Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
COKERAL – Fenômenos de Transporte. A taxa de descarburação em uma bolha de gás inerte imersa em aço líquido pode ser inferida considerando um modelo que compreenda as etapas de transferência de carbono e/ou oxigênio através da camada limite no lado metálico da interface metal/gás, seguida da reação química interfacial. Qual a possível etapa controladora? Justifique. Assuma bolha de 1cm de diâmetro e dados típicos de aciaria: banho a 1873K; 100 ppm de oxigênio e 200 ppm de carbono; pressão ambiente igual a 0,1 atm; viscosidade do aço 7 mPas.s; massa específica do aço 7000Kg.m-3; difusividade do oxigênio no aço líquido 2,5x10-9m²s-1; difusividade do carbono no aço líquido 7,9x10-9m²s-1. Qual a etapa controladora? Qual o valor da taxa de descarburação? Solução: A possível etapa controladora deste processo é o transporte de massa, pois para reações pirometalúrgicas a reação química não é a etapa controladora. Neste caso específico estamos tratando de temperaturas da ordem de 1873K, onde a reação C + O -> CO é muito rápida. Fazendo uma analogia a eletricidade temos Onde: RTO: Resistência ao transporte de O RTC: Resistência ao transporte de C RRQ: Resistência a reação química Se há excesso de carbono, a etapa controladora, possivelmente é o transporte de oxigênio DB=1cm T=1873K [O]= 100 ppm [C]= 200ppm P=1atm ηaço=7x10-3Pa.s ρaço=7,9x10-9m²/s A velocidade terminal da bolha é dada por 𝑣 = 2𝑅²Δ𝜌𝑔 9𝜂 𝑣 = 2.0,012 . 7000 .9,81 9,7.10−3 𝑣 = 218𝑚/𝑠 𝑃𝑉 = 𝑚𝑅𝑇 𝑀 𝜌𝑔 = 𝑃𝑀 𝑅𝑇 (como ρg<< ρaço -> ρg é desprezível em relação a ρaço) Para determinar a etapa controladora basta analisar qual das etapas possui uma maior resistência (etapas relativas ao transporte): 𝑡𝑒 = 𝐷 𝑉 𝑡𝑒 = 10−2 218 te=4,59x10-5s COKERAL – Fenômenos de Transporte. Para o oxigênio 𝐾𝑜 = 2 𝐷𝑜 𝜋 .𝑡𝑒 𝐾𝑜 = 2 2,5.10−5 2,59.10−5 𝐾𝑜 = 0,0083 Para o carbono 𝐾𝑐 = 2 𝐷𝑐 𝜋 .𝑡𝑒 𝐾𝑐 = 2 7,9.10−9 𝜋 .4,59.10−5 𝐾𝑐 = 0,0148 Como Kc>Ko, temos que a resistência ao transporte de carbono é menor que a resistência ao transporte de oxigênio. Logo a etapa controladora é o transporte de oxigênio. (R α 1/k) A taxa de descarburação diz respeito a quantidade de carbono que é retirada do banho por unidade tempo. Nc – Área x constante x força motriz Nc = A[M²] x k[m/s] x ΔC[mol/m³ Nc = 4πR².k.(Cc i – Cc eq) Considerando Cc i >> Cc eq , Cc eq pode ser desprezada. Nc = 4π.0,01².0,0148.