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Introdução a neuroanatomia

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Ventrículos Cerebrais: Nosso Lago Interno
Nós temos água no cérebro e na medula espinhal. Por que? Primeiro, para sustentá-los e amortece-los contra choques. Segundo, para "limpar" resíduos do metabolismo, drogas e outras substâncias que se difundem no cérebro através do sangue, além de servir como meio de difusão de células de defesa imunológica e de anticorpos. Terceiro, para nutrir o epêndima e estruturas periventriculares.
O fluído do cérebro é chamado de líquido céfaloraquidiano (líquor) ou fluído cérebro-espinhal. O líquor é um líquido claro, com pequenas quantidades de proteína, potássio, glicose e cloreto de sódio. Se o crânio for subitamente deslocado, a densidade do líquor serve para reduzir o impacto entre o encéfalo e os ossos do crânio, reduzindo por meio disso, danos concussivos. Se o cérebro ou os vasos sanguíneos que o irrigam aumentam de volume, o líquor é drenado e diminui a pressão intracraniana, para manter o volume constante.
O crânio é como uma "caixa rígida". Quando a pressão intracraniana é aumentada (por injúria ou hidrocefalia), o crânio se torna excessivamente preenchido com tecido cerebral inchado, sangue, ou líquor e pode aumentar a pressão sobre o tecido cerebral. A pressão intracraniana aumentada pode causar mudanças nas respostas dos pacientes incluindo agitação, confusão, resposta diminuída, e coma.
O líquor circula no cérebro e medula espinhal através de cavidades especiais que constituem o chamado sistema ventricular (do termo em latim venter, cavidade). As cavidades são designadas como dois ventrículos laterais, o terceiro ventrículo e o quarto ventrículo. Comunicando os ventrículos laterais com o terceiro ventrículo encontram-se os forames ventriculares (um em cada hemisfério cerebral), enquanto o aqueduto de Sylvius comunica o terceiro ventrículo, situado no diencéfalo, com o quarto ventrículo, situado no rombencéfalo. Em cada uma das quatro cavidades ventriculares evagina-se um plexo vascular, responsável pela produção do líquor (o plexo coróide)
Os ventrículos laterais invadem os lobos frontal, temporal e occipital. Por isso, são considerados em cada ventrículo, três cornos: um anterior ou frontal, outro posterior ou occipital e, finalmente, o inferior ou temporal.
Cada ventrículo contém o plexo coróide (tecido especializado dos ventrículos) que produz o líquor.
Se houver uma obstrução em determinado ponto, o líquor se acumula e comprime o tecido nervoso vizinho de encontro à caixa craniana que o protege. Originam-se assim, casos de hidrocefalia, com sérios prejuízos das funções cerebrais. As cavidades ventriculares ficam excessivamente amplas, devido à estagnação do líquido em seu interior. Com isso, aumenta a pressão intracraniana (veja Hidrocefalia).
Visão dos Ventrículos
	
Ventrículo Lateral
	
Partes do Ventrículo Lateral. Horn = corno
	Os dois ventrículos laterais são os maiores de todos os ventrículos do cérebro.
Seu formato é irregular. Cada um consiste de uma parte central, com cornos (horn) anterior, posterior e inferior.
	Corno Anterior 
(frontal)
	É anterior ao foramen interventricular. Seu teto e borda anteriores são formados pelo corpo caloso, sua parede vertical medial, pelo septo pelúcido. O assoalho é formado pela cabeça do núcleo caudado.
	Parte Central
	Estende-se sob o corpo do corpo caloso. Medialmente, limita-se com a parte posterior do septo pelúcido. Abaixo, com partes do núcleo caudado, tálamo, plexo coróide e fórnix.
	Corno Posterior (occipital)
	Estende-se no lobo occipital. Seu teto é formado pelo corpo medular do cérebro.
	Corno Inferior (temporal)
	Atravessa o lobo temporal. Seu teto é formado pela substância branca do hemisfério cerebral. Ao longo da borda medial está a stria terminalis e a cauda do núcleo caudado. O núcleo amigdalóide forma uma saliência na parte terminal do corno inferior. O assoalho e a parede medial são formados pela fímbria, pelo hipocampo e eminência lateral.
	
À esq- secção transversal mostrando o plexo coróide (em roxo) nos ventrículos.
À direita- visão isomética dos ventríiculos mostrando também o plexo coróide.
	
Secção coronal do cérebro (visão posterior)
O plexo coróide (choroid plexus) do ventrículo lateral, é uma evaginação de vasos envolvidos pela pia mater (meninge protetora do cérebro) projetando-se na cavidade ventricular e cobertos pela camada epitelial de origem ependimal).
Um processo triangular de pia mater projetando-se para cima dentro do ventrículo lateral cobre a borda lateral do fornix e é conhecida como tela coróidea.
Terceiro Ventrículo
O terceiro ventrículo (3rd ventricle) é uma estreita fenda vertical situada no diencéfalo. Ele possui um teto, um assoalho e quatro paredes: duas laterais, uma anterior e outra posterior.
O assoalho é formado pelo quiasma óptico, tuber cinereum e infundibulum, corpos mamilares, substância perforante posterior e parte superior do tegmento mesencefálico. A parede anterior é a delicada lâmina terminal. A pequena parede posterior é formada pela haste da glândula pineal e comissura habenular.
	
Secção coronal do cérebro (visão posterior)
	O teto do terceiro ventrículo é formado por uma fina camada de epêndima. As paredes laterais são formadas principalmente pela superfície medial dos dois tálamos. A parede lateral inferior e o assoalho do ventrículo são formados pelo hipotálamo..
A massa intermédia é uma região de matéria cinzenta que cruza a cavidade do ventrículo juntando as paredes internas. As seguintes estruturas podem ser encontradas no assoalho do terceiro ventrículo (da terminação anterior a posterior): quiasma óptico, infundibulum, tuber cinereum, corpos mamilares e subtálamo.
Três aberturas se comunicam com o terceiro ventrículo: Os dois foramens ventriculares na terminação anterior se comunicam com os ventrículos laterais, e o aqueduto cerebral (de Sylvius) se abre na terminação caudal do terceiro ventrículo.
O foramen interventricular (forame de Monro) é uma abertura oval entre a coluna do fórnix e a terminação anterior do tálamo através da qual os ventrículos laterais se comunicam com o terceiro ventrículo. O terceiro ventrículo também se comunica com o quarto ventrículo através do aqueduto cerebral. A pequena adesão intertalâmica (massa intermédia) atua como ponte do estrito espaço ventricular.
Quarto Ventrículo
O quarto ventrículo (4rd ventricle) é uma cavidade localizada posteriormente à ponte, à metade superior do bulbo, e anteriormente ao cerebelo. Ele é contínuo com o aqueduto cerebral (mesencefálico, ou de Sylvius) acima, e o canal central da medula espinhal na metade superior do bulbo. Em cada lado, um estreito prolongamento, o recesso lateral, projeta-se ao redor do tronco encefálico; sua abertura lateral (foramen de Luschka) encontra-se abaixo do flóculo cerebelar. Uma outra abertura mediana, que comunica o quarto ventrículo com o espaço subaracnóide, recebe o nome de forame de Magendie.
O IV ventrículo tem bordas laterais, um assoalho e um teto. As bordas laterais são formadas de cada lado do pedúnculo cerebelar superior e inferior, e tubérculos grácil e cuneato.
Teto do quarto ventrículo - Formado por uma fina lâmina de matéria branca. Abaixo está uma abertura mediana (foramen of Magendie); o fluido cérebro-espinhal flui através dessa abertura e aberturas laterais para dentro do espaço subaracnoide. Pelo fato dessas serem as únicas comunicações entre os espaços ventriculares e subaracnóideo, seu bloqueio pode produzir um tipo específico de hidrocefalia.
O assoalho do IV ventrículo, também conhecido como fossa rombóide, é formado pela superfície dorsal da ponte e bulbo.
O aqueduto cerebral é um estreito canal conectando o terceiro e o quarto ventrículos. Ele tem 1.5 cm de comprimento e 1-2 mm de largura. Seu assoalho é formado pelo tegmento do mesencéfalo. Seu teto consiste dos corpos quadrigêmios do mesencéfalo e comissura posterior.
A tela coróidea é uma camada de pia mater (meninge protetora do sistema nervoso) de grande vascularidade que se invaginapróxima ao plano mediano dentro da cavidade do quarto ventrículo para formar o plexo coróide do quarto ventrículo. Achados anatômicos indicam que a média normal do sistema ventricular tem a capacidade de menos de 16 ml.
Circulação do Líquido Cefaloraquidiano
O CSF é elaborado basicamente pelos plexos coróides, que são franjas de tufos capilares de pia mater (membrana protetora do sistema nervoso central) invaginando as delicadas paredes dos ventrículos. O líquor não é um meio estático, é continuamente produzido e absorvido. Foi calculado que 430 a 450 ml de CSF são produzidos a cada dia, então o fluido deve mudar a cada 6 a 7 horas (Neter, 31).
Circulação
	
