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HPE3-Nota de Aula- Cepal e Historia do pensamento economico brasileiro

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Universidade Federal de Pernambuco/ Centro de Ciências Sociais Aplicadas 
Departamento de Economia – Decon/ Professora Maria Fernanda 
Notas de aula 12 – HPE 3 
O pensamento latino-americano e o brasileiro 
Indicação de leitura – Anexos A e B (Brue, S. HPE) 
 
1. Introdução 
 
a) O pensamento econômico latino-americano e a Cepal: relação estreita 
 
Pensamento Latino-Americano: pensamento cepalino é o braço mais forte da corrente 
cepalina: principalmente a corrente de Raul Prebisch. 
 
b) Comissão Econômica para América Latina: criação em 1948 e objetivo de fomentar o 
desenvolvimento econômico e elevar nível de vida 
 
Motivações 
 Identificar determinantes p/ o subdesenvolvimento e para a inflação. 
1. Gerar políticas em prol de um desenvolvimento (inspirações: Nurkse, List, Keynes, a 
escola institucionalista) 
2. Gerar políticas de combate à inflação (Keynes) 
 
c) Autores cepalinos: Raul Prebisch, Aníbal Pinto, José Medina, Celso Furtado, Ignácio 
Rangel, Maria da Conceição Tavares 
Celso Furtado: Formação Econômica do Brasil. 
Maria Conceição Tavares: Da substituição de importações ao capitalismo financeiro. 
 
2. Contextualização 
 
a) Século XIX: industrialização avançada versus estruturas agro-exportadoras 
 base do desenvolvimento capitalista: conjunto agrário - exportador e conjunto industrial. 
 Cepal questiona tal modelo de desenvolvimento, seguindo o rompimento da polarização. 
 
b) Industrialização tardia: ISI como característica dominante 
 Industrialização para Substituição das Importações como alternativa face à dificuldade 
para obter tecnologia; mão de obra pouco qualificada; poupança não consolidada. 
 
c) Tese centro-periferia: contrária à teoria das vantagens comparativas 
 questionamento à teoria das vantagens comparativas e à divisão internacional do 
trabalho: os países agro-exportadores não deveriam seguir a recomendação da escola 
clássica. 
 
3. Principais dogmas 
 
a) Dicotomia centro-periferia 
Alternativa: criação da indústria e em alguns casos consolidação. 
Início: bens de consumo não duráveis. 
 
b) Deterioração dos termos de troca 
Cresce o hiato entre os preços agrícolas e preços industriais. 
 Razões: baixa elasticidade-renda da demanda por bens agrícolas; crescimento da 
produção de serviços; produção de similares aos insumos do campo; estrutura 
oligopolizada no centro e estrutura concorrencial na periferia; mercado de trabalho menos 
organizado na periferia e mais organizado no centro. 
 Inflaçao estrutural (fazia parte da estrutura da economia e só seria possível resolver 
no longo prazo) e conjuntural (solução de curto prazo: desaquecer o consumo) 
 Esse hiato era coberto com endividamento, o que prejudicava o planejamento do 
desenvolvimento de longo prazo. 
 
c) Defesa do protecionismo 
Protecionismo do Estado como alternativa à Divisão Internacional do Trabalho 
Ex: subsídio, isenção fiscal, reserva de mercado (imposto adicional sobre o bem importado, 
desvalorização da moeda nacional, fazendo com que seja mais caro importar qualquer bem); 
produção pelas Estatais se insumos a um baixo custo para a indústria. 
 
4. Cepal e suas influências 
a) Industrialização (criação até 1960) 
 De 30 a 60 (industrialização voltada para dentro): consolidação dos parques industriais de bens 
de consumo não duráveis, bens de consumo duráveis, bens intermediários, bens de capital. 
 Os estrangulamentos eram parte do processo de desenvolvimento industrial. 
 Atração de capital externo tornava a indústria mais concentrada (1945-51). 
 No início de 1960 houve um aumento da instabilidade com o aumento da inflação (déficit 
fiscal); presença de correntes socialistas. 
 Ajuste keynesiano: sobe juros, diminui gastos, sobe impostos » para desaquecer 
consumo e reduzir demanda agregada. 
 Ajuste defendido pela Cepal; 
 A partir de 64, os Governos implementam uma série de reformas visando tomar o 
ambiente produtivo + favorável ao investimento - reforma agrícola (investimento para o 
campo); reforma financeira (estudos de risco e retorno); reforma do sistema legal-
institucional. 
 
b) Reformas (década de 1960) 
c) Estilos de crescimento (década de 1970) 
Após a redução da inflação, o retorno as políticas de crescimento (herança keynesiana: "stop 
and go"). 
 Redirecionamento da produção industrial tendo em vista os choques do petróleo: 
intermediários. 
 Abertura comercial em alguns casos (Argentina, Chile) e em outros uma aliança externa. 
 
d) Endividamento (década de 1980) 
e) Reformas pró-mercado (fins de 1980 em diante) 
Abertura econômica (economias se abrem à concorrência externa e redemocratização) 
 Cepal perde força 
 Estado mínimo (controle orçamentário) 
 Livre-mercado define várias questões econômicas. 
 
 
5. Pensamento econômico no Brasil 
 
5.1 Correntes do pensamento até meados de 1960 
 
a) Até a década de 1930: pensamento liberal 
Influencia maior das correntes do liberalismo (Estado interferia apenas em momentos de crise 
cafeeira) 
 
b) Crise de 1929: nova realidade 
correntes do desenvolvimento/cepalinas que ditam os moldes de desenvolvimento. 
 
5.2 Governo militar 
 
a) Contexto: instabilidades econômica e política 
influência das Escolas Keynesiana e Institucionalistas. 
 
b) Correntes do Rio de Janeiro e São Paulo 
 FGV, USP, Confederação Nacional das Industrias, Conselho Nacional de Economia 
(controle das política monetária) 
 
5.3 Década de 1980 
 
Correntes de destaque: 
 
a) Social-desenvolvimentista: C. Furtado, J. L. Fiori, L. G. Belluzo, M. C. Tavares 
Resgate do desenvolvimentismo da Cepal 
 
b) Neoliberal: retomada do liberalismo (Roberto Campos) 
Resgate da Escola Neoclássica e dos instrumentos clássicos (não intervenção). 
 
c) Social-liberal: Fernando H. Cardoso, Hélio Jaguaribe, Bresser-Pereira, Pedro Malan, 
Gustavo Franco 
 Livre mercado convivendo com atuação do Estado preenchendo lacunas, desenvolvendo 
programa sociais e melhorando a eficiência em algumas circunstâncias (Escola do Bem-Estar).

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