(58,33) Nc = 0,0011 mols/s Cci = 100 106 x ρaço Mc Cci = 10x7000000−4 12 Cci = 58,33 mol/m³ COKERAL – Fenômenos de Transporte. A bolha de gás inerte é termodinamicamente um possível sítio de captura de CO, pois μco(interno) -> -∞, pois μi=μ 0 i – RT lnai , mas ai=Pi (gás ideal), mas para concentração nula de Co implica que ai -> 0 logo μi= -∞ Transporte de O Transporte de C Interface Bolha de gás Inerte COKERAL – Fenômenos de Transporte. Um container, cilíndrico de aço (1m de comprimento x 1m de diâmetro x 1m de espessura) contém H2 (75 atm, 400°C). Quanto tempo após o enchimento serão detectadas as primeiras quantidades de hidrogênio no entorno do cilindro, resultante do vazamento por difusão? Considere Dh = 10-8m²s-1 e que a 400°C e 1,0133x105 Pa a solubilidade máxima do hidrogênio no aço corresponda a 3 ppm em peso. Solução: Dimensões: L=1m D=1m E=0,01m P=75atm T=400°C=673K Dh=10-8m²/s e a T=400°c e P= 1,0133.105Pa -> Smáx = 3 ppm em peso. É muito provável que a etapa controladora seja a difusão do H na parede do metal (etapa mais lenta) Fluxo = Área do fluxo . fluxo específico . C [Atomo grama H/m².s] 𝑁𝐻2 = 𝑉𝐶 − 𝐷.𝑑𝐶𝐻2 𝑑𝑥 𝑁𝐻2 = − 𝐷 .𝑑𝐶𝐻2 𝑑𝑥 A solubilidade máxima de hidrogênio no aço é dada por: 3.𝜌𝑎 ç𝑜 𝑘𝑔 𝑚3 106 .𝑀𝐻 𝑔 𝑚𝑜𝑙 = 3.7.106 106 .1 = 21 𝑚𝑜𝑙/𝑚³ 𝑀𝑎𝑠 𝑁𝐻2 = 𝐷. −𝑑𝐶𝐻2 𝑑𝑥 ,𝑚𝑎𝑠 –𝑑𝐶𝐻2 𝑑𝑥 = 𝐶𝑜−𝐶𝑖 𝜋𝛼𝑡 . exp− 𝑥2 4𝛼𝑡 𝑁𝐻2 = 𝐷. 𝐶𝑜−𝐶𝑖 𝜋𝛼𝑡 . exp− 𝑥2 4𝛼𝑡 L E D PH2 = 75 atm As etapas do processo de escape do hidrogênio são as seguintes: - transporte de h2 até a superfície interna do cilindro - reação química H2(g) -> 2H -Difusão do H nas paredes do container (desde a superfície interna até a superfície externa) -Reação química 2H -> H2(g) -Transporte de H2 na superfície externa do cilindro COKERAL – Fenômenos de Transporte. Mas para determinar após quanto tempo se detectará as primeiras quantidades de H2 no entorno do cilindro temos: 𝛿 = 𝑘 𝐷𝑡 𝛿 𝑘 = 𝐷𝑡 𝑡 = 𝛿 𝑘 ². 1 𝐷 𝑡 = 0,012 𝑘2 . 𝑠 10−8𝑚2 𝑆 𝑡 = 104 𝑘2 𝑠 COKERAL – Fenômenos de Transporte. Chemical Vapor Deposition pode ser utilizado para depoição de titânio de acordo com a reação TiI4(g) = Ti(s) + 2I2(g) (ΔG 0 = 402000 – 118 T Joules) a 1atm e 1500K. Neste esquema TiI4 (gás puro a 1 atm) é passado sobre a extremidade de um capilar (5 cm de comprimento, 5 mm de diâmetro) no fundo do qual se encontra o substrato sobre o qual se dá a deposição. Considere o valor de coeficiente de difusão na fase gasosa igual a 0,875 cm²/s e: estabeleça condições de contorno, aplique restrições estequiométricas (e outras que se fizerem necessárias), encontre o fluxo de TiI4 e a taxa de deposição de titânio. TiI4(g) = Ti(s) + 2I2(g) ΔG 0 = 402000 – 118 T Joules P=1atm T=1500K Dg= 0,875cm²/s Como ΔG0= -RTln Keq, onde 𝐾𝑒𝑞 = 𝑝𝐼22 .𝑝𝑇𝑖 𝑠 𝑝𝑇𝑖𝐼4 𝑔 402000 − 118.1500 = −8,314.1500. 