	Circulação do CSF
(Em verde-claro, líquido cefaloraquidiano)
ventrículos laterais--> foramen de Monro do terceiro ventrículo --> aqueduto de Sylvius --> IV ventrículo--> foramen de Magendie e Luschka--> espaço subaracnóide sobre o cérebro e medula espinhal --> reabsorção no seio venoso via granulações aracnóides.
Veja uma animaçao do líquor circulando nos ventrículos (3.8 Mb, MOV movie)
Figura: Crump Institute for Biological Imaging. Reproduzido com permissão
O CSF é formado no ventrículo lateral, circula através dos foramens interventriculares no terceiro ventrículo e então via aqueduto cerebral no quarto ventrículo. Ali o fluido segue pelas aberturas laterais do quarto ventrículo e foramen medial do quarto ventrículo em espaços subaracnóides, onde se difundem sobre o cérebro e medula espinhal. Mudanças respiratórias e circulatórias parecem mudar a pressão dentro do sistema e promovem a mistura e difusão do fluído.
O fluído segue através do foramen interventricular (de Monro) para o terceiro ventrículo, é aumentado pelo fluído formado pelo plexo coróide deste ventrículo e passa através do aqueduto cerebral (de Sylvius) para o quarto ventrículo, o qual também possui o plexo coróide. O CSF de todas essas origens flui do quarto ventrículo para o espaço subaracnóide através da abertura mediana (de Magendie) e abertura lateral (de Luschka).
O CSF então circula através de cisternas subaracnóides na base do cérebro. Das cisternas, a maioria do CSF é dirigida para os hemisférios cerebrias e pequenas quantidades passam ao redor da medula espinhal.
Barreira hemato-encefálica
Neur^nios do cérebro e medula espinhal são protegidos por muitos danos químicos e substâncias biológicas pela "barreira hemato-encefálica", entreposta entre o sangue e o CSF pelas células endoteliais dos capilares de plexus coróide. Isto é clinicamente importante porque algumas drogas não podem penetrar a barreira. Este dispositivo protetor tem muitos elementos, extendendo-se de junções entre células endoteliais nos capilares do cérebro, restringindo a permeabilidade de moléculas maiores à neuróglia. Grandes vasos sanguíneos penetrando no tecido cerebral são alinhados com uma camada interna do endotélio reforçada com tecido fibrosmuscular.
O Crânio
  Divide-se, para estudo, em ossos da face e ossos do crânio propriamente dito.
Os ossos que compõe o crânio são: Frontal, Occipital, Esfenóide, Etmóide (ímpares)*, Parietal e Temporal (pares)*.
O crânio pode ser dividido em calota craniana ou calvária e base do crânio. A calvária é a parte superior do crânio e é formada pelos ossos: Frontal, Occipital, e Parietais.
A base do crânio forma o assoalho da cavidade craniana e pode ser dividida em três fossas ou andares:
A fossa anterior, também chamada de andar superior da base do crânio, é formada pelas lâminas orbitais do frontal, pela lâmina crivosa do etmóide e pelas asas menores e parte anterior do esfenóide.
A fossa média, também chamada de andar médio da base do crânio, é formada anteriormente pelas asas menores do esfenóide, posteriormente pela porção petrosa do osso temporal e lateralmente pelas escamas do temporal, osso parietal e asa maior do esfenóide.
A fossa posterior, também chamada de andar inferior, é constituída pelo dorso da sela e clivo do esfenóide, pelo occipital e parte petrosa e mastóidea do temporal. Essa é a maior fossa do crânio e também abriga o maior forame do crânio, o forame magno.
Os ossos que compõe a face são: Mandíbula, Vômer, Hióde (ímpares), Maxilar, Palatino, Zigomática, Concha nasal inferior, Lacrimal e Nasal (pares).
Ossos do Crânio
 
Frontal
É um osso pneumático, ímpar, que constitui o limite anterior da calota craniana e o assoalho do andar superior da base do crânio.
Posição anatômica:
Anteriormente: borda supra-orbitária
Inferiormente: espinha nasal
Parietal
É um osso par. Os dois ossos parietais formam os lados e teto da calota craniana. É aplanado, quadrangular e apresenta uma superfície externa convexa e uma interna côncava.
Posição anatômica:
Anteriormente: borda frontal
Inferiormente e lateralmente: borda escamosa
Occipital
É um osso ímpar que constitui o limite posterior e dorsocaudal do crânio. Tem uma forma trapezóide e conformação de uma taça. Possui uma grande abertura, o forame magno, que se continua com o canal vertebral.
Posição anatômica:
Dorsalmente: protuberância occipital externa
Inferiormente: forame magno
Esfenóide
É um osso ímpar que se encontra no andar médio da base do crânio. Assemelha-se a um morcego de asas abertas.
Posição anatômica:
Anteriormente: face orbitária
Lateralmente: asa maior
Temporal
É um osso par situado entre o occipital e o esfenóide, formando a base do crânio e sua parede lateral.
Posição anatômica:
Lateralmente, dorsalmente e inferiormente: processo mastóide
Superiormente: porção escamosa
Etmóide
É um osso ímpar, pneumático, excessivamente leve e esponjoso que forma parte do assoalho do andar superior da base do crânio. Situa-se entre as duas órbitas, forma a maior parte da parede superior da cavidade nasal e constitui parte do septo nasal.
Posição anatômica:
Anteriormente: processos alares
Superiormente: crista gali
ESFENOIDE
É um osso irregular, ímpar e situa-se na base do crânio anteriormente aos temporais e à porção basilar do osso occipital.
	O osso Esfenoide é dividido em:
Corpo (1)
 Asas Menores (2)
 Asas Maiores (2)
Processos Pterigoideos (2).
	
Corpo
a) Face Superior:
 Fossa Hipofisária
 Processos Clinoides Médios e Posteriores
 Espinha Etmoidal – articula-se com a lâmina crivosa do osso etmoide
 Sela Túrcica – aloja a hipófise
 Clivo – apoio da porção superior da ponte
b) Face Anterior:
 Crista Esfenoidal – forma parte do septo do nariz
 Seio Esfenoidal – cavidades preenchidas com ar (osso pneumático) e servem para deixar o crânio mais leve. Raramente são simétricas.
c) Face Inferior:
 Rostro Esfenoidal – espinha triangular na linha mediana
 Processo Vaginal – de cada lado do rostro esfenoidal
d) Face Lateral:
 Sulco Carotídeo – sulco em forma de “S”
 Língula – crista óssea no ângulo entre o corpo e a asa maior
Asas Menores
 Canal Óptico – passagem do nervo óptico (2º par craniano) e artéria oftálmica
 Processo Clinoide Anterior
Asas Maiores
 Forame Redondo – passagem do nervo maxilar (5º par craniano – nervo trigêmeo)
 Forame Oval – passagem do nervo mandibular (5º par craniano – nervo trigêmeo) e artéria meníngea acessória
 Forame Espinhoso – passagem de vasos meníngeos médios e a um ramo do nervo mandibular
 Espinha Esfenoidal
 Face Temporal
 Face Orbital
Processos Pterigoideos
 Lâmina Pterigoidea Medial
 Lâmina Pterigoidea Lateral
 Fossa Pterigoidea
 Incisura Pterigoidea – entre as duas laminas
Entre as Asas Menores e Maiores:
Fissura Orbitária Superior ou Fenda Esfenoidal – passagem do nervo oculomotor (3º par craniano), nervo troclear (4º par craniano), romo oftálmico do nervo trigêmeo (5º par craniano) e nervo abducente (6º par craniano).
Os Olhos - O Nervo Óptico
Nervos cranianos são os que fazem conexão com o encéfalo. Os 12 pares de nervos cranianos recebem uma nomenclatura específica, sendo numerados em algarismos romanos, de acordo com a sua origem aparente, no sentido rostrocaudal. De acordo com o componente funcional, os nervos cranianos podem ser classificadosem motores, sensitivos e mistos. Os sensitivos (puros) destinam-se aos órgãos dos sentidos e por isso são chamados sensoriais e não apenas sensitivos, que não se referem à sensibilidade geral (dor, temperatura e tato). Entre eles está o nervo óptico.
O nervo óptico constitui, com o homólogo contralateral, o segundo par de nervos cranianos. Transporta as sensações visuais do olho para o cérebro (penetrando no crânio pelo canal óptico), formando-se por convergência das células ganglionares ao nível da retina no olho.
O Nervo óptico emerge do quiasma óptico. Ele passa pela dura e entra no canal ópitco. Dentro da órbita ele permanece entre os músculos extrínsecos do olho. É constituído por um grosso feixe de fibras nervosas que se originam na retina, emergem próximo ao pólo posterior de cada bulbo ocular, penetrando no crânio pelo canal óptico. Cada nervo óptico une-se com o do lado oposto, formando o quiasma óptico, onde há cruzamento parcial de suas fibras, as quais continuam no tracto óptico até o corpo geniculado lateral.
OSSO TEMPORAL
É um osso par, muito complexo, é importante porque no seu interior encontra-se o aparelho auditivo.
	Divide-se em 3 partes:
Escamosa
Timpânica
Petrosa
	  
