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RESUMO MACROECONOMIA - Contabilidade Social (Cap. 9)

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RESUMO – Contabilidade Social (Cap. 9)
A macroeconomia analisa os grandes agregados de forma fundamental e de forma simplificada mostra o quanto à economia produziu, consumiu, poupou, exportou etc. Assim foi desenvolvida a Contabilidade Social, onde mensura a totalidade das atividades econômicas no contexto estudado.
Existem pressupostos básicos da Contabilidade Social, onde, as contas procuram medir a produção corrente. Ocorre quando considera como parte da renda nacional a remuneração do vendedor (independe do produto ser novo ou de segunda mão) e não o valor da mercadoria vendida. A Contabilidade Social só vai trabalhar com fluxos, não apresentando um balanço patrimonial, como aparece na Contabilidade privada. E a moeda é neutra, no sentido de que e considerada apenas como unidade de medida e instrumento de trocas. A Contabilidade Social não registra os chamados agregados monetários, apenas com os agregados reais, que representam diretamente alterações da produção e da renda
Os principais agregados macroeconômicos são as formações e a distribuições de produto e renda gerados pela atividade econômica onde são estabelecidos conceitos dos principais agregados macroeconômicos. De início será exposto supondo uma economia simplificada, fechada e sem governo.
Com a economia a dois setores sem formação de capital, supõe-se que os únicos agentes são as empresas e as famílias. Todas as decisões partem das famílias. As empresas são de propriedade de seus acionistas (que pertencem ao setor família). Em uma economia estacionária, que não se expande. Isso corresponde a supor que não existe o setor de formação de capital (poupança, investimentos e depreciação).
Então os bens intermediários são transações de empresas a empresas, que se compensam na agregação das unidades produtoras. Assim, só se consideram os bens finais, e os custos de produção das empresas, não incluem o custo dos insumos intermediários.
Pelo ângulo das famílias, proprietárias dos fatores de produção, são vistos como rendimentos; pelo ângulo das empresas, representam custos de produção. Na Contabilidade Social, os custos de produção são o pagamento aos fatores de produção. Tem-se então um fluxo circular, que é quando a moeda gira por todo o circuito gerando renda, onde firmas recebem das famílias pela venda de bens e serviços produtivos; firmas remuneram as famílias; famílias compram das firmas etc.; ou seja, o produto gera renda, que gera consumo, que gera produto, que gera renda etc.
Então o lucro é considerado como custo de produção, isso acaba estabelecendo uma diferença entre lucro contábil e lucro econômico.
O fluxo do produto e o fluxo de rendimentos proporcionam três óticas que pode medir a atividade econômica e que chegar ao mesmo resultado, que são, Produto Nacional, Despesa Nacional e Renda Nacional.
O Produto Nacional é o valor de todos os bens e serviços finais produzidos em determinado período de tempo, onde, os preços permitem agregar bens diferentes e é avaliado em termos monetários, sua moeda será a unidade-padrão de agregação. Não vai considerar os bens e serviços intermediários, isso evita a dupla contagem. Como é um fluxo, então já tem definido um período de tempo. O Produto Nacional pode ser medido pela ótica da produção de bens e serviços das empresas, assim como, pelas das despesas realizadas pelos agentes de despesa, que também pode ser chamado de Despesa Nacional. Existem duas formas de avaliar o Produto Nacional, a partir de quem vende o produto (“por ramo de origem”) e a partir dos agentes de despesa (“por ramo de destino”).
A Renda Nacional é uma terceira possibilidade de medir a atividade econômica total do país, pois soma dos rendimentos pagos às famílias pela utilização de seus serviços produtivos, em determinado período de tempo. Assim, essas óticas conceitualmente diferentes chegam ao mesmo valor numérico, fazendo com que PN = DN = RN. 
Mede-se o PN pelo valor adicionado (forma alternativa e a mais operacional para medir o produto e a renda nacional do que diretamente pela soma de produtos finais) por setor para que não gere problemas de medição, onde se calcula o que cada ramo de atividade adicionou ao valor do produto final, em cada etapa do processo produtivo. O Valor Bruto de Produção (VBP) é o faturamento, renda gerada por cada setor de atividade na cadeia de produção. 
Na economia a dois setores com formação de capital trata-se de uma economia em estado estacionário, as famílias também poupam, e as empresas também produzem e investem em bens de capital, as famílias e empresas preocupam-se também com o consumo futuro, assim, o fluxo de renda pode ampliar-se, ou diminuir, não permanecendo estacionado.
