Buscar

13. ROMANCES HISTÓRICOS CONTEMPORÂNEOS nota 100

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Questão 1/10 - 13. Romances históricos contemporâneos: Um olhar sobre a escravidão feminina nos séculos XVIII-XIX
O romance Um defeito de cor “inicia-se no ano de 1810, em Savalu, reino de Daomé (atual Benin – África), quando Kehinde tinha seis anos de idade. A brutalidade e o sofrimento são escancarados ao leitor logo nas primeiras páginas do romance, quando guerreiros nativos estupram sua mãe e matam o irmão Kokumo. Kehinde, a irmã Taiwo e a avó, diante do acontecido, depois de enterrarem seus entes, partem para a cidade de Uidá. Naquele lugar, ela, sua irmã e avó são feitas escravas. A motivação primeira para a escravidão das duas meninas é porque eram ibêjis. Mercadoria interessante para servir de presente a outrem.
Kátia Mattoso no livro Ser escravo no Brasil [...] descreve as condições em que ficavam os cativos nos entrepostos antes do embarque, reunidos em barracas de madeira ou pedra. Ouidá, desde que o forte fora construído em 1720, recebia tal operação lucrativa. Recebendo alimentação, eram tratados com óleo de palmeira para lubrificar a pele e, se o embarque demorasse, trabalhavam na terra para garantir seu sustento. No navio negreiro, a taxa de mortalidade era sempre significativa”.
(THIEL, G. T.D. Negras, índias e outras mulheres: representações femininas na ficção histórica brasileira contemporânea. Tese de Doutorado. UFPR. Curitiba, 2014, p. 89).
A escravidão negra no Brasil alimentou, ao longo de trezentos anos, a economia exploradora da metrópole portuguesa e de sua colônia. Ser escravo significava ser mercadoria no amplo sentido da palavra. O valor estava sobre a peça e sobre o que ela produzia.
Conforme você pode verificar em sua leitura do capítulo sugerido do romance Um defeito de cor e nos slides propostos, qual o valor que a personagem Kehinde tinha ao ser escravizada?
	
	A
	O escravo servia como peça de troca com as mercadorias saídas do Brasil e chegadas ao continente. Apenas ibêjis tinham valor nessa troca.
	
	B
	Assim como Kehinde, centenas de escravos foram trazidos ao Brasil. A viagem, no entanto, era bastante tranquila, para garantir que o valor da carga não fosse perdido.
	
	C
	Kehinde era uma rainha africana, do reino de Daomé. Como peça rara, fora negociada por portugueses para ser vendida como escrava no Brasil.
	
	D
	A escravidão de Kehinde, no romance, não reflete a realidade dos negros escravizados no continente africano e trazidos ao Brasil. Dificilmente um romance histórico é capaz de pensar e reproduzir o verdadeiro tormento da escravidão.
	
	E
	Kehinde fora escravizada, juntamente com sua irmã Taiwo, porque eram ibêjis. Mercadoria interessante para servir de presente a outrem.
Questão 2/10 - 13. Romances históricos contemporâneos: Um olhar sobre a escravidão feminina nos séculos XVIII-XIX
O romance Rosa Maria Egipcíaca da Vera Cruz (1997), de Heloisa Maranhão, inscreve-se na classificação de romance histórico proposta por Perry Anderson. O romance apresenta:
I. o entrelace do tempo passado e presente.
II. a mistura de tempos históricos e situações contrafactuais.
III. o tempo histórico como também os fatos históricos, mesmo que anacrônicos, servem de pano de fundo.
IV. uma voz narrativa em terceira pessoa.
Estão corretas as afirmativas:
	
	A
	I e II, apenas.
	
	B
	I, II e III, apenas.
	
	C
	I e III, apenas.
	
	D
	II, apenas.
	