Parte Escamosa
 Processo Zigomático – longo arco que se projeta da parte inferior da escama
 Fossa Mandibular – articula-se com o côndilo da mandíbula
Parte Timpânica
 Meato Acústico Externo
Parte Petrosa (Pirâmide)
 Processo Estiloide – espinha aguda localizada na face inferior do osso temporal
 Processo Mastoide – projeção crônica que pode variar de tamanho e forma
 Meato Acústico Interno – dá passagem ao nervo facial, acústico e intermediário e ao ramo auditivo interno da artéria basilar
 Forame Estilomastoideo – localiza-se entre o processo mastoide e estiloide
 Canal Carótico – dá passagem à artéria carótida interna e ao plexo nervoso carotídeo
 Fossa Jugular – aloja o bulbo da veia jugular interna
Durante a vida embrionária, no prosencéfalo forma-se a vesícula óptica, que posteriormente se invagina para formar o cálice óptico. Este é constituído de uma folha externa que origina o estrato pigmentar da retina e, uma interna, que origina o estrato cerebral da retina, e deste, o nervo óptico.
Forame jugular
O forame jugular é uma abertura na base do crânio que permite a passagem, na parte anterior, dos nervos cranianos glossofaríngeo, vago e acessório e, na parte posterior, da veia jugular interna, principal via de drenagem sanguínea do cérebro. É formado anteriormente pela porção petrosa do temporal e posteriormente pelo occipital. O orifício se localiza lateralmente ao forame magno, póstero-lateralmente ao canal carótico e lateralmente ao canal do nervo hipoglosso.
O OLFATO
O olfato humano é pouco desenvolvido se comparado ao de outros mamíferos. O epitélio olfativo humano contém cerca de 20 milhões de células sensoriais, cada qual com seis pêlos sensoriais (um cachorro tem mais de 100 milhões de células sensoriais, cada qual com pelo menos 100 pêlos sensoriais). Os receptores olfativos são neurônios genuínos, com receptores próprios que penetram no sistema nervoso central. 
A cavidade nasal, que começa a partir das janelas do nariz, está situada em cima da boca e debaixo da caixa craniana. Contém os órgãos do sentido do olfato, e é forrada por um epitélio secretor de muco. Ao circular pela cavidade nasal, o ar se purifica, umedece e esquenta. O órgão olfativo é a mucosa que forra a parte superior das fossas nasais - chamada mucosa olfativa ou amarela, para distingui-la da vermelha - que cobre a parte inferior.
A mucosa vermelha é dessa cor por ser muito rica em vasos sangüíneos, e contém glândulas que secretam muco, que mantém úmida a região. Se os capilares se dilatam e o muco é secretado em excesso, o nariz fica obstruído, sintoma característico do resfriado. 
A mucosa amarela é muito rica em terminações nervosas do nervo olfativo. Os dendritos das células olfativas possuem prolongamentos sensíveis (pêlos olfativos), que ficam mergulhados na camada de muco que recobre as cavidades nasais. Os produtos voláteis ou de gases perfumados ou ainda de substâncias lipossolúveis que se desprendem das diversas substâncias, ao serem inspirados, entram nas fossas nasais e se dissolvem no muco que impregna a mucosa amarela, atingindo os prolongamentos sensoriais.
Dessa forma, geram impulsos nervosos, que são conduzidos até o corpo celular das células olfativas, de onde atingem os axônios, que se comunicam com o bulbo olfativo. Os axônios se agrupam de 10-100 e penetram no osso etmóide para chegar ao bulbo olfatório, onde convergem para formar estruturas sinápticas chamadas glomérulos. Estas se conectam em grupos que convergem para as células mitrais. Fisiologicamente essa convergência aumenta a sensibilidade olfatória que é enviada ao Sistema Nervoso Central (SNC), onde o processo de sinalização é interpretado e decodificado. 
Aceita-se a hipótese de que existem alguns tipos básicos de células do olfato, cada uma com receptores para um tipo de odor. Os milhares de tipos diferentes de cheiros que uma pessoa consegue distinguir resultariam da integração de impulsos gerados por uns cinqüenta estímulos básicos, no máximo. A integração desses estímulos seria feita numa região localizada em áreas laterais do córtex cerebral, que constituem o centro olfativo.
	
	
Imagens: GUYTON, A.C. Fisiologia Humana. 5ª ed., Rio de Janeiro, Ed. Interamericana, 1981.
A mucosa olfativa é tão sensível que poucas moléculas são suficientes para estimula-la, produzindo a sensação de odor. A sensação será tanto mais intensa quanto maior for a quantidade de receptores estimulados, o que depende da concentração da substância odorífera no ar.
O olfato tem importante papel na distinção dos alimentos. Enquanto mastigamos, sentimos simultaneamente o paladar e o cheiro. Do ponto de vista adaptativo, o olfato tem uma nítida vantagem em relação ao paladar: não necessita do contato direto com o objeto percebido para que haja a excitação, conferindo maior segurança e menor exposição a estímulos lesivos.
O olfato, como a visão, possui uma enorme capacidade adaptativa. No início da exposição a um odor muito forte, a sensação olfativa pode ser bastante forte também, mas, após um minuto, aproximadamente, o odor será quase imperceptível.
Porém, ao contrário da visão, capaz de perceber um grande número de cores ao mesmo tempo, o sistema olfativo detecta a sensação de um único odor de cada vez. Contudo, um odor percebido pode ser a combinação de vários outros diferentes. Se tanto um odor pútrido quanto um aroma doce estão presentes no ar, o dominante será aquele que for mais intenso, ou, se ambos forem da mesma intensidade, a sensação olfativa será entre doce e pútrida.
Aparelho olfativo
A parte periférica do aparelho olfativo está na mucosa nasal; a intermediária, ou transmissora, são os filetes do nervo olfativo, primeiro par craniano, os quais, nascendo na mucosa nasal, passam através da lâmina crivada do etmoide, penetram na cavidade craniana e vão ter aos lobos olfativos, para seguirem, depois, para o cérebro. A parte central está situada, segundo alguns fisiologistas, no hipocampo, isto é, na face inferior dos hemisférios cerebrais.
Zona olfativa
A mucosa nasal, ou pituitária, apresenta um epitélio ciliado, como toda a árvore respiratória. A sua parte inferior, porém, mais vizinha das narinas, é atapetada por um epitélio estratificado pavimentoso, continuação da pele, e com terminações do nervo trigêmeo, sensíveis ao tacto, à temperatura e à dor.
Na parte superior da mucosa, tanto no septo como na parede externa, há uma pequena zona (250 milímetros quadrados para cada fossa nasal), a zona olfativa, que apresenta certas células nervosas de feitio especial. Os cílios das células olfativas são os células olfativas elementos excitáveis do aparelho.
Excitantes odoríferos
Os excitantes odoríferos são certas substâncias que, por motivos ainda não elucidados, possuem a propriedade de agir sobre as terminaçõesdas células olfativas. O que é essencial é que emitam partículas gasosas. Isso, contudo, não quer dizer que todas as substâncias gasosas são odoríferas, pois o hidrogênio e outros gases não apresentam cheiro algum.
As partículas gasosas odoríferas são inspiradas juntamente com o ar, e, assim, entram nas fossas nasais pelas narinas; mas também podem nelas penetrar pelas coanas, ou aberturas posteriores das fossas nasais. Isto se dá logo em seguida à deglutição, quando o indivíduo expira; e é neste momento que a sensação gustativa do alimento se associa à sensação olfativa.
As sensações olfativas
É possível que se chegue, um dia, a reduzir as inúmeras sensações do olfato a um grupo de sensaçõesfundamentais, como já se fez para o gosto. Estamos, porém, ainda longe disto, não tendo, por enquanto, logrado êxito nenhuma classificação dos odores.
Quando muito, poder-se-á dizer que existem sensações odoríferas agradáveis e sensações desagradáveis; mas uma tal classificação é subjetiva, e por isso falha, pois o mesmo cheiro poderá ser agradável para um indivíduo e desagradável para outro. A assafétida,, por exemplo, em geral abominada, é por certos povos usada como tempero. A sensibilidade olfativa, congenitamente grande em alguns indivíduos, pode tomar enorme desenvolvimento pelo exercício. A ausência de olfato toma o nome de anosmia.
O caminho do Odor no Olfato
A sede receptiva do olfato ocupa uma pequena região situada no alto das fossas nasais – a mucosa olfativa -, que contém os receptores olfativos. Estes, constituídos por células nervosas alongadas, são recobertos por formações semelhantes a cílios. Os prolongamentos (axônios) das células olfativas atravessam a lâmina crivada (isto é, porosa) do osso etmoide e penetram na caixa craniana, formando a via olfativa.
Esta atinge o cérebro, ou, mais precisamente, uma formação nervosa chamada bulbo olfativo. Daí, partindo dos glomérulos olfativos, o impulso nervoso atinge o córtex cerebral, onde a excitação nervosa é, finalmente, transformada em sensação de odor.
Além dos receptores, a mucosa possui células glandulares (glândulas de Bowman) que secretam um muco onde se encontram imersos os cílios olfativos, constituindo a verdadeira superfície olfativa capaz de receber os estímulos.
Para ser pressentida pelo olfato, a substância deve ser volátil, isto é, precisa encontrar-se em estado gasoso, de modo a poder se misturar ao ar inspirado. Mas, para alcançar os cílios dos receptores olfativos, a substância deve ser também solúvel em água. Isso pelo fato de os cílios estarem imersos na secreção das glândulas de Bowman, composta de água em sua maior parte. Além disso, supõe-se que os cílios sejam constituídos, sobretudo, por substâncias gordurosas e que a substância aromática, portanto, deva ser igualmente solúvel em óleos.
TELENCÉFALO
O telencéfalo compreende os dois hemisférios cerebrais, direito e esquerdo, e uma pequena linha mediana situada na porção anterior do III ventrículo.
Os dois hemisférios cerebrais são incompletamente separados pela fissura longitudinal do cérebro, cujo o assoalho é formado por uma larga faixa de fibras comissurais, denominada corpo caloso, principal meio de união entre os dois hemisférios. Os hemisférios possuem cavidades, os ventrículos laterais direito e esquerdo, que se comunicam com o III ventrículo pelos forames interventriculares.
Cada hemisfério possui três pólos: Frontal, Occipital e Temporal; e três faces: Súpero-lateral(convexa); Medial (plana); e Inferior ou base do cérebro (irregular), repousando anteriormente nos andares anterior e médio da base do crânio e posteriormente na tenda do cerebelo.
Sulcos e Giros:
Durante o desenvolvimento embrionário, quando o tamanho do encéfalo aumenta rapidamente, a substância cinzenta do córtex aumenta com maior rapidez que a substância branca subjacente. Como resultado, a região cortical se enrola e se dobra sobre si mesma. Portanto, a superfície do cérebro do homem e de vários animais apresenta depressões denominadas sulcos, que delimitam os giros ou circunvoluções cerebrais. A existência dos sulcos permite considerável aumento do volume cerebral e sabe-se que cerca de dois terços da área ocupada pelo córtex cerebral estão “escondidos” nos sulcos.
Em qualquer hemisfério, os dois sulcos mais importantes são o sulco lateral e o sulco central.
Sulco Lateral: é o sulco que separa o lobo frontal do lobo temporal. Ele é subdividido em ascendente, anterior e posterior.
Sulco Central: separa o lobo parietal do frontal. O sulco central é ladeado por dois giros paralelos, um anterior, giro pré-central, e outro posterior, giro pós-central. As áreas situadas adiante do sulco central relacionam-se com a MOTRICIDADE, enquanto as situadas atrás deste sulco relacionam-se com a SENSIBILIDADE.
Outro sulco importante situado no telencéfalo, na face medial, é o Sulco Parieto-occipital, que separa o lobo parietal do occipital.
Os lobos cerebrais recebem o nome de acordo com a sua localização em relação aos ossos do crânio. Portanto, temos cinco lobos: Frontal, Temporal, Parietal, Occipital e o Lobo da Ínsula, que é o único que não se relaciona com nenhum osso do crânio, pois está situado profundamente no sulco lateral.
A divisão dos lobos não corresponde muito a uma divisão funcional, exceto pelo lobo occipital que parece estar relacionado somente com a visão.
O lobo frontal está localizado acima do sulco lateral e adiante do sulco central. Na face medial do cérebro, o limite anterior do lobo occipital é o sulco parieto-occipital. Na sua face súpero-lateral, este limite é arbitrariamente situado em uma linha imaginaria que se une a terminação do sulco parieto-occipital, na borda superior do hemisfério, à incisura pré-occipital, situada na borda ínfero-lateral, cerca de 4 cm do pólo occipital. Do meio desta linha imaginaria parte uma segunda linha imaginaria em direção no ramo posterior do sulco lateral e que, juntamente com este ramo, limita o lobo temporal do lobo parietal.
Face Súpero-lateral:
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Lobo Frontal
	 