𝑙𝑛 𝑝𝐼22 𝑝𝑇𝑖𝐼4 𝑔 𝑙𝑛 𝑝𝐼22 𝑝𝑇𝑖𝐼4 𝑔 = −18,04 Keq = 1,44x10-8 A partir desta expressão notamos que na interface da reação a pressão parcial do I2 pode ser considerada muito menor que a pressão parcial do TiI4 N TiI4 = VTiI4. C− D. dC TiI 4 𝑑𝑥 , N I2 = VI2. C− D. dC TiI 4 𝑑𝑥 N TiI4 = (NTiI4 + NI2)XTiI4. C − D. dC TiI 4 𝑑𝑥 Mas pela estequiometria da reação -2NTiI4 = NI2, logo: NTiI4 = (NTiI4 – 2NTiI4) Substituindo na penúltima equação: x TiI4(g) I2(g) Ti(s) 5cm 5mm Considerando que todo TiI4 transportado é consumido e todo I2 produzido é transportado (condição de regime quase estacionário). COKERAL – Fenômenos de Transporte. N TiI4 1 + XTiI4 = −D. CI dX TiI 4 𝑑𝑥 A ser integrada com as seguintes condições de contorno: CC1: x=0 -> XTiI4=0 (na interface da reação) CC2: x=L -> XTiI4=1 (na entrada/saída do capilar) Como PV=nRT e 𝑛 𝑉 = 𝐶 = 𝑃 𝑅𝑇 , temos: 𝐶T = 1,013.105𝑃𝑎 8,314𝐽 𝑚𝑜𝑙 .𝐾 .1500𝐾 CT=8,12mol/m³ Mas 𝑁𝑇𝑖𝐼4 𝐷.𝐶𝑇 = 𝑑𝑥 𝐿 0 = − 𝑑𝑋𝑇𝑖𝐼4 1+𝑋𝑇𝑖𝐼4 1 0 𝑁𝑇𝑖𝐼4 𝐷.𝐶𝑇 .𝑋|𝑑𝑒 0 𝑎 𝐿 = − ln 1 + 𝑋𝑇𝑖𝐼4 |𝑑𝑒 0 𝑎 1 𝑁𝑇𝑖𝐼4 𝐷.𝐶𝑇 . 𝐿 = −(ln 2− ln 1) N TiI4 = −D.CT L . ln 2 N TiI4 = −0,875.10−4 m2 s . 8,12 mol m3 . ln 2 . 1 0,05m N TiI4 = −0,0098 mol m2 .s A reação de deposição é representada por TiI4(g) = Ti(s) + 2I2(g), onde –NtiI4 = NTi, logo NTi = 0,0098 Mol/m².s A taxa de deposição do titânio Td é expressa por 𝑇𝑑 𝑀𝑜𝑙𝑠 𝑆 = 𝑁𝑇𝑖 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑚2 . 𝑠 .𝐴 𝑚2 𝑇𝑑 = 0,0098. 𝜋. 0,0052 4 𝑇𝑑 = 1,92.10−7 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑠 COKERAL – Fenômenos de Transporte. A velocidade de um processo envolvendo transporte de massa num meio fluido e reação interfacial pode ser relatada como r = ΔC 1 AKcl + 1 AKrq Onde ΔC representa a força motriz, A a área de interface, Kcl e Krq o coeficientede transferência de massa e constante da velocidade de reação respectivamente. Assuma 𝐾𝑐𝑙 = 4.10−6. 𝑒− 3000 𝑇 e 𝐾𝑟𝑞 = 30. 𝑒− 45000 𝑇 E que o controle se caracterize por uma determinada resistência ser 10 vezes superior a outra. Qual a etapa controladora a 1400K? Determine a faixa de temperaturas em que agitação sem alteração de área superficial interfere sobre o processo. Solução A: r = ΔC 1 AKcl + 1 AKrq 𝐾𝑐𝑙 = 4.10−6. 𝑒− 3000 𝑇 = 4.10−6𝑒 − 3000 1400 = 4,61.10−7 𝐾𝑟𝑞 = 30. 𝑒− 45000 𝑇 = 30. 𝑒− 45000 1400 = 3,3.10−13 T=1400K Substituindo em A veremos que a resistência 1 𝐴𝐾𝑐𝑙 é menor que a resistência 1 𝐴𝐾𝑟𝑞 , então podemos afirmar que o controle do processo é químico. Na reação química: 1) Aumento da temperatura 2) Aumento da área superficial 3) Aumento da concentração das espécies reagentes. No transporte de massa: 1) Agitação para emulsificar e diminuir a camada limite 2) Aumento da área superficial 3) Aumento da concentração das espécies transportadas. r = A.