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Arte Grega

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AULA 04 – ARTE GREGA (+-500 a.C.) - Texto -Atividades – Exercícios – Tarefa
TEMA: Arte Grega. Grécia Antiga. Século V a.C. Século de Péricles, Idade de ouro. Antiguidade Clássica. Cultura clássica.
OBJETIVOS: Apresentar a arte grega em pintura, escultura, arquitetura e teatro. Fazer com que o aluno compreenda basicamente o que é a linguagem clássica da arquitetura (a), proporção áurea (b), modelo de beleza masculino (Kourós) (c), pintura em vasos (d), teatro de arena (e), Tragédia e Comédia (f).
RESUMO:
Arte APOLÍNEA por excelência;
Arte que une o masculino ao masculino com a intenção de produzir o excesso de razão (razão + razão = masculino + masculino);
O modelo de perfeição na Grécia era o Kourós (“menino bonito”);
As pinturas em vaso possuíam fundo escuro e figura clara e vice-versa e mais pareciam histórias em quadrinhos,
O teatro grego era o momento especial em que o povo experimentava a CATARSE através dos sentimentos exaltados suscitados pela ‘tragédia’ ou as gargalhadas deflagradas pela ‘comédia’.
IMAGENS:
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”Kourós” ou ‘Kourói’, ou “meninos bonitos’, modelo de perfeição grego --> ‘homem jovem e atlético’. 
 
TEXTO:
A arte grega que iremos abordar refere-se à cultura desenvolvida na Grécia Antiga no período de Péricles (séc. V a.C. ou ‘século de ouro’), que é o período de auge da cultura grega antiga. Interessante é notar que o povo grego foi um povo diferente de outros povos do passado. Sua civilização era caracterizada pelo cultivo de um “espírito de liberdade”. De onde vem essa ‘liberdade’? Essa é a pergunta que tentaremos responder. Obcecados também pela busca da ‘perfeição’ como ideia e como manifestação física, não só a filosofia e a matemática gregas serão um reflexo disso, mas também a plasticidade das formas perfeitas no mármore das esculturas.
No Egito e na Mesopotâmia o terreno plano e o clima desértico induziam a escravidão, já que a geografia do local não permitia esconderijos naturais. Na Grécia era diferente: seu terreno é montanhoso e insular, além do clima mediterrâneo e isso sim é o que permitia tais esconderijos naturais. Esse fato é importante, pois não foram poucas as vezes em que populações inteiras de escravos e demiurgos – camadas mais desfavorecidas da população – fugiram e se esconderam em montanhas próximas à uma polis (cidade grega). Negavam-se a voltar ao trabalho enquanto não fossem concedidos a eles direitos políticos. O povo grego não permitia que fossem manipulados por intimidação e força, senão pela barganha, pelo acordo político ou pela sedução pura e simples. Não é à toa que foi em solo grego que aparece a filosofia, a retórica, a política, a democracia e a sofística. Para todas essas atividades era preciso o cultivo da dúvida, do engodo, do argumento, da demagogia ou mesmo da mentira. E isso tudo não teria sido possível sem o tal “espírito de liberdade”.
Por isso mesmo que a pedagogia na Grécia antiga era exercida sob o cabedal da pederastia. A relação afetiva entre professor e aluno ou entre tutor e tutoriado ou mestre e discípulo era primordial. O filósofo Platão, em seu livro A República afirmava que só poderiam ser cidadãos gregos quem era homem (mulher está fora), livre (escravo também está fora), maior de 21 (menor está fora) e que havia sido instruído por um mestre cuja pedagogia incluía a pederastia. Platão foi tutoriado por Sócrates e tutoriou Aristóteles. Esse por sua vez tutoriou Alexandre, O Grande. Assim funcionava a educação grega: só para homens e homens livres! Não que a Grécia fosse “gay” (como classificaríamos jocosamente nos dias de hoje), mas sim, a cultura grega tentou excluir tudo que fosse “feminino”, “emocional”, “irracional”, “ctônico” e “caótico”. Por isso dizemos que sua arte era APOLÍNEA. O apolinismo é “masculino”, “racional” e “ordeiro”. A intenção da cultura grega foi produzir uma manifestação artística mais que racional: diríamos RACIONAL em EXCESSO. Por isso a interação “masculino+masculino” não deve ser lida como “gay”, mas sim como “racional+racional”, ou seja, repetindo: “racional em excesso”. 
A escultura grega, por exemplo, nasce da estatuária cretense, toda feminina, com suas peças representando mulheres com seios à mostra, adornados com cobras e serpentes. Era o retrato perfeito do aspecto dionisíaco. Isso, porém foi se modificando aos poucos. Os povos que constituem a formação primordial da Grécia são os Cretenses e depois os Dórios. Os habitantes da ilha de Creta eram orientais e dionisíacos. A civilização Dórica provinha do Norte, eram loiros e apolíneos. Foi a influência dos Dórios que elevou o aspecto apolíneo sobre o dionisíaco. Mesmo as esculturas femininas na Grécia do ano 500 a.C. eram masculinizadas. O material mármore foi importante para os gregos conseguirem formas mais perfeitas e naturais. O granito era muito duro e o arenito, quebradiço. No mármore há uma certa “carnosidade”, ou seja, é um material que possui a capacidade de imitar a “carne” humana, suas texturas e formas corporais. No arenito egípcio, menos “carnoso”, as formas obtidas só podiam ser plasmadas em posturas corporais contidas e rígidas. Mesmo assim os primeiros Kourós as imitavam. Porém, é possível notar que os gregos vão liberando os movimentos aos poucos, descolando braços e pernas, esculpindo posturas mais livres, amplas e atléticas. Além disso, os Kourós eram simples “ideias” ou “conceitos” e não esculturas imitando “pessoas reais”, como um rei, um faraó, um herói ou um deus. Um Kourós era simplesmente a própria ideia da masculinidade:
 
