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3 O PROJETO DE PESQUISA
O que é pesquisa?
Pesquisar significa, de forma bem simples, procurar 
respostas para indagações propostas 
Pesquisa científica é a realização concreta de uma 
investigação planejada, desenvolvida e redigida de 
acordo com as normas da metodologia consagradas 
pela ciência.
A pesquisa é uma atividade voltada para a solução 
de problemas, através do emprego de processos 
científicos.
Pesquisa científica é um conjunto de procedimentos 
sistemáticos, baseados no raciocínio lógico, que tem 
por objetivo encontrar soluções para os problemas 
propostos mediante o emprego de métodos científicos 
(Silva e Menezes, 2001).
Pesquisar para quê?
Para:
• criar novas tecnologias;
• explorar o desconhecido;
• controlar a natureza;
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• entender os sistemas;
• produzir inovação;
• buscar o desenvolvimento sustentável;
• aumentar produtividade e competitividade;
• gerar investimento, emprego e renda;
• buscar solução para um problema;
• procurar um novo entendimento para uma dada situação.
Objetivos da pesquisa:
• trazer uma contribuição inovadora para a ciência;
• responder a uma pergunta de interesse para a comunidade 
científica;
• responder a uma pergunta ainda não respondida 
anteriormente;
• responder a uma pergunta de relevância para o interesse 
social (caso de tecnologia);
• produzir uma contribuição inédita em sua área do 
conhecimento.
A contribuição pode ser puramente teórica, baseada 
em experimentação ou melhoria de técnicas existentes, 
mas em todos os casos deve ter resultados que possam ser 
generalizados.
Ponto de partida da investigação científica 
• Uma pesquisa só é necessária se existe uma dúvida a ser 
esclarecida. 
• O problema = dúvida inicial que motiva e orienta a 
pesquisa. 
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• Redigido de forma clara e argumentativa – qual é a 
questão para a qual se busca uma resposta?
No exemplo “organização de moradores e saneamento”, 
suponha que o pesquisador que more no bairro C passa todos os 
dias pelo bairro A e observa que em um bairro há saneamento e 
no outro não. 
• Uma questão seria: “Por que um bairro tem saneamento e 
outro não?”. 
– Por motivos econômicos, geológicos, jurídicos, 
demográficos, educacionais, de engenharia, 
sociológicos (sociais, políticos e culturais).
– Que relações existem nestes locais que favorecem 
ou bloqueiam a adoção de políticas públicas básicas 
de saneamento? 
O pesquisador possui um prazo determinado para realizar 
sua pesquisa – não há possibilidade de esgotar todo o assunto 
de uma só vez.
O segundo passo é a delimitação dos tipos de relações que 
irão tornar-se o objeto principal de estudo. 
• “Em que medida as organizações de moradores de bairro 
conseguem influenciar a execução de políticas públicas 
locais?”. Este problema poderia ser, ainda, desdobrado nos 
seguintes: 
– “Que tipos de mecanismos de representação política 
permitem esta influência por parte das associações de 
moradores?”. 
– “Quais os obstáculos institucionais à representação 
dos interesses de bairro na adoção e execução de 
políticas públicas de saneamento?”. 
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Na elaboração de um projeto de pesquisa, deve-se 
ter em mente as perguntas que permitem estruturar seu 
desenvolvimento. 
 
Perguntas Estrutura do projeto
O que pesquisar? Tema
Por que pesquisar? Justificativa
Para que pesquisar? Objetivos
Como pesquisar? Metodologia
Quando pesquisar? Cronograma
3.1 O que pesquisar? 
Há várias formas para escolher o tema de um projeto de 
pesquisa: 
• escolha pela instituição;
• escolha baseada na área de especialização do 
pesquisador;
• escolha decorrente de lacuna na formação;
• escolha baseada na relevância para uma determinada 
área;
• escolha visando à revisão de aspectos teóricos ou 
práticos;
• escolha baseada na aplicabilidade.
O tema é o ponto de partida do trabalho de pesquisa. 
Delimita um campo de estudo no interior de uma grande área de 
conhecimento e deve ser escolhido de acordo com as tendências 
e aptidões do pesquisador. 