ΔC 1 Kcl + 10 Kcl r = A.Kcl .ΔC 11 10. 1 4.10−6 .𝑒 − 3000 𝑇 = 1 30𝑒 − 4500 𝑇 ∴ 107 4𝑒 − 3000 𝑇 = 1 30𝑒 − 4500 𝑇 COKERAL – Fenômenos de Transporte. 30.107 4 = 𝑒 − 3000 𝑇 + − 4500 𝑇 ∴ 7,5.106 = 𝑒 4200 𝑇 ∴ ln 75.106 = 4200 𝑇 T≥2316,22K COKERAL – Fenômenos de Transporte. Assuma que determinado processo de redução de um óxido por hidrogênio seja controlado por reação química na interface metal/óxido, podendo ser descrito através do modelo topoquímico. Encontre a expressão que relaciona o tempo à fração reagida g (α). Sabendo-se que a 1020°C e após 1 minuto de reação a fração reagida vale 0,20, estime esta última após 8 minutos. Reescreva a expressão determinada anteriormente de modo a explicitar Krq como função de t e de g(α). Estime a energia de ativação e verifique se é viável a hipótese a respeito do controle, se a 913°C e 1 minuto a fração reagida se determinou como 0,03. Solução: T: 1020°C, t=1minuto, α=0,20 T= 913°C, t= 1Minuto, α=0,20 𝑉𝑝 = −4𝜋𝑅2𝐾𝑟𝑞Δ𝐶 𝑑 𝑑𝑡 4 3 𝜋𝑅3𝜌 = −4𝜋𝑅2𝐾𝑟𝑞Δ𝐶 ... derivando ... 3.4 3 .𝜋𝑅2𝜌. 𝑑𝑅 𝑑𝑡 = −4𝜋𝑅2𝐾𝑟𝑞Δ𝐶 -> simplificar 𝜌 𝑅 − 𝑅0 = −𝐾𝑟𝑞Δ𝐶𝑡 (÷ 𝑅0) ... 𝜌 𝑅−𝑅0 𝑅0 = − 𝐾𝑟𝑞Δ𝐶𝑡 𝑅0 𝜌. 𝑅 𝑅0 − 1 = − 𝐾𝑟𝑞Δ𝐶𝑡 𝑅0 𝑅 𝑅0 − 1 = − 𝐾𝑟𝑞Δ𝐶𝑡 𝜌𝑅0 Sabemos que 𝛼 = 1 − 𝑅 𝑅0 3 ∴ 𝑅 𝑅0 = 1 − 𝛼 1 3 1− 𝛼 1 3 − 1 = − 𝐾𝑟𝑞Δ𝐶𝑡 𝜌𝑅0 = 𝑔(𝛼) 1−0,2 1 3−1 1−𝛼 1 3−1 = 𝐾𝑟𝑞 Δ𝐶60 𝑅0 𝐾𝑟𝑞Δ𝐶480 𝑅0 − 0,07 1−𝛼 1 3−1 = 0,125 −0,56 = 1 − 𝛼 1 3 − 1 → 1 − 𝛼 1 3 = 0,44 3 1 − 𝛼 = 0,085 → 𝛼 = 0,92 COKERAL – Fenômenos de Transporte. 𝐾𝑟𝑞 = − 𝑔 𝛼 𝜌𝑅𝑜 Δ𝐶𝑡 𝐾𝑟𝑞 = 𝐾𝑜𝑒− Δ𝐸 𝑅𝑇 arrhenius 𝐾𝑟𝑞 = − 1−𝛼 1 3−1 𝜌𝑅𝑜 Δ𝐶𝑡 𝐾𝑟𝑞1020°𝐶 𝐾𝑟𝑞913°𝐶 = − − 1− 0,2 1 3 − 1 . 𝜌𝑅𝑜 Δ𝐶. 60 − 1− 0,03 1 3 − 1 𝜌𝑅𝑜 Δ𝐶. 60 = 0,072 0,010 = 7,2 Utilizando Arrhenius vem: T=1020°C=1293K T=913°C=1186K 7,2 = 𝐾𝑜𝑒 − Δ𝐸 𝑅 .1293 𝐾𝑜𝑒 − Δ𝐸 𝑅 .1186 7,2 = exp(− Δ𝐸 𝑅 1 1293 − 1 1186 7,3 exp 𝛥𝐸 𝑅 . 7.10−5 → 𝑙𝑛7,3 = 8,42.10−6Δ𝐸 Δ𝐸 = 1,987 8,42.10−6 = 2,35.105𝐽𝑜𝑢𝑙𝑒𝑠 COKERAL – Fenômenos de Transporte. Partículas de CaO são injetadas em gusa líquido, contendo 100ppm de exofre. O nível de gusa é L=2m e o tempo de resistência da partícula de diâmetro d=200μm é igual a τ, próxima de 2 segundos. Assuma controle por transporte de massa (enxofre) na camada limite de gusa líquido ao redor da partícula, validade da teoria de Higbie. Escreva a equação para o fluxo de enxofre desde o gusa até a partícula. Esime a quantidade total transferida desde o ponto de injeção até a interface metal/escória de topo. A fração de CaO convertida em CaS considere. 