Buscar

História Educação- Brasil colônia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

IBGM 
Fundamentos Sociais, Políticos, Econômicos da Educação. 
Enfermagem – 
Profª Claudia Gouveia 
 
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL 
Desde que o ensino e a aprendizagem passaram a ser planejados e formalizados 
sofreram muitas transformações. 
Deve-se olhar para a história da Educação através de três perspectivas: quem faz 
(o homem), o contexto e o produto (o que foi feito), sempre com o objetivo de entender 
o presente. 
Compreender a trajetória da Educação é parte essencial da formação dos 
docentes, mas apesar de tão importante tal conhecimento não recebe a atenção que 
merece e como disse Bastos (?), hoje só se tem a memória do esquecimento, sendo o 
velho considerado irrelevante. No entanto, os jogos considerados modernos já tinham 
sido propostos por Platão – 400 anos antes de Cristo! É fundamental conhecer a história 
e apreender que ela é feita no cotidiano, senão a identidade não é construída. 
Segundo Tarif (?), entramos na escola com uma cultura educacional de mais de 
2,5 mil anos de idade, visto que as ideia e os valores atuais são fruto de tradições 
ocidentais. Por exemplo, aprender a falar é um valor educativo dos sofistas e socráticos 
há 5 séculos a.C. na Grécia. 
Início da colônia – ensino com catecismo 
 Os primeiros alunos da educação formal (e letrada) no Brasil foram: curumins 
(filhos de índio) e órfãos portugueses, depois filhos dos proprietários de fazendo de 
gado e engenho e filhos de escravos. Só para meninos! 
 Os padres jesuítas foram os primeiros professores, lecionando de 1549 – quando 
padre Manoel da Nóbrega chegou na caravela de Tomé de Souza até 1759 quando o 
Marquês de Pombal expulsou a Companhia de Jesus - neste período ocorreu a mistura 
de ensino e catequização. 
 Outras ordens religiosas até tentaram algum tipo de ensino, mas foram os 
jesuítas que conseguiram formar uma rede educacional. Os primeiros passos foram nas 
casas de bê-á-bá (confrarias de meninos), logo depois de desembarcar jesuítas 
começaram a converter índios ao cristianismo, ensinando a ler e escrever sob o viés 
evangelizador o que se transformou no catecismo bilíngue (Tupi e português). 
 Como Igreja Católica se sentia ameaçada pela Reforma Protestante o objetivo 
principal era catequizar e para tanto todos tinham que saber ler e assim a gramática 
portuguesa era repleta de orações e pensamentos religiosos. 
 Nas casas de bê-á-bá moravam os padres e órfãos vindos de Portugal, estes 
chamavam a atenção das crianças indígenas, as aulas eram bilíngues e os dogmas 
católicos eram ensinados junto com a desvalorização dos mitos indígenas. Segundo 
Anchieta e Inácio de Loyola, índios entregavam filhos de boa vontade, estes ao 
voltarem a tribo disseminavam ideologia católica. 
 Os padres não tinham formação específica para ser professores, precisava só 
saber ler e escrever e conhecer as Sagradas Escrituras, já que a escola era anexo da 
sacristia e estudar era ser bom cristão, o método era ouvir e repetir o que padres 
ensinavam. 
 O marco da didática da época foi o uso do teatro e da poesia para ensinar, com 
base nos usos e costumes indígenas, Anchieta usou músicas, danças e cantos das festas 
cerimoniais, visando catequizar e educar cânticos e poesias foram traduzidos e 
adaptados, ou seja, hábitos dos índios foram adotados para a vida mais cristã, sendo 
nudez e bigamia costumes criticados. 
 Assim sendo, jesuíta percebeu que teatro era ótimo instrumento pedagógico de 
comunicação com índios para transmitir doutrina católica, valores morais e culturais 
europeus ocidentais e a língua portuguesa. 
Ou seja, olha aí um instrumento de aculturação! 
 Jesuítas não atuaram somente no Brasil, tinham colégios em outros países da 
América, Ásia e Europa, por isto ordem regulamentou ação educativa com Ratio 
Studiorum de 1599 com mais de 400 regras reafirmando estatutos anteriores e a 
integração entre religião e Educação. 
 Com as novas determinações e necessidades da Cia as casas de bê-á-bá deram 
lugar a colégios e Educação passou a ter conteúdo equivalente ao ensino médio atual. O 
foco do ensino mudou dos curumins para filhos de colonos e também filhos de escravos 
que eram alfabetizados para serem convertidos. 
 Padre Antônio Vieira teve papel importante, elaborando sermões para negros 
trazidos da África, visando adesão e obediência aos valores da concepção cristã de 
mundo. 
 Nos colégios do século XVII o aprendizado começava com a doutrina cristã, 
seguia com Humanidades (várias línguas), depois Teologia, Direito Canônico, Filosofia 
e Retórica, no final estudo poderia continuar em universidade europeia. Também tinham 
ofícios manuais para formar mão de obra para engenhos e outros. 
 As aulas dos jesuítas seguiam rigorosamente o Ratio Studiorum, professores 
passavam exercícios constantemente, trabalho escrito diariamente e corrigiam 
individualmente. Os alunos participavam de desafios com perguntas feitas por professor 
e alunos, sendo premiado, professor definia lugar de cada um na sala e diante de 
desobediência castigo físico era usado como último recurso e para quem não era da Cia 
regras no Brasil iguais as da Europa. 
 A estimativa dos especialistas é que jesuítas conseguiram converter todos os 
índios do litoral que conseguiram sobreviver ao contato com portugueses, mais de 20 
colégios foram implantados até 1759 quando Marquês de Pombal fechou colégios e 
expulsou jesuítas para implantar o seu sistema educacional. 
Continua...

Outros materiais