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DIREITO CIVIL VI Semana IV

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DIREITO CIVIL VI - CCJ0017 Título SEMANA 4 
Descrição Caso Concreto 
Carlos André, conhecido por ser um jovem ambicioso, é acusado da morte de seus pais Marcos e Clarisse, vítimas de um atentado ocorrido em 07/09/2016 sofrendo por isso, processo de indignidade. Naquela oportunidade Carlos André tinha um casal de filhos gêmeos. Um mês após a morte dos pais de Carlos André, seu avô, João, falece, em decorrência de um infarto. 
Diante deste quadro, caso seja declarada a indignidade de Carlos André: 
se seus filhos terão direito sucessório sobre os bens de Marcos e Clarisse; 
Resposta: O sucessor indigno é quem pratica atos como tido reprováveis, não para sociedade ou para o juiz, reprováveis para matéria de sucessões. Os atos de exclusão são  taxativamente enumerados em lei e estão elencadas no artigo 1.814 do Código Civil, quais são: atos contra a vida, a honra e a liberdade do de cujus ou de seus familiares. Dispõe o aludido dispositivo:
São excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários:
I -  que houverem sido autores, coautores ou participes de homicídio doloso, ou tentativa desde, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente.
Assim, observamos que o assassino não terá direito, mas os filhos do assassino, entretanto, não perdem seu direito de herdar por estirpe, elimina-se este juridicamente, como se fosse pré-morto. A parte que caberia ao assassino é divida entre seus filhos, se houver. Mas, o assassino jamais poderá ter o usufruto, administração ou herdar os bens de seus filhos, neste caso, se estes eventualmente vierem a falecer antes. A lei nada fala a respeito da vedação ao exercício da posse, pelo assassino, desses bens.
se Carlos André terá direito sucessório sobre os bens de João. 
Resposta: Como já relatado, os filhos do assassino, entretanto, não perdem seu direito de herdar por estirpe, elimina-se este juridicamente, como se fosse pré-morto. A parte que caberia ao assassino é divida entre seus filhos.
Questão Objetiva 
Dentre os atos de deserdação, não existe nenhum caso específico destinado ao cônjuge. Portanto, no que tange à legitima, é correto afirmar: 
a) Por falta de previsão legal, não se pode privá-lo da parte legítima; 
b) Aplica-se ao cônjuge os artigos 1962 e 1963, CC, a título de analogia; 
c) Pode ser deserdado e privado da legítima, porém somente pela prática de um dos atos do art. 1814, CC; 
Xd) Diante do silêncio da norma jurídica, o cônjuge não é tratado como herdeiro necessário quando praticar um dos atos de exclusão. 
ATIVIDADE ESTRUTURADA 
Título: Sucessão e Fertilização ‘Post Mortem’ (aula 4) Objetivo: Identificar os efeitos sucessórios da fertilização ‘post mortem’. Competências/Habilidades: Identificar e conceituar as principais formas de reprodução humana assistida Compreender os pressupostos da filiação decorrente da utilização da fertilização ‘post mortem Aplicar a caso prático Desenvolvimento: A pesquisa deve ser realizada em equipes de no mínimo 03 e no máximo 05 alunos. Caso baseado em fatos reais (reportagem em anexo). 
Roberto, casado com Kátia, em 2009 descobriu ser portador de grave forma de câncer. Ao ser informado sobre que uma das consequências do tratamento poderia ser uma possível infertilidade, Roberto, em decisão conjunta com sua esposa, resolve armazenar seu sêmen em clínica de Curitiba para que, recuperando-se, pudesse dar continuidade ao projeto parental sonhado pelo casal. No entanto, Roberto não se recuperou e acabou morrendo no início de 2010. Kátia, certa de que gostaria de ter um filho de seu finado marido procurou a clínica onde o material biológico estava armazenado a fim de realizar procedimento de fertilização ‘in vitro’. Como seu marido não havia autorizado expressamente a realização da fertilização ‘post mortem’, a clínica se negou a realizar o procedimento, respaldada por entendimento do Conselho Federal de Medicina. Kátia, certa de que esse era o desejo de seu marido, propôs ação em face da Clínica para obter a realização do procedimento. Em liminar, foi-lhe assegurada a realização do procedimento e em 22/06/2011 nasceu a filha do casal Luiza Roberta. 1- Assista ao vídeo com reportagem com o médico Lidio Jair Centra (que realizou o procedimento em Kátia) e explique: o que é reprodução humana assistida e quais são os principais procedimentos utilizados. Link da reportagem: 
http://www.youtube.com/watch?v=MIAZjDAp3vY&feature=related 
Reposta: Este acompanhamos a fecundação do óvulo com o espermatozoide que forma o embrião, que ao invés de ocorrer de maneira natural, ocorrerá por procedimentos médicos, científicos.
