o efeito da histamina
Histamina estimula a membrana mucosa a secretar muco aumentando a obstrução e citocina atrai leucócitos causando inflamação
Base do pulmão preenchida com muco, inibe ventilação alveolar
 ativa IgE (anticorpos) nos mastócitos
vasodilatação
Histamina+prostraglandinas+citocinas
Broncoconstrição
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FISIOPATOLOGIA
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FATORES DE RISCO PARA ASMA
AMBIENTAIS:
Tabagismo
Ocupação
Alergenos e poluentes ambientais
Baratas 
Infecções virais
Alimentos
Medicamentos
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FATORES DE RISCO PARA ASMA
PRÓPRIO PACIENTE:
História pessoal ou familiar de doença respiratória (aspectos genéticos)
Obesidade
Sexo masculino (durante a infância)
 Na idade adulta passa a ocorrer predomínio do sexo feminino. Cerca de 25% dos casos iniciam-se após a idade dos 40 anos.
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FATORES DESENCADEANTES 
Alergenos
	pelos de animais  
ácaros de pó doméstico  
pólens e fungos
  
Poluentes do ar 
	fumaça de cigarro 
tintas exaladas 
odores fortes 
poluição do ar  
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FATORES CONTRIBUINTES
Infecções respiratórias 
Exercício 
Clima- ar frio  e umidade
Alimentos e certas drogas 
Estresse emocional 
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MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
Cianose (Hipoxemia), diaforese
Taquicardia
Tosse seca persistente - principalmente à noite
Sibilos 
Taquipnéia
Dispnéia
Cansaço físico
Sensação de aperto ou dor no peito 
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SINAIS
Figura 2.1. Cianose do leito ungueal.
Figura 2.2. Baqueteamento digital.
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SINAIS
Figura 2.3. Deformidades orais secundárias à respiração bucal.
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CLASSIFICAÇÃO DA ASMA
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 CLASSIFICAÇÃO DA ASMA
Asma Intermitente: - sintomas menos de uma vez por semana; - crises de curta duração (leves); - sintomas noturnos esporádicos (não mais do que duas vezes ao mês); - provas de função pulmonar normal no período entre as crises. 
Asma Persistente Leve: - presença de sintomas pelo menos uma vez por semana - presença de sintomas noturnos mais de duas vezes ao mês - provas de função pulmonar normal no período entre as crises. 
Asma Persistente Moderada: - sintomas diários; - as crises podem afetar as atividades diárias e o sono; - presença de sintomas noturnos pelo menos uma vez por semana; - provas de função o pulmonar: pico do fluxo expiratório (PFE) ou volume - expiratório forçado no primeiro segundo (VEF) >50% e < 80% do esperado. 
Asma Persistente Grave: - sintomas diários; - crises frequentes; - sintomas noturnos frequentes; - provas de função pulmonar: pico do fluxo expiratório (PFE) ou volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF) > 50% do esperado. 
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ASMA OCUPACIONAL
Asma ocupacional é a obstrução variável das vias aéreas, induzida por agentes inaláveis, particulares a um dado ambiente de trabalho, na forma de gases, vapores ou fumos.
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ASMA OCUPACIONAL
Asma ocupacional propriamente dita
Asma agravadas pelo trabalho
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PREVENÇÃO DA ASMA OCUPACIONAL
A prevenção das doenças do sistema respiratório relacionadas ao trabalho baseia-se nos procedimentos de vigilância em saúde do trabalhador, que inclui a vigilância epidemiológica de agravos e a vigilância sanitária dos ambientes e condições de trabalho. Utiliza conhecimentos médico-clínicos, epidemiológicos, de higiene ocupacional, toxicologia, ergonomia e psicologia, entre outras disciplinas, valoriza a percepção dos trabalhadores sobre o trabalho e a saúde e considera as normas técnicas e regulamentos vigentes.
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DIAGNÓSTICO DA ASMA
Histórico de Enfermagem
 