	Lobo Temporal
	 
	Lobo Parietal
	 
	Lobo Occipital
	 
	Lobo da Ínsula
Lobo Frontal:
Sulcos:
Sulco Pré-central: mais ou menos paralelo ao sulco central.
Sulco Frontal Superior: inicia-se na porção superior do sulco pré-central e dirigi-se anteriormente no lobo frontal. É perpendicular a ele.
Sulco Frontal Inferior: partindo da porção inferior do sulco pré-central, dirige-se para frente e para baixo.
Giros:
Giro Pré-central: localiza-se entre o sulco central e o sulco pré-central. Neste giro se localiza a área motora principal do cérebro (córtex motor).
Giro Frontal Superior: localiza-se acima do sulco frontal superior.
Giro Frontal Médio: localiza-se entre o sulco frontal superior e inferior.
Giro Frontal Inferior: localiza-se abaixo do sulco frontal inferior. O giro frontal inferior do hemisfério esquerdo é o centro cortical da palavra falada
Lobo Temporal:
Sulcos:
Sulco Temporal Superior: inicia-se próximo ao pólo temporal e dirige-se para trás paralelamente ao ramo posterior do sulco lateral, terminando no lobo parietal.
Sulco Temporal Inferior: paralelo ao sulco temporal superior é geralmente formado por duas ou mais partes descontinuas.
Giros:
Giro Temporal Superior: localiza-se entre o sulco lateral e o sulco temporal superior.
Giro Temporal Médio: localiza-se entre os sulcos temporal superior e o temporal inferior.
Giro Temporal Inferior: localiza-se abaixo do sulco temporal inferior e se limita com o sulco occípito-temporal.
Afastando-se os lábios do sulco lateral, aparece o seu assoalho, que é parte do giro temporal superior. A porção superior deste assoalho é atravessada por pequenos giros transversais, os giros temporais transversos, dos quais o mais evidente é o giro temporal transverso anterior. Esse é importante pois se localiza o centro cortical da audição.
Lobo Parietal:
Sulcos:
Sulco Pós-central: localiza-se posteriormente ao giro pós-central. É paralelo ao sulco central.Sulco Intraparietal: geralmente localiza-se perpendicular ao sulco pós-central (com o qual pode estar unido) e estende-se para trás para terminar no lobo occipital.
Diferentemente dos outros lobos, o lobo parietal apresenta um giro e dois lóbulos:
Giro Pós-central: localiza-se entre o sulco central e o sulco pós-central. É no giro pós-central que se localiza uma das mais importantes áreas sensitivas do córtex, a área somestésica.
Lóbulo Parietal Superior: localiza-se superiormente ao sulco intra-parietal.
Lóbulo Parietal Inferior: localiza-se inferiormente ao sulco intraparietal. Neste, descrevem-se dois giros: o giro supramarginal, curvando em torno da extremidade do ramo posterior do sulco lateral, e o giro angular, curvando em torno da porção terminal e ascendente do sulco temporal superior.
Lobo Occipital:
O lobo occipital ocupa uma porção relativamente pequena da face súpero-lateral do cérebro, onde apresenta pequenos sulcos e giros irregulares e inconstantes. Os principais sulcos e giros desse lobo são visualizados na face medial do cérebro.
Lobo da Ínsula:
O lobo da ínsula é visualizado afastando-se os lábios do sulco lateral. A ínsula tem forma cônica e seu ápice, voltado para baixo e para frente, é denominado de límen da ínsula.
Sulco Central da Ínsula: parte do sulco circular, na porção superior da ínsula, e dirige-se no sentido antero-inferior. Divide a ínsula em duas partes: giros longos e giros curtos.
Sulco Circular da Ínsula: circunda a ínsula na sua borda superior.
Giros:
Giros Longos da Ínsula: estão localizados posteriormente ao sulco central da ínsula.
Giros Curtos da Ínsula: estão localizados anteriormente ao sulco central da ínsula.
	RESUMO DOS GIROS DA FACE SÚPERO-LATERAL DO CÉREBRO
	
	Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
	
FACE SÚPERO-LATERAL DO CÉREBRO
	
	Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
	
LOBO DA ÍNSULA
	 
	Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Face Medial:
	
	
	
	
	
	Corpo Caloso
Fórnix
Septo Pelúcido
	 
	Lobo Frontal
Lobo Parietal
	 
	Lobo Occipital
 
Corpo Caloso, Fórnix e Septo Pelúcido:
Corpo Caloso: é a maior das comissuras inter-hemisféricas. É formado por um grande número de fibras mielínicas que cruzam o plano sagital mediano e penetram de cada lado no centro branco medular do cérebro, unindo áreas simétricas do córtex de cada hemisfério. Em corte sagital do cérebro, podemos identificar as divisões do corpo caloso: uma lâmina branca arqueada dorsalmente, o tronco do corpo caloso, que se dilata posteriormente no esplênio do corpo caloso e se flete anteriormente em direção da base do cérebro para constituir o joelho do corpo caloso. Este se afina para formar o rostro do corpo caloso, que se continua em uma fina lâmina, a lâmina rostral até a comissura anterior. Entre a comissura anterior e o quiasma óptico encontra-se a lâmina terminal, delgada lâmina de substância branca que também une os hemisférios e constitui o limite anterior do III ventrículo.
	DIVISÕES DO CORPO CALOSO E FÓRNIX – FACE ÍNFERO-MEDIAL DO CÉREBRO
	 
	Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Fórnix: emergindo abaixo do esplênio do corpo caloso e arqueando-se em direção à comissura anterior, está o fórnix, feixe complexo de fibras que, entretanto, não pode ser visto em toda a sua extensão em um corte sagital do cérebro. É constituído por duas metades laterais e simétricas afastadas nas extremidades e unidas entre si no trajeto do corpo caloso. A porção intermédia em que as duas metades se unem constitui o corpo do fórnix e as extremidades que se afastam são, respectivamente, as colunas do fórnix (anteriores) e os ramos do fórnix (posteriores). As colunas do fórnix terminam no corpo mamilar correspondente cruzando a parede lateral do III ventrículo. Os ramos do fórnix divergem e penetram de cada lado no corno inferior do ventrículo lateral, onde se ligam ao hipocampo. No ponto em que as pernas do fórnix se separam, algumas fibras passam de um lado para o outro, formando a comissura do fórnix.
	FÓRNIX E HIPOCAMPO
	 
	Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
	
VISTA SUPERIOR DO FÓRNIX E HIPOCAMPO
	
 
	Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Septo Pelúcido:
Entre o corpo caloso e o fórnix estende-se o septo pelúcido, constituído por duas delgadas lâminas de tecido nervoso que delimitam uma cavidade muito estreita, a cavidade do septo pelúcido. O septo pelúcido separa os dois ventrículos laterais.
Lobo Frontal e Parietal:
	SEPTO PELÚCIDO – VISTA MEDIAL DO CÉREBRO
	 
	Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Na parte medial do cérebro, existem dois sulcos que passam do lobo frontal para o lobo parietal:
Sulco do Corpo Caloso: começa abaixo do rostro do corpo caloso, contorna o tronco e o esplênio do corpo caloso, onde se continua já no lobo temporal, com o sulco do hipocampo.
Sulco do Cíngulo: tem seu curso paralelo ao sulco do corpo caloso, do qual é separado pelo giro do cíngulo. Termina posteriormente em dois sulcos: ramo marginal do giro do cíngulo, porção final do sulco do giro do cíngulo que cruza a margem superior do hemisfério, e o sulco subparietal, que continua posteriormente em direção ao sulco parieto-ocipital.
Sulco Paracentral: Destaca-se do sulco do cíngulo em direção á margem superior do hemisfério, que delimita, com o sulco do cíngulo e o sulco marginal, o lóbulo paracentral.
Giro do Cíngulo: contorna o corpo caloso, ligando-se ao giro para-hipocampal pelo istmo do giro do cíngulo. É percorrido por um feixe de fibras, o fascículo do cíngulo.
Lóbulo Paracentral: localiza-se entre o sulco marginal e o sulco paracentral. Na parte anterior e posterior deste lóbulo localizam-se as áreas motoras e sensitivas relacionadas com a perna e o pé.
Pré-cúneos: está localizado superiormente ao sulco parieto-occipital, no lobo parietal.
Giro Frontal Superior: já foi descrito acima, no estudo da face lateral do cérebro.
Lobo Occipital:
Sulco Calcarino: inicia-se abaixo do esplênio do corpo caloso e tem um trajeto arqueado em direção ao pólo occipital. Nos lábios do sulco calcarino localiza-se o centro cortical da visão.
Sulco parieto-occipital: é o sulco que separa o lobo occipital do lobo parietal.
Cúneos: localiza-se entre o sulco parieto-occipital e o sulco calcarino. É um giro complexo de forma triangular. Adiante do cúneos, no lobo parietal, temos o pré-cúneos.
Giro Occipito-temporal Medial: localiza-se abaixo do sulco calcarino. Esse giro continua anteriormente com o giro para-hipocampal, do lobo temporal.
Face Inferior:
	