Os principais procedimentos utilizados são:
Inseminação Artificial = técnica de reprodução assistida através da qual os espermatozoides, previamente recolhidos e tratados, são transferidos para o interior do aparelho genital feminino por meio de uma cânula.
Fertilização In Vitro = técnica de reprodução assistida através do qual se dá a fecundação de óvulo in vitro, ou seja, os gametas masculino e feminino são previamente recolhidos e colocados em contato in vitro. O embrião resultante é transferido para o útero ou para as trompas.
2- Há legislação específica que regulamente a reprodução humana assistida no Brasil? Qual(is)? 
Resposta: O ordenamento jurídico brasileiro conta apenas com Resoluções do Conselho Federal de Medicina que regula as normas éticas a respeito dos procedimentos médicos a serem utilizados na utilização de técnicas de reprodução assistida. Resolução Normativa n. 1358/92, do Conselho Federal de Medicina.
Essa Resolução assegura o sigilo no procedimento, a não comercialização do corpo humano e de gametas, prevê o consentimento informado nos casos de fertilização in vitro, limita o número de receptores por doação, delimita um prazo máximo para o desenvolvimento de um embrião fora do corpo, proíbe também a comercialização.
O Código Civil Brasileiro fala em reprodução humana assistida apenas no art. 1.597 quando trata da presunção de filiação dos filhos concebidos a partir da utilização dessas técnicas:
“Art. 1.597. Presumem-se concebidos na constância do casamento os filhos:
III - havidos por fecundação artificial
3- As técnicas de reprodução humana assistida podem ser realizadas sem anuência do marido? Em caso afirmativo, quais as consequências para a filiação? 
Resposta: De acordo com o Código Civil de 2002, em seu art. 1597, III, presume-se concebido na constância do casamento o filho oriundo de inseminação artificial homóloga, mesmo que falecido o marido. Portanto, com a utilização da inseminação artificial homóloga post mortem, o filho nascido terá direito ao reconhecimento da filiação, mesmo que seu pai biológico já tenha falecido.
4- Que fundamentos podem ter sido utilizados pelo juiz para conceder a liminar para Kátia? Você concorda com eles? 
Resposta: A reprodução assistida homóloga post mortem é o meio artificial de reprodução em que a mulher se utiliza, para fecundar seu óvulo, dos gametas que foram doados, em vida, pelo marido ou companheiro. No Brasil, não existe legislação proibitiva sobre a inseminação post mortem, tal como acontece em países como Alemanha e Suécia. Desta forma, apesar de não se identificar expressa proibição do uso dessa técnica no Brasil, tampouco existe legislação permissiva. O que de fato há é omissão legislativa sobre a matéria em comento. Entretanto, a despeito da omissão legislativa no que tange à permissão de realização da citada técnica reprodutiva, considerando o pluralismo das entidades familiares e a plena liberdade de planejamento familiar vigentes no sistema jurídico brasileiro, verifica-se que a tendência doutrinária e jurisprudencial é no sentido de não privar o casal de seu direito de decidir o melhor momento e a melhor técnica reprodutiva a serem utilizados para atender aos interesses dos cônjuges e dos filhos.
Concordo com os fundamentos utilizados pelo Juiz, uma vez que visa preservar a família.
5- Luiza Roberta é herdeira de Roberto? Expliquesua resposta. 
Resposta: Luiza Roberta não é herdeira de Roberto, uma vez disposto no artigo 1.798 do Código Civil de 2002:
“Art. 1798. Legitimam-se a suceder as pessoas nascidas ou já concebidas no momento da abertura da sucessão. ”
Luiza Roberta ainda não teria sido ‘gerada’, sendo assim, não tendo direito a herança. Roberto, tendo ciência da situação poderia enquanto vivo ter garantido ‘direitos’ a Luiz Roberta por meio de testamento, para que a mesma fosse amparada após sua morte. O Código Civil de 2002 no Direito de Família atribui a presunção de filiação ao concebido post mortem, por outro lado, no Direito das Sucessões, há uma omissão, uma lacuna que necessita ser suprida por Roberto
Como a autorização e concepção firmada para sucessão referida
Produto/Resultado: 
O aluno deve ter compreendido as implicações da reprodução humana assistida tanto para a filiação como para fins sucessórios.

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