Nessa parte do capítulo traz conceitos sobre poupança, investimentos, depreciação, entre outros. 
Sendo assim, Poupança é a parcela da RN não consumida no período, isto é, parte não é gasta em bens de consumo. Investimento é o gasto em bens que representam aumento da capacidade produtiva da economia, ou seja, capacidade de gerar rendas futuras. Assim, o investimento tem dois componentes básicos: bens de capital (planejado ou deliberado) e variação de estoques (podem não ser deliberadas, depende das oscilações de mercado). 
A depreciação é o consumo do estoque de capital físico, em dado período, no sentido de que sofre um desgaste, em parcelas, até que vire sucata, ou se tome obsoleto. O investimento líquido é a diferença entre os novos investimentos e a depreciação do estoque de capital. O investimento bruto é sempre positivo, mas o investimento líquido pode ser negativo, se a taxa de depreciação superar os novos investimentos em determinado ano. Ou seja, pode-se considerar no produto apenas o aumento da capacidade produtiva, em termos brutos, ou então considerar seu desgaste (depreciação), em termos líquidos.
O setor público refere-se às três esferas de governo: União, Estados e Municípios e inclui as transações realizadas pelos respectivos Tesouros. Não inclui as operações financeiras do Banco Central (depósitos, empréstimos) e mesmo a taxa de juros e a taxa de câmbio, que são consideradas à parte, dentro do Sistema Monetário. 
A arrecadação fiscal do governo constitui-se nas seguintes receitas: impostos indiretos incidem sobre bens e serviços; impostos diretos incidem sobre as pessoas (físicas e jurídicas); contribuições à Previdência Social: encargos trabalhistas recolhidos de empregados e empregadores; outras receitas do governo: são todos os tipos de taxas impostas pelo governo.
Nas contas Nacionais, são considerados três tipos de gastos governamentais: Gastos dos ministérios, secretarias e autarquias, cujas receitas provêm de dotações orçamentárias. Não têm preço de venda, o produto gerado pelo governo é medido por suas despesas correntes ou de custeio e despesas de capital; Gastos das empresas públicas e sociedades de economia mista, como suas receitas provêm da venda de bens e serviços no mercado, atuando como empresas privadas, são consideradas, nas Contas Nacionais; e Gastos com transferências e subsídios, Representam apenas uma transferência financeira do setor público ao setor privado. Se os gastos superarem a arrecadação, temos o conceito de déficit fiscal; se a arrecadação superar os gastos públicos, temos um superávit fiscal.
A carga tributária bruta vai se referir ao total da arrecadação fiscal do governo, que corresponde à soma dos impostos diretos e indiretos e outras receitas correntes. Já a carga tributária líquida é a diferença entre a carga tributária bruta e as transferências e subsídios ao setor privado.
Partindo para a Economia a Quatro Setores (O Setor Externo), exportações (X): são as compras dos estrangeiros de nossos bens e serviços; enquanto, importações (M): são nossas compras com bens do exterior, quanto gastamos com o resto do mundo.
Assim, faz-se necessário incluir, nas Contas Nacionais, a renda recebida da atividade de nossas empresas no estrangeiro; da mesma forma, para termos uma ideia do que efetivamente nos pertence, devemos excluir a renda remetidaàs matrizes das multinacionais aqui localizadas. Então se deve remeter aos conceitos de PNB (renda que pertence efetivamente aos nacionais, incluindo a renda recebida de nossas empresas no exterior, e excluindo a renda enviada para o exterior das empresas estrangeiras localizadas no Brasil) e PIB (é a renda devida à produção dentro dos limites territoriais do país).
Apenas o IBGE têm condições de calcular o PIB real a partir da soma de preços e quantidades de milhares de bens e serviços transacionados a cada ano. Existe uma forma mais operacional de determinar o PN real, a partir do PN nominal conhecida como deflação ou deflacionamento, e é aplicável para qualquer série monetária.
O objetivo de calcular-se o Produto Nacional é obter uma medida da atividade produtiva, pressupondo que a medida do PN represente o padrão de vida, o bem-estar da população do país, essa medida apresenta alguns problemas, tanto para aferir adequadamente a atividade produtiva ou econômica, bem como o real padrão de vida. Mesmo que todos os países sigam um padrão determinado pela ONU, país pode optar pela forma mais se ