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Teoria da Prova

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Prova 
conceito:  é  um conjunto  de atos que são  praticado pelas  partes  ( MP, juiz)e ate por terceiros  ( peritos) que tem por finalidade estabelecer uma verdade juridica, ou seja , a existência ou inexistênciar  de um fato juridicamente relevante .
objetivo: formar a convicção  do juiz, sobre os elementos  necessários para a decisão  da causa 
↪todos os fatos que reclamem apreciação  jurisdicional 
Fatos que dependem de prova: todos que vá influenciar no caso.
Fatos que não dependem de prova: 
Fatos intuitivos: São aqueles que são evidentes. A evidência nada mais é do que um grau de certeza que se tem do conhecimento sobre algo. Nesses casos, se o fato é evidente, a convicção já está formada, logo, não carece de prova. Por exemplo, no caso de morte violenta, quando as lesões externas forem de tal monta que tornarem evidente a causa da morte, será dispensado o exame de corpo de delito interno (CPP, art. 162, parágrafo único). Exemplo: um ciclista é atropelado por uma jamanta e seu corpo é dividido em pedaços. Dispensa-se o exame cadavérico interno, pois a causa da morte é evidente.
Fatos notórios:), o fato precisa ser conhecido por um número indeterminado de pessoas, mas ele só é notório se ele for do conhecimento do homem médio (pessoa normal
Presunções legais: a uma presunção que no crime de estupro, praticado em menor de 14 anos, presume que houve ameaça ou violência ( juris tantum; juris et de jure). 
Fatos inuteis: fato que não tem utilidade nenhuma para o desejo da causa 
*Tudo no processo penal precisa ser provado. N ocorre revelia no processo penal, tal como no processo civil.
Requisitos para a produção da prova: 
A prova tem que ser admissível (juridicamente autorizada)
A prova tem que ser pertinente ou fundada 
A prova tem que ser concludente 
A prova precisa ser possível de realização 
Das classificações das provas:
Provas em Razão do Efeito ou Valor: 
Plena, trata-se de prova convincente ou necessária para a formação de um juízo de certeza no julgador, por exemplo, a exigida para a condenação, quando a prova não for verossímil, prevalecera o principio do in dubio pro reo. Não plena ou indiciária, trata-se de prova que traz consigo um juízo de mera probabilidade, vigorando nas fases processuais em que não se exige um juízo de certeza, como na sentença de pronuncia, em que vigora o principio do in dubio pro societate. Exemplo: prova para o decreto de prisão preventiva. Na legislação, aparecem como “indícios veementes”, “fundadas razões” etc.(Capez, 2006, pag. 306).
Provas Relativas ao Sujeito ou Causa:
Real: são as provas consistentes em uma coisa externa e distinta da pessoa e que atestam dada informação.
Pessoal: são aquelas que encontram a sua origem na pessoa humana consistente em afirmações pessoais e conscientes, como as realizadas através de declaração ou narração do que se sabe. (Capez, 2006, pag. 307).
Quanto à Forma ou Aparência das Provas:
Testemunhal: resulta do depoimento prestado por sujeito estranho ao processo sobre fatos de seu conhecimento pertinentes não litígio;
 Documental: produzidas por meio de documentos;
Material: são aquelas obtidas por meio de exames, vistorias, por meio químico, físico ou biológico. (Capez, 2006, pag. 307)
Prova do direito: 
-O direito federal tem a presunção que todos os operadores do direito não precisam provar
-Se evocar o direito local, precisa fazer prova.
Meios de Prova: Os meios de provas são tudo aquilo que pode ser utilizado, direta ou indiretamente para demonstrar tudo o que for alegado no processo, são os recursos de percepção da verdade e formação do convencimento do juiz.
“Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvados as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.”
Obs: As provas mesmo sendo necessárias ao processo, não quer dizer que o magistrado esteja obrigado a aceitá-las, nem de se convencer com elas, principalmente aquelas que não passaram pelo contraditório e da ampla defesa, sendo, no entanto como peças informativas do processo.
Prova proibida : É a prova que não é admitida no ordenamento jurídico brasileiro 
Art.5 inciso 56: proibida a utilização de prova ilícita, toda aquela produzida em confrontação com o ordenamento jurídico como um todo.
Prova ilícita: são aquelas que violam disposições de direito material ou princípios constitucionais penais. Ex: confissão obtida mediante tortura.
Prova ilícita por derivação: Entendem-se como provas ilícitas por derivação aquelas provas adquiridas em conformidade com o ordenamento jurídico e de forma lícita, porém a sua origem derivou de uma informação obtida de prova ilicitamente colhida; com isso, a prova lícita acaba se tornando imprópria e inadequada para ser utilizada no processo. Este entendimento é o da teoria dos frutos da árvore envenenada, criada pela Suprema Corte Americana, segundo a qual o vício da planta se transmite a todos os seus frutos.
