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resenha patica pedagogica

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RESENHA
PRÁTICA PEDAGÓGICA I
A prática pedagógica consiste na prática educativa que traz de questões de ordem afetiva, emocional, cognitiva, física e de relação pessoal. A dinâmica dos acontecimentos em uma sala de aula acontece conforme planejamento de aula, não concretamente ao planejado, mas como resultados que se manifestam nos olhares e nos demais atos daqueles que estão ali.
A escola é o espaço que tem como objetivos, promover o desenvolvimento humano, levar o aluno a adquirir competências e habilidades, colocando esse aluno no papel de verdadeiro protagonista da aprendizagem, utilizando para isso a pedagogia de projetos.
Seguindo pensamento histórico e político, pode se interpretar a escola como campo de lutas onde as camadas populares devam conscientizar-se dos mecanismos de dominação e poder da sociedade capitalista, uma vez que ela tem como função social formar o cidadão, construir conhecimentos, atitudes e valores que tornem o estudante crítico, ético e participativo. A aula é espaço de conhecimento, lugar e cultura. 
Enquanto grupo social e em virtude das próprias funções que exercem, os professores ocupam uma posição estratégica no interior das relações complexas que unem as sociedades contemporâneas aos saberes que elas produzem e mobilizam com diversos fins. O que faz com que se torne de grande importância à formação do professor e estratégias para ensinar.
Destaque-se assim que a formação inicial precisa dotar os professores de um saber-fazer prático que conduza ao desenvolvimento de esquemas de ação, adquiridos de forma racional e fundamentada, permitindo desenvolverem-se e agirem em situações complexas de ensino. As dimensões dos saberes da docência são: saber-aprender, saber-pensar, saber-fazer, saber-conviver e saber-ser. Essas dimensões são construções resultantes dos processos formativos e das necessidades da vida diária do trabalho docente que exige o enfrentamento de situações desafiadoras com as quais se tem que dialogar.
Ensinar no século XXI é uma prática difícil e complexa, nesse sentido Perrenoud propõe que o modelo educacional deve ser baseado num ciclo de avaliação de três anos, ou seja, em vez de um ano, a criança tem três para desenvolver as competências estabelecidas para aquela faixa etária.
No Brasil, as novas competências necessárias ao professor devem servir de suporte para cultivar nos alunos, desde o ensino fundamental, um novo comportamento exigido pelas mudanças ocorridas principalmente a partir dos anos de 1970, que exigem do indivíduo a tomada de uma nova postura. Postura esta que deve facilitar seu acompanhamento na evolução do mundo onde as fronteiras são cada vez mais extintas e o avanço da tecnologia requer novos estilos de vida levando em conta a flexibilidade e a criatividade imprescindíveis a qualquer ser humano.
Na educação, o professor que tem uma concepção apriorista ou inatista entende que o aluno traz um saber e que ele apenas precisa trazer à consciência, organizar, ou ainda rechear de conteúdo. O professor e a escola são facilitadores dessa ação. Na perspectiva apriorista, o professor é um auxiliar do aluno, um facilitador.
Cada aluno é sujeito de seu processo de aprendizagem, enquanto o professor é o mediador na interação dos alunos com os objetos de conhecimento e o processo de aprendizagem compreende a interação dos alunos entre si, essencial à socialização.
A estruturação por área de conhecimento justifica-se por assegurar uma educação de base científica e tecnológica, na qual conceito, aplicação e solução de problemas concretos são combinados com uma revisão dos componentes socioculturais orientados por uma visão epistemológica que concilie humanismo e tecnologia ou humanismo numa sociedade tecnológica.
Observa-se que na prática pedagógica a interdisciplinaridade levará utilização dos conhecimentos de várias disciplinas para resolver um problema concreto ou compreender um determinado fenômeno sob diferentes pontos de vista. Ela tem assim uma função instrumental, ou seja, de recorrer a um saber diretamente útil e utilizável para responder às questões e aos problemas sociais contemporâneos.
Nesse sentido, o desenvolvimento pessoal do aluno, tornando-o capaz de tomar decisões ao longo de sua vida, intervir na sociedade, ser um sujeito crítico e capaz de solucionar problemas, enfim, enfrentar os desafios que a vida oferece diuturnamente são metas e objetivo da educação que serão alcançados por meio de uma aprendizagem que lhe desenvolve competências.
Nesse viés, entende-se que o currículo tem que ser entendido como a cultura real que surge de uma série de processos, e não como um objeto delimitado e estático que se pode planejar e depois implantar. É preciso dispensar a ideia de que as decisões já vêm prontas. Desde as tarefas acadêmicas reais que são desenvolvidas, a forma como a vida interna das salas de aula e os conteúdos de ensino se vinculam com o mundo exterior, as relações grupais, o uso e o aproveitamento de materiais, as práticas de avaliação, entre outros, tudo isso é dinâmico e muda de acordo com cada realidade.
Por outro lado, a interdisciplinaridade é entendida como uma nova concepção de divisão do saber, frisando a interdependência, a interação, a comunicação existente entre as disciplinas e buscando a integração do conhecimento num todo harmônico e significativo; as informações, as percepções e os conceitos compõem uma totalidade de significação completa e o mundo já não é visto como um quebra-cabeça desmontado.
