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AMBIENTE MULTIMÍDIA DE SUPORTE À DISCIPLINA DE PÓS-GRADUAÇÃO FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DE MÁQUINAS Mauro Hugo Mathias Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá Programa de Pós-graduação em Mecânica Área de Projetos Conteúdo do capítulo Neste capítulo efetuaremos o estudo de: 3.1 - Avaliação de falhas com o uso de técnicas do domínio do tempo; 3.2 - Avaliação de falhas com o uso de técnicas do domínio da freqüência; 3.3 - Avaliação de falhas com o uso de técnicas do domínio tempo- freqüência; 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas AMBIENTE MULTIMÍDIA DE SUPORTE À DISCIPLINA DE PÓS-GRADUAÇÃO FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DE MÁQUINAS Capítulo 3.1 – Avaliação de falhas com o uso de técnicas no domínio do tempo 3.1 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio do tempo • Monitoramento de máquinas utilizando valor global de vibrações: A medição de nível global é um método de análise aproximado da condição da máquina através do sinal de vibração, mensurando a amplitude do sinal, avaliada de diferentes formas. • O valor RMS ou valor eficaz que mede a energia da vibração; • O valor de pico-a-pico, que mede a amplitude máxima da onda fundamental. Esta medida é bastante útil quando a amplitude de deslocamento constitui um parâmetro crítico em relação às restrições de carga máxima. • O valor de pico, ou de crista, parâmetro útil para identificar eventos de curta duração, como choques de curta duração, por exemplo. 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas 3.1 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio do tempo • Monitoramento de máquinas utilizando valor global de vibrações: Quando alguma característica mecânica é alterada as solicitações sobre os elementos mecânicos são alteradas modificando as freqüências que compõe a vibração do sistema. O desgaste, presença de trincas, folgas, alterações no acoplamento, dentre outros fenômenos são alterações mecânicas que interferem na solicitação mecânica dos componentes e geram freqüências que se propagam pela estrutura do sistema alterando a vibração global 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas 3.1 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio do tempo • Monitoramento de máquinas utilizando valor global de vibrações: Este tipo de medição precisa de um valor de referência para identificação dos pontos de alarme pois a base de comparação passa a ser a própria máquina. 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas 3.1 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio do tempo Parâmetros calculados a partir do sinal no domínio do tempo: • Valor RMS (Root Mean Square) • Valor de pico (Peak-Value) • Fator de Crista (Crest-Factor) • Curtose (Kurtosis) 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas 3.1 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio do tempo • Valor RMS (Root Mean Square) O valor médio quadrático (RMS) é utilizado para indicar o nível de energia das vibrações do equipamento: n = número de ponto do sinal xi(t) = sinal da vibração medido O valor RMS é uma medida simples da energia da vibração, podendo ser utilizado para indicar deterioração das condições do equipamento. O valor RMS sofre poucas alterações nos estágios iniciais dos danos nos elementos mecânicos, pois a energia total do sinal permanecerá praticamente inalterada. 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas n i i T T x n dttx T RMS 1 2 0 2 1)( 1 lim 3.1 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio do tempo • Valor RMS (Root Mean Square) Com a progressão da falha o valor RMS tende a aumentar pois o numero de picos no sinal cresce, desta forma é possível utilizar níveis de alarme para manutenção: O monitoramento do equipamento através do valor RMS deve sempre considerar dados históricos para permitir uma avaliação dos pontos de parada e alarme. 3 - Ferramentas de diagnóstico de falhas 3.1 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio do tempo • Valor de pico (Peak-Value) O valor de pico é o valor da maior amplitude presente no sinal. Quando seu valor aumenta é um indicativo de que impactos começaram a surgir no equipamento com uma possível falha futura. Geralmente seu valor aumenta antes do valor RMS, pois o valor de pico é pontual, já o valor RMS depende da energia global do sinal e demora mais para ser alterado. 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas 3.1 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio do tempo • Fator de Crista (Crest-Factor) É a relação entre o valor de pico e o valor RMS: Conforme o início e a progressão da falha o fator de crista pode exibir aumentos abruptos, causados pelo aumento de um defeito localizado (aumenta o valor de pico, mas o valor RMS permanece praticamente o mesmo), sendo possível utilizá-lo como um indicador de monitoramento do surgimento de um defeito. 