Encontrada uma área do conhecimento de interesse, deve-
se identificar um tema plausível. 
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Para avaliar a escolha de um tema, podem-se fazer as 
seguintes perguntas:
• Trata-se de um problema original e relevante?
• Ainda que seja ”interessante”, é adequado para mim?
• Tenho hoje possibilidades reais para executar tal estudo?
• Existem recursos (financeiros, materiais, humanos...) para 
o estudo?
• Há tempo suficiente para investigar tal questão?
• Quais são as partes do seu tema?
• Qual é o contexto do tema?
• Qual é a importância do seu tema?
• Quem deu contribuições relevantes ao tema? Como outros 
autores abordaram o assunto?
• O que resta por investigar no tema?
Exemplos
 
Tema geral Problema estudado no projeto de pesquisa.
O transporte clandestino em SP: 
estratégia de sobrevivência do 
desempregado
Avaliar se o aumento do número de 
transportes coletivos clandestinos 
é uma estratégia de sobrevivência 
entre os desempregados.
A utilização da informática no 
aprendizado de probabilidade
Verificar se a utilização de um 
sistema inteligente pode auxiliar no 
aprendizado de probabilidade.
A dispersão de larvas de lagostas no 
Atlântico tropical
Verificar se há uma interdependência 
entre dispersão de larvas e os 
estoques pesqueiros.
A distribuição espacial de plantas 
aquáticas consumidas na Amazônia
Verificar como a distribuição 
das principais plantas aquáticas 
consumidas pelos peixes varia ao 
longo do ciclo anual de inundação 
na região.
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3.2 Por que pesquisar?
A justificativa mostra a relevância da pesquisa e identifica 
quais contribuições para a compreensão, intervenção 
ou solução a pesquisa apresentará. É a parte em que o 
pesquisador irá demonstrar a relevância da proposta de 
investigação. 
• A relevância de um projeto nunca está nele mesmo, 
nem na vontade do pesquisador, nem no ineditismo do 
trabalho.
• A justificativa de um projeto está na contribuição para o 
conhecimento sobre um tema.
Para redigir a justificativa, o pesquisador deverá ter 
lido a bibliografia principal. Na justificativa, apresenta as 
lacunas que existem nos estudos até então realizados. Sua 
contribuição será preencher as lacunas ou demonstrar, de 
forma crítica, que aquilo que se entendia até então como 
certo é uma interpretação incongruente com a realidade 
atual.
Problema estudado do projeto de 
pesquisa Justificativa
Verificar como a distribuição 
das principais plantas aquáticas 
consumidas pelos peixes varia ao 
longo do ciclo anual de inundação 
na região.
Recursos pesqueiros necessitam 
de uma legislação que vise ao 
comprometimento de todos os 
envolvidos.
A variação do habitat e a 
disponibilidade de recursos 
alimentares para os peixes interferem 
na indústria pesqueira ao longo do 
ano.
O resultado deste trabalho poderá 
ultrapassar os limites acadêmicos, 
tornando-se umaefetiva 
contribuição para a elaboração de 
políticas que regulem a pesca na 
Amazônia.
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Que motivos justificam um projeto de pesquisa?
• Atualidade do tema: inserção do tema no contexto atual.
• Ineditismo do trabalho: proporcionará mais importância 
ao assunto.
• Interesse do autor: vínculo do autor com o tema.
• Relevância do tema: importância científica, social, 
educacional, entre outras.
• Pertinência do tema: contribuição do tema para a solução 
de um problema atual.
3.3 Para que pesquisar?
Os objetivos indicam o que se pretende conhecer, ou medir, 
ou provar no decorrer da pesquisa, ou seja, as metas que se 
deseja alcançar.
Objetivos gerais: indicam uma ação muito ampla (resultado 
pretendido), como, por exemplo:
• melhorar a aprendizagem de eletromagnetismo no Ensino 
Médio.
Objetivos específicos: procuram descrever ações 
pormenorizadas ou aspectos detalhados que levarão à realização 
dos objetivos gerais, como, por exemplo:
• identificar fatores que dificultem a aprendizagem de 
eletromagnetismo;
• propor mecanismos que minimizem esses fatores;
• aplicar procedimentos metodológicos que garantam a 
melhoria da aprendizagem;
• descrever o perfil dos alunos que utilizam computadores.
