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CEDERJ - UNIRIO - HISTÓRIA e DOCUMENTO - 2017.1 Gabarito AP1

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Universidade Federal Do Estado Do Rio De Janeiro
Centro de Ciências Humanas e Sociais – CCH
Licenciatura em História - EAD
Unirio/Cederj
Primeira Avaliação Presencial 2017-1
Disciplina: História e Documento
Coordenação: Ana Maria Mauad
	Nome:
	Matrícula:
	Pólo:
Caro (a) aluno (a):
 Essa é a sua primeira avaliação presencial. Leia os enunciados com atenção e procure ser claro e objetivo na elaboração de suas respostas.
Leia atentamente as Instruções abaixo:
Leia atentamente todas as questões;
Escreva com letra legível;
Revise suas respostas e verifique se as idéias estão claras;
Esta avaliação é individual e sem consulta;
Responda com caneta azul ou preta;
Utilize o caderno de resposta.
 
Boa prova!!!
	Os critérios de avaliação das questões dissertativas da sua avaliação presencial são os seguintes: 
Correção do português; 
Clareza e qualidade da argumentação (coesão/coerência).
Questão 1 (5,0)
“Como outros lugares de memória, os arquivos são uma construção das formas contemporâneas de promoção de memórias, registro de que nós vivemos num tempo distinto dos tempos anteriores. Nos arquivos, organiza-se o encontro com nosso tempo pela ruptura com o passado e não pela continuidade. Na diferença dos tempos é que nos damos conta da nossa própria historicidade. Assim, diante de cartas antigas de uma mapoteca, descobrimos como o mesmo território foi representado diversas vezes de modos distintos, mas diante deles, observando o mesmo território, nos convencemos de que nosso espaço é outro. Podemos reconhecer o Brasil numa carta colonial, contudo, diante dela nos convencemos de que a nossa terra não é mais daquele jeito. Ocorre que, antes disso, há outra constatação a ser feita. Os documentos de caráter permanente, que encontramos nos arquivos públicos dos nossos dias, não foram sempre vestígios de outro tempo. Conforme a teoria do ciclo de vida dos documentos é possível demarcar as fases corrente e intermediária, anteriores à fase permanente de vida dos documentos. Como documentos correntes eles serviram ao instante do presente, no aguardo do despacho necessário. A espera da realização de ações decorrentes da decisão inscrita nos documentos caracteriza a fase intermediária da vida documental. Sua terceira fase de vida, a fase permanente, é a memória da ação produzida e consumada. Alguns diriam que nessa fase os documentos se tornam inativos, ou deixam de ter caráter utilitário. Melhor seria falar de valor primário, próprio da consecução da ação, e de valor secundário, que envolve novos usos dos documentos, pois é diante de sua condição permanente que os documentos afirmam sua dimensão histórica, propriamente dita” (p. 9-10)
KNAUSS, Paulo. Usos do Passado, arquivos e universidade, Cadernos de Pesquisa do CDHIS, n.40, ano 22, p.9-16 – 1º sem.2009.
Acesso por: http://www.seer.ufu.br/index.php/cdhis/article/viewFile/4550/3267
O trecho acima foi retirado do texto que compõe a bibliografia complementar da aula 2. Em sua leitura nos deparamos com a reflexão do autor sobre a vida dos documentos e sua relação com a história das sociedades. Identifique no texto:
Como o autor define a relação dos arquivos com o passado histórico;
Para responder essa questão o/a aluno/a deve considerar o seguinte trecho do texto: 
Como outros lugares de memória, os arquivos são uma construção das formas contemporâneas de promoção de memórias, registro de que nós vivemos num tempo distinto dos tempos anteriores. Nos arquivos, organiza-se o encontro com nosso tempo pela ruptura com o passado e não pela continuidade.
Deve, portanto demarcar que o arquivo opera a ideia de história como distancia e diferença entre o passado e o presente. 
Qual o sentido atribuído pelo autor à noção de historicidade?
Para responder a essa questão o/a aluno/a deve considerar o seguinte trecho do texto: 
Na diferença dos tempos é que nos damos conta da nossa própria historicidade. Assim, diante de cartas antigas de uma mapoteca, descobrimos como o mesmo território foi representado diversas vezes de modos distintos, mas diante deles, observando o mesmo território, nos convencemos de que nosso espaço é outro. Podemos reconhecer o Brasil numa carta colonial, contudo, diante dela nos convencemos de que a nossa terra não é mais daquele jeito. Ocorre que, antes disso, há outra constatação a ser feita. Os documentos de caráter permanente, que encontramos nos arquivos públicos dos nossos dias, não foram sempre vestígios de outro tempo. 
