Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AMBIENTE MULTIMÍDIA DE SUPORTE À DISCIPLINA DE PÓS-GRADUAÇÃO FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DE MÁQUINAS Mauro Hugo Mathias Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá Programa de Pós-graduação em Mecânica Área de Projetos Conteúdo do capítulo Neste capítulo efetuaremos o estudo de: 4.1 – Diagnóstico de máquinas; 4.2 – Desbalanceamento de eixos; 4.3 – Desalinhamento de eixos; 4.4 – Desalinhamento de correias; 4.5 – Componentes soltos; 4.6 – Falhas em engrenagens; 4.7 – Roçamento; 4.8 – Falhas em motores elétricos. 4 – Métodos de Diagnósticos de Máquinas AMBIENTE MULTIMÍDIA DE SUPORTE À DISCIPLINA DE PÓS-GRADUAÇÃO FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DE MÁQUINAS Capítulo 4.1 - Diagnóstico de máquinas Através da análise de vibrações de conjuntos mecânicos é possível identificar uma variedade de falhas e as mais comuns que respondem pela maior parte das ocorrências em manutenção são: • Desbalanceamento • Desalinhamento • Componentes soltos • Defeitos em mancais de rolamentos • Defeitos em engrenagens 4 - Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Teoria Os procedimentos experimentais demonstrados neste material serão executados em bancadas experimentais especialmente desenvolvidas para simulação das falhas a serem apresentadas: Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Procedimentos experimentais 1ª - Bancada para testes de: • Desbalanceamento; • Desalinhamento de eixos; • Desalinhamento de correias; • Mancais de rolamentos; • Falhas em engrenagens. Os procedimentos experimentais demonstrados neste material serão executados em bancadas experimentais especialmente desenvolvidas para simulação das falhas a serem apresentadas: Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Procedimentos experimentais 2ª Bancada para testes exclusiva para Mancais de rolamentos. Os procedimentos experimentais demonstrados neste material serão executados em bancadas experimentais especialmente desenvolvidas para simulação das falhas a serem apresentadas: Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Procedimentos experimentais 3ª Bancada para testes de: • Desalinhamento de eixos; • Falhas em engrenagens; • Mancais de rolamentos; • Acoplamentos flexíveis; Os procedimentos experimentais demonstrados neste material serão executados em bancadas experimentais especialmente desenvolvidas para simulação das falhas a serem apresentadas: Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Procedimentos experimentais 4ª Bancada para testes de: • Desbalanceamento; • Desalinhamento de eixos; • Falhas em engrenagens; • Mancais de rolamentos; • Componentes soltos; • Roçamento; • Falha em motores elétricos. • Quando se busca identificar falhas em máquinas rotativas, uma mudança no sinal de vibração pode ser considerada uma mudança na condição da máquina. • Vibrações tendem a se alterar com a velocidade e a carga da máquina, assim nesta primeira etapa iremos apresentar os sinais gerados por equipamentos que trabalham a carga e velocidade constante. 4 - Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Sinais gerados por máquinas rotativas AMBIENTE MULTIMÍDIA DE SUPORTE À DISCIPLINA DE PÓS-GRADUAÇÃO FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DE MÁQUINAS Capítulo 4.2 – Desbalanceamento de eixos O desbalanceamento ocorre quando há uma distribuição desigual de massa em torno da linha central de rotação de um eixo, gerando cargas nos mancais como resultado das forças centrífugas. Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Desbalanceamento Massa desbalanceando o eixo O desbalanceamento pode ser identificado no espectro de freqüências como um pico com valor igual ao valor de rotação do eixo: Não há a presença de harmônicas. 