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Os objetivos dependem do tipo de pesquisa que é 
realizada. Por exemplo, um projeto realizado pelo Ministério 
da Saúde – caracterizar o perfil social das comunidades em 
que há casos de cólera – teria como objetivo “orientar a 
política pública na área de saúde, visando conter a doença”. 
No caso de pesquisa acadêmica, o objetivo maior será trazer 
uma contribuição ao tema.
• Objetivos gerais: referem-se a uma contribuição teórica 
que se espera alcançar com a pesquisa (por exemplo, 
revisão de um conceito). 
• Objetivos específicos: apresentam o resultado imediato 
do trabalho científico (apresentação de uma bibliografia 
atualizada sobre o tema, compilação de novos dados 
sobre um assunto).
Exemplo
• Objetivo geral
Este trabalho compara o sistema de tratamento de efluente 
por biodigestão e o sistema de tratamento por lodo ativado, 
utilizando como ferramenta a análise emergética e seus 
indicadores.
 
• Objetivos específicos:
– avaliar a sustentabilidade dos sistemas estudados;
– avaliar os serviços do meio ambiente para diluição 
das emissões de cada sistema;
– discutir os resultados obtidos;
– comparar os sistemas quanto à sua contribuição ao 
meio ambiente; 
– verificar o alcance dos indicadores emergéticos na 
avaliação dos sistemas estudados. 
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3.4 Como pesquisar? 
A metodologia é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa 
e exata de toda ação desenvolvida no trabalho de pesquisa. 
Descreve a estratégia de pesquisa para coletar dados necessários 
a fim de testar a hipótese formulada. 
Por exemplo, na pesquisa sobre associações de moradores e 
política de saneamento:
• Que dados seriam necessários? 
• Como obtê-los de forma fidedigna? 
• Quantos dados seriam representativos? 
• Como analisá-los? 
Podem-se combinar métodos qualitativos (como a 
história de vida) com métodos quantitativos – a elaboração 
de um índice de casas atendidas pelo sistema de saneamento 
correlacionado ao índice de membros filiados à associação 
de bairro, a partir de dados retirados de uma amostra de 
moradores dos bairros A, B e C. 
A metodologia explica:
 
• o tipo de pesquisa; 
• o instrumental utilizado (questionário, entrevista, entre 
outros); 
• o tempo previsto; 
• a equipe de pesquisadores e a divisão do trabalho; 
• as formas de tabulação e tratamento dos dados;
• tudo aquilo que se utilizou no trabalho de pesquisa. 
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3.5 Quando pesquisar? 
O cronograma deve descrever o tempo necessário para 
a realização de cada uma das partes propostas no projeto. 
As etapas podem ser coincidentes, mas não excludentes. 
Por exemplo, é possível fichar um texto e levantar dados 
secundários no mesmo mês, mas não é possível fazer uma 
análise comparativa das entrevistas sem tê-las terminado.
Exemplo de cronograma
Etapas Jan Fev Mar Abr Mai Jun
Leitura e fichamento
Levantamento de dados em campo
Entrevista com operários
Entrevista com dirigentes
Análise comparativa
Redação do texto
4 O RELATÓRIO DE PESQUISA
O relatório de pesquisa é o documento que mostra:
• como o projeto foi executado; 
• que dados foram coletados;
• como esses dados foram analisados; 
• que resultados podemos extrair deles. 
O projeto pode ser retomado no relatório, não mais como 
proposta de trabalho, mas como relato da realização desse 
trabalho. O relatório é a primeira divulgação da pesquisa 
efetuada, pois, sem divulgação dos resultados, sua pesquisa 
não servirá a seu fim.
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Passos para a divulgação da pesquisa:
1. Formular a pergunta.
2. Realizar a pesquisa.
3. Interpretar os resultados.
4. Divulgar os resultados.
4.1 O que considerar ao planejar um relatório 
ou um resumo?
O texto deve ser conciso, informativo, com maior ou 
menor detalhamento. A forma é importante, mas não substitui 
resultados consistentes e interpretação adequada. 
Apresente o aparato teórico que deu suporte à pesquisa, 
que auxiliou a levantar hipóteses e a estabelecer seus 
objetivos. Esclareça conceitos importantes; apresente, 
discuta e se posicione a respeito de diferentes visões ou 
abordagens; mostre que você conhece o que se diz sobre o 
assunto, discutindo questões polêmicas ou problematizando 
algumas delas e explicite sempre seu posicionamento nessas 
discussões.
CritiqueMostre para o orientador
Imprima a cópia finalReescreva / corrija
Não deixe para a última hora
Leia relatórios, 
resumos e artigos
Escreva ReviseFaça um esboço
Passos para a divulgação da pesquisa
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4.2 Como escrever um relatório?
Os relatórios de pesquisa devem, obrigatoriamente, conter 
os seguintes itens: 
• Identificação
• Resumo
• Introdução
• Material e métodos
• Resultados
• Discussão / Conclusões
• Bibliografia
• Perspectivas de continuidade ou desdobramento do trabalho
• Apoio
• Agradecimentos
4.2.1 Identificação
Faça uma capa simples com:
• Nome da Instituição
• Título do trabalho
• Nome(s) completo(s) do(s) autor(es)
• Local e data
Identifique:
• Projeto
• Número do processo
• Bolsista
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• Orientador
• Local de execução
• Vigência
4.2.2 Resumo
“Resumo: apresentação concisa das ideias de um texto” 
(Norma NBR 6028, da Associação Brasileira de Normas 
Técnicas).
É a apresentação sintética e seletiva das ideias de um 
texto, ressaltando sua progressão e articulação. Mostra as 
principais ideias do autor e é feito quando o relatório está 
finalizado.
• Forma:
— tamanho: determinado em muitos casos:
– um só parágrafo;
– frases pouco extensas;
– terminologia específica;– ordem direta das frases.
• O resumo deve conter:
1. Identificação
2. Introdução
3. Material e métodos
4. Resultados
5. Discussão / Conclusões
6. Apoio
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Exemplo
Características biológicas de células hematopoiéticas 
transfectadas com o gene egfp. Leonardo Augusto Karam 
Teixeira, Cecília Matte Fricke, Camila Ilgenfritz e Nance Beyer 
Nardi. Departamento de Genética – Instituto de Biociências, 
UFRGS – Porto Alegre/RS.
Células hematopoiéticas estão sendo intensamente 
investigadas devido a seu potencial como alvo de terapia 
gênica. Tem sido mostrado, entretanto, que a transferência 
de genes exógenos pode alterar biologicamente as 
células-alvo, diminuindo sua capacidade de proliferação 
e diferenciação. O presente trabalho teve como objetivo a 
análise das características biológicas de células da linhagem 
hematopoiética K562, previamente transfectadas com o 
gene repórter egfp (enhanced green fluorescent protein), 
cuja expressão é detectada por citometria de fluxo. Células 
K562 transfectadas ou normais foram cultivadas em 
diferentes condições, e comparadas com relação a diferentes 
parâmetros que incluíram a expressão de marcadores de 
superfície. Os principais resultados encontrados foram: 
(1) quando cultivadas na ausência de pressão seletiva, a 
expressão do gene repórter mostrou um rápido declínio; (2) 
células K562 transfectadas apresentaram uma capacidade 
mitótica diminuída quando cocultivadas com células K562 
normais, em diferentes concentrações; e (3) os níveis das 
moléculas de adesão CD11c, CD31 (baixo) e CD49e (alto) não 
foram afetados pela transfecção, enquanto a baixa expressão 
dos marcadores DL e CD117 mostraram uma tendência a 
aumentar nas células transfectadas. Estes resultados mostram 
que dois dos principais problemas dos protocolos de terapia 
gênica, manutenção da expressão do transgene e expansão 
das células transfectadas, podem ser analisados para correção 
in vitro.
Apoio: CNPq, FINEP.
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4.2.3 Introdução
A introdução deve esclarecer qual é a pergunta que você 
está fazendo (tema) e por que vale a pena fazê-la. Explique o 
que você pesquisou, ou seja, o seu objeto de pesquisa. 
A introdução deverá ser um breve resumo do projeto, 
contendo o problema e os objetivos, se for o caso, de forma que 
possa informar ao leitor, com uma leitura rápida, o que pretende 
a pesquisa proposta.