 Entrevista
 Exame físico
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ENTREVISTA
Existe histórico familiar de alergia e/ou asma? 
Quais são os sintomas? Qual foi a primeira vez que percebeu? 
Quando eles ocorrem? O que causa os sintomas? 
O que faz com que os sintomas piorem? (fumaça, exercícios, substâncias alérgicas, umidade, riso, pranto, etc.) 
Qual a freqüência e gravidade dos sintomas? Eles interferem nas atividades diárias? 
Os sintomas limitam a atividade física? Dificultam o sono? 
Como geralmente você controla os sintomas? 
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EXAME FÍSICO
Inspeção
Palpação
Percussão
Ausculta
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EXAME FÍSICO
INSPEÇÃO
Aumento do diâmetro torácico
PALPAÇÃO
Frêmito toracovocal diminuído
PERCUSSÃO
Hipersonoridade à percussão devido à hiperinsuflação
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DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
Desobstrução ineficaz de vias aéreas
Ventilação espontânea prejudicada
Padrão respiratório ineficaz
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EXAMES COMPLEMENTARES PARA DIAGNÓSTICO
Provas de função pulmonar: espirometria e a medida do pico do fluxo expiratório (PFE ou peak flow)
Testes cutâneos, gasometria arterial, hemograma, entre outros
Radiografia do tórax
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Espirometria: Estudo da função pulmonar após expiração forçada, cujos valores são comparados com a média esperada para sexo, altura e peso. VEF1 (volume expiratório forçado no primeiro segundo) e a CVF/VEF1 (capacidade vital forçada/VEF1).
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Pico do fluxo expiratório (PFE) ou peak flow
Mede a obstrução vias aéreas:
ou= 80% asma moderada
< ou = 50% asma grave
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Testes cutâneos de leitura imediata
Ácaro
Pó
Contr
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OBJETIVOS DO TRATAMENTO DA ASMA
Controlar os sintomas
Permitir atividades normais (trabalho, escola e lazer)
Manter a melhor função pulmonar possível
Evitar crises, idas a serviços de emergências e hospitalizações
Reduzir a necessidade do uso de broncodilatador para alívio
Minimizar efeitos adversos dos medicamentos
Melhorar a qualidade de vida
Reduzir o risco de morte
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Princípios do tratamento de manutenção
Ação educativa
Cuidados ambientais
 Tratamento farmacológico
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TRATAMENTO
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TRATAMENTO
O melhor tratamento é a prevenção e a identificação dos fatores precipitantes
Broncodilatadores inalados (salbutamol)
Broncodilatadores parenterais (aminofilina, terbutalina)
Corticoesteróides (hidrocortisona ou metilpredinisolona)
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ASMA
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ASMA
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CASO CLÍNICO
Paciente, sexo masculino, 18 anos, apresentava sibilância e dificuldade para respirar. Esses ataques ocorriam intermitentemente e não foram relacionados a nenhuma
circunstância conhecida. Um raio-X de tórax foi normal, mas os testes de função pulmonar realizados quando ele estava sintomático demonstraram uma acentuada redução do VEF1, que melhorou significativamente depois que ele inalou puffs de agonistas Β2-adrenérgicos. A ele foi prescrito inaladores de agonistas Β2-adrenérgicos, mas como ele continuou a ter episódios de dispnéia, mudou-se a prescrição para corticosteróide inalatório, que propiciou muito maior alívio. Quatro anos depois, ele chegou à sala de emergência com severa limitação da respiração com oito horas de duração, alegando que havia parado de tomar os remédios devido a questões financeiras.
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CASO CLÍNICO
Na chegada à emergência, ele estava em considerável sofrimento; mal conseguia falar e sua frequência respiratória estava em 30 ipm. O exame físico apontou raros sibilos e murmúrios vesiculares quase ausentes. Também foi constatada a pCO2=88, pO2=35 e pH=6,9. Enquanto esperava o tratamento, o paciente sofreu uma parada cardíaca e não pôde ser ressuscitado. À autópsia, relevantes achados estavam limitados ao trato respiratório. Os pulmões estavam hiperinsuflados, tinha áreas focais de atelectasia e muitos dos brônquios estavam ocluídos por tampões mucosos viscosos e espessos. 
Robbins, Pathologic Basis of Disease, Interactive Case study Companion 
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Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Faculdade de Enfermagem, Fisioterapia e Nutrição
Curso de graduação em Enfermagem
Disciplina: Enfermagem na Saúde do Adulto 
Ações Programáticas:
ASMA
Isabel Cristina Kern Soares

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