	E
	III e IV, apenas.
Questão 3/10 - 13. Romances históricos contemporâneos: Um olhar sobre a escravidão feminina nos séculos XVIII-XIX
“O romance narra a história de Xirico, batizada com o nome de Rosa Maria Egipcíaca da Vera Cruz. Na obra romanesca, a escrava era uma princesa na África, filha de Ginuawa, um príncipe, e de Oyeomosan – do reino de Benin. Teria aprendido magia com sua avó Derumo e, por isso, tinha poderes especiais.
Tomando como referência a data de sua chegada ao Brasil, 1725, da personagem histórica Rosa Maria Egipcíaca da Vera Cruz, observa-se que a autora Heloisa Maranhão não optou, ao produzir o romance, por seguir uma sequência linear dos fatos históricos contemporâneos à personagem histórica. Tampouco, a autora entrecruzou a existência vivida pelo personagem ficcional e suas relações com personagens secundários àqueles correspondentes aos da história ‘oficial’. A obra romanesca, produzida em 1997, estabelece alguns diálogos com a vida da personagem histórica Rosa Maria Egipcíaca da Vera Cruz, biografada pelo antropólogo e historiador Luiz Mott, em 1993”. (CRUZ, G. T. D. Negras, índias e outras mulheres: representações femininas na ficção histórica brasileira contemporânea. Tese de doutorado. Curitiba: UFPR, 2014.).
Sobre a criação do romance histórico e da obra Rosa Maria Egipcíaca de Vera Cruz, é correto afirmar que:
	
	A
	É sempre obrigatória a referência bibliográfica apresentando as fontes pesquisadas para a composição ficcional;
	
	B
	O romance histórico Rosa Maria Egipcíaca de Vera Cruz resgata a vida da escrava Xirico, tal qual a biografia escrita por Luiz Mott, em 1993;
	
	C
	O romance histórico escrito por Heloisa Maranhão se propõe a reproduzir a vida da escrava Rosa Maria, tendo como referência documentos de época que a ajudaram a retratar os locais por onde passou a negra courá;
	
	D
	A personagem ficcional Rosa Maria, criada por Heloísa Maranhão, está descolada da personagem histórica. A autora optou por não seguir uma sequência linear dos fatos contemporâneos à personagem histórica;
	
	E
	O romance histórico tem obrigação de retratar a verdade histórica. O recurso da imaginação cabe à moldura literária, mas não ao romance que trate da história.
Questão 4/10 - 13. Romances históricos contemporâneos: Um olhar sobre a escravidão feminina nos séculos XVIII-XIX
No Brasil, serve como exemplo de romance histórico a obra de Silviano Santiago, escrita em 1981. O romance é impactante pela composição memorialística em sua estrutura e tem, como voz narrativa, Graciliano Ramos. A obra referida é:
	
	A
	Cães da província
	
	B
	Em liberdade
	
	C
	Memorial de Aires
	
	D
	Boca do Inferno
	
	E
	A última quimera
Questão 5/10 - 13. Romances históricos contemporâneos: Um olhar sobre a escravidão feminina nos séculos XVIII-XIX
Heloisa Maranhão, ao criar a personagem ficcional Rosa Maria Egipcíaca da Vera Cruz, opta por quebrar a linearidade dos fatos históricos e agrupa, no mesmo período da vida da escrava negra, momentos que não são contemporâneos. 
Sobre esses momentos e/ou locais retratados no romance, podemos citar:
	
	A
	A Invasão holandesa (1630-1654) e a Inconfidência Mineira (1789).
	
	B
	A Invasão holandesa (1630-1654) e a Vinda da família real portuguesa (1808).
	
	C
	A Invasão holandesa (1630-1654) é o único fato que serve como pano de fundo ao romance.
	
	D
	A Inconfidência Mineira (1789) e a Revolta dos Malês (1835).
	