A introdução apresenta as razões da pesquisa. 
Expõe o que levou o pesquisador a realizar a investigação, 
situando o trabalho em relação a outros já publicados no mesmo 
campo. 
Ao estabelecer, de forma sucinta, o estado atual em que se 
encontra o problema a ser investigado, a introdução mostra a 
importância do trabalho, limita o problema a ser estudado e o 
situa no setor especializado.
Deve-se convencer o leitor de que sua pesquisa é relevante. 
Faça um pequeno histórico sobre o tema, conte de onde ele 
surgiu e por quê. Mostre, sutilmente, para seu leitor, que seu 
trabalho merece ser lido.
De maneira geral, a introdução deve informar sobre:
• antecedentes do tema;
• tendências;
• natureza e importância do tema;
• justificativa da escolha do tema;
• relevância;
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• possíveis contribuições esperadas;
• objetivos do estudo.
4.2.4 Material e métodos
Mostra o que você utilizou e o que você fez para responder 
à questão colocada como tema. Essa parte pode variar muito, 
dependendo do objeto de trabalho, mas normalmente especifica 
os seguintes aspectos:
• sujeitos da pesquisa: quem são, faixa etária, sexo, grau de 
escolaridade, diferenças entre os grupos, entre outros;
• método de coleta de dados (procedimentos): que materiais 
foram usados, como os dados foram coletados etc.;
• materiais: citar os equipamentos, reagentes e outros itens 
utilizados, informando fabricante ou fornecedor;
• métodos: descrever os procedimentos detalhados, que 
possam ser reproduzidos com os materiais e equipamentos 
descritos.
4.2.5 Resultados
Quais as respostas que você encontrou?
A descrição dos resultados deve ser clara e objetiva, 
resumindo os achados principais que serão detalhados em 
tabelas e figuras.
Exemplo 
Tabela 1 - Extensão do desflorestamento bruto (km2) de 
janeiro de 1978 a agosto de 1998.
Table1 - Extent of gross deforestation (km2) from January 
1978 to August 1998.
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Estados da Amazônia
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Abr/88
Apr/88
Ago/89
Aug/89
Ago/90
Aug/90
Ago/91
Aug/91
Ago/92
Aug/92
Ago/94
Aug/94
Ago/95
Aug/95
Ago/96
Aug/96
Ago/97
Aug/97
Ago/98
Aug/98
Acre
Amapá
Amazonas
Maranhão
Mato Grosso
Pará
Rondônia
Roraima
Tocantins
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63900
20000
56400
4200
100
3200
8900
800
19700
90800
71500
131500
30000
2700
21600
9800
1000
21700
92300
79600
139300
31800
3600
22300
10300
1300
22200
93400
83600
144200
33500
3800
22900
10700
1700
23200
94100
86500
148000
34600
4200
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151787
36865
4481
23809
12064
1736
24739
95979
103614
160355
42055
4961
24475
13306
1782
26629
97761
112150
169007
46152
5124
25142
13742
1782
27434
99338
119141
176138
48648
5361
25483
14203
1846
28140
99789
125023
181225
50529
5563
25768
14714
1962
28866
100590
131808
188372
53275
5791
26404
Amazônia Brasileira
Brazilian Amazon
(incluindo desflorestamento antigo)
(includes old desforestation)
152200 377500 401400 415200 426400 440186 469978 497055 517069 532086 551782
Tabelas e figuras são muito importantes; seu número 
deve ser o menor possível, e elas devem ser construídas com 
cuidado, para incluir todas as informações necessárias com 
clareza. Tabelas são numeradas sequencialmente (Tabela 1, 
Tabela 2 etc.); seu título deve ser informativo, colocado acima; 
notas de rodapé (a, b, c...) podem ser colocadas diretamente 
abaixo da tabela.
Figuras (fotos, esquemas, gráficos) são numeradas 
sequencialmente (Figura 1, Figura 2 etc.); seu título deve ser 
informativo e devem ser autoexplicativas. A legenda deve ser 
colocada abaixo da figura.
.