	
	Lobo Temporal
	 Lobo Frontal
	  
Lobo Temporal:
Sulco Occipito-temporal: localiza-se entre os giros occipito-temporal lateral e occipito-temporal medial.
Sulco Colateral: inicia-se próximo ao pólo occipital e se dirige para frente. O sulco colateral pode ser contínuo com o sulco rinal, que separa a parte mais anterior do giro para-hipocampal do resto do lobo temporal.
Sulco do Hipocampo: origina-se na região do esplênio do corpo caloso, onde continua com o sulco do corpo caloso e se dirige para o pólo temporal, onde termina separando o giro parahipocampal do úncus.
Sulco Calcarino: é melhor visualizado na face medial do cérebro. Na face inferior, separa a porção posterior o giro para-hipocampal do istmo do giro do cíngulo.
Giro Occipito-temporal Lateral: está localizado na região lateral da face inferior do cérebro circundando o giro occipito-temporal medial e o giro para-hipocampal.
Giro Occipito-temporal Medial: é visualizado também na face medial do cérebro, porém ocupa uma área significativa na face inferior. Está localizado entre o giro occipito-temporallateral, giro para-hipocampal e o istmo do cíngulo.
Giro Para-hipocampal: se liga posteriormente ao giro do cíngulo através de um giro estreito, o istmo do giro do cíngulo. Assim o úncus, o giro para-hipocampal, o istmo do giro do cíngulo e o giro do cíngulo constituem o lobo límbico, parte importante do sistema límbico, relacionado com o comportamento emocional e o controle do sistema nervoso autônomo. A porção anterior do giro para-hipocampal se curva em torno do sulco do hipocampo para formar o úncus
Lobo Frontal:
A face inferior do lobo frontal apresenta as seguintes estruturas: o sulco olfatório, profundo e de direção ântero-posterior; o giro reto, que localiza-se medialmente ao sulco olfatório e continua dorsalmente como giro frontal superior. O resto da face inferior do lobo frontal é ocupada por sulcos e giros muito irregulares, os sulcos e giros orbitários.
	
 FACE INFERIOR DO CÉREBRO
	 
	Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
	
RESUMO DOS GIROS DA FACE MEDIAL DO CÉREBRO
	 
	Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Rinencéfalo:
O bulbo olfatório é uma dilatação ovoide e achatada de substância cinzenta que continua posteriormente com o tracto olfatório, ambos alojados no sulco olfatório. O bulbo olfatório recebe filamentos que constituem o nervo olfatório. Posteriormente, o tracto olfatório se bifurca formando as estrias olfatórias lateral e medial, que delimitam uma área triangular, o trígono olfatório. Através do trígono olfatório e adiante do tracto óptico localiza-se uma área contendo uma série de pequenos orifícios para passagem de vasos, a substância perfurada do anterior.
	
RINENCÉFALO – A ANATOMIA DO NERVO OLFATÓRIO
	 
	Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Morfologia dos Ventrículos Laterais:
Os hemisférios cerebrais possuem cavidades revestidas de epêndima e contendo líquido cérebro-espinhal, os ventrículos laterais esquerdo e direito, que se comunicam com o III ventrículo pelo forame interventricular. Exceto pelo forame, cada ventrículo é uma cavidade fechada que apresenta uma parte central e três cornos que correspondem aos três pólos do hemisfério cerebral. As partes que se projetam para o pólo frontal, occipital e temporal respectivamente, são o corno anterior, posterior e inferior. Com exceção do corno inferior, todas as partes do ventrículo laterais têm o teto formado pelo corpo caloso.
	MORFOLOGIA DO VENTRÍCULO LATERAL
	 
	Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
	
MORFOLOGIA DO VENTRÍCULO LATERAL
	 
	Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Organização Interna dos Hemisférios Cerebrais:
Cada hemisfério possui uma camada superficial de substância cinzenta, o córtex cerebral, que reveste um centro de substância branca, o centro medular do cérebro, ou centro semioval. No interior dessa substância branca existem massas de substâncias cinzenta, os núcleos da base do cérebro.
Centro branco medular do cérebro: é formado por fibras mielínicas. Distinguem-se dois grupos de fibras: de Projeção e de Associação. As fibras de projeção ligam o córtex cerebral a centros subcorticais; as fibras de associação unem áreas corticais situadas em pontos diferentes do cérebro.
As Fibras de Projeção se dispõem em dois feixes: o fórnix e a cápsula interna.
O Fórnix une o córtex do hipocampo ao corpo mamilar e contribui um pouco para a formação do centro branco medular. Já foi melhor descrito anteriormente nesta página.
A Cápsula Interna contém a grande maioria das fibras que saem ou entram no córtex cerebral. Estas fibras formam um feixe compacto que separa o núcleo lentiforme, situado lateralmente, do núcleo caudado e tálamo, situados medialmente. Acima do nível destes núcleos, as fibras da cápsula interna passam a constituir a coroa radiada.
Distingue-se na cápsula interna um ramo anterior, situada entre a cabeça do núcleo caudado e o núcleo lentiforme, e um ramo posterior, bem maior, situada entre o núcleo lentiforme e o tálamo. Estas duas porções da cápsula interna encontram-se formando um ângulo que constitui o joelho da cápsula interna.
As fibras de associação são divididas em fibras de associação intra-hemisféricas e inter-hemisféricas.
Dentre as Fibras de Associação Intra-hemisféricas, citarei os quatro fascículos mais importantes:
 Fascículo do Cíngulo – Une o lobo frontal e o temporal.
 Fascículo Longitudinal Superior – Une os lobos frontal, parietal e occipital. Também pode ser chamado de fascículo arqueado.
 Fascículo Longitudinal Inferior – Une o lobo occipital e temporal.
 Fascículo Unciforme – Une o lobo frontal e o temporal.
Dentre as Fibras de Associação Inter-hemisféricas, ou seja, aquelas que atravessam o plano mediano para unir áreas simétricas dos dois hemisférios, encontramos três comissuras telencefálicas: Corpo Caloso, Comissura do Fórnix e Comissura Anterior, já estudadas acima.
Núcleos da Base:
 Núcleo Caudado: é uma massa alongada e bastante volumosa de substância cinzenta, relacionada em toda a sua extensão com os ventrículos laterais. Sua extremidade anterior é muito dilatada, constitui a cabeça do núcleo caudado, que proemina do assoalho do corno anterior do ventrículo lateral. Ela continua gradualmente com o corpo do núcleo caudado, situado no assoalho da parte central do ventrículo lateral. Este se afina pouco a pouco para formar a cauda do núcleo caudado, que é longa e fortemente arqueada, estendendo-se até a extremidade anterior do corno inferior do ventrículo lateral. Em razão de sua forma fortemente arqueada, o núcleo caudado aparece seccionado duas vezes em determinados cortes horizontais e frontais do cérebro. A cabeça do núcleo caudado funde-se com a parte anterior do núcleo lentiforme.
	NÚCLEO CAUDADO, NÚCLEO LENTIFORME E CORPO AMIGDALOIDE
	 
	Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
 Núcleo Lentiforme: tem a forma e o tamanho aproximado de uma castanha-do-pará. Não aparece na superfície ventricular, situando-se profundamente no interior do hemisfério. Medialmente relaciona-se com a cápsula interna, que o se separa do núcleo caudado e do tálamo; lateralmente relaciona-se com o córtex da ínsula, do qual é separado por substância branca e pelo claustro.
O núcleo lentiforme é divido em putâmen e globo pálido por uma fina lâmina de substância branca, a lâmina medular lateral. O putâmen situa-se lateralmente e é maior que o globo pálido, que se dispõem medialmente. Em secções transversais do cérebro, o globo pálido tem uma coloração mais clara que o putâmen em virtude da presença de fibras mielínicas que o atravessam. O globo pálido é subdividido por uma lâmina de substância branca, a lâmina medular medial, em partes externa e interna (ver figura abaixo).
 Claustro: é uma delgada calota de substância cinzenta situada entre o córtex da ínsula e o núcleo lentiforme. Separa-se do córtex da ínsula por uma fina lâmina branca, a cápsula extrema. Entre o claustro e o núcleo lentiforme existe uma outra lâmina branca, a cápsula externa (ver figura abaixo).
 Corpo Amigdaloide: é uma massa esferoide de substância cinzenta de cerca de 2 cm de diâmetro situada no pólo temporal do hemisfério cerebral. Faz uma discreta saliência no tecto da parte terminal do corno inferior do ventrículo lateral. O corpo amigdaloide faz parte do sistema límbico e é um importante regulador do comportamento sexual e da agressividade (ver figura acima).
 Núcleo Accumbens: massa de substância cinzenta situada na zona de união entre o putâmen e a cabeça do núcleo caudado.
 Núcleo Basal de Meynert: de difícil visualização macroscópica. Situa-se na base do cérebro, entre a substância perfurada anterior e o globo pálido, região conhecida como substância inominata. Contem neurônios grandesricos em acetilcolina.
	NÚCLEOS DA BASE – SECÇÃO TRANSVERSAL DO CÉREBRO
	
	Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Ao fim desse conteúdo, gostaria de ilustrar ainda uma imagem com algumas áreas importantes considerando o telencéfalo como um todo. Como dito anteriormente, a divisão por lobos e sulcos é apenas didática, pois o cérebro funciona como um todo independente dos lobos, porém algumas áreas são específicas e bem localizadas, tais como as indicadas na figura abaixo:
CEREBELO
O cerebelo, órgão do sistema nervoso supra-segmentar, deriva da parte dorsal do metencéfalo e fica situado dorsalmente ao bulbo e à ponte, contribuindo para a formação do tecto do IV ventrículo. Repousa sobre a fossa cerebelar do osso occipital e está separado do lobo occipital por uma prega da dura-máter denominada tenda do cerebelo.
Liga-se à medula e ao bulbo pelo pedúnculo cerebelar inferior e à ponte e mesencéfalo pelos pedúnculos cerebelares médio e superior, respectivamente. Do ponto de vista fisiológico, o cerebelo difere fundamentalmente do cérebro porque funciona sempre em nível involuntário e inconsciente, sendo sua função exclusivamente motora (equilíbrio e coordenação).
Anatomicamente, distingue-se no cerebelo, uma porção ímpar e mediana, o vérmis, ligado a duas grandes massas laterais, os hemisférios cerebelares. O vérmis é pouco separado dos hemisférios na face superior do cerebelo, o que não ocorre na face inferior, onde dois sulcos são bem evidentes o separam das partes laterais.
 