𝑘 = 2 𝐷𝑠 𝜋𝑡𝑒 𝑒 𝐷𝑠 = 3.10−4 𝑐𝑚2 𝑠 L=2m D=200μm=200.10-6m t=2s=τ equação para fluxo de enxofre desde o gusa até a partícula: A equação para o fluxo de S do gusa até a partícula se escreve da seguinte forma, 𝑁𝑠 = 4𝜋𝑅2.𝐾𝑚. 𝐶𝑠 𝑖𝑛𝑓𝑖𝑛𝑖𝑡𝑜 − 𝐶𝑠 𝑖 (assumindo equilíbrio na interface, cs i=cs equilíbr) 𝜌𝐶𝑎𝑂 = 𝜌𝐶𝑎𝐶𝑂3. 𝑀𝐶𝑎𝑂 𝑀𝐶𝑎𝐶𝑂3 = 3000. 56 100 = 1680𝐾𝑔/𝑚3 Considerando Cs infinito>>Cs i, teremos que 𝑁𝑠 = 4𝜋𝑅2 .𝐾𝑚.𝐶𝑠 𝑖𝑛𝑓𝑖𝑛𝑖𝑡𝑜 𝐶𝑠 𝑖𝑛𝑓𝑖𝑛𝑖𝑡𝑜 = 100.10−6 . 6300 32.10−3 = 19,6875 𝑎𝑡𝑜𝑚𝑜𝑠 𝑔𝑟𝑎𝑚𝑎 𝑚3 Admitindo a validade da lei de Stokes temos que 𝑉𝑡 = 2.𝑅2.𝑔. 𝜌𝑔𝑢𝑠𝑎 − 𝜌𝐶𝑎𝑂 9𝜂 = 2. 100.10−6 2. 9,81. 6300 − 1680 9.7.10−3 𝑉𝑡 = 0,014 𝑚 𝑠 → 𝑅𝑒 = 2.6300.100.10−6 . 0,014 9.7.10−3 = 0,28 É válida nossa hipótese acerca do tipo de escoamento em torno da partícula! Admitiu-se 𝜂𝑔𝑢𝑠𝑎 = 𝜂𝑎ç𝑜 Portanto o tempo de renovação será: 𝑡𝑒 = 200.10−6 0,014 = 0,014 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠 Pela teoria de Higbie COKERAL – Fenômenos de Transporte. 𝑘 = 2. 3.10−4. 10−4 𝜋. 0,014 = 1,65.10−3𝑚 𝑠 Admitindo-se área de fluxo constante teremos: 𝑁𝑠 = 4𝜋. 100.10−6 2 . 1,65.10−3. 19,6875 = 4,08.10−9𝑎𝑡𝑜𝑚𝑜𝑠. 𝑔 𝑠 A quantidade total transferida admitindo-se tempo de residência igual a τ = 2s será Δ𝑁𝑠 = 4,08.10−9. 2 = 8,16.10−9 𝑎𝑡𝑜𝑚𝑜𝑠.𝑔𝑟𝑎𝑚𝑎 A quantidade inicial de CaO na partícula vale: Δ 𝑁𝐶𝑎𝑂 = 𝜌𝐶𝑎𝑂.𝑉𝐶𝑎𝑂 𝑀𝐶𝑎𝑂 = 1680.4.𝜋. 100.10−6 3 3.56.10−3 = 1,26.10−7𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑂 Como foram transferidos 8,16.10−9𝑚𝑜𝑙𝑠 de S para a partícula, levando em consideração estado de quase equilíbrio a estequiometria da reação: CaO(s)+S = CaS(s) + O Teremos que foram consumidos 1,26.10^-9 mols de CaO, o que implica que a fração de CaO convertida em CaS será %𝐶𝑎𝑂 𝑐𝑜𝑛𝑣 = 1,26.10−7 − 8,16.10−9 1,26.10−7 = 93,52% Logo foi convertida a fração de 93,52% de CaO COKERAL – Fenômenos de Transporte. Uma parede de 1mm de espessura constituída de níquel se encontra exposta a uma atmosfera de hidrogênio em uma face a 1,5 atm e em outra face a 0,1 atm. Encontre o fluxo de hidrogênio a 400°C sabendo-se: massa atômica do Níquel 58, 71 g/mol, massa específica do níquel 8770 Kg/m³, coeficiente de difusão do hidrogênio 4,9.10−10𝑚²/𝑠 , solubilidade do hidrogênio em níquel a 1atm e 400 °C, 250 ppm. Solução Chapa 1mm de espessura de Ni. P1=1,5 atm P2=0,1atm ρ=8770 kg/m³ DH= 4,9.10−10 𝑚2 𝑠 Massa molar níquel = 58,71 T=400°C=673K Solubilidade do hidrogênio em níquel nas condições dadas = 250 ppm 𝐻 = 250𝑝𝑝𝑚 10000% 𝑥 1% 100𝑝𝑝𝑚 𝑥 8770𝐾𝑔 1𝑚3 𝑥 1𝑚𝑜𝑙 1.10−3𝐾𝑔 = 2192,5 𝑚𝑜𝑙 𝑚3 H2----------->2H 𝐾𝑒𝑞 = 𝐻 2 𝑃𝐻2 = 2192,5 2 1,03.105 = 46,67 𝑁𝐻 = Á𝑟𝑒𝑎. −𝐷𝐻 . 