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Origem e Evolução da Obrigação no Direito Romano

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Introdução 
A origem da palavra obrigação veio do Direito Romano há mais de 2.000 anos atrás. 
Era ob + ligatio. Significava uma sujeição do devedor ao seu credor, ou seja, uma 
sujeição do solvens, aquele que tem que solver a obrigação (pagar) junto ao accipiens; 
o credor. Então essa sujeição, essa obligatio era a obrigação, conceituada inclusive nas 
institutas de Justiniano, que o devedor tem perante a realização de uma obrigação de 
dar, de fazer, de prestar, ele se sujeitava ao cumprimento dessa obligatio. Em outras 
palavras ele estaria ligado ás determinações inseridas num determinado contrato. O 
Direito Romano ainda era sacramental; a compra e venda era feita perante um pretor 
e lá colocavam um montinho de terra depositada diante do sacerdote, depois batiam-
na com o pé, andavam em círculos em volta da terra, e , com esse ato, adquiria –se a 
propriedade da terra. Havia também a lei das ordalhas, como caminhar em brasa. Se o 
sujeito aparecesse ao final do percurso com os pes queimados, era porque ele estava 
mentindo. 
Nas obrigações, usava-se a figura da manus injectio; a mão que prende, a mão que 
paga, a mão que arrasta. Significava que o credor, caso o devedor não cumprisse a 
obrigação, poderia pegar o devedor mais sua família, retalha-lo em pedaços e repartir 
com outros credores, se existentes. Esse rateio era chamado pars conditio creditorium, 
que significa ´´todos tem participação na condição do credito´´. Os credores poderiam 
reparti-lo. Isso solvia o cumprimento da obrigação. 
Com o advento da chamada lex poetelia papira, no século XII, depois do período 
Justiniano, a obrigação deixou de ter um conteúdo eminente pessoal, no sentido de 
que a execução não mais recairia sobre aquela pessoa que não cumprisse sua 
obrigação e passou a ter um conteúdo patrimonial. Agora, o que interessa não é a 
figura física do devedor; ele não mais responder fisicamente pelo descumprimento, 
mas seu patrimônio respondera. É a disciplina atual do Codigo Civil e também do de 
1.916. Então, o conteúdo patrimonial da obrigação passou a viger com intensidade . 
Maria Helena Diniz, quando fala do conteúdo patrimonial da obrigação, diz que o 
devedor, se deve um grão de arroz, não deve nada. Tem que ser algo que tenha uma 
valoração econômica. Há quem diga que Maria Helena Diniz é a grande compiladora .

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