1x RPM Utilizando a bancada experimental nº 1 serão efetuadas coletas de dados demonstrando como se caracteriza o defeito desbalanceamento: Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Desbalanceamento - Exemplo Nos discos serão acopladas massas para induzir desbalanceamento no eixo em 3 condições: • Massas opostas a 180º (sem desbalanceamento) • Massas a 90º • Massas lado a lado (situação mais crítica) Utilizando a bancada experimental nº 1 serão efetuadas coletas de dados demonstrando como se caracteriza o defeito desbalanceamento: Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Desbalanceamento - Exemplo Video demonstrativo do experimento realizado disponível na base Teleduc na aba vídeos do cápítulo 4. 1º caso – Massas opostas (Eixo sem desbalanceamento) Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Desbalanceamento - Exemplo Massas no disco: Sinal coletado com eixo a 20 hz: Massa 1 Massa 2 Tempo Freqüência Freqüência de desbalanceamento não identificada Não há freqüência indicativa de falha no espectro 2º caso – Massas a 90º Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Desbalanceamento - Exemplo Massa 1 Massa 2 Surge pico no espectro a 20 hz Tempo Freqüência Massas no disco: Sinal coletado com eixo a 20 hz: Surge pico no espectro a 20 hz 3º caso – Massas lado a lado (situação mais crítica) Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Desbalanceamento - Exemplo Massa 1 Massa 2 Massas no disco: Sinal coletado com eixo a 20 hz: Tempo Freqüência Pico com alta amplitude Pico com alta amplitude Comparando os espectros dos 3 sinais coletados a 20hz (1200 rpm): Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Desbalanceamento - Exemplo Massas opostas Massas a 90º Massas lado a lado Visualização dos sinais coletados: A aquisição de dados encontra-se na base Teleduc (aquisições de sinais): •Desbalanceamento massas a 0 graus sinal no tempo e na freqüência •Desbalanceamento massas a 90 graus sinal no tempo e na freqüência •Desbalanceamento massas a 180 graus sinal no tempo e na freqüência Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Desbalanceamento - Exemplo AMBIENTE MULTIMÍDIA DE SUPORTE À DISCIPLINA DE PÓS-GRADUAÇÃO FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DE MÁQUINAS Capítulo 4.3 – Desalinhamento de eixos O desalinhamento ocorre quando o eixo motor e movido não estão no mesmo centro e pode ser de 2 tipos: • 1º Tipo: Angular: quando as linhas de centro estão em direções diferentes do tipo paralelo (quando as linhas de centro estão na mesma direção porem lado a lado). Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Desalinhamento O desalinhamento angular pode ser identificado no espectro de freqüências como um pico com valor igual ao valor de rotação do eixo e com a presença de harmônicas da rotação do eixo: Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Desalinhamento angular 1x RPM 2x RPM 3x RPM Este tipo de desalinhamento pode indicar componentes soltos que estão gerando impacto no sinal Utilizando a bancada experimental nº 4 serão efetuadas coletas de dados demonstrando como se caracteriza o defeito desalinhamento: Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Desalinhamento angular – exemplo nº 1 O eixo será colocado em desalinhamento angular em relação ao eixo motor para a aquisição de dados. Os pinos indicados na figura ao lado deslocam a base do eixo causando um desalinhamento angular. Sinal característico de desalinhamento angular com rotação de eixo 25Hz: Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Desalinhamento angular – exemplo nº1 1x RPM 2x RPM 3x RPM Visualização dos sinais coletados: A aquisição de dados encontra-se na base Teleduc (aquisições de sinais): • Desalinhamento angular na bancada nº 4 – execução • Sinal aquisitado demonstrando a forma do sinal e do espectro resultantes do desalinhamento angular. Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Desalinhamento angular – exemplo nº 1 Utilizando a bancada experimental nº 3 serão efetuadas coletas de dados demonstrando como se caracteriza o defeito desalinhamento: Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Desalinhamemento angular – exemplo nº 2 Foram montados proxímetros ao redor de um acoplamento flexível a fim de demonstrar o uso destes para avaliação de desalinhamentos de eixos. Sinal coletado e demonstrado através de um gráfico de órbita, mostrando o comportamento do eixo: Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Desalinhamento angular – exemplo nº 2 Visualização dos sinais coletados: A aquisição de dados encontra-se na base Teleduc (aquisições de sinais): • Sinal aquisitado demonstrando a forma do sinal no gráfico de órbita resultantes do desalinhamento angular Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Desalinhamento angular – exemplo nº 2 2º tipo de desalinhamento: Paralelo (quando as linhas de centro estão na mesma direção porem lado a lado). Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Desalinhamento paralelo O desalinhamento paralelo caracteriza-se por dois impactos por revolução do eixo (a cada 180º ocorre um impacto), gerando assim a freqüências de 2x RPM com maior amplitude que a de 1x RPM Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Desalinhamento paralelo 1x RPM 2x RPM 3x RPM Utilizando a bancada experimental serão efetuadas coletas de dados demonstrando como se caracteriza o defeito desalinhamento: Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Desalinhamento paralelo – exemplo nº 1 O eixo será colocado em desalinhamento paralelo em relação ao eixo motor para a aquisição de dados. Os pinos indicados na figura ao lado deslocam a base do eixo causando um desalinhamento paralelo. Sinal característico de desalinhamento paralelo com rotação de eixo 25Hz: Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Desalinhamento paralelo – exemplo nº 1 1x RPM 2x RPM 3x RPM Visualização dos sinais coletados: A aquisição de dados encontra-se na base Teleduc (aquisições de sinais): • Sinal aquisitado demonstrando a forma do sinal e do espectro resultantes do desalinhamento paralelo. Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Desalinhamento paralelo – exemplo nº 1 Sistemas de Diagnóstico de Máquinas AMBIENTE MULTIMÍDIA DE SUPORTE À DISCIPLINA DE PÓS-GRADUAÇÃO FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DE MÁQUINAS Mauro Hugo Mathias Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá Programa de Pós-graduação em Mecânica Área de Projetos Sistemas de Diagnóstico de Máquinas Conteúdo do capítulo Neste capítulo efetuaremos o estudo de: 4.1 – Diagnóstico de máquinas; 4.2 – Desbalanceamento de eixos; 4.3 – Desalinhamento de eixos; 4.4 – Desalinhamento de correias; 4.5 – Componentes soltos; 4.6 – Falhas em engrenagens; 4.7 – Roçamento; 4.8 – Falhas em motores elétricos. 4 – Métodos de Diagnósticos de Máquinas Sistemas de Diagnóstico de Máquinas AMBIENTE MULTIMÍDIA DE SUPORTE À DISCIPLINA DE PÓS-GRADUAÇÃO FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DE MÁQUINAS Capítulo 4.4 – Desalinhamento de correias Sistemas de Diagnóstico de Máquinas As correias tem boa capacidade de absorver choques e vibrações da transmissão, porém podem gerar ruídos e vibrações em toda a máquina. A freqüência de vibração é fator chave para determinar a natureza da vibração da correia, Se a correia estiver reagindo a outras forças a vibração terá a freqüência da fonte e a correia atua como um amplificador destes distúrbios. Em caso de correias múltiplas, todas precisam ter a mesma tensão, caso não tenham as que estiverem frouxas irão ter vibração excessiva e aumentar o desgaste das demais. Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Desalinhamento de correias Sistemas de Diagnóstico de Máquinas A freqüência de vibração causada pela correia ocorrerá em múltiplos da rotação da correia. A freqüência específica dependerá do diâmetro das polias e pode ser calculada a partir da equação: Os modos de falha que ocorrem com correias normalmente são: rachaduras ou fendas, lóbulos, tensão não apropriada, desalinhamento, cargas excessivas. Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Desalinhamento de correias 60 ____ * __ __* * RPMempoliadarotação correiadaoCompriment poliadadiâmetro nFcorreia Sistemas de Diagnóstico de Máquinas O desalinhamento de correias e polias gera sinais no espectro que são múltiplos da rotação da correia: Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Desalinhamento de correias 1x RPM 2x RPM 3x RPM Sistemas de Diagnóstico de Máquinas Utilizando a bancada experimental nº 1 serão efetuadas coletas de dados demonstrando como se caracteriza o defeito desalinhamento de correias: Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Desalinhamento de correias – exemplo A correia será colocada em posição deslocada nas polias de forma a não ficar a 90º em relação ao eixo motriz e movido. para a aquisição de dados. Sistemas de Diagnóstico de Máquinas Sinal característico de desalinhamento de correia: Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Desalinhamento de correias - exemplo Polia 1 (rotação: 38 Hz) Polia 2 (rotação: 47 Hz) Polia 1 Polia 2 Sistemas de Diagnóstico de Máquinas Visualização dos sinais coletados: A aquisição de dados encontra-se na base Teleduc (aquisições de sinais): • Desalinhamento de correia Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Desalinhamento de correias - exemplo Sistemas de Diagnóstico de Máquinas AMBIENTE MULTIMÍDIA DE SUPORTE À DISCIPLINA DE PÓS-GRADUAÇÃO FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DE MÁQUINAS Capítulo 4.5 – Componentes soltos Sistemas de Diagnóstico de Máquinas Este tipo de falha caracteriza-se pela perda de um ou mais pontos de fixação dos mancais dos eixos, assim a cada giro do eixo a sua direção de carregamento pode causar movimentação dos mancais: Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Componentes soltos (máquina em relação a sua base) Impacto Impacto Sistemas de Diagnóstico de Máquinas Este tipo de falha caracteriza-se por apresentar uma freqüência no sinal igual a 2x RPM e harmônicas. Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Componentes soltos (máquina em relação a sua base) 1x RPM 2x RPM 3x RPM 4x RPM 5x RPM 6x RPM Sistemas de Diagnóstico de Máquinas Utilizando a bancada experimental serão efetuadas coletas de dados demonstrando como se caracteriza o defeito: Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Componentes soltos - exemplo Os mancais serão desparafusados e a estrutura irá vibrar sob efeito do carregamento Alívio de torque Sistemas de Diagnóstico de Máquinas Sinal característico de componentes soltos com rotação de eixo 15hz: Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Componentes soltos - exemplo Remoção de torque Tempo Freqüência Sistemas de Diagnóstico de Máquinas Visualização dos sinaiscoletados: A aquisição de dados encontra-se na base Teleduc (aquisições de sinais): • Componentes soltos (sinal no tempo, freqüência e tempo_freqüência) • Vídeo da bancada em funcionamento mostrando a vibração do conjunto Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Componentes soltos - exemplo Sistemas de Diagnóstico de Máquinas AMBIENTE MULTIMÍDIA DE SUPORTE À DISCIPLINA DE PÓS-GRADUAÇÃO FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DE MÁQUINAS Mauro Hugo Mathias Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá Programa de Pós-graduação em Mecânica Área de Projetos Sistemas de Diagnóstico de Máquinas Conteúdo do capítulo Neste capítulo efetuaremos o estudo de: 4.1 – Diagnóstico de máquinas; 4.2 – Desbalanceamento de eixos; 4.3 – Desalinhamento de eixos; 4.4 – Desalinhamento de correias; 4.5 – Componentes soltos; 4.6 – Falhas em engrenagens; 4.7 – Roçamento; 4.8 – Falhas em motores elétricos. 