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas RMS Pico de Valor Crista de Fator RMS Pico de Valor Crista de Fator 3.1 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio do tempo • Relação entre Valor RMS, Fator de Crista e valor de Pico: 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas 3.1 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio do tempo • Curtose (Kurtosis) A curtose é definida como sendo o valor do quarto momento estatístico da função distribuição da densidade de probabilidade: Para mancais de rolamento o valor da curtose varia conforme o progresso da falha, sendo que cresce rapidamente quando a falha se inicia e continua crescendo até certa fase do progresso da falha, quando então com o aumento do valor RMS a curtose pode ser reduzida. 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas 2 1 2 1 4 1 1 n i i n i i XX n XX n K 3.1 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio do tempo 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas • Monitoramento de máquinas utilizando valor global de vibrações - Exercício prático Nos discos serão acopladas massas para induzir desbalanceamento no eixo em 5 condições: • Massas opostas a 180º (sem desbalanceamento) • Massas a 135º, 90º e 45º •Massas lado a lado (situação mais crítica) 3.1 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio do tempo 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas • Monitoramento de máquinas utilizando valor global de vibrações - Exercício prático Massas opostas a 180º (sem desbalanceamento): * Esta seria a assinatura inicial “Baseline” da máquina, contra a qual os níveis de alarme seriam definidos. m/s2 3.1 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio do tempo 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas • Monitoramento de máquinas utilizando valor global de vibrações - Exercício prático Massas opostas a 135º: m/s2 3.1 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio do tempo 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas • Monitoramento de máquinas utilizando valor global de vibrações - Exercício prático Massas opostas a 90º: m/s2 3.1 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio do tempo 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas • Monitoramento de máquinas utilizando valor global de vibrações - Exercício prático Massas opostas a 45º: m/s2 3.1 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio do tempo 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas • Monitoramento de máquinas utilizando valor global de vibrações - Exercício prático Massas opostas a 0º (massas lado a lado) m/s2 3.1 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio do tempo 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas • Monitoramento de máquinas utilizando valor global de vibrações - Exercício prático Distribuição das massas: Monitoramento de desbalanceamento por ValorRMS 0 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 Posição das massas V al or R M S Valor RMS 0,0318 0,0357 0,0449 0,0483 0,0496 180º 135º 90º 45º 0º Baseline 180º 135º 90º 45º 0º m/s2 3.1 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio do tempo 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas • Monitoramento de máquinas utilizando valor global de vibrações - Exercício prático Monitoramento de desbalanceamento por Valor RMS 0 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 Posição das massas V al or R M S Valor RMS 0,0318 0,0357 0,0449 0,0483 0,0496 180º 135º 90º 45º 0º Baseline • Uma máquina nova teria repetidas medições com amplitude igual a do Baseline; • Um nível de alarme especificado pelo usuário ou pelo fabricante da máquina poderia ser usada para identificar o ponto correto de parada 3.1 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio do tempo 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas • Monitoramento de máquinas utilizando valor global de vibrações - Exercício prático para o aluno • Com base nos sinais fornecidos do exemplo acima, elaborar rotina em um dos softwares a seguir para cálculo dos parâmetros RMS, valor de pico, Fator de Crista e Curtose. • Softwares que podem ser utilizados: Matlab, Scilab, Octave ou Labview • Os sinais estão disponíveis na base de dados do Teleduc AMBIENTE MULTIMÍDIA DE SUPORTE À DISCIPLINA DE PÓS-GRADUAÇÃO FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DE MÁQUINAS Capítulo 3.2 – Avaliação de falhas com o uso de técnicas no domínio da freqüência 3.2 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio da freqüência Softwares utilizados para as demonstrações: Para a realização das demonstrações podem ser utilizados os softwares: Scilab - http://www.scilab.org/products/scilab/download – software gratuito Octave – http://www.gnu.org/software/octave/download.html - software gratuito Matlab – www.matlab.com - Software não é gratuito 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas 3.2 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio da freqüência Técnicas a serem estudadas: • Demodulação • HFRT – High Frequency Ressonance Technique ou Técnica do Envelope • Aplicação do envelope através do método da transformada de Hilbert 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas 3.2 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio da freqüência • Demodulação A modulação de um