 
 
	CEREBELO – VISTA INFERIOR
	 
	Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
	CEREBELO – VISTA SUPERIOR
	 
	Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
A superfície apresenta sulcos de direção predominantemente transversal, que delimitam laminas finas denominadas folhas do cerebelo. Existem também sulcos mais pronunciados, as fissuras do cerebelo, que delimitam lóbulos, cada um deles podendo conter várias folhas. Esta disposição, visível na superfície do cerebelo, é especialmente evidente em secções deste órgão, que dão também uma ideia de sua organização interna. Vê-se assim que o cerebelo é constituído de um centro de substância branca, o corpo medular do cerebelo, de onde irradia a lâmina branca do cerebelo, revestida externamente por uma fina camada de substância cinzenta, o córtex cerebelar. O corpo medular do cerebelo com suas lâminas brancas, quando vista em cortes sagitais, recebem o nome de “árvore da vida”. No interior do campo medular existem quatro pares de núcleos de substância cinzenta, que são os núcleos centrais do cerebelo: denteado, emboliforme, globoso e fastigial.
	CEREBELO – SECÇÃO NO PLANO DO PEDÚNCULO CEREBELAR SUPERIOR
	
	Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Lóbulos do Cerebelo: a divisão do cerebelo em lóbulos não tem nenhum significado funcional e sua importância é apenas topográfica. Os lóbulos recebem denominações diferentes no vérmis e nos hemisférios. A cada lóbulo do vérmix correspondem a dois hemisférios.
A língula está quase sempre aderida ao véu medular superior. O folium consiste em apenas uma folha do vérmix. Um lóbulo importante é o flóculo, situado logo abaixo do ponto em que o pedúnculo cerebelar médio penetra no cerebelo, próximo ao nervo vestíbulo-coclear. Liga-se ao nódulo, lóbulo do vérmix, pelo pedúnculo do flóculo. As tonsilas são bem evidentes na parte inferior do cerebelo, projetando-se medialmente sobre a face dorsal do bulbo.
	CEREBELO – VISTA MEDIAL
	
	Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Fissuras do Cerebelo:
– Depois da língula temos a fissura pré-central.
– Depois do lóbulo central temos a fissura pré-culminar.
– Depois do cúlmen temos a fissura prima.
– Depois do declive temos a fissura pós-clival.
– Depois do folium temos a fissura horizontal.
– Depois do túber temos a fissura pré-piramidal.
– Depois da pirâmide temos a fissura pós-piramidal.
– Depois da úvula temos a fissura póstero-lateral.
	CEREBELO – VISTA LATERAL
	 
 
 VISÃO ANATOMIA DO OLHO
	
Imagem: CRUZ, Daniel.O Corpo Humano. São Paulo, Ed. Ática, 2000.
	Os globos oculares estão alojados dentro de cavidades ósseas denominadas órbitas, compostas de partes dos ossos frontal, maxilar, zigomático, esfenóide, etmóide, lacrimal e palatino. Ao globo ocular encontram-se associadas estruturas acessórias: pálpebras, supercílios (sobrancelhas), conjuntiva, músculos e aparelho lacrimal.
Cada globo ocular compõe-se de três túnicas e de quatro meios transparentes:
Túnicas:
1- túnica fibrosa externa: esclerótica (branco do olho). Túnica resistente de tecido fibroso e elástico que envolve externamente o olho (globo ocular) A maior parte da esclerótica é opaca e chama-se esclera, onde estão inseridos os músculos extra-oculares que movem os globos oculares, dirigindo-os a seu objetivo visual. A parte anterior da esclerótica chama-se córnea. É transparente e atua como uma lente convergente. 
2- túnica intermédia vascular pigmentada: úvea. Compreende a coróide, o corpo ciliar e a íris. A coróide está situada abaixo da esclerótica e é intensamente pigmentada. Esses pigmentos absorvem a luz que chega à retina, evitando sua reflexão. Acha-se intensamente vascularizada e tem a função de nutrir a retina. 
Possui uma estrutura muscular de cor variável – a íris, a qual é dotada de um orifício central cujo diâmetro varia, de acordo com a iluminação do ambiente – a pupila.
A coróide une-se na parte anterior do olho ao corpo ciliar, estrutura formada por musculatura lisa e que envolve o cristalino, modificando sua forma. 
	
Na penumbra (acima) a pupila se dilata; na claridade (abaixo), ela se contrai.
	Em ambientes mal iluminados, por ação do sistema nervoso simpático, o diâmetro da pupila aumenta e permite a entrada de maior quantidade de luz. Em locais muito claros, a ação do sistema nervoso parassimpático acarreta diminuição do diâmetro da pupila e da entrada de luz. Esse mecanismo evita o ofuscamento e impede que a luz em excesso lese as delicadas células fotossensíveis da retina.
3- túnica interna nervosa: retina. É a membrana mais interna e está debaixo da coróide. É composta por várias camadas celulares,  designadas de acordo com sua relação ao centro do globo ocular. A camada mais interna, denominada camada de células ganglionares, contém os corpos celulares das células ganglionares, única fonte de sinais de saída da retina, que projeta axônios através do nervo óptico. Na retina encontram-se dois tipos de células fotossensíveis: os cones e os bastonetes. Quando excitados pela energia luminosa, estimulam as células nervosas adjacentes, gerando um impulso nervoso que se propaga pelo nervo óptico.
A imagem fornecida pelos cones é mais nítida e mais rica em detalhes. Há três tipos de cones: um que se excita com luz vermelha, outro com luz verde e o terceiro, com luz azul. São os cones as células capazes de distinguir cores. 
Os bastonetes não têm poder de resolução visual tão bom, mas são mais sensíveis à luz que os cones. Em situações de pouca luminosidade, a visão passa a depender exclusivamente dos bastonetes. É a chamada visão noturna ou visão de penumbra. Nos bastonetes existe uma substância sensível à luz – a rodopsina – produzida a partir da vitamina A. A deficiência alimentar dessa vitamina leva à cegueira noturna e à xeroftalmia (provoca ressecamento da córnea, que fica opaca e espessa, podendo levar à cegueira irreversível).
Há duas regiões especiais na retina: a fovea centralis (ou fóvea ou mancha amarela) e o ponto cego. A fóvea está no eixo óptico do olho, em que se projeta a imagem do objeto focalizado, e a imagem que nela se forma tem grande nitidez. É a região da retina mais altamente especializada para a visão de alta resolução.A fóvea contém apenas cones e permite que a luz atinja os fotorreceptores sem passar pelas demais camadas da retina, maximizando a acuidade visual. 
 
	Acuidade visual
A capacidade do olho de distinguir entre dois pontos próximos é chamada acuidade visual, a qual depende de diversos fatores, em especial do espaçamento dos fotorreceptores na retina e da precisão da refração do olho.
 