4 – Métodos de Diagnósticos de Máquinas Sistemas de Diagnóstico de Máquinas AMBIENTE MULTIMÍDIA DE SUPORTE À DISCIPLINA DE PÓS-GRADUAÇÃO FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DE MÁQUINAS Capítulo 4.6 – Falhas em engrenagens Sistemas de Diagnóstico de Máquinas • As engrenagens permitem a transmissão de potência com ou sem redução de velocidade e a relação de rotação entre os eixos está ligada ao número de dentes entre os pinhões em contato: Falhas em engrenagens Teoria F1 F2 N1 – Numero de Dentes – N2 N1 * F1 = N2 * F2 Ou F2 N1 F1 N2 = Sistemas de Diagnóstico de Máquinas • A relação entre as engrenagens estabelece a freqüência de engrenamento (Fe) que corresponde ao rítmo de engrenamento dos dentes. FE = N1 * F1 = N2 * F2 Falhas em engrenagens Freqüências características F1 F2 N1 N2 A amplitude do sinal da freqüência de engrenamento Fe depende da carga da máquina pois a engrenagem está transmitindo torque. Sistemas de Diagnóstico de Máquinas • O sinal coletado em um engrenamento sem falhas mostra a freqüência de engrenamento Fe e seus harmônicos. FE = N1 * F1 = N2 * F2 Falhas em engrenagens Freqüências características F1 F2 N1 N2 Fe 3*Fe 2*Fe Sistemas de Diagnóstico de Máquinas • Desgaste dos dentes Quando os dentes da engrenagem são desgastados, surgindo folgas entre eles, a velocidade de rotação não muda, porém passam a surgir choques entre os dentes que se manifestam no sinal com um aumento da amplitude da Fe. Falhas em engrenagens Modos de Falha Fe 3*Fe2*Fe Sistemas de Diagnóstico de Máquinas • Folga insuficiente entre os dentes Se a folga entre os dentes for muito pequena, resulta em esforço extra no engrenamento e no desengrenamento, alterando o espectro aumentando a amplitude da freqüência 2*Fe Falhas em engrenagens Modos de Falha Fe 3*Fe 2*Fe Sistemas de Diagnóstico de Máquinas • Deflexão devido ao carregamento O dente da engrenagem sofre deflexão em função do carregamento, resultando no suporte da carga por um diferente numero de dentes com a variação da carga e da rotação, o que resulta em sinal distorcido na freqüência de engrenamento. Falhas em engrenagens Modos de Falha Tempo Forma de onda típica Sistemas de Diagnóstico de Máquinas • Dente quebrado A passagem de um dente quebrado causa um choque a cada volta o espectro de freqüência apresenta uma série de picos (harmônicos) da freqüência de rotação da engrenagem com o dente quebrado. Falhas em engrenagens Modos de Falha Fi 3*Fi 2*Fi Fi Sistemas de Diagnóstico de Máquinas • Eixo com pinhão ovalizado A pressão sobre os dentes da engrenagem sofre uma modulação conforme ocorre a rotação do eixo. O resultado no espectro são bandas laterais de largura igual a rotação da engrenagem defeituosa (F1) ao redor da Fe. Falhas em engrenagens Modos de Falha 3*Fi Fe F1 F2 Fe+F1Fe+F1Fe-F1 Sistemas de Diagnóstico de Máquinas • É possível a ocorrência de mais de uma falha (exemplo: dente quebrado e ovalização de eixo), isto pode dificultar o diagnóstico da falha. • Neste caso é possível distinguir a falha através da comparação das amplitudes no espectro: Falhas em engrenagens Combinação de falhas Fe 3*Fe 2*Fe Amplitude decrescente: • Desgaste excessivo Sistemas de Diagnóstico de Máquinas • É possível a ocorrência de mais de uma falha (exemplo: dente quebrado e ovalização de eixo), isto pode dificultar o diagnóstico da falha. • Neste caso é possível distinguir a falha através da comparação das amplitudes no espectro: Falhas em engrenagens Combinação de falhas Fe 3*Fe 2*Fe 2*Fe > Fe • Folga insuficiente Sistemas de Diagnóstico de Máquinas • É possível a ocorrência de mais de uma falha (exemplo: dente quebrado e ovalização de eixo), isto pode dificultar o diagnóstico da falha. • Neste caso é possível distinguir a falha através da comparação das amplitudes no espectro: Falhas em engrenagens Combinação de falhas Fe 3*Fe2*Fe Amplitude constante • Folga excessiva Sistemas de Diagnóstico de Máquinas • As falhas em engrenagens se caracterizam pela freqüência de engrenamento, o monitoramento constante da sua amplitude pode servir como alarme. • È importante considerar o percentual de aumento da amplitude e não só o valor absoluto. Cada caso deve ter um valor de alarme analisado e definido. • O parâmetro para identificar problemas de engrenamento é a aceleração e a modulação pode ser confirmada através de envelope. Falhas em engrenagens Monitoramento por valor global Sistemas de Diagnóstico de Máquinas Utilizando a bancada experimental serão efetuadas coletas de dados demonstrando como se evidencia a freqüência de engrenamento: Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Freqüência de engrenamento – exemplo Uma engrenagem sem danos será montada no eixo. Freqüência Eixo:14Hz Nº Dentes: 60 e 40 Freqüência Engrenamento:822 Hz Sistemas de Diagnóstico de Máquinas Utilizando a bancada experimental serão efetuadas coletas de dados demonstrando como se evidencia a freqüência de engrenamento: Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Freqüência de engrenamento – exemplo Vídeo demonstrativo do experimento realizado disponível na base Teleduc na aba vídeos do cápítulo 4. Sistemas de Diagnóstico de Máquinas Sinal característico de engrenagem sem defeito, existindo somente a freqüência de engrenamento: Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Freqüência de engrenamento – exemplo Freqüência Engrenamento:822 Hz Sistemas de Diagnóstico de Máquinas Utilizando a bancada experimental serão efetuadas coletas de dados demonstrando como é o sinal característico de uma falha em engrenagem: Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Falha em engrenagem – exemplo Uma engrenagem com um dente quebrado será montada no eixo. Freqüência Eixo:14Hz Nº Dentes: 60 e 40 Freqüência Engrenamento:822 Hz Sistemas de Diagnóstico de Máquinas Sinal característico de engrenagem com defeito (dente quebrado), mostrando a harmônica características da falha e uma amplitude bem maior na freqüência de engrenamento: Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Falha em engrenagem – exemplo Freqüência Engrenamento:822 Hz Harmônica Freqüência Engrenamento:822 Hz Sistemas de Diagnóstico de Máquinas Visualização dos sinais coletados: A aquisição de dados encontra-se na base Teleduc (aquisições de sinais): • Freqüência de engrenamento – Engrenagem sem defeito • Freqüência deengrenamento – Engrenagem com defeito (dente quebrado) Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Falha em engrenagem – exemplo Sistemas de Diagnóstico de Máquinas AMBIENTE MULTIMÍDIA DE SUPORTE À DISCIPLINA DE PÓS-GRADUAÇÃO FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DE MÁQUINAS Capítulo 4.7 – Roçamento Sistemas de Diagnóstico de Máquinas • O roçamento é o contato eventual entre partes estacionárias e rotativas de uma máquina podendo gerar vibrações na freqüência de rotação, no dobro dela, em seus sub-múltiplos e altas freqüências. • Se o atrito for contínuo poderão aparecer vibrações numa faixa larga em altas freqüências. Quando o roçamento for parcial, aparecem no espectro picos correspondentes às freqüências naturais do sistema • Esse tipo de vibração é muito comum em selos de máquinas rotativas ou quando há eixos empenados, partes quebradas ou danificadas que levam ao atrito entre metal. • Pode ocorrer também em pás de agitadores ou misturadores nas paredes do tanque, em máquinas de fluxo tipo axial onde as pás do rotor podem roçar as pás do estator. Roçamento Teoria Sistemas de Diagnóstico de Máquinas • Representação de roçamento: Roçamento Teoria Selo de máquina que atrita com o eixo em rotação 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0xRPM AMBIENTE MULTIMÍDIA DE SUPORTE À DISCIPLINA DE PÓS-GRADUAÇÃO FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DE MÁQUINAS Mauro Hugo Mathias Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá Programa de Pós-graduação em Mecânica Área de Projetos Conteúdo do capítulo Neste capítulo efetuaremos o estudo de: 4.1 – Diagnóstico de máquinas; 4.2 – Desbalanceamento de eixos; 4.3 – Desalinhamento de eixos; 4.4 – Desalinhamento de correias; 4.5 – Componentes soltos; 4.6 – Falhas em engrenagens; 4.7 – Roçamento; 4.8 – Falhas em motores elétricos. 