sinal ocorre quando em um sinal senoidal (chamaremos de sinal portador) são aplicadas variações em sua amplitude e freqüência com o tempo. No primeiro caso trata-se de modulação de amplitude e no segundo de freqüência ou modulação de fase. Exemplo de sinal modulado em amplitude: 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas 3.2 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio da freqüência • A combinação da freqüência portadora com a moduladora resulta no sinal modulado em amplitude ou em freqüência: 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas 3.2 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio da freqüência • Demodulação Demodular um sinal significa fazer o caminho inverso da modulação, ou seja extrair do sinal portador a freqüência de repetição dos impulsos que o modularam no passado. Esta técnica é útil para rolamentos onde a informação dos impactos está contida na freqüência de repetição dos impactos, modulada no sinal ao redor das freqüências ressonantes do sistema excitadas pelos impactos dos defeitos no rolamento. 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas 3.2 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio da freqüência • Demodulação 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas 3.2 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio da freqüência Técnicas a serem estudadas: • Demodulação • HFRT – High Frequency Ressonance Technique ou Técnica do Envelope • Aplicação do envelope através do método da transformada de Hilbert 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas 3.2 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio da freqüência • HFRT – High Frequency Ressonance Technique ou Técnica do Envelope Para explicarmos a técnica do HFRT utilizaremos o exemplo do mancal de rolamento defeituoso: Cada vez que uma esfera atinge um ponto defeituoso em uma das pistas do mancal de rolamento um sinal de impulso é gerado: 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas Impacto 3.2 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio da freqüência • HFRT – High Frequency Ressonance Technique ou Técnica do Envelope A energia gerada por estes impulsos é igualmente distribuída por toda a faixa de freqüência, sendo que cada freqüência ou pequena faixa de freqüência irá receber muito pouca energia. 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas Impacto 3.2 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio da freqüência • HFRT – High Frequency Ressonance Technique ou Técnica do Envelope Na banda de baixa freqüência, a energia destes impulsos pode ser facilmente encoberta por muitas outras fontes de vibração do sistema mecânico (desalinhamentos, freqüência de rede elétrica, desbalanceamento, etc.), que em sua maioria tem alto valor que energia, fazendo com que os impulsos não se destaquem nesta faixa do espectro de freqüência 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas 3.2 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio da freqüência • HFRT – High Frequency Ressonance Technique ou Técnica do Envelope O conceito da técnica do envelope se baseia no fato de que os impactos gerados pela passagem das esferas por um ponto defeituoso excitam as freqüências ressonantes do sistema (freqüência portadora). A freqüência de impactos contra o defeito na pista é modulada na freqüência ressonante do sistema: 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas 3.2 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio da freqüência • HFRT – High Frequency Ressonance Technique ou Técnica do Envelope Desta forma, a técnica busca identificar freqüências ressonantes (freqüência portadora) do sistema que foram excitadas pelos impactos da esfera contra os defeitos para através da demodulação identificar quais as freqüências de defeito presentes no sinal. 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas 3.2 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio da freqüência • HFRT – High Frequency Ressonance Technique ou Técnica do Envelope Princípio: Quando um defeito em uma superfície de um rolamento atinge outra superfície o impacto excita ressonâncias no rolamento e no sistema mecânico. A técnica busca áreas de ressonância para demodular o sinal e obter a freqüência de repetição dos impulsos. A freqüência de ressonância selecionada em si não é importante, mas sim a informação sobre a repetição dos impulsos que ela carrega. Para dano extenso a técnica apresenta limitações na identificação das freqüências características. 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas 3.2 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio da freqüência • HFRT – High Frequency Ressonance Technique ou Técnica do Envelope Etapas do processamento do sinal pela técnica: 1 – Retificação do sinal utilizando um retificador de meia-onda: 2 – Aplicação do filtro ao sinal retificado. 3 – Aplicar a FFT ao sinal filtrado 4 – Efetuar um filtro passa-baixa para eliminar as freqüências de ordem mais elevada. 