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Atenção: não altere o conteúdo deste slide Para visualizar este conteúdo digital, é preciso ter instalado o plugin Slides de Aula, disponível no Livro Digital Estados modernos @SOC438 Entender a relação entre as novas estruturas dos Estados Nacionais e os tipos de liberdades civis e políticas que lhes seguem. Compreender o papel do Estado como agente da classe dominante. Visualizar a burocratização da esfera estatal e o crescimento em tamanho e complexidade da esfera jurídica na consolidação de uma nova cidadania. Conhecer as definições de Estado presentes nos clássicos da Sociologia. Compreender o papel do cidadão no mundo democrático. * Resposta: Em geral, o Estado pode ser definido como uma instituição organizada social, política e juridicamente com base em uma lei máxima chamada Constituição. É reconhecido interna e externamente (pela comunidade internacional) e, por meio de um governo, em geral eleito pelos cidadãos, exerce soberania sobre um território. O Estado moderno – fruto da Revolução Francesa (1789) ou da constitucionalização das monarquias absolutistas europeias (Revolução Gloriosa na Inglaterra, por exemplo) – é um órgão dotado de um corpo de funcionários treinados e contratados, na maioria das vezes, por concursos públicos legais em exames que avaliam seu saber específico e sua competência técnica. O Estado é ainda regido por regras relativamente estáveis e, dessa forma, é o executor do poder político. É por meio dele que age o governo. Verificar se os alunos sugerem espontaneamente os elementos Constituição, soberania e território. * Resposta: Apenas nos casos de Estados modernos (e cujo regime político é a democracia) é possível considerar (ao menos idealmente) um cidadão de fato livre, em condições de exigir seus direitos e ter garantida a liberdade de exprimir suas convicções políticas, religiosas, preferências sexuais, independentemente de sua origem social, econômica, etc. * * Professor, o slide serve para mostrar a natureza de classe do Estado capitalista, segundo Marx: o Estado não é o representante da sociedade ou do interesse de todos, mas uma instituição a serviço de um grupo (a classe dominante) e contra outros grupos no interior da sociedade (os dominados). No interior da estrutura do Estado, existiam diversas instâncias administrativas. São os níveis decisórios de poder, controlados de maneira conflituosa pelas diversas frações da classe burguesa dominante. Esta ideia está representada ainda na matéria de jornal do próximo slide. * Este trecho de matéria jornalística é um exemplo da tese de Marx de que, no interior da estrutura do Estado, suas diversas instâncias administrativas e seus níveis decisórios de poder são controlados de maneira conflituosa pelas diversas frações da classe política dominante. A estrutura do Estado está organizada sob formas de secretarias ou ministérios de Estado e quem ocupa esses postos acaba por deter uma parcela real de poder político. Por isso, esses cargos são muito disputados pelos membros do partido (ou da coligação de partidos) que está no poder. Marx afirmou que a conquista do Estado é o objetivo da luta política e o principal espólio do partido vencedor. É importante frisar que este jogo político, exposto pelo exemplo da matéria jornalística, ocorre de maneira independente das siglas partidárias envolvidas e de suas ideologias. O jogo é regido pelo acesso às verbas públicas, que dão poder e respaldo político. Não significam um descumprimento das leis, mas apenas uma disputa por poder, própria do meio político. Como Marx explica isso? “O Estado não passa de um comitê executivo para gerir os negócios comuns de toda a burguesia”. * * Esta imagem pode servir para uma análise sobre a materialização (a configuração na prática) da estrutura burocrática estatal. Weber já havia percebido que alguns Estados, aparentemente, burocratizaram-se em demasia, ou seja, têm funcionários e regras (normas, procedimentos, etc.) em excesso. Em consequência, tornaram-se lentos e inoperantes, além de custosos. * A imagem da câmera de segurança servirá para debater o fato de a estrutura burocrática nos Estados ter levado a um aumento de poder na mão dos governos e ao controle excessivo dos cidadãos por meio do acesso de dados pessoais informatizados, câmeras, satélites, etc. Esse processo permite aos dirigentes políticos restringirem, em alguns casos, muitas das liberdades individuais. Porém, para o cidadão moderno, o Estado racional-legal foi a melhor garantia de respeito, liberdade e aperfeiçoamento das leis, por meio da eleição democrática dos membros do Congresso Nacional. * * Professor, esta matéria ajudará os alunos a entenderem a importância que Durkheim dá ao Estado. Este, para o autor, é como um grupo especial de funcionários encarregados de exercer a autoridade (ou o poder) em uma dada sociedade. O Estado é um “órgão eminente”, uma espécie de instituição com funções sociais definidas. Tal como para Weber, Durkheim advogava a tese de que eram os Estados modernos que garantiam as liberdades individuais, mesmo quando, em tempos de guerra, as liberdades individuais diminuíam. Durkheim afirmava que, com o aumento do poder do Estado, os direitos do indivíduo também se desenvolveram. Isso porque, de certa maneira, o indivíduo era um dos produtos da atividade do Estado. Para Durkheim, foi o Estado que “[...] subtraiu a criança à dependência patriarcal, à tirania doméstica; foi ele que livrou o cidadão dos grupos feudais, mais tarde comunais, foi ele que livrou o operário e o patrão da tirania corporativa [...]”. (DURKHEIM, 2002, p. 89). Assim, todo o aparato legal e administrativo, todo o corpo de funcionários necessário à função de proteção e de promoção do indivíduo seriam bem-vindos. Tomando como exemplo o trabalhador destacado no slide e as características de sua função, pode-se ressaltar outro ponto importante da análise durkheimiana. Sendo o Estado uma agência muito grande e distante dos indivíduos reais, Durkheim ressalta a importância da organização de sindicatos, grupos corporativos, enfim, agências que representem e reivindiquem direitos trabalhistas. Por exemplo, o mergulhador do Rio Tietê recebe um salário completamente incompatível com a sua função, que é de extrema importância, porém exige dele meter-se no que há de mais nojento na interferência do ser humano na natureza. O salário-base é muito baixo e ainda está defasado. Quando ele se aposentar, perderá uma boa fatia de sua renda e sua situação, após tantos anos de dedicação a uma função tão insalubre, piorará muito. * * Durkheim era humanista e procurou resgatar a herança humanista da Revolução Francesa. Sua visão espelha uma tendência da época: a necessidade de definir juridicamente o papel do indivíduo nas sociedades modernas e democráticas. Nesse sentido, os escritos de Durkheim também contribuíram para o fortalecimento do cidadão moderno. Lembre os alunos do que dizem os Direitos Constitucionais dos Trabalhadores em seu Art. 7º da Constituição Federal: XXIII – adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; XXXII – proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos”. A Declaração Universal dos Direitos Humanos, artigo 23º, diz: “Toda pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego.” "Toda pessoa que trabalha tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que lhe assegure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana, e a que se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social." Questione se esses direitos estão sendo preservados nesse caso. Comente a discriminação (na remuneração) entre trabalho manual e intelectual existente neste exemplo. * *
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