“Fruit in the poisonous tree”: As provas ilícitas por derivação são aquelas que, conquanto lícitas em si, por decorrerem de prova considerada ilícita, tornam-se, por isso, contaminadas por sua ilicitude (fruitsof the poisonous tree). Essa teoria da árvore dos frutos envenenados, uma metáfora jurídica, advém do direito.
Com o pensamento de que provas produzidas de forma ilícita podem ser prejudiciais ao processo, assim, em um processo que o que for produzido em virtude daquela prova ilícita será desentranhada dos autos, conforme norma do art. 157 do CPP. Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais. Assim, os vícios de uma determinada prova contaminam os demais meios probatórios de que dela se originaram.
Prova ilegítima: são aquelas que violam normas processuais e os princípios constitucionais da mesma espécie: ex: laudo pericial subscrito apenas por um perito não oficial.
Prova irregular: além das classificações acima, ainda teríamos as chamadas provas irregulares, que seriam aquelas permitidas pela legislação processual, mas na sua produção, as formalidades legais não são obtidas. ’ São irregulares as provas que, não obstante admitidas pela norma processual, forma acolhidas com infringência das formalidades legais existentes. (Távora, 2009, pag. 314).
Obs: teoria da proporcionalidade ( HC n° 69612-0 RS, STF)
fonte independente (art.157, § 1°) nexo de causalidade, ou seja, a prova derivada não tem nexo de causalidade com a prova independente. considera fonte o p.2°
Prova direta: é aquela prova que não depende de nenhum exercício ( ex: certidão de nascimento) 
Prova indireta : para provar um fato é preciso outro.
Prova plena e prova não plena: prova plena é a prova induvidosa indiscutivel é a prova que serve para a condenação. Já a prova semi plena é a prova que você ultiliza para a decantação das medidas cautelares.
Ônus da prova (art.156 CPP): Como é verificado no processo, a prova não é necessariamente uma obrigação, mas sim um ônus, ou seja, um exercício que a parte pratica em seu favor, assim a prova é sem dúvida ônus processual. Como ressalta Capez (2006): ônus da prova é, pois, o encargo que tem os litigantes de provar, pelos meios admissíveis, a verdade dos fatos.
   “Art. 156.  A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício:
  I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da medida;
  II – determinar, no curso da instrução, ou antes, de proferir sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante.”
É necessário que enxerguemos o ônus da prova penal á luz do principio da presunção de inocência, e também do favor rei, se a defesa quedar-se inertedurante todo o processo, tendo pífia atividade probatória, ao final do feito, estando o magistrado em dúvida ele deve absolver o infrator. (Távora, 2009, pag. 325). Deve-se compreender como ônus da prova como a responsabilidade da parte, que possui o interesse em vencer a demanda, na demonstração da verdade dos fatos alegados de forma que, não o fazendo, sofre a sanção processual, consistente em não atingir a sentença favorável ao seu desiderato. (Nucci, 2009, pag. 22).
Da Produção Antecipada das Provas
 Com a reforma do Código de processo Penal, ocorreu à possibilidade da produção antecipada das provas a pedido do magistrado, agora, mesmo antes da propositura da ação penal ele tem o poder de determinar a produção de provas de oficio na fase de inquérito, e segundo a doutrina, tem o objetivo de evitar que provas essenciais se percam.
As testemunhas que são ouvidas no inquérito devem se submeter ao contraditório no futuro, pois a primeira oitiva deve ser apenas no sentido de apresentar ao poder judiciário o que supostamente ocorrera, assim, quando ocorrer à ação penal, devem novamente prestar-se às oitivas pelo magistrado para que este possa ter sua livre convicção do que possa ter ocorrido.
Dos Requisitos da Produção Antecipada de Provas: Para que seja legítima a produção antecipada de provas, o juiz se assenta sobre duas bases, quais sejam; os requisitos intrínsecos urgência e relevância. Onde no caso de urgência vislumbra-se a possibilidade de produção de provas imediatas, pois pode ser que se perca com o tempo, e no caso da relevância, conota-se a importância de tal prova, sendo demonstrado seu valor diante da ação penal. 
Procedimento probatório
Procedimento probatório é o conjunto de atos com o escopo de alcançar, no processo, a verdade processual ou histórica, formando o convencimento do juiz. Visa à realização dos meios de prova a fim de estabelecer, o mais que possível, a certeza dos fatos objeto do caso pena. 
1° fase- Proposição: refere-se ao instante do processo para o requerimento de produção da prova. As partes requerem a produção de determinado tipo de prova. Regra: peça inicial (denúncia ou queixa-crime) e defesa prévia, ou ainda, a fase posterior à pronúncia, dando-se oportunidade para a acusação e defesa arrolarem testemunhas para o plenário. Proposição em qualquer fase: incidente de sanidade mental.
2° Fase- admissão: verifica-se a pertinência da denuncia, admissibilidade.  É o ato processual específico e personalíssimo do juiz de examinar as provas propostas pelas partes e seu objeto, deferindo ou não sua produção. A regra é o deferimento, exceto as impertinentes ou protelatórias. 
3° Fase-produção: conjunto de atos processuais que devem trazer a juízo os diferentes elementos de convicção oferecidos pelas partes. Ex. prova testemunhal, é o momento de oitiva das testemunhas de acusação e de defesa.
4° Fase- valoração: “as partes vão valorar as suas causas e o juiz na sentença” é o exercício valorativo exercido pelo juiz em relação às provas produzidas emprestando a importância devida de acordo com sua convicção. Coincide com a prolação da sentença.
Sistema de apreciação: 
Sistema da certeza moral do juiz ( intima convicção): “a lei nada diz sobre o valor das provas.” Tem origem romana e era o sistema predileto pelos povos de cultura germânica. Diferente do sistema anterior o juiz é soberano quanto à perquirição da verdade e à apreciação das provas. O juiz julgava secundum conscientiam, ou seja, não era vinculada a nenhuma regra legal. A verdade jurídica era formada apenas pela consciência do julgador, resultante de qualquer elemento fornecido, de seu conhecimento pessoal ou de qualquer informação, mesmo que esta não esteja no processo. A grande problemática desse sistema é exatamente sua essência, pois uma vez que o juiz não precisava de nada além da sua convicção para validar ou não uma prova, as partes poderiam, ou melhor, eram alvos de arbitrariedades do julgador.
 Obs: não é o sistema brasileiro. Tem apenas um resquício no tribunal do juri, pros jurados.
Sistema da certeza moral do legislador ou da prova tarifada: “teste unos” ( art.158). Também conhecido como sistema da prova legal, certeza legal, verdade legais, e diversas outras denominações.Tem sua origem nas ordálias ou juízo de Deus. Por meio deste sistema cada prova tem seu peso e valor predeterminado por lei, inalterável e constante, de modo que o juiz fica vinculado dosimetricamente às provas apresentadas. Dá-se assim o nome tarifado, uma vez que as provas não podem ter avaliação diversa da tabela que as estabeleciam.
Sistema do livre convencimento motivado: “o juiz tem que dizer o motivo da decisão” O terceiro sistema, também nominado de convencimento racional, livre (e não íntima) convicção, da verdade real, nada mais é que um misto dos dois sistemas acimados afim de chegar numa valoração mais justa das provas produzidas. O juiz é livre para apreciar a prova, porém este sistema o impede de ser arbitrário. O mesmo deve apreciar livremente a prova, desde que não se afaste dos fatos estabelecidos, das provas colhidas, das regras científicas e jurídicas, lógicas, e regras de experiência.
Obs: Nosso ordenamento jurídico contemporâneo adota este sistema, que tem fundamento no artigo 93, inciso IX, da nossa Carta Magna de 1988, in verbis:
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios: [...]
“IX. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação.”
Nesse mesmo sentido, caminha a lei processual penal, que encontra respaldo no artigo 155, caput, in verbis:
“Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.”
Vale ressaltar, que a livre apreciação de que trata o artigo supra declinado não deve ser interpretado no sentido em que o convencimento do magistrado está desobrigado de se atentar ao controle de normas jurídicas.
{Pesquisar: Jose roberto Batochio} 
Princípios Gerais da Prova
Principio auto-responsabilidade das partes: em que estas assumem e suportam as consequências de sua inatividade, negligência, erro ou atos intencionais.
Princípio da audiência contraditória: toda prova admite a contraprova, não sendo admissível a produção de uma delas sem o conhecimento da outra parte.
Princípio da aquisição ou comunhão a prova produzida não pertence à parte que a produziu, servindo a ambos os litigantes e ao interesse da Justiça. As provas na verdade são pertencentes ao processo e são destinadas ao magistrado para que se sirva delas para julgar.
Princípio da oralidade: deve haver predominância da palavra falada, como depoimentos, alegações, debates, os depoimentos devem ser orais, não podendo ser de outra forma, como declarações particulares.
Principio da concentração: como consequência do princípio da oralidade busca-se concentrar toda a produção da prova na audiência.
Princípio da publicidade: como ato judicial que é, embora haja exceções ao princípio, e, como visto, quanto à apreciação da prova.
Princípio do livre convencimento motivado: neste as provas não são valoradas previamente pela legislação, cabe ao juiz a liberdade de apreciar ou não as provas demonstradas.
Princípio da verdade real: é preciso que submeta a prova ao crivo do contraditório.
Principio do In dubio pro reo:  O in dubio pro reo decorre do princípio da presunção de inocência e como tal  é fundamental para proteção da liberdade do indivíduo dentro do Estado Democrático de Direito.A expressão “preferível a absolvição de um culpado do que a condenação de um inocente” demonstra a essenciabilidade do princípio do in dubio pro reo que visa evitar o cometimento de arbitrariedades pelo Estado e proteger a inocência dos acusados até que se prove sua culpabilidade. (ele é uma derivação do principio do “favor de rei”)

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