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas 3.2 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio da freqüência • HFRT – High Frequency Ressonance Technique ou Técnica do Envelope As freqüências presentes no sinal demodulado correspondem às taxas de repetição dos impactos que geram as vibrações livres de curta duração e alta freqüência (ressonâncias). 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas 3.2 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio da freqüência • Demonstraçãoda aplicação da técnica do envelope utilizando demodulação: Utilizar sinal HFRT disponível na base Teleduc. 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas 3.2 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio da freqüência • Demonstração da aplicação da técnica do envelope utilizando demodulação: 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas 3.2 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio da freqüência • Demonstração da aplicação da técnica do envelope utilizando demodulação: 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas AMBIENTE MULTIMÍDIA DE SUPORTE À DISCIPLINA DE PÓS-GRADUAÇÃO FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DE MÁQUINAS Capítulo 3.2 – Avaliação de falhas com o uso de técnicas no domínio da freqüência Aplicação em falhas em mancais de rolamento Os principais modos de falha são: • Falhas de vedação – Abrasão causada por entrada de elemento estranho no mancal de rolamento; • Marcas durante instalação (montagem incorreta); • Lubrificação inadequada, excessiva ou insuficiente; • Corrosão; • Descargas elétricas; • Lascamento; Todos os modos acima descritos causam o início da falha do rolamento, sendo que após o surgimento, as cargas cíclicas sobre o rolamento fazem com que o dano se estenda até a falha do mancal de rolamento. Modos de falhas de mancais de rolamento Teoria 1) Falha de vedação - Abrasão por entrada de elemento estranho no mancal de rolamento Modos de falhas de mancais de rolamento Apresentação dos modos de falha Exemplo de pista de mancais de rolamento foscas por abrasão resultante de elemento estranho 2) Marcas durante instalação (Indentações ou impactos) Modos de falhas de mancais de rolamento Apresentação dos modos de falha Impacto na gaiola 3) Lubrificação inadequada, excessiva ou insuficiente Modos de falhas de mancais de rolamento Apresentação dos modos de falha Escorregamento causado por excesso de lubrificante 4) Corrosão Modos de falhas de mancais de rolamento Apresentação dos modos de falha Corrosão na esfera e na pista de rolamento de uma carreira de esferas 5) Descarga elétrica Modos de falhas de mancais de rolamento Apresentação dos modos de falha Exposição contínua a cargas elétricas geram marcas axiais de tonalidade escura em grande parte da pista 6) Lascamento Modos de falhas de mancais de rolamento Apresentação dos modos de falha Marcas de lascamento em esferas vistas em microscópio ótico Diferentemente dos demais tipos de defeito, os mancais de rolamento não possuem uma freqüência característica de defeito única que possa ser calculada através de múltiplos de rotação de eixo. Dado que o mancal de rolamento é composto de vários componentes: pistas, esferas e gaiola e existe movimento relativo entre eles, as freqüências de defeito são calculadas em função da geometria de cada mancal de rolamento. Explicando de outra forma: Considere um ponto fixo na pista por onde passarão as esferas, é necessário calcular a freqüência com que as esferas passarão por este ponto, pois caso haja um defeito neste ponto cada esfera que passar irá registrar um impacto no sinal. Freqüências de defeito em mancais de rolamento Teoria Os mancais de rolamento possuem freqüências características de defeito que podem ser calculadas em função de sua geometria e da freqüência de rotação: Freqüências de defeito em mancais de rolamento Cálculo Onde: d = Diâmetro da esfera D = Diâmetro primitivo: = Ângulo de contato Z = número de esferas As freqüências características de defeitos podem ser calculadas através da seguinte formulação: Freqüências de defeito em mancais de rolamento Cálculo Onde: d = Diâmetro da esfera D = Diâmetro primitivo: = Ângulo de contato Z = número de esferas Considere o mancal de rolamento 6205: Freqüências de defeito em mancais de rolamento Demonstração 6205 - Rolamento fixo de uma carreira de esferas para aplicação com cargas radiais. Freqüências de defeito para o mancal de rolamento 6205: Freqüências de defeito em mancais de rolamento Demonstração As freqüências calculadas assumem que não há escorregamento entre as esferas e as pistas, quando de fato há. Sinais de vibração em mancais de rolamento Conceito Conforme o ângulo de carregamento varia com a posição de cada esfera do rolamento, ocorre uma mudança no carregamento de cada esfera. Como a gaiola obriga a velocidade média das esferas a ser a mesma, as esferas que estão na região mais carregada tentam girar mais lentamente, sendo carregadas pela gaiola, gerando um pequeno escorregamento. Os mancais de rolamento com defeito produzem sinais com padrões típicos dependendo do local onde está localizado o defeito: Sinais de vibração em mancais de rolamento Sinais tipicos Adaptado de Randal, R.B., Antony, J. Rolling element bearing diagnostics - A tutorial. Mechanical Systems