	E
	A Inconfidência Mineira (1789) e a Independência do Brasil (1822).
Questão 6/10 - 13. Romances históricos contemporâneos: Um olhar sobre a escravidão feminina nos séculos XVIII-XIX
. “A noção de que a ficção histórica pode ser usada no ensino da história é corrente não só entre os leigos, mas entre os historiadores e mesmo entre os estudiosos da literatura”. (WEINHARDT, M. Considerações sobre o romance histórico. Revista de Letras. Curitiba: Ed. UFPR, n. 43, p. 49-59, 1994, p. 55).
As opiniões de Temístocles Linhares e Jacques Le Goff no que se refere aos escritos ficcionais da história podem ser resumidas corretamente como:
	
	A
	Somente à história cabe a verdade.
	
	B
	A ficção é uma das melhores formas de compreender a História como um todo.
	
	C
	A imaginação e a vulgarização necessárias para que se dê outro olhar sobre a história ainda não é prática dos historiadores.
	
	D
	O texto ficcional não é didático.
	
	E
	O texto produzido pelos historiadores usa recursos imaginativos mais recorrentemente.
Questão 7/10 - 13. Romances históricos contemporâneos: Um olhar sobre a escravidão feminina nos séculosXVIII-XIX
No Brasil, inúmeros debates sobre as proximidades e distanciamentos entre a ficção e a história intensificaram-se no seminários, simpósios e publicações a partir da década de 1980.
Os encontros que debateram esse tema foram:
	
	A
	O "Colóquio Narrativa: Ficção e História", realizado no Rio de Janeiro em 1987; e o "Encontro Internacional sobre Literatura e História na América Latina", em 1991.
	
	B
	"Colóquio Narrativa: Ficção e História", realizado no Rio de Janeiro em 1987; e o “X Encontro Internacional Ficção e História”, realizado em Porto Alegre, em 1990.
	
	C
	"Encontro Internacional sobre Literatura e História na América Latina", em 1991; e a obra de Lukács, escrita em 1930.
	
	D
	“X Encontro Internacional Ficção e História”, realizado em Porto Alegre, em 1990; e A obra de Lukács, escrita em 1930.
	
	E
	Colóquio Narrativa: Ficção e História", realizado no Rio de Janeiro em 1987; a obra de Lukács, escrita em 1930.
Questão 8/10 - 13. Romances históricos contemporâneos: Um olhar sobre a escravidão feminina nos séculos XVIII-XIX
De acordo com Farias, “os recolhimentos foram instituições que surgiram dentro da conjuntura colonial brasileira e em Portugal com a finalidade de manterem-se a serviço da manutenção da honra feminina e da castidade das donzelas. São eles encontrados em toda a vastidão dos domínios portugueses, dispostos à serventia dos Homens Bons e de seus familiares. Estes estabelecimentos alojavam e formavam frequentemente as jovens que se preparavam para o casamento distanciando-as dos riscos do mundo”. (FARIAS, S. C. de. A colônia em movimento. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007. p.4).
Ao tomar como referência o trabalho de Sheila de Castro Faria, A colônia em movimento, é possível identificar, segundo pesquisas da historiadora, que os comportamentos sociais e as transitoriedades brasílicas, na região sudeste particularmente, em muito diferem do universo agrícola-exportador nordestino. Em um período histórico tão repleto de especificidades, cruzar longas distâncias era uma aventura e, ao mesmo tempo, uma viagem que demorava muitos dias. As fronteiras internas são absolutamente desconhecidas.
A saída de Rosa Maria, personagem ficcional, do Nordeste para Minas Gerais, e suas impressões da localidade, ajudam a compor o espaço histórico daquele período. Leia as alternativas abaixo e assinale a sentença que descreve corretamente esse espaço histórico no romance:
	
	A
	A riqueza de Vila Rica, as belas casa e as mulheres vestindo luxo deixam a personagem espantada.
	
	B
	A localidade, muito pobre em relação a Pernambuco, deixa a personagem perplexa;
	
	C
	Minas Gerais recebe poucas referências. A cidade é descrita com ruas sujas e grande areal.
	
	D
	As cenas do romance ficam circunscritas à descrição física da personagem. O espaço do romance tem pouca importância.
	