Os cones são encontrados principalmente na retina central, em um raio de 10 graus a partir da fóvea. Os bastonetes, ausentes na fóvea, são encontrados principalmente na retina periférica, porém transmitem informação diretamente para as células ganglionares.
No fundo do olho está o ponto cego, insensível a luz. No ponto cego não há cones nem bastonetes. Do ponto cego, emergem o nervo óptico e os vasos sangüíneos da retina.
Meios transparentes:
- Córnea: porção transparente da túnica externa (esclerótica); é circular no seu contorno e de espessura uniforme. Sua superfície é lubrificada pela lágrima, secretada pelas glândulas lacrimais e drenada para a cavidade nasal através de um orifício existente no canto interno do olho.
- humor aquoso: fluido aquoso que se situa entre a córnea e o cristalino, preenchendo a câmara anterior do olho. 
- cristalino: lente biconvexa coberta por uma membrana transparente. Situa-se atrás da pupila e e orienta a passagem da luz até a retina. Também divide o interior do olho em dois compartimentos contendo fluidos ligeiramente diferentes: (1) a câmara anterior, preenchida pelo humor aquoso e (2) a câmara posterior, preenchida pelo humor vítreo. Pode ficar mais delgado ou mais espesso, porque é preso ao músculo ciliar, que pode torna-lo mais delgado ou mais curvo. Essas mudanças de forma ocorrem para desviar os raios luminosos na direção da mancha amarela. O cristalino fica mais espesso para a visão de objetos próximos e, mais delgado para a visão de objetos mais distantes, permitindo que nossos olhos ajustem o foco para diferentes distâncias visuais. A essa propriedade do cristalino dá-se o nome de acomodação visual. Com o envelhecimento, o cristalino pode perder a transparência normal, tornando-se opaco, ao que chamamos catarata.  
- humor vítreo: fluido mais viscoso e gelatinoso que se situa entre o cristalino e a retina, preenchendo a câmara posterior do olho. Sua pressão mantém o globo ocular esférico.
Como já mencionado anteriormente, o globo ocular apresenta, ainda, anexos: as pálpebras, os cílios, as sobrancelhas ou supercílios, as glândulas lacrimais e os músculos oculares.
As pálpebras são duas dobras de pele revestidas internamente por uma membrana chamada conjuntiva. Servem para proteger os olhos e espalhar sobre eles o líquido que conhecemos como lágrima. Os cílios ou pestanas impedem a entrada de poeira e de excesso de luz nos olhos, e as sobrancelhas impedem que o suor da testa entre neles. As glândulas lacrimais produzem lágrimas continuamente. Esse líquido, espalhado pelos movimentos das pálpebras, lava e lubrifica o olho. Quando choramos, o excesso de líquido desce pelo canal lacrimal e é despejado nas fossas nasais, em direção ao exterior do nariz.  
Continuando...
Façamos uma comparação com uma câmera fotográfica. Quando vemos uma fotografia revelada sabemos que alguma máquina estava direcionada para aquela imagem e que tínhamos algo dentro da máquina que capturou aquela imagem e a guardou. Depois de processada ou revelada, ficamos com a fotografia que podemos ver a qualquer hora. Esta é a mesma explicação para o que vemos. O olho, com a sua forma arredondada, tem na sua estrutura um jogo de lentes que ao se direcionar a uma imagem a captura focando-a na retina (filme). Por sua vez, a retina, através do nervo ótico, leva a imagem ao cérebro (fotografia processada) onde a mesma ficará armazenada.
O olho é situado na cavidade orbitária circundado por músculos extra-oculares, gordura e tecido conjuntivo. Existem quatro músculos retos e dois músculos oblíquos inseridos no olho. Apenas o terço anterior do olho fica exposto. Este consiste numa porção central transparente (córnea) e uma porção adjacente branca (esclera). A esclera é recoberta por uma membrana transparente (conjuntiva bulbar) que se prolonga recobrindo a parte interna das pálpebras (conjuntiva tarsal). O diâmetro anteroposterior normal do olho é entre 22 e 26 mm.
O olho pode ser dividido em três camadas: Externa, Intermediária e Interna.
A camada externa é composta pela córnea transparente, esclera opaca e sua junção - o limbo, onde se encontra a trama trabecular por onde escoa o humor aquoso.
A camada intermediária é a camada vascular ou úvea que é formada pela íris, pelo corpo ciliar e pela coróide. A íris possui uma abertura central (pupila) para a passagem da luz e funciona como um diafragma regulando esta entrada. O corpo ciliar secreta humor aquoso e sustenta o cristalino. A coróide promove a nutrição da retina. O cristalino é uma estrutura transparente localizada atrás da íris e sustentada por fibras finas (zônula) que ligam a cápsula do cristalino ao corpo ciliar. A camada mais interna é a retina.
O olho compreende duas cavidades: a câmara anterior e a cavidade vítrea.
A câmara anterior é a região entre a superfície posterior da córnea e a íris, preenchida por humor aquoso, que é produzido pelos processos ciliares do corpo ciliar e drenado pela trama trabecular. A cavidade vítrea é a maior e está localizada atrás do cristalino se estendendo até à frente da retina.
O sistema visual é formado por duas lentes (córnea e cristalino), cujo poder de refração deve levar a imagem a se formar em uma camada neurossensorial (retina). Essa camada possui fibras que formam o nervo óptico para deixar o olho levando o impulso nervoso ao córtex visual. Para regular este processo, funciona um sistema de diafragma que regula a entrada de luz no olho (íris-pupila) e um sistema de foco para visualizar longe ou perto (acomodação) realizado (sistema de foco) pelo complexo músculo ciliar, zônula e cristalino.
Anatomicamente, o globo ocular (como o próprio nome diz em forma de globo) fica alojado em uma cavidade, formada por vários ossos, chamada órbita. O globo ocular é aderido a esta órbita pelos músculos extrínsecos que lhe darão a capacidade de movimentação, tendo como amortecedor o tecido adiposo (gordura). Anteriormente o globo ocular é protegido pelas pálpebras e cílios.
Retina
É a estrutura mais importante do olho. Formada por células nervosas (cones e bastonetes), a retina capta a imagem transformando-a em estímulo nervoso, o qual é enviado para o cérebro.
Sistema Lacrimal
Conjunto de glândulas e ductos dispostos de forma a fazer com que o líquido (lágrima) produzido circule por todo o olho, com a ajuda da pálpebra, lubrifique e limpe a superfície anterior do olho (conjuntiva e córnea).
MEDULA
Medula significa miolo e indica o que está dentro. Assim temos a medula espinhal dentro dos ossos, mais precisamente dentro do canal vertebral.
A medula espinhal é uma massa cilindroide de tecido nervoso situada dentro do canal vertebral sem entretanto ocupa-lo completamente. No homem adulto ela mede aproximadamente 45 cm sendo um pouco menor na mulher.
Cranialmente a medula limita-se com o bulbo, aproximadamente ao nível do forame magno do osso occipital. O limite caudal da medula tem importância clinica e no adulto situa-se geralmente em L2.
A medula termina afinando-se para formar um cone, o cone medular, que continua com um delgado filamento meníngeo, o filamento terminal.
Forma e Estrutura da Medula
A medula apresenta forma aproximada de um cilindro, achatada no sentido antero-posterior. Seu calibre não é uniforme, pois ela apresenta duas dilatações denominadas de intumescência cervical e intumescência lombar.
 Estas intumescências medulares correspondem às áreas em que fazem conexão com as grossas raízes nervosas que formam o plexo braquial e lombossacral, destinados à inervação dos membros superiores e inferiores respectivamente.
A formação destas intumescênciasse deve pela maior quantidade de neurônios e, portanto, de fibras nervosas que entram ou saem destas áreas.
A intumescência cervical estende-se dos segmentos C4 até T1 da medula espinhal e a intumescência lombar (lombossacral) estende-se dos segmentos de T11 até L1 da medula espinhal.
A superfície da medula apresenta os seguintes sulcos longitudinais, que percorrem em toda a sua extensão: o sulco mediano posterior, fissura mediana anterior, sulco lateral anterior e o sulco lateral posterior.
Na medula cervical existe ainda o sulco intermédio posterior que se situa entre o sulco mediano posterior e o sulco lateral posterior e que se continua em um septo intermédio posterior no interior do funículo posterior.
Nos sulcos lateral anterior e lateral posterior fazem conexão, respectivamente as raízes ventrais e dorsais dos nervos espinhais.
	SECÇÕES DA MEDULA ESPINHAL EM TODAS REGIÕES
	 
	Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Na medula, a substância cinzenta localiza-se por dentro da branca e apresenta a forma de uma borboleta, ou de um “H”. Nela distinguimos de cada lado, três colunas que aparecem nos cortes como cornos e que são as colunas anterior, posterior e lateral. A coluna lateral só aparece na medula torácica e parte da medula lombar. No centro da substância cinzenta localiza-se o canal central da medula.
A substância branca é formada por fibras, a maioria delas mielínicas, que sobem e descem na medula e que podem ser agrupadas de cada lado em três funículos ou cordões:
Funículo Anterior: situado entre a fissura mediana anterior e o sulco lateral anterior.
Funículo Lateral: situado entre os sulcos lateral anterior e o lateral posterior.
Funículo Posterior: situado entre o sulco lateral posterior e o sulco mediano posterior, este ultimo ligado a substancia cinzenta pelo septo mediano posterior. Na parte cervical da medula o funículo posterior é dividido pelo sulco intermédio posterior em fascículo grácil e fascículo cuneiforme.
Conexões com os Nervos Espinhais:
Nos sulcos lateral anterior e lateral posterior fazem conexão com pequenos filamentos nervosos denominados de filamentos radiculares, que se unem para formar, respectivamente, as raízes ventrais e dorsais dos nervos espinhais. As duas raízes se unem para formação dos nervos espinhais, ocorrendo à união em um ponto situado distalmente ao gânglio espinhal que existe na raiz dorsal.
	RAÍZES NERVOSAS
	 
	Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Existem 31 pares de nervos espinhais aos quais correspondem 31 segmentos medulares assim distribuídos:
8 cervicais
12 torácicos
5 lombares
5 sacrais
1 coccígeo
Encontramos 8 pares de nervos cervicais e apenas 7 vértebras cervicais porque o primeiro par de nervos espinhais sai entre o occipital e C1.
	RELAÇÃO DAS RAÍZES NERVOSAS COM AS VÉRTEBRAS
	 
	Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
 
Topografia da Medula:
A um nível abaixo da segunda vértebra lombar encontramos apenas as meninges e as raízes nervosas dos últimos nervos espinhais, que dispostas em torno do cone medular e filamento terminal, constituem, em conjunto, a chamada cauda equina.
Como as raízes nervosas mantém suas relações com os respectivos forames intervertebrais, há um alongamento das raízes e uma diminuição do ângulo que elas fazem com a medula. Estes fenômenos são mais pronunciados na parte caudal da medula, levando a formação da cauda equina.
Ainda como conseqüência da diferença de ritmos de crescimento entre a coluna e a medula, temos o afastamento dos segmentos medulares das vértebras correspondentes. Assim, no adulto, as vértebras T11 e T12 correspondem aos segmentos lombares. Para sabermos qual o nível da medula cada vértebra corresponde, temos a seguinte regra: entre os níveis C2 e T10, adicionamos o número dois ao processo espinhoso da vértebra e se tem o segmento medular subjacente. Aos processos espinhosos de T11 e T12 correspondem os cinco segmentos lombares, enquanto ao processo espinhoso de L1 corresponde aos cinco segmentos sacrais.
	Cone Medular
	Filamento Terminal
	
	
Envoltório da Medula:
A medula é envolvida por membranas fibrosas denominadas meninges, que são: Dura-máter, Aracnoide e Pi-máter.
A Dura-máter e a mais espessa e envolve toda a medula, como se fosse uma luva, o saco dural. Cranialmente ela se continua na dura-máter craniana, caudalmente ela se termina em um fundo-de-saco ao nível da vértebra S2. Prolongamentos laterais da dura-máter embainham as raízes dos nervos espinhais, constituído um tecido conjuntivo (epineuro), que envolve os nervos.
	ENVOLTÓRIOS DA MEDULA ESPINHAL
	 