and Signal Processing, Vol. 25 (2011) pag. 485-520 O sinal de defeito é modulado conforme a falha passa pelo local do dano: Sinais de vibração em mancais de rolamento Conceito Adaptado de Randal, R.B., Antony, J. Rolling element bearing diagnostics - A tutorial. Mechanical Systems and Signal Processing, Vol. 25 (2011) pag. 485-520 Desta forma, explicando o padrão do sinal de defeito na pista interna: Sinais de vibração em mancais de rolamento Sinais típicos Cada vez que uma das esferas passa sobre o defeito na pista é gerado um sinal de impacto. A Modulação do sinal ocorre por causa da rotação da pista interna (com a falha) em relação ao sensor (geralmente posicionado na caixa do rolamento). Superfície com dano Desta forma, explicando o padrão do sinal de defeito na pista externa: Sinais de vibração em mancais de rolamento Sinais típicos Cada vez que uma das esferas passa sobre o defeito na pista é gerado um sinal de impacto. Não ocorre modulação de amplitude, pois a falha na pista externa não se move em relação ao sensor (posicionado na caixa do rolamento) Superfície com dano Desta forma, explicando o padrão do sinal de defeito na esfera: Sinais de vibração em mancais de rolamento Sinais típicos Cada impulso é resultado do contato entre a esfera defeituosa e uma das pistas. A Modulação do sinal ocorre por causa do movimento radial da esfera com o giro do rolamento, conforme sua posição em relação ao sensor. Esfera com dano Exemplificando o padrão dos sinais coletados em rolamentos com vários tipos de defeito: Sinais de vibração em mancais de rolamento Sinais típicos Uma vez iniciado um defeito em um mancal de rolamento este progride em função do carregamento cíclico a que o elemento está submetido. As freqüências de defeito irão começar a surgir no espectro do sinal coletado e aumentar sua intensidade até o final da vida útil do mancal de rolamento. A evolução da falha pode ser dividida em quatro etapas de acordo com a progressão do dano. A seguir será apresentada a seqüência de evolução de uma falha do ponto de vista da análise espectral. Evolução da Falha em mancais de rolamento Conceito 1º Estágio 2º Estágio 3º Estágio 4º Estágio Evolução da falha em mancais de rolamento Avaliação da evolução da falha do ponto de vista da análise espectral Hz 1º Estágio 2º Estágio 3º Estágio 4º Estágio Evolução da falha em mancais de rolamento Avaliação da evolução da falha do ponto de vista da análise espectral Hz 1º Estágio 2º Estágio 3º Estágio4º Estágio Evolução da falha em mancais de rolamento Avaliação da evolução da falha do ponto de vista da análise espectral Hz 1º Estágio 2º Estágio 3º Estágio 4º Estágio Evolução da falha em mancais de rolamento Avaliação da evolução da falha do ponto de vista da análise espectral Hz 1º Estágio 2º Estágio 3º Estágio 4º Estágio Evolução da falha em mancais de rolamento Avaliação da evolução da falha do ponto de vista da análise espectral Hz A técnica do envelope por demodulação busca a região dos picos ressonantes em alta freqüência (500Hz – 20 KHz) para através da demodulação das freqüências de ressonância buscar pelas freqüências de defeito moduladas no sinal (região 2); Sinais de vibração em mancais de rolamento Conceito Utilizando a bancada experimental serão efetuadas coletas de dados demonstrando como se identificam os sinais de defeito em mancais de rolamento: Sinais de vibração em mancais de rolamento Experimento Montagem de um rolamento 6205 com defeito na pista interna: Freqüências a 25Hz (1500 rpm): Numero de Esferas 9 Diâmetro da Esfera 7,96mm Diâmetro da Pista Interna 31,04 mm Diâmetro da Pista Externa 46,72 mm Sinais coletados na bancada experimental com o eixo a 25Hz: Sinais de vibração em mancais de rolamento Experimento 25 50 85 97 177 113 122 267 Sinais coletados na bancada experimental: Sinais de vibração em mancais de rolamento Experimento Observe que no espectro do sinal não surge a freqüência de defeito de 135Hz, esperada para este rolamento. Isto ocorre pois a energia dos impactos é muito pequena, não permitindo que se destaque no espectro de freqüências. 25 50 85 97 177 113 122 267 Técnica do Envelope utilizando Demodulação: 1ª Etapa – Selecionar a freqüência ressonante (freqüência portadora): Sinais de vibração em mancais de rolamento Experimento 2850 Hz Calculando a abertura em 3,5 vezes a freqüência de defeito, temos os seguintes parâmetros para corte: Abertura: 3,5*135,5 = 474,25 Hz Freqüência inicial: 2375,25 Hz Freqüência final: 3324,25 Hz Região de corte ao redor da ressonância Técnica do Envelope utilizando Demodulação : 2ª Etapa – Extrair do sinal a região de interesse e retificar o sinal Sinais de vibração em mancais de rolamento Experimento 2850 Hz Aplicar o retificador meia-onda ao sinal selecionado: Técnica do Envelope utilizando Demodulação : 3ª Etapa – Aplicar o filtro ao sinal retificado Sinais de vibração em mancais de rolamento Experimento Aplicar o retificador meia-onda ao sinal selecionado: Técnica do Envelope utilizando Demodulação : 4ª Etapa – Extrair as freqüências e comparar com os valores calculados: Sinais de vibração em mancais de rolamento Experimento Valor identificado: 135,5 Hz Caracterizado defeito na pista interna do mancal de rolamento. As freqüências 25, 50, 99 correspondem a múltiplos da rotação do eixo, podendo indicar um desalinhamento. 