	E
	Em um romance histórico, assim como na história, tempo e espaço são irrelevantes. O processo de composição de fronteiras, por exemplo, é uma temática que diz respeito apenas aos estudos da geografia.
Questão 9/10 - 13. Romances históricos contemporâneos: Um olhar sobre a escravidão feminina nos séculos XVIII-XIX
”Durante dois ou três dias, não dava pra saber ao certo, a portinhola no teto não foi aberta, ninguém desceu ao porão e estava quase impossível respirar. Algumas pessoas se queixavam da falta de ar e do calor, mas o que realmente incomodava era o cheiro de urina e de fezes. A Tanisha descobriu que se nos deitássemos de bruços e empurrássemos o corpo um pouco para a frente, poderíamos respirar o cheiro da madeira do casco do tumbeiro. Era um cheiro de madeira velha impregnada de muitos outros cheiros, mas mesmo assim muito melhor, talvez porque do lado de fora ela estava em contato com o mar. Quando não conseguíamos mais ficar naquela posição, porque dava dor no pescoço, a minha avó dizia para nos concentrarmos na lembrança do cheiro, como se, mesmo de longe e fraco, ele fosse o único cheiro a entrar pelo nariz (...)”. (GONÇALVES, A. M. Um defeito de cor. 2 ed. Ed. Record: Rio de Janeiro, São Paulo, 2007. p. 48).
A travessia, narrada no romance Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves, recompõe os sentimentos de tantos negros que atravessaram o Atlântico e viram, nessa viagem, os horrores da morte, as horas de fome, os dias de medo e o destino incerto. Os recursos narrativos, como o discurso memorialista, são decisivos não apenas para a construção da personagem, como também para a referência temporal.
Ao observar o fragmento acima e tendo como referência sua leitura do texto-base, pode-se concluir que o tempo da memória, permite:
I. que a narradora, por vezes, recue ou antecipe fatos, ou mesmo, possibilite que a personagem descreva com maior ou menor grau de detalhes alguns episódios.
II. que a narradora apresente com precisão os episódios narrados.
III. que a narradora trabalhe com o tempo presente e nunca com o tempo pretérito.
IV. identificar a memória como um critério de identidade.
V. emergir lembranças individuais de sua terra de origem, da ancestralidade de sua avó. Na África, é a memória de um Brasil que a faz forjar a Luísa Andrade da Silva.
Estão corretas as afirmativas:
	
	A
	I e II, apenas.
	
	B
	I e III, apenas.
	
	C
	I, III e V, apenas.
	
	D
	II, apenas.
	
	E
	I, IV e V, apenas.
Questão 10/10 - 13. Romances históricos contemporâneos: Um olhar sobre a escravidão feminina nos séculos XVIII-XIX
“Lukács situa o nascimento do romance histórico no início do século XIX, com Walter Scott, coincidindo com a queda de Napoleão. Aos textos antecedentes que situam a ação em épocas pretéritas falta justamente o que o crítico marxista considera a condição fundamental para o histórico: a especificidade histórica do tempo da ação condicionando o modo de ser e de agir das personagens. As grandes transformações que marcaram os povos europeus entre 1789 e 1814 reforçaram-lhes a consciência histórica”. (WEINHARDT, M. Considerações sobre o romance histórico. Revista de Letras. Curitiba: Ed. UFPR, n. 43, p. 49-59, 1994, p. 51).
De acordo com a concepção de Lukács, podemos definir como características do romance histórico:
I. A ação do romance ocorre num tempo anterior ao do autor.
II. Fatos e personagens são ficcionais, mas poderiam ter existido.
III. As personagens históricas, quando não são apenas citadas, são figurantes.
IV. O narrador é sempre um narrador memorialista, em primeira pessoa.
Estão corretas as afirmativas:
	
	A
	I e II, apenas.
	
	B
	I, II e III apenas.
	
	C
	I, II e IV apenas.
	
	D
	I, apenas.
	
	E
	III e IV, apenas.

Outros materiais