𝑑𝑐 𝑑𝑥 𝑁𝐻 𝐴 = −𝐷𝐻. Δ𝐶 𝐿 Para P=1,5 atm 𝐻 = 46,67.1,5.1,03.105 = 2685𝑚𝑜𝑙/𝑚3 Para P= 0,1 atm 𝐻 = 46,67.0,1.1,03.105 = 693,3 𝑚𝑜𝑙/𝑚³ Logo: 𝑁𝐻 𝐴 = −4,9.10−10 . (693,3−2685,2) 10−3 Então 𝑁𝐻 𝐴 = 9,76.10−4 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑠.𝑚2 Fluxo de Hidrogênio COKERAL – Fenômenos de Transporte. O gráfico, esquemático em anexo diz respeito à velocidade de dissolução de um metal contido em minério e submetido à lixiviação em polpa. CR representa a concentração do produto (complexo de metal em solução). As experiências foram realizadas à mesma temperatura, sob diferentes velocidades de agitação (rotação de impeller). Quais são as prováveis regiões (em termos de agitação)de controle por transporte de massa e controle por reação química? Justifique. Num experimento semelhante admitiu-se validade do modelo topoquímico. Análise dos resultados sugere que o tempo de dissolução seria proporcional ao raio original das partículas. Qual seria a etapa ocntoladora? Justifique. T=constante a) As regiões onde provavelmente se tem um controle do processo pelo transporte de massa são à direita do gráfico, rotações de 200 e 100 rpm, pois vemos nas mesmas um menor grau de agitação 𝐾𝑚 = 𝐷𝐴 𝛿 . Dessa forma, teremos uma camada limite maior, tornando a resistência do transporte de massa maior 𝑉 = Δ𝐶 1 𝐴𝐾𝑚 + 1 𝐴𝐾𝑟𝑞 𝑜𝑢 𝑠𝑒𝑗𝑎 𝑉 = Δ𝐶 1 𝐴𝐾𝑚 Uma maneira de melhorar a eficiência do processo controlado por essa etapa estando concentração e grau de cominuição constante seria aumentar o grau de agitação 𝐾𝑚 = 𝐷𝐴 𝛿 , pois aumentando-se o mesmo se tem uma diminuição da camada limite. Dessa forma teremos no lado esquerdo do gráfico, rotações de 700 e 600 rpm o controle por reação química. Cr Tempo 700 600 200 100 rpm 4𝜋𝜌𝑀𝑜𝑅² 𝑑𝑅 𝑑𝑡 = − Δ𝐶 1 4𝜋𝑅𝑜2𝐾𝑐𝑙 + 1 4𝜋𝐷𝑒𝑓 . 1 𝑅 − 1 𝑅𝑜 + 1 4𝜋𝑅2𝐾𝑟𝑞 COKERAL – Fenômenos de Transporte. b) A etapa controladora seria a de transporte de massa, uma vez que o raio da partícula tem relação com a espessura da camada limite, cominuição seria uma alternativa boa para melhorar o transporte de massa. Ao cominuir uma partícula aumenta-se a superfície específica e melhora ao transporte de massa. COKERAL – Fenômenos de Transporte. Considere que um processo químico envolvendo uma reação do tipo A(s)+B(g)=C(g) possa ser descrito pelo Modelo de Núcleo Não Reagido / Dimensões Variáveis: 1- Em que hipóteses tal modelo se baseia? 2- Assuma que, a velocidade da etapa relativa ao transporte possa ser estimada como 𝐹𝐵 = −4𝜋𝑅2𝐾𝑚 𝐶𝑜 − 𝐶𝑠 𝑚𝑜𝑙𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝐵/𝑠 A velocidade da etapa reação química como 𝑉𝑟𝑞 = −4𝜋𝑅2𝐾𝑟𝑞 𝐶𝑠 − 𝐶𝑒𝑞 𝑚𝑜𝑙𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝐴 / 𝑠 Faça uso da analogia elétrica e mostre que a expressão que fornece a variação do raio com o tempo seria fornecida por 4.