25 50 135 99 160 270 Técnica do Envelope utilizando Demodulação : 4ª Etapa – Extrair as freqüências e comparar com os valores calculados: Sinais de vibração em mancais de rolamento Experimento Valor identificado: 135,5 Hz Caracterizado defeito na pista interna do mancal de rolamento. As freqüências 25, 50, 99 correspondem a múltiplos da rotação do eixo, podendo indicar um desalinhamento. 25 50 135 99 160 270 AMBIENTE MULTIMÍDIA DE SUPORTE À DISCIPLINA DE PÓS-GRADUAÇÃO FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DE MÁQUINAS Capítulo 3.2 – Avaliação de falhas com o uso de técnicas no domínio da freqüência 3.2 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio da freqüência Técnicas a serem estudadas: • Demodulação • HFRT – High Frequency Ressonance Technique ou Técnica do Envelope • Aplicação do envelope através do método da transformada de Hilbert 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas 3.2 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio da freqüência • Método da Transformada de Hilbert A Transformada de Hilbert pode ser compreendida como a relação entre as partes real e imaginária de uma Função Transferência. Pode ser usada para efetuar a demodulação em amplitude dentro da aplicação da técnica do envelope. A aplicação da técnica do envelope com a transformada de Hilbert é dividida em 6 passos discutidos a seguir. 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas 3.2 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio da freqüência • Análise do Envelope utilizando o método da Transformada de Hilbert O procedimento é dividido em 6 etapas: 1º Aplicar a FFT no sinal e identificar uma faixa para demodulação. 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas Adaptado de Randal, R.B., Antony, J. Rolling element bearing diagnostics - A tutorial. Mechanical Systems and Signal Processing, Vol. 25 (2011) pag. 485-520 3.2 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio da freqüência • Análise do Envelope utilizando o método da Transformada de Hilbert 2º Seccionar o sinal: 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas Adaptado de Randal, R.B., Antony, J. Rolling element bearing diagnostics - A tutorial. Mechanical Systems and Signal Processing, Vol. 25 (2011) pag. 485-520 3.2 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio da freqüência • Análise do Envelope utilizando o método da Transformada de Hilbert 3º Transladar o sinal da freqüência seccionada para o ponto zero, dobrando o comprimento do vetor com zeros: 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas Adaptado de Randal, R.B., Antony, J. Rolling element bearing diagnostics - A tutorial. Mechanical Systems and Signal Processing, Vol. 25 (2011) pag. 485-520 3.2 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio da freqüência • Análise do Envelope utilizando o método da Transformada de Hilbert 4º Aplicar a Transformada Inversa de Fourier para retornar ao domínio do tempo: 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas Adaptado de Randal, R.B., Antony, J. Rolling element bearing diagnostics - A tutorial. Mechanical Systems and Signal Processing, Vol. 25 (2011) pag. 485-520 3.2 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio da freqüência • Análise do Envelope utilizando o método da Transformada de Hilbert 5º Retificar o sinal efetuando a raiz quadrada da multiplicação do sinal pelo seu complexo conjugado, obtendo-se o módulo: 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas Adaptado de Randal, R.B., Antony, J. Rolling element bearing diagnostics - A tutorial. Mechanical Systems and Signal Processing, Vol. 25 (2011) pag. 485-520 3.2 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio da freqüência • Análise do Envelope utilizando o método da Transformada de Hilbert 6º Aplicar a FFT ao sinal retificado para extração das freqüências de defeito: 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas Adaptado de Randal, R.B., Antony, J. Rolling element bearing diagnostics - A tutorial. Mechanical Systems and Signal Processing, Vol. 25 (2011) pag. 485-520 3.2 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio da freqüência • Exercício: Desenvolver a aplicação da técnica do envelope utilizando a transformada de Hilbert para o conjunto de sinais abaixo: Site: www.wiley.com/go/randall Selecionar: “Data for assignments” Selecionar: “Chapter 5 – Data” Utilizar os arquivos: Goodbear.mat, fault1.mat, fault2.mat e fault3.mat 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas 3.2 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio da freqüência • Rotina em Matlab para processamento dos sinais do exercício: load xxxxxx.mat % Carrega o conjunto de dados.f1=xxxxxx(:,1); % Determina o vetor de dados para a variável f1 F1=fft(f1); % Aplica a FFT – 1ª etapa da técnica Zer1=zeros(2048,1); % Cria o vetor de zeros (a ser utilizado na decimação) Zer1(1:1000)=F1(min:max); % Secciona o sinal em torno da freqüência central % min=freq.inicial