A Aracnoide espinhal se dispõem entre a dura-máter e a pia-máter. Compreende um folheto justaposto à dura-máter e um emaranhado de trabéculas aracnoideas, que unem este folheto à pia-máter.
A Pia-máter é a membrana mais delicada e mais interna. Ela adere intimamente o tecido superficial da medula e penetra na fissura mediana anterior. Quando a medula termina no cone medular, a pia-máter continua caudalmente, formando um filamento esbranquiçado denominado filamento terminal.
Este filamento perfura o fundo-do-saco dural e continua até o hiato sacral. Ao atravessar o saco dural, o filamento terminal recebe vários prolongamentos da dura-máter e o conjunto passa a ser chamado de filamento da dura-máter. Este, ao se inserir no periósteo da superfície dorsal do cóccix, constitui o ligamento coccígeo. A pia-máter forma, de cada lado da medula, uma prega longitudinal denominada ligamento denticulado, que se dispõem em um plano frontal ao longo de toda a extensão da medula.
A margem medial de cada ligamento continua com a pia-máter da face lateral da medula ao longo de uma linha continua que se dispõe entre as raízes dorsais e ventrais. A margem lateral apresenta cerca de 21 processos triangulares que se inserem firmemente na aracnóide e na dura-máter em um ponto que se alteram com a emergência dos nervos espinhais. Os dois ligamentos denticulados são elementos de fixação da medula e importantes pontos de referencia em cirurgias deste órgão.
Entre as meninges existem espaços que são importantes para a parte clínica médica devido às patologias que podem estar envolvidas com essas estruturas, tais como: hematoma extradural, meningites etc. O espaço epidural, ou extradural, situa-se entre a dura-máter e o periósteo do canal vertebral.
Contém tecido adiposo e um grande número de veias que constituem o plexo venoso vertebral interno. O espaço subdural, situado entre a dura-máter e a aracnoide, é uma fenda estreita contendo uma pequena quantidade de líquido. O espaço subaracnoideo contem uma quantidade razoavelmente grande de líquido cérebro-espinhal ou liquor. Alguns autores ainda consideram um outro espaço denominado subpial, localizado entre a pia-mater e o tecido nervoso.
Trombose do seio cavernoso (TSC)
Os seios cavernosos são canais venosos interconectados que compreendem as câmaras venosas mais caudais da duramater, na base do crânio. São estruturas pares situadas em cada lado da fossa hipofisária, imediatamente acima da linha média do seio esfenoidal. Existem inúmeros seios venosos como ilustra a figura. A trombose do seio cavernoso pode ser sede de lesões oftalmológicas e neurológicas importantes. A trombose pode ser decorrente de processos das mais variadas etiologias. Porém, a causa mais comum é a  trombose séptica de seio cavernoso, também, conhecida como Síndrome de Tolosa-Hunt. Os agentes etiológicos da trombose de seio cavernoso de origem séptica mais comuns são Staphylococcus aureus, sendo por estreptococos sp e pneumococos sp menos comuns.
Outras causas de trombose de seio cavernoso são: inflamatórias, tumorais, fístulas carótido-cavernosas e aneurismas.
Sintomatologia – Os sintomas são cefaléia e/ou dor facial lateralizada, seguida em alguns dias a semanas por febre e comprometimento da órbita, provocandoproptose* e quemose** secundárias à obstrução da veia oftálmica. A seguir, ocorre rapidamente paralisia do III, IV e VI nervos cranianos do mesmo lado (ipsilaterais).
Ocorre comprometimento adicional do conteúdo orbitário adjacente, podendo ocorrer papiledema brando e diminuição da acuidade visual. A propagação para seio cavernoso oposto ou para outros seios intracranianos, com infarto cerebral ou pressão intracraniana aumentada secundária a alteração na drenagem venosa, podem resultar em estupor (estado mórbido em que o doente, imóvel, não reage a estímulos externos), coma e morte.
* Proptose ocular é definida como a protrusão anormal do globo ocular. Este termo é usado freqüentemente como sinônimo de exoftalmia.
** Quemose – Infiltração edematosa da conjuntiva ocular, na maior parte das vezes de origem inflamatória, dando origem a um rebordo saliente, avermelhado, em volta da córnea.
Pares de Nervos cranianos
III – Nervo Óculo-Motor – Tem a função de motricidade dos músculos ciliar, esfincter da pupila e grande parte dos músculos extrínsecos do bulbo do olho, sua origem se dá nos pedúnculos cerebrais.
IV – Nervo Troclear – Passa pela fissura orbital superior, tem a função de motricidade do músculo oblíquo superior do bulbo do olho, é originado nos pedúnculos cerebrais.
VI – Nervo Abducente – Passa pela fissura orbital superior, desempenha a motricidade do músculo reto lateral do bulbo do olho, sua origem se dá no sulco bulbar.
 Diagnóstico – A investigação pode ser feita por tomografia computadorizada, punção lombar e ressonância nuclear magnética, seguida da angiorressonância de crânio, a qual é o exame mais indicado para o diagnóstico.
Seio cavernoso – Seios venosos da base do crânio Entre os mais importantes, grande e irregular, de cada lado da sela túrcica.
• Recebe sangue das veias oftálmicas superiores e central da retina.
• Drena pelos seios petrosos superior e inferior e comunica-se com seio cavernoso oposto.
• Atravessado pela Artéria carótida interna, nervo abducente, troclear, oculomotor e oftálmico do trigêmio.
Veja a figura
Síndrome de Tolosa-Hunt – Quadro clínico:
O sintoma mais característico é a dor é de aparecimento agudo, atrás e/ou em volta do olho. Com carater constante e irritante. Há paralisia ocular geralmente ocorre depois do início da dor (levando a visão dupla). Pode haver perda visual também, caso a inflamção também atinda o nervo óptico.
Pode haver parestesias na face e cabeça, caso a inflamação atinja o nervo trigêmio.
Geralmente os sintomas são unilaterais, mas dependendo da magnitude da inflamação, podem ser bilaterais.
Dependendo do nível de inflamação outros sintomas que pode estar presentes como: ptose palpebral, vertigem, exoftalmia (olhos saltados das órbitas), artralgia, fadiga crônica, febre.
Tratamento – O tratamento é conservador com antiinflamatórios e anticoagulante.
VASCULARIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO
O sistema nervoso é formado de estruturas nobres e altamente especializadas, que exigem para o seu metabolismo um suprimento permanente e elevado de glicose e oxigênio. O consumo de oxigênio e glicose pelo encéfalo é muito elevado, o que requer um fluxo sanguíneo muito intenso. Quedas na concentração de glicose e oxigênio no sangue circulante ou, por outro lado, a suspensão do fluxo sanguíneo ao encéfalo não são toleradas por um período muito curto.
A parada da circulação cerebral por mais de sete segundos leva o indivíduo a perda da consciência. Após cerca de cinco minutos começam aparecer lesões que são irreversíveis, pois, como se sabe, as células nervosas não se regeneram.
O fluxo sanguíneo cerebral é muito elevado, sendo superado apenas pelo do rim e do coração. Calcula-se que em um minuto circula pelo encéfalo uma quantidade de sangue aproximadamente igual ao seu próprio peso.
Vascularização Arterial do Encéfalo
Polígono de Willis:
O encéfalo é vascularizado através de dois sistemas: Vértebro-basilar (artérias vertebrais) e Carotídeo(artérias carótidas internas). Estas são artérias especializadas pela irrigação do encéfalo. Na base do crânio estas artérias formam um polígono anastomótico, o Polígono de Willis, de onde saem as principais artérias para vascularização cerebral.
	ARTÉRIAS CARÓTIDA INTERNA E VERTEBRAL
	
	Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
As artérias vertebrais se anastomosam originado a artéria basilar, alojada na goteira basilar. Ela se divide em duas artérias cerebrais posteriores que irrigam a parte posterior da face inferior de cada um dos hemisférios cerebrais.
As artérias carótidas internas originam, em cada lado, uma artéria cerebral média e uma artéria cerebral anterior.
As artérias cerebrais anteriores se comunicam através de um ramo entre elas que é a artéria comunicante anterior.
As artérias cerebrais posteriores se comunicam com as arteriais carótidas internas através das artérias comunicantes posteriores.
	POLÍGONO DE WILLIS – ESQUEMA
	 
	Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
	POLÍGONO DE WILLIS – ESQUEMA
	
 
	Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
	ARTÉRIAS DO ENCÉFALO – VISTA INFERIOR
	 
	Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Artéria Carótida Interna (Sistema Carotídeo)
Ramo de bifurcação da carótida comum, a carótida interna, após um trajeto mais ou menos longo pelo pescoço, penetra na cavidade craniana pelo canal carotídeo do osso temporal. A seguir, perfura a dura-máter e a aracnóide e, no início do sulco lateral, dividi-se em dois ramos terminais: as artérias cerebrais média e anterior. A artéria carótida interna, quando bloqueada pode levar a morte cerebral irreversível. Um entupimento da artéria carótida é uma ocorrência séria, e, infelizmente, comum. Clinicamente, as artérias carótidas internas e seus ramos são freqüentemente referidos como a circulação anterior do encéfalo.
	VISTA ANTERIOR DAS ARTÉRIAS CEREBRAL ANTERIOR E MÉDIA
	 
	Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
	ARTÉRIA CEREBRAL MÉDIA
	
 
	Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Artéria Vertebral e Basilar (Sistema Vértebro-basilar)
As artérias vertebrais seguem em sentido superior, em direção ao encéfalo, a partir das artérias subclávias próximas à parte posterior do pescoço. Passam através dos forames transversos das primeiras seis vértebras cervicais, perfuram a membrana atlanto-occipital, a dura-máter e a aracnoide, penetrando no crânio pelo forame magno. Percorrem a seguir a face ventral do bulbo e, aproximadamente ao nível do sulco bulbo-pontino, fundem-se para constituir um tronco único, a artéria basilar. As artérias vertebrais originam ainda as artérias espinhais e cerebelares inferiores posteriores.
A artéria basilar percorre o sulco basilar da ponte e termina anteriormente, bifurcando-se para formar as artérias cerebrais posteriores direita e esquerda. A artéria basilar dá origem, além das cerebrais posteriores, às seguintes artérias: cerebelar superior, cerebelar inferior anterior e artéria do labirinto, suprindo assim áreas do encéfalo ao redor do tronco encefálico e cerebelo. O sistema vértebro-basilar e seus ramos são freqüentemente referidos clinicamente como a circulação posterior do encéfalo.
	ARTÉRIA CEREBRAL POSTERIOR E ANTERIOR
	
 
	Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
	ESQUEMA DAS ARTÉRIAS CEREBRAIS
	
 
Abaixo, temos um resumo esquematizado da vascularização encefálica:
Vascularização Venosa do Encéfalo
As veias do encéfalo, de um modo geral, não acompanham as artérias, sendo maiores e mais calibrosas do que elas. Drenam para os seios da dura-máter, de onde o sangue converge para as veias jugulares internas, que recebem praticamente todo o sangue venoso encefálico.
As veias

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