4 – Métodos de Diagnósticos de Máquinas AMBIENTE MULTIMÍDIA DE SUPORTE À DISCIPLINA DE PÓS-GRADUAÇÃO FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DE MÁQUINAS Capítulo 4.8 – Falhas em motores elétricos Rotor Falhas em motores elétricos Motor de Indução trifásico Estator Ventilador Um motor de indução possui freqüências características mesmo que não tenha nenhuma falha, são as chamadas assinaturas de vibração do motor. Estas freqüências são(em parêntesis a notação que iremos utilizar neste curso): • Freqüência de alimentação – (Fal) • Freqüência de rotação – (Frt) • Freqüência do campo magnético (Fcm) • Freqüência de escorregamento (Fes) • Freqüência de ranhura – (Fran) Falhas em motores elétricos Freqüências básicas de um motor elétrico • Freqüência de alimentação – (Fal) – É a freqüência elétrica – 60 Hz • Freqüência de rotação – (Frt) – É a freqüência real com que o motor está girando, depende da carga que está aplicada. • Freqüência do campo magnético (Fcm) – É a freqüência de alimentação dividida pelo numero de pólos do motor Falhas em motores elétricos Freqüências básicas de um motor elétrico polosn Fal Fcm º • Freqüência de escorregamento (Fes) – O rotor do motor não gira com velocidade síncrona, mas escorrega para trás no campo girante. A freqüência de escorregamento é a diferença entre velocidade síncrona e a velocidade do rotor. A Fes é calculada multiplicando a freqüência de alimentação pelo escorregamento do motor, que é calculado por: Onde: Nm = Freqüência de rotação do motor (medida no motor) Ns = Rotação síncrona (do campo) Falhas em motores elétricos Freqüências básicas de um motor elétrico Ns NmNs S pólosn Fal Ns º*60 *120 • Freqüência de ranhura (Fran) – As ranhuras do entreferro tanto no estator quanto no rotor geram vibração, pois criam desbalanceamento de forças magnéticas de atração, conseqüência da variação da relutância do circuito, em função da taxa de passagem pelas ranhuras do estator e do rotor. Falhas em motores elétricos Freqüências básicas de um motor elétrico A freqüência de ranhura é calculada por: Fal = Freqüência da rede Rs = Numero de ranhuras do rotor S = escorregamento unitário P = numero de pares de pólos K = zero ou nº par (2,4,6,8,…) KP SRs FalFram 1* * • Maquinas com conjunto rotativo leve e estruturas robustas e pesadas tem a maioria das forças geradas pelo rotor, como movimento relativo entre o eixo e o mancal. A estrutura da máquina funciona como amortecimento, assim deve-se medir a vibração no rotor, através de sensores sem contato. • Máquinas com conjunto rotativo pesado, apoiado em mancais rígidos e com estrutura leve, tem as forças gerada pelo rotor dissipadas através dos mancais da estrutura, assim o melhor ponto para medição está localizado na estrutura da máquina, próximo a mancais de rolamentos ou chapas grossas. Falhas em motores elétricos Como medir a vibração em motores elétricos Em um motor de indução os defeitos de origem elétrica podem ser resultado de: • Degradação do isolamento da bobina do estator • Desequilíbrio da alimentação • Quebra das barras do rotor • Quebra do anel curto-circuito Os defeitos de origem mecânica podem ser identificados como: • Rotor excêntrico ou desbalanceado • Ventoinha quebrada Falhas em motores elétricos Defeitos de origem elétrica e mecânica As falhas: • Degradação do isolamento da bobina do estator • Desequilíbrio da alimentação • Enrolamentos em curto e folgas no entreferro do motor Caracterizam-se por uma freqüência no espectro de vibração igual a duas vezes a freqüência de alimentação. A amplitude é determinada pela carga do motor. 