𝜋.𝜌𝐴.𝑅². 𝑑𝑟 𝑑𝑡 = − 𝐶𝑜 − 𝐶𝑒𝑞 1 4𝜋𝑅2.𝐾𝑚 + 1 4𝜋𝑅2𝐾𝑟𝑞 Onde R: raio da partícula Km: coeficiente de transferência de massa Co, Cs, Ceq: Concentração de B, afastado da partícula, na superfície da partícula, de equilíbrio respectivamente. Krq: constante da velocidade de reação ρA: Densidade molar de A na partícula t: tempo 3- Qual seria a etapa controladora? Justifique 4- Compare a velocidade do processo a 1000°C e 1050°C e estime a energia de ativação. Dados: Raio da partícula= 0,1cm Ceq = 10−9mol/cm³ Co = 10−5mol/cm³ 1000°C: Km=43cm/s ;Krq=837cm/s 1050°C: Km=51cm/s ;Krq=2022cm/s Solução: 1) A partícula é considerada impermeável aos gases, ou seja, a reação química só ocorre na superfície da partícula. 2) 𝑉𝑡𝑚 = −4𝜋𝑅2𝐾𝑚 𝐶𝐵 𝑜 − 𝐶𝐵 𝑖 𝑉𝑅𝑄 = 𝑉𝑅𝑄 = 𝑉𝑅𝑄 = −4𝜋𝑅 2𝐾𝑅𝑄 𝐶𝐵 𝑖 −𝐶𝐵 𝑒𝑞 Fazendo analogia elétrica temos: 𝑉𝑝 = − 𝐶𝐵 0−𝐶𝐵 𝑒𝑞 1 4𝜋𝑅2𝐾𝑚 + 1 4𝜋𝑅2𝐾𝑅𝑄 COKERAL – Fenômenos de Transporte. 4 3 𝜋𝑅3 𝑚 3 .𝜌𝐴 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝐴 𝑚3 = 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝐴 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑛𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑡í𝑐𝑢𝑙𝑎 𝑑 𝑑𝑡 4 3 𝜋𝑅3𝜌𝐴 = 𝑉𝜌 3 . 4 3 𝜋𝑅2𝜌𝐴 𝑑𝑅 𝑑𝑡 = − 𝐶𝑜 − 𝐶𝑒𝑞 1 4𝜋𝑅2𝐾𝑚 + 1 4𝜋𝑅2𝐾𝑅𝑄 3) T=1000°C = 1273K 𝑅𝑇𝑀 = 1 4𝜋 0,1 2 .43 𝑅𝑅𝑄 = 1 4𝜋 0,1 2 .837 T=1050°C= 1323K 𝑅𝑇𝑀 = 1 4𝜋 0,1 2 .51 𝑅𝑇𝑀 = 1 4𝜋 0,1 2 .2022 A etapa controladora será por transporte de massa, pois a resistência do transporte de massa é maior comparando Ktm e Kro para 1000 e 1050°C 4) ??????????? Resolver essas equações COKERAL – Fenômenos de Transporte. Uma chapa de ferro (0,01cm de espessura é submetida a atmosferas gasosas capazes de manter suas faces a 1,2% e 0,1% de C, respectivamente. Encontre o fluxo de carbono a 1200°C em regime permanente, se Dc=1,625+0,747%C+1,088%C²+1,476%C³ cm²/s 𝑁𝑐, 𝑥 = −𝐷𝑐 𝑑𝐶 𝑑𝑥 −𝑁𝑐, 𝑥.𝑑𝑥 = 𝐷𝑐.𝑑𝐶. 𝜌𝑎ç𝑜 𝑔 𝑐𝑚3 . %𝐶 100.𝑀𝑐 𝑔 𝑚𝑜𝑙 −𝑁𝑐,𝑥. 100.𝑀𝑐 .𝑑𝑥 𝜌𝑎ç𝑜 = 1,625 + 0,747C + 1,088C2 + 1,476C3 dC −𝑁𝑐, 𝑥. 100.𝑀𝑐 𝜌𝑎ç𝑜 𝑑𝑥 0,01 0 = 1,625 + 0,747C + 1,088C2 + 1,476C3 0,1 1,2 dC Integra tudo e substitui os valores da integral definida, Mc é a massa molar do carbono, vai achar o valor de Nc,x= 2,16 mol/m².s %C %C 1,2 0,1 δ=0,01cm Nc,x=? T=1200°C=1473K Regime Permanente = Fluxo Constante ρaço=7g/cm³ COKERAL – Fenômenos de Transporte. Exemplo: Considere uma bolha de cálcio, de 3 mm de diâmetro, inicialmente a 50 cm de profundidade em um banho de aço, a 1550 