120
100
80
60
40
20
0
Amplitude do ruído
Co
nt
ag
em
-4 -2 -4 2 4
Histograma do ruído branco acima com 50 bins
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4.2.6 Discussão / Conclusões
No fechamento da sua pesquisa, retome os objetivos 
propostos na introdução, faça um breve resumo do que foi feito 
e apresente as suas principais conclusões.
• O que estas respostas encontradas nos resultados 
significam?
• Como elas ajudam a resolver o problema?
• Quais as principais dificuldades encontradas?
• Quais as perspectivas de continuidade do trabalho?
Raramente chegamos a conclusões muito definitivas, por 
isso, em muitos casos, é melhor tratar de considerações finais 
e deixar a conclusão para os casos em que ela realmente 
ocorrer. 
A conclusão deve resultar de deduções lógicas, sempre 
fundamentadas no que foi apresentado e discutido no corpo 
do trabalho e conter comentários e consequências próprias da 
pesquisa.Dadas as particularidades e restrições de cada pesquisa, 
normalmente, o que temos são indícios, tendências, e não 
conclusões. 
4.2.7 Bibliografia citada
Referência bibliográfica é um conjunto de elementos que 
permite a identificação de publicações, no todo ou em parte.
Todas as referências utilizadas no texto devem estar listadas 
nesse item. Lembre-se: não liste se não citar e não cite se não listar.
Dependendo do meio de divulgação, há diversos formatos 
para apresentação das referências bibliográficas. Desta forma, 
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após definir o meio de divulgação, deve-se escolher o formato 
apropriado.
Exemplos
Livros:
CERVO, A. L., BERVIAN, P. A. Metodologia científica. 2. ed. São 
Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1978.
FRANÇA, J. L. et al. Manual para normalização de 
publicações técnico-científicas. 3. ed. rev. aum. Belo 
Horizonte: UFMG, 1996. 
Periódicos:
CADERNOS DE PSICOLOGIA. Belo Horizonte: FAFICH - UFMG, 
v.1, n.1, out. 1984.
Artigos de periódicos:
OLIVEIRA, M. A. e NASCIMENTO M. Da análise de ”erros” 
aos mecanismos envolvidos na aprendizagem da escrita. 
Educação em revista, Belo Horizonte, v. 1, n. 12, p. 33-43, 
dez. 1990.
 
Artigos de jornal:
NUNES, E. Retrato do nordeste; ou observações de uma 
estagiária do jornalismo, na terra que o presidente não viu. 
Estado de Minas, Belo Horizonte, 20 ago. 1980. 2. cad. p.8.
 Filmes:
A LIBERDADE é azul. Direção de Krzysztof Kieslowski. 
São Paulo: Look Filmes, 1994. 97 min., color., legendado. 
(Tradução de Blue. Fita de vídeo - VHS)
Sites:
GOLDIN, José Roberto. Projeto de Pesquisa: Aspectos Éticos e 
Metodológicos. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/HCPA/
gppg/projeto.htm>. (Acessado em 06/06/2003).
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Essas normas costumam modificar-se a cada ano. 
Apresentamos, aqui, as formas mais frequentemente 
encontradas em documentos acadêmicos. Lembramos também 
que, mais importante que fazer de um jeito ou de outro, é 
manter, dentro do que estabelecem as regras, a constância, a 
coerência em todo o trabalho.
4.2.7.1 Citações
A citação, além de fundamentar a argumentação, confere 
credibilidade ao trabalho. 
Existem pelo menos três formas diferentes de mencionarmos 
um autor ou, mais precisamente, seu discurso em um texto.
• Citação literal: reprodução ipsis verbis do texto, com as 
mesmas palavras que ele próprio utilizou no texto original, 
com os devidos créditos ao autor.
É interessante fazer um comentário após uma citação literal. 
Isso demonstra que se está atento à relação das palavras do 
autor, com o seu texto.
 
• Paráfrase: é também a reprodução das ideias contidas em um 
texto, porém em palavras diferentes das utilizadas pelo autor.
 Essa forma de citação já demonstra mais independência da 
parte do autor, mas cuidado! A falta de atenção pode mudar o 
sentido das palavras que se está citando.
• Plágio: é a cópia das ideias ou do texto de outrem sem 
indicação de autoria, constituindo-se como crime. 
