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OPERAÇÕES UNITÁRIAS I Fluidodinâmica Operações Unitárias I – Prof.a Dr.a Lisiane Heinen Fernandes INTRODUÇÃO À FLUIDODINÂMICA DA PARTÍCULA Várias são as operações unitárias que envolvem a separação de sólidos de uma massa fluida. Para isso, torna-se essencial tanto o conhecimento das características físicas e morfológicas da partícula envolvida, quanto a descrição do escoamento das fases fluida e particulada. Sendo assim, este estudo tem por objetivo descrever o comportamento dinâmico das partículas. Figura 1: separação de partículas utilizando ciclone Operações Unitárias I – Prof.a Dr.a Lisiane Heinen Fernandes DINÂMICA DE UM PONTO MATERIAL A dinâmica trata do estudo entre o movimento de um corpo e as causas de tal movimento. Sabe-se que o movimento é fruto de interações com o meio, ou seja, de FORÇAS. Força de empuxo Força de sustentação Força de campo Força de arraste Figura 2: forças atuantes em uma partícula Escoamento ↑ pp amF . pp amF . Operações Unitárias I – Prof.a Dr.a Lisiane Heinen Fernandes DINÂMICA DE UM PONTO MATERIAL Força de empuxo Força de sustentação Força de campo Força de arraste Escoamento ↑ Forças envolvidas: gravitacional; •Força de campo centrífuga; magnética. •Força de empuxo “A força exercida sobre o corpo submerso em um fluido é igual ao volume descolado multiplicado pela aceleração gravitacional.” 𝑭𝒆𝒎𝒑𝒖𝒙𝒐= − 𝟏 𝟔 . 𝝅. 𝒅𝒑𝟑. 𝝆. 𝒈 𝑭𝒄𝒂𝒎𝒑𝒐 = 𝝆𝒑. 𝑽𝒑. 𝒃 Onde ρ𝑝 e 𝑉𝑝 são massa específica e volume da partícula Se o campo for gravitacional, b=g=9,81 m/s2 Para partícula esférica, como 𝑉𝑝 = π𝑑𝑝3 6 , sujeita ao campo gravitacional 𝑭𝒄𝒂𝒎𝒑𝒐 = 𝟏 𝟔 . π. 𝒅𝒑𝟑𝝆𝒑 . 𝒈 Partículas esféricas; Massa específica do fluido; Sinal negativo indica sentido contrário ao da força peso. Operações Unitárias I – Prof.a Dr.a Lisiane Heinen Fernandes DINÂMICA DE UM PONTO MATERIAL • Forças dinâmicas: a) Força de sustentação: A sustentação é a componente da força aerodinâmica perpendicular ao movimento do fluido depende principalmente da forma da partícula; b) Força de arraste: é a força que o fluido exerce sobre o corpo submerso, na direção das linhas de corrente. depende principalmente da área superficial da partícula, mas também: •Tamanho da partícula; •Viscosidade do fluido; •Densidade do fluido; •Velocidade relativa fluido-partícula. Existem em razão do movimento fluido-partícula e depende das características de ambos. Dividem-se em: Difícil estabelecer um equação única teórica Assim, recorre-se à correlações empíricas Figura 3: partícula com perfil de aerofólio x Operações Unitárias I – Prof.a Dr.a Lisiane Heinen Fernandes FORÇA DE ARRASTE Correlações utilizadas Relacionam Coeficiente de Arraste (Cd) em função do Número de Reynolds (Re) Gráficos!!! Sendo o número de Reynolds da partícula: f fp p d .v. Re Operações Unitárias I – Prof.a Dr.a Lisiane Heinen Fernandes FORÇA DE ARRASTE CD = CA = f(Re) para diferentes geometrias (esfericidade) Operações Unitárias I – Prof.a Dr.a Lisiane Heinen Fernandes FORÇA DE ARRASTE Operações Unitárias I – Prof.a Dr.a Lisiane Heinen Fernandes FORÇA DE ARRASTE Valor do coeficiente de arraste de uma esfera conforme o escoamento Atenção: No regime de Newton, utiliza-se Cd=0,44; No regime turbulento, utiliza-se Cd=0,20. Operações Unitárias I – Prof.a Dr.a Lisiane Heinen Fernandes FORÇA DE ARRASTE Sendo assim, tem-se: 2 .v.. 2 pd arraste AC F Força de arraste: Área projetada (Ap) - ESFERA Lembrando: EXERCÍCIOS Onde: Cd: coeficiente de arrasto Ap: área projetada v: velocidade do fluido ρ: massa específica do fluido Operações Unitárias I – Prof.a Dr.a Lisiane Heinen Fernandes VELOCIDADE TERMINAL Consideremos um referencial fixo no solo e a atmosfera em repouso nesse referencial. Um corpo, abandonado de certa altura, cai através da atmosfera. A partir do instante em que o corpo começa a cair, passa a existir, sobre ele, uma força de arraste (drag force). Como o módulo da velocidade do corpo aumenta com a queda, aumenta também o módulo da força de arraste. Se a altura da qual o corpo foi abandonado é suficientemente grande, o módulo da força de arraste pode ficar igual ao módulo do peso do corpo, tornando-se nula a resultante das forças que agem sobre o corpo e, pela segunda lei de Newton, torna-se nula também sua aceleração. A partir de então, o módulo da velocidade do corpo permanece constante e dizemos que o corpo atingiu sua velocidade terminal. VELOCIDADE TERMINAL (VT) – refere-se à velocidade constante atingida por uma partícula isolada quando lançada em um fluido em repouso. Operações Unitárias I – Prof.a Dr.a Lisiane Heinen Fernandes VELOCIDADE TERMINAL pp amF . Como já visto, sobre uma partícula atuam algumas forças, sendo elas de campo, empuxo e dinâmicas. Representando-se: Contudo, como no caso da velocidade terminal, a velocidade é constante, não se tem aceleração, tornando o somatório das forças igual a zero. Assim: Força de campo Força de empuxo Força de arraste gVF ppcampo .. gdF pempuxo ... 6 1 3 2 ... 2 vAC F pd arraste Somatório das forças deve ser igual a zero Operações Unitárias I – Prof.a Dr.a Lisiane Heinen Fernandes VELOCIDADE TERMINAL Como o objetivo é achar a velocidade terminal da partícula, rearranjando-se as equações anteriores, chega-se: Dpfp fp T CA mg v ... ).(..2 Se a partícula for esférica Df fpp T C dg ..3 ).(..4 v Já o número de Reynolds: f fTp p d .v. Re Contudo, percebe-se que a velocidade terminal é também função do número de Reynolds Operações Unitárias I – Prof.a Dr.a Lisiane Heinen Fernandes VELOCIDADE TERMINAL Para resolver esse problema, existem alguns métodos de cálculos, como propõem-se a seguir: 1) Por interação Operações Unitárias I – Prof.a Dr.a Lisiane Heinen Fernandes VELOCIDADE TERMINAL 2) Método gráfico Define-se o número adimensional de Arquimedes Cd Rep2 2 3 2 3 )(4 Re f fpfp pd gd C f fTp p d .v. Re Gráfico Cd Rep2 versus Rep Isolou-se VT vT Operações Unitárias I – Prof.a Dr.a Lisiane Heinen Fernandes f fTp p d v Re 2Re pdC
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