oC. Estime a pressão de cálcio na bolha e o número de mols contidos na mesma. Estime a velocidade de ascensão da bolha e o intervalo de tempo necessário para que a mesma ascenda a 45 cm de profundidade. Estime o coeficiente de transferência de massa na camada limite ao redor da bolha, assumindo Ca D (coeficiente de difusão de Cálcio no metal) igual a 4 x10 –4 cm2/s. Suponha que a bolha possa ser considerada uma esfera rígida. Considere que a relação entre a pressão parcial de cálcio e a concentração do mesmo dissolvido na liga seja Ca C (mol/cm3) = 3,5 x 10-4 Ca P (atm), assuma equilíbrio local na interface gásmetal e encontre a concentração de cálcio nesta interface. Assuma ser desprezível a concentração no interior da fase metálica e estime o fluxo de cálcio devido a este gradiente de composição. Estime o consumo de cálcio quando a bolha ascende de 50 cm a 45 cm de profundidade. Esta velocidade seria dada por um balanço de forças Η=7x10-3 Pa.s Ρ=7000 Kg/m³ Aço líquido = 1600°C Um esquema da concentração de cálcio no metal, a partir da interface metal/bolha Reação química de dissolução Ca(g)--->Ca Keq=[Ca]/Pca Note que para que a variável de energia livre da reação Ca(s)--->Ca se faz necessário: Cca interface <= Cca equilíbrio Porém como as temperaturas são altas de modo que a reação química de dissolução não deve ser controladora do processo, isto é, existe equilíbrio local na interface ou Cca interface ~Cca equilíbrio ~Keq.Pca Então o diagrama pode ser retraçado e a velocidade de transporte de cálcio na camada limite seria ηca[mols Ca/s]=Área[m²].Kca[m/s].{Ccai.Cca-infinito} [mol/m³] COKERAL – Fenômenos de Transporte. Vamos assumir que a bolha de cálcio ascenda para superfície com velocidade igual à velocidade terminal (lei de Stokes) VT=2R².g.Deltaρ/9η-----> 2.(1,5.10^-3)².9,81.7000/9,7.10^-3 VT=4,905[m/s] Logo o tempo necessário para que a bolha pase de 50 para 45 cm seria Delta t= 0,05.4,905 = 0,010 s E o coeficiente de transferência de massa (equação de frossling) 2Rik/Dca=2+0,552.(2R.ρaço.VT/ηaço)^0,5 . (ηaço/ρaço.Dca)^(1/3) Onde Vt= 4,905 m/s ρaço=7000 kg/m³ ηaço=7x10-3 Pa.s R=1,5.10-3 m Dca=40.10-8 m²/s De modo que Kca ~2,63.10-3 m/s Finalmente como a pressão de cálcio na bolha pode ser aproximada como Pca=Pamb+ρgL(metalostática)+(2ς/R) (interfacial) Pca ~ Pamb+ρaço.g.L Pca ~ 1,013.10^5 + 7000.9,81+0,5 Pca= 135635Pa=1,35atm De modo que o fluxo de cálcio ao aço seria Nca=delta t(s).ηCa Nca [mols Ca] = 0,010.4pi.(1,5.10-3)[m²].2,63.10-3[m/s].(3,5.10- 4.1,338)[mols Ca/m³] Para calcular ni só usar pv=nRT
Compartilhar