Em consonância a este raciocínio, importante notabilizar que trabalhar com projetos implica romper com paradigmas educacionais que colocam o foco no processo de ensino e não no de aprendizagem; implica desafiar a linearidade e a fragmentação de currículos disciplinares e disciplinados, engessados por programas ditados pelos livros didáticos e comissões de vestibulares; e demanda a reorganização de tempos e espaços escolares, tradicionalmente cristalizados pelas grades curriculares (O trabalho com projetos: a construção coletiva do conhecimento.
Desse modo, trabalhar com projetos significa lidar com ambiguidades, soluções provisórias, variáveis e conteúdo não identificáveis a priori e emergentes no processo, que estarão no seu plano inicial, no seu esboço, o qual deve ser plástico, flexível e aberto ao imprevisível, sempre com possibilidades de revisões e de reelaborações durante a execução.
O desenvolvimento de um projeto envolve um processo de construção, participação, cooperação e articulação, que propicia a superação de dicotomias estabelecidas pelo paradigma dominante da ciência e as inter-relaciona em uma totalidade provisória perpassada pelas noções de valor humano, solidariedade, respeito mútuo, tolerância e formação da cidadania, que caracteriza o paradigma educacional emergente.
Nesse sentido, a investigação, a pesquisa, a troca, o registro do processo, característicos das atividades de um projeto, ajudam a promover a autonomia e a tomada de decisões por parte do aluno, favorecendo o exercício da cidadania. Podem-se reconstituir situações próximas daquelas do mundo de trabalho e da vida fora da escola.
Assim, a função do uso das técnicas, no âmbito da aprendizagem, é exatamente a coleta e a sistematização de informações. Em outras palavras, as técnicas nos ajudam a organizar o mundo real e dar-lhe mais exatidão, reduzindo as subjetividades, o que é necessário para que o conhecimento seja compreendido e compartilhado, isto é, mediam a relação do sujeito com o objeto, que é sempre um fato da realidade.
Ressalte-se ainda a importância da aula expositiva, pois o objetivo da aula expositiva é somente conseguir que os alunos adquiram uma compreensão inicial, indispensável para a aprendizagem de um novo assunto. Isso significa que uma aprendizagem total não pode ser alcançada numa aula expositiva, mas apenas uma primeira compreensão de informações essenciais. Objetiva ainda retomar aspectos importantes do conteúdo, seja na conclusão de uma unidade de estudo ou no fechamento de assuntosestudados em grupo.
Além disso, existe ainda a aula dialógica como alternativa para transformar a aula expositiva em técnica de ensino capaz de estimular o pensamento crítico do aluno. Essa forma de aula expositiva utiliza o diálogo entre professor e alunos para estabelecer uma relação de intercâmbio de conhecimentos e experiências. O diálogo, entretanto, deve ser considerado não apenas como uma conversação, mas sim como uma busca recíproca do saber.
Na aula expositiva dialógica, o professor toma como ponto de partida a experiência dos alunos relacionada com o assunto em estudo. Os conhecimentos apresentados pelo professor são questionados e redescobertos pelos alunos a partir do confronto com a realidade conhecida.
Enquanto que na aula tradicional, na aula expositiva tradicional, o professor apresenta respostas sem que os alunos tenham lhe perguntado algo. Isso ocorre porque o autoritarismo da Pedagogia Tradicional dá ao professor a diretividade do processo de ensino, resultando em bloqueio das experiências dos alunos e inibindo, quando não reprime, a capacidade de questionar os conhecimentos aprendidos.
Estudo dirigido significa o ato de estudar sob a orientação do professor, na verdade é muito mais do que isso. Orientar o aluno em seu ato de estudar é apenas uma das tarefas do professor e restringir a ela a técnica do Estudo dirigido equivaleria a reduzir a sua concepção. O Estudo dirigido não é então o estudo vigiado.
O estudo dirigido é um primeiro método ou técnica de ensino para tornar o educando independente do professor, orientando-o para estudos futuros e participação na sociedade. Os outros métodos para esta independência são o estudo supervisionado, onde há menor interferência do professor em relação ao estudo dirigido e às tarefas dirigidas, que constitui em terapêutica para eliminar ou atenuar deficiências ou suprir insuficiências constatadas na escolaridade do educando, e o estudo livre, em que o aluno trabalha completamente livre.
Assim, a organização do roteiro de estudo abrange desde a indicação das fontes de estudo, a definição de instruções claras, a determinação de tarefas até a seleção adequada do material de leitura, a fim de não empobrecer e nem fragmentar o conteúdo curricular.
Saliente-se a importância do seminário, que significa um congresso científico, cultural ou tecnológico, isto é, um grupo relativamente numeroso de pessoas (educadores, especialistas, técnicos e alunos), com o propósito de estudar um tema ou questões de uma determinada área sob a coordenação de uma comissão de educadores, especialistas ou autoridades no assunto.
Por fim, pode-se entender que a prática pedagógica está relacionada às formas como são aplicados os métodos de ensino e as técnicas de aprendizagem para melhor aprimoramento dos alunos, de maneira a contribuir para melhor formação do aluno para a sociedade.
REFERENCIA:
Material Didático Prática Pedagógica I. Editora Prominas. Disponível em: www.portalprominas Acesso: 09/01/2017.

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