Deve portanto definir historicidade como o reconhecimento de que as mudanças reveladas pelos documentos nos permitem reconhecer as diferenças entre as experiências sociais. A história como mudança no tempo.
Relacione o ciclo da vida dos documentos, apresentada pelo autor, à noção de documento/monumento.
Para responder a essa questão o/a aluno/a deve considerar o seguinte trecho do texto:
Conforme a teoria do ciclo de vida dos documentos é possível demarcar as fases corrente e intermediária, anteriores à fase permanente de vida dos documentos. Como documentos correntes eles serviram ao instante do presente, no aguardo do despacho necessário. A espera da realização de ações decorrentes da decisão inscrita nos documentos caracteriza a fase intermediária da vida documental. Sua terceira fase de vida, a fase permanente, é a memória da ação produzida e consumada.
Deve reconhecer que os documentos em uso são considerados potencia de memória futura, daí o princípio das fases corrente, intermediária e permanente, traduzirem o reconhecimento no tratamento dado pelo arquivamento, que todo o documento é uma forma de auto representação das sociedades passadas.
Questão 2 (5,0)
“Assim, da indiferença pelas datas, passaram à indiferença pelos fatos. Passam a achar que o importante é a filosofia da história. A história para além das migalhas dos acontecimentos singulares, expressaria não apenas uma organização sistêmica, como revelaria uma racionalidade, uma necessidade, uma finalidade. Acima dos homens e de suas existências individuais, estaria o homem, este ente empírico e transcendental, inventado pela modernidade assim como a humanidade com seus fins últimos. No entanto, mais uma vez se perderam entre narrativas empolgadas por razões as mais díspares: uma religião, uma nação, um partido, um sistema, uma ideologia, ou para censurar os reis, aconselhar o povo, apresentar exemplos morais. Compilaram Bossuet, Vico, Daunou, e terminam por se confessarem desnorteados em matéria de história” (p. 3) 
Durval Albuquerque, A arte de inventar o passado, IN:
http://www.cchla.ufrn.br/ppgh/docentes/durval/artigos/historia_a_arte_de_inventar_o_passado.pdf
O trecho acima foi retirado do texto que compõe a bibliografia complementar da aula 4. Em sua leitura nos deparamos com a posição crítica do autor, em face aos discursos totalizantes e as narrativas finalistas que, no século XIX, defendiam a cientificidade da história. Identifique no texto:
Em qual período da história o autor localiza a emergência do sujeito histórico como transindividual;
Para responder a essa questão o/a aluno/a deve indicar a modernidade como o período 
Quais as características atribuídas pelo autor para esse discurso histórico cientificista;
Para responder a essa questão o/a aluno/a deve considerar o seguinte trecho do texto:
Assim, da indiferença pelas datas, passaram à indiferença pelos fatos. Passam a achar que o importante é a filosofia da história. A história para além das migalhas dos acontecimentos singulares, expressaria não apenas uma organização sistêmica, como revelaria uma racionalidade, uma necessidade, uma finalidade
Deve, portanto, identificar como características: a indiferença pelos fatos e data, a valorização da filosofia da história apoiada nos princípios de uma lógica, da razão e da ideia de fim.
Qual a principal crítica do autor à premissa da objetividade integral da narrativa histórica?
Para responder a essa questãoo/a aluno/a deve considerar o seguinte trecho do texto:
No entanto, mais uma vez se perderam entre narrativas empolgadas por razões as mais díspares: uma religião, uma nação, um partido, um sistema, uma ideologia, ou para censurar os reis, aconselhar o povo, apresentar exemplos morais. Compilaram Bossuet, Vico, Daunou, e terminam por se confessarem desnorteados em matéria de história” 
Deve, portanto, considerar que embora se dispusesse a construir um discurso que transcendesse aos interesses individuais, acabaram servindo à um discurso moral associado à um tipo de princípio: religioso, nacionalista, partidário, ideológico, etc.

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