 
Há basicamente três formas de se fazer citações literais:
• citações longas: aquelas que ocupam mais de três linhas 
completas no texto. Devem ser destacadas no texto, em 
parágrafo recuado e independente (o uso de aspas é 
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opcional), não sendo necessário espaçamento datilográfico 
entre linhas;
• citações curtas: aparecem integradas ao texto, sempre 
entre aspas; 
• citação de citação: são indicadas por aspas simples.
Não se deve fazer um trabalho com um mosaico de citações. 
É adequado discorrer sobre um assunto com as próprias palavras 
e usar outros autores para dar suporte.
4.2.8 Perspectivas de continuidade ou desdobramento do 
trabalho
O projeto foi concluído ou será continuado?
Neste item, podem-se sugerir opções para a continuidade do 
trabalho (pelo próprio pesquisador ou não).
4.2.9 Apoio
Citar as agências que financiaram o projeto.
Exemplo
O projeto teve financiamento do CNPq e da UNIP.
4.2.10 Agradecimentos
Citar pessoas ou instituições que tenham colaborado para a 
execução do projeto.
Bibliografia básica
ALVES, Rubem. Filosofia da ciência. São Paulo: Ars Poética, 1996.
ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia 
do trabalho científico; elaboração de trabalhos na 
graduação. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
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BASTOS, L. R.; PAIXÃO, L.; FERNANDES, L. M. Manual para 
a elaboração de projetos e relatórios de pesquisa, teses e 
dissertações. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1979. 
CERVO, A. L.; Bervian, P. A. Metodologia científica. São Paulo: 
Makron Books, 1996.
CONTANDRIOPOULOS, A. P. et al. Saber preparar uma pesquisa. 
São Paulo: Hucitec & ABRASCO,1994.
 
DEMO P. Introdução à metodologia da ciência. São Paulo: Atlas, 1991. 
GIL, A. C. Projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1994.
LAKATOS, E. Maria; MARCONI, Marina de Andrade. 
Fundamentos de metodologia científica. São Paulo: Atlas, 1991.
MARCANTONIO, A. T. Elaboração e divulgação do trabalho 
científico. São Paulo: Atlas, 1993.
MINAYO, M. C. S. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 
17. ed. Petrópolis: Vozes, 2000.
MOREIRA, D. A. O método fenomenológico na pesquisa. São 
Paulo: Pioneira Thomson, 2002. 
SELLTIZ, WRIGHTSMAN, COOK. Métodos de pesquisa nas relações 
sociais. V. 2: Medidas na pesquisa social. São Paulo: EPU, 1987.
SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: 
Cortez, 1993.
SIDMAN, M. Táticas de pesquisa científica. São Paulo: 
Brasiliense, 1976. 
THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa-ação. 6. ed. São Paulo: 
Cortez, 1994.
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Bibliografia complementar
CHIZZOTI, A. A pesquisa em ciências humanas e sociais. São 
Paulo: Cortez, 1995.
CRUZ NETO, O. O trabalho de campo como descoberta e 
criação. In: MINAYO, M. C. S. Pesquisa social: teoria, método e 
criatividade. 9. ed. Petrópolis: Vozes, 2000. p. 51-66.
DEMO P. Metodologia científica em ciências sociais. São Paulo: 
Atlas, 1989.
DESLANDES, S. F. A construção do projeto de pesquisa. In: 
MINAYO, M. C. S. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 
9. ed. Petrópolis: Vozes, 2000. p. 31-50.
GOMES, R. A Análise de Dados em Pesquisa Qualitativa. In: 
MINAYO, M. C. S. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 
9. ed. Petrópolis: Vozes, 2000. p 67-80.
HAGUETTE, T. M. F. Metodologias qualitativas na sociologia. 6. 
ed. Petrópolis: Vozes, 2000.
LUCKESI, C. C. Fazer universidade: uma proposta metodológica. 
São Paulo: Cortez, 1987.
 
MINAYO, M. C. S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa 
em saúde. 4. ed. São Paulo; Rio de Janeiro: Hucitec/Abrasco, 1996.
SOLOMON, DV. Como fazer uma monografia. 4. ed. São Paulo: 
Martins Fontes, 1996.

Outros materiais