FaraóMiquerinos Kourós grego Kourós grego Doríforós
Na arquitetura, consagra-se a chamada linguagem clássica grega. Os templos gregos como o Parthenon de Atenas é o modelo perfeito disso: mesmo em ruínas, é possível notar seus frontões triangulares, o entablamento com frisos e cornijas, as ordens de colunas e seus capitéis “dóricos”, “jônicos” e “coríntios”. 
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Templo grego dedicado à deusa Atena, o Parthenon Ordens ou Estilos gregos – capitéis de colunas
Por fim, o teatro grego grego foi uma das manifestações mais interessantes e significativas da cultura antiga. Possuía não só uma função estética, mas também um papel político e até psicológico. Sua origem remonta às festividades e rituais ligados ao culto à Dionísio, deus grego do caos, da balbúrdia, da festa, da vida regalada pelos excessos de vinho e boa comida. Ao inverso do restante de suas manifestações artísticas o “apolinismo” parece que não entrou aqui. Fica-se com a impressão de que toda a Grécia era apolínea restando ao teatro abrigar o dionisíaco, mas não é tão simples assim. O correto seria pensar numa civilização helênica que na ânsia de querer se tornar tão apolínea e racional teve que sistematizar o dionisíaco. Essa sistematização foi manifesta em três criações: um espaço para as apresentações como um teatro de arena (a), o uso de máscaras (b) e o incremento dos temas em dois gêneros principais como a Tragédia e Comédia (c). O teatro servia para povo grego dar vazão à catarse, ou à “atitude ou ato de extravazar os sentimentos”, ou seja, gritar, chorar e se emocionar. Curiosamente o teatro grego não apenas “mostrava nossos desejos”, mas “ensinava o quê e como desejar”.
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EXERCÍCIOS:
Observe as imagens abaixo e preencha (com o professor, se possível) os campos explicativos. Está representado um Teatro de Arena, com suas divisões. Ressalta-se aqui a importância do Coro e sua função espacial e social:�� �� 
 (PALCO:_____________________________________________________________________________________________________________.
(CORO:______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ . (PLATÉIA:_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ .
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