2*Fal (Freqüência de alimentação) Falhas em motores elétricos Defeitos elétricos As falhas: • Quebra das barras do rotor • Quebra do anel curto-circuito Caracterizam-se pelo surgimento de bandas laterais ao redor da freqüência de rotação do motor (Nm) igual ao valor da freqüência de pólos que por sua vez é igual a 2x o valor da freqüência de escorregamento (Fes) Falhas em motores elétricos Defeitos elétricos Nm 2*Fes 2*Fes Um rotor excêntrico ou um rotor desbalanceado provocam variações no campo magnético entre os pólos do estator e o rotor (altera o chamado air gap – distância entre o rotor e o estator), causando uma freqüência de 1X rpm no sinal medido no motor: Falhas em motores elétricos Rotor excêntrico ou desbalanceado Nm 2*Fs 2*Fs Como saber se o defeito é mecânico (Desbalanceamento) ou elétrico (Excêntrico)? • Deve-se medir a vibração no momento em que a corrente de alimentação do motor é cortada, duas situações podem ocorrer: • 1º - Amplitude de vibração decai bruscamente: Problema é elétrico e pode ser causado por excentricidade do rotor no estator • 2º - Amplitude decai lentamente: Problema mecânico possivelmente devido a desbalanceamento do rotor. Falhas em motores elétricos Rotor excêntrico ou desbalanceado Método da análise de corrente • Utiliza medidores não-invasivos ao motor para obter o sinal elétrico de entrada das fases do motor, assim é possível efetuar a análise do espetro da freqüência de alimentação do motor. • É indicada para identificação de barras quebradas no rotor e desbalanceamento de tensão. Falhas em motores elétricos Métodos de análise de falhas em motores elétricos Método do fluxo magnético • Utiliza uma bobina imersa no campo magnético girante produzido pelas correntes do estator. Qualquer pequeno desbalanceamento no fluxo magnético é perceptível pela bobina. • Este método é indicado para identificação de barras quebradas no rotor, desequilíbrio de fases e problemas nos enrolamentos do motor. • Possuia vantagem de não precisar saber o numero de barras e a carga do motor para identificar anomalias nas espiras. Falhas em motores elétricos Métodos de análise de falhas em motores elétricos Utilizando um motor de indução trifásico de 1cv, 4 pólos e 220 de alimentação (ligação em triângulo). Com o auxilio de um reostato com entrada 220V e saída variável entre 0 e 250V foi induzido um desbalanceamento de corrente no motor. Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Falhas em motores elétricos – exemplo Bancada de testes As freqüências básicas observadas na assinatura de vibração de um motor sem defeito são: • Freqüência de alimentação – (Fal) = 60 Hz e Múltiplos da freqüência de alimentação: : 2xFal = 120 Hz • Freqüência de rotação – (Frt) = 1750 rpm = 29,17 Hz Múltiplos da freqüência de rotação: 2x Frt = 58,38 Hz, 3xFrt = 87,50 Hz • Freqüência de ranhura – (Fran) = 875 Hz e múltiplos: 2x Fran = 1750 Hz Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Falhas em motores elétricos – exemplo Inicialmente foi efetuada uma coleta sem desbalanceamento. A corrente em cada uma das fases foi de 1 Ampere. Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Falhas em motores elétricos – exemplo Espectro normal No gráfico do osciloscópio podemos distinguir dois picos: 28 Hz – Freqüência de rotação (Frt) 360 Hz – Múltiplo da freqüência de alimentação (Fal) Uma segunda medição foi efetuada induzindo-se um desequilíbrio em uma das fases. A corrente da fase com o reostato é de 1,8A enquanto as demais estão com 3,0A. Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Falhas em motores elétricos – exemplo Espectro com desequilíbrio de fase No gráfico do osciloscópio podemos distinguir dois picos: 28 Hz – Freqüência de rotação (Frt) 120 Hz –Freqüência de alimentação (Fal) 240Hz - Múltiplo da freqüência de alimentação (Fal)
Compartilhar