e max=freq. Final (aplica o envelope – % Etapa 2 da técnica) e translada o sinal para o ponto inicial % (1:1000) do vetor. % O restante do vetor Zer1 (1001:2048) permanece como % zero – 3º etapa da técnica 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas 3.2 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio da freqüência • Rotina em Matlab para processamento dos sinais do exercício: Env1=ifft(Zer1); % Aplica a transformada FFT inversa – 4º etapa da técnica Env2=abs(Env1); % Retifica o sinal gerando o valor absoluto (5º etapa da % técnica) df=fmax/1e5; % Cria o vetor de freqüência (trocar fmax pelo valor máximo % da freqüência do sinal. f=(0:2047)*df; % Gera o vetor de freqüências Sinal=fft(env1) % Aplica a FFT para alterar do domínio do tempo para o % domínio da freqüência – 6ª etapa da técnica. plot(f,Sinal) % Plota o gráfico com os resultados. 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas Técnica do Envelope o Método da Transformada de Hilbert : 1ª Etapa – Aplicar a FFT e selecionar a faixa de freqüência para demodular: Sinais de vibração em mancais de rolamento Experimento 2850 Hz Calculando a abertura em 3,5 vezes a freqüência de defeito, temos os seguintes parâmetros para corte: Abertura: 3,5*135,5 = 474,25 Hz Freqüência inicial: 2375,25 Hz Freqüência final: 3324,25 Hz 2850 Hz Técnica do Envelope o Método da Transformada de Hilbert : 2ª Etapa – Seccionar o sinal: Sinais de vibração em mancais de rolamento Experimento Até este momento é o mesmo procedimento do método do envelope por demodulação Técnica do Envelope o Método da Transformada de Hilbert : 3ª Etapa – Transladar o sinal da freqüência seccionada para o ponto zero, dobrando o comprimento do vetor com zeros: Sinais de vibração em mancais de rolamento Experimento Técnica do Envelope o Método da Transformada de Hilbert : 4ª Etapa – Aplicar a Transformada Inversa de Fourier para retornar ao domínio do tempo: Sinais de vibração em mancais de rolamento Experimento Técnica do Envelope o Método da Transformada de Hilbert : 5ª Etapa – Retificar o sinal efetuando a raiz quadrada da multiplicação do sinal pelo seu complexo conjugado, obtendo-se o módulo: Sinais de vibração em mancais de rolamento Experimento Técnica do Envelope utilizando o método da Transformada de Hilbert : 6ª Etapa – aplicar a FFT ao sinal retificado e extrair as freqüências: Sinais de vibração em mancais de rolamento Experimento Valor identificado: 135,5 Hz Caracterizado defeito na pista interna do mancal de rolamento. 25 47 13575 270 92 3.2 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio da freqüência • Rotina em Matlab para processamento dos sinais do exercício: load xxxx.mat % Carrega o vetor de dados Sinal=xxxxx(1:10000); % Define a amostra de 10000 pontos) t = [0:0.0001:0.9999]; % Definindo um vetor temporal de 10000 pontos sinal_hb = hilbert(sinal); % Transformada de Hilbert envelope = sqrt(sinal_hb.*conj(sinal_hb)); % Retifica o resultado da transformada de hilbert tem2=abs(fft(envelope)); % FFT sobre o sinal filtrado (hilbert) + retificado 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas Técnica do Envelope utilizando a Transformada de Hilbert como filtro : 1ª Etapa – Selecionar a freqüência ressonante (freqüência portadora): Sinais de vibração em mancais de rolamento Experimento 2850 Hz Calculando a abertura em 3,5 vezes a freqüência de defeito, temos os seguintes parâmetros para corte: Abertura: 3,5*135,5 = 474,25 Hz Freqüência inicial: 2375,25 Hz Freqüência final: 3324,25 Hz Região de corte ao redor da ressonância Técnica do Envelope utilizando a Transformada de Hilbert como filtro: 2ª Etapa – Aplicar a transformada de Hilbert e retificar o sinal multiplicando pelo seu complexo conjugado: Sinais de vibração em mancais de rolamento Experimento Ao sinal retificado aplica-se a FFT para no domínio da freqüência extrair as freqüências de defeito. Técnica do Envelope utilizando a Transformada de Hilbert como filtro : 3ª Etapa – Extrair as freqüências e comparar com os valores calculados: Sinais de vibração em mancais de rolamento Experimento Valor identificado: 135,5 Hz Caracterizado defeito na pista interna do mancal de rolamento. As freqüências 25, 50, 99 correspondem a múltiplos da rotação do eixo, podendo indicar um desalinhamento. 25 50 135 99 180 270 92 AMBIENTE MULTIMÍDIA DE SUPORTE À DISCIPLINA DE PÓS-GRADUAÇÃO FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DE MÁQUINAS Capítulo 3.3 – Avaliação de falhas com o uso de técnicas no domínio do tempo-freqüência 3.3 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio do tempo-freqüência Técnicas a serem estudadas: • STFT - Short Time Fourier Transform • Análise Wavelet 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas 3.3 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio do tempo-freqüência • STFT - Short Time Fourier Transform Também conhecida como Transformada de Fourier Janelada Consiste em mover uma janela de tempo pequeno sobre o sinal temporal e obter o espectro de Fourier em função do deslocamento no tempo. A idéia é isolar o sinal nas vizinhanças do instante t , então aplicar a Transformada de Fourier afim de estimar o conteúdo “local” de freqüência neste instante O comprimento ideal da janela temporal é correspondente a duração de um pulso do sinal. 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas 3.3 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio do tempo-freqüência • STFT - Short Time Fourier Transform A STFT possui resolução constante no tempo e freqüência. Esta resolução pode ser alterada redimensionando a janela temporal: - O uso de uma janela larga resulta em boa resolução na freqüência, porém resolução baixa no tempo. - O uso de uma janela estreita permitirá boa resolução no tempo e baixa resolução na freqüência (Schniter, 2005) 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas 3.3 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio do tempo-freqüência • STFT - Short Time Fourier Transform (Transformada de Fourier Janelada) 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas O sinal é particionado em partes de comprimento finito (janela de tempo aplicada ao sinal temporal). Aplica-se janelamento para evitar leakage e calcula-se a transformada de Fourier. H(t,f) 3.3 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio do tempo-freqüência • STFT - Short Time Fourier Transform (Transformada de Fourier Janelada) 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas O resultado é representado em termo da amplitude da função amplitude do envelope e seu quadrado representa os valores do espectro de força (power spectrum) em cada posição. H(t,f) 3.3 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio do tempo-freqüência • STFT - Short Time Fourier Transform (Transformada de Fourier Janelada) A curtose de cada freqüência (f) pode ser calculada através do 4º momento da função amplitude do envelope para cada bloco de dados. ou Como a curtose é uma medida da impulsividade do sinal, o valor da curtose será elevado na freqüência de ressonância, podendo ser utilizado como indicador para selecionar qual deverá ser a freqüência central a ser demodulada através do Envelope. 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas 2 1 2 1 4 1 1 n i i n i i XXn XX n K 2 ),( ),( )( 22 4 ftH ftH fK Ref.: Randal, R.B., Antony, J. Rolling element bearing diagnostics - A tutorial. Mechanical Systems and Signal Processing, Vol. 25 (2011) pag. 485-520 3.3 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio do tempo-freqüência Técnicas a serem estudadas: • STFT - Short Time Fourier Transform • Análise Wavelet 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas 3.3 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio do tempo-freqüência • Análise Wavelet Esta técnica consiste na decomposição do sinal num conjunto de bases de funções, chamadas de wavelets, em diferentes níveis de resolução (escalas) e tempos de localização. Estas funções possuem formato fixo e podem ser deslocadas e estendidas no tempo. A formulação para a transformada Wavelet é dada por: Onde: é a Wavelet mãe, transladada no tempo por b e dilatada por um fator a 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas dt a bt tx a baW * 1 ; t 3.3 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio do tempo-freqüência 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas • Exemplos de funções wavelets: Chapéu Mexicano Morlet 3.3 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio do tempo-freqüência 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas • Dilatação e translação das wavelets: Dilatação (a) Translação no tempo (b) 3.3 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio do tempo-freqüência 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas • Wavelets complexas A vantagem das wavelets complexas é que a parte imaginária é ortogonal à parte real (seno ao invés do cosseno), o que torna a wavelet insensível a posição (fase) Um exemplo de Wavelet complexa é a Wavelet de Morlet: 3.3 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio do tempo-freqüência 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas • Wavelets para monitoramento de máquinas As wavelets são aplicadas para remoção de ruído em sinais em ambos os domínios do tempo e da freqüência. A transformada discreta Wavelet (DWT) é uma implementação computacional relativamente simples para remoção do ruído dos sinais: DWT Ex:DWT remoção de ruído no domínio da freqüência 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 0 0.5 1 1.5 2 2.5 x 10 -4 FREQUENCY SPECTRUM - ENVELOPE Hz Hz 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 0 1 2 x 10 -4 FREQUENCY SPECTRUM - TIME-FREQUENCY Hz Hz 3.3 – Avaliação de falhas com técnicas do domínio do tempo-freqüência Referências bibliográficas • Chaplais, F. “A WAVELET TOUR OF SIGNAL PROCESSING BY STÉPHANE MALLAT. Academic Press, 1998. A SHORT PRESENTATION BY F. CHAPLAIS”. February 2, 1999. http://cas.ensmp.fr/~chaplais/Wavetour_presentation/Wavetour_presentation_US.html • Schniter, P. “Short-time Fourier Transform”. Version 2.13: 2005/10/05 15:21:14.374 GMT- 5 Connexions module: m10417. Creative Commons. http://cnx.rice.edu/content/m10417/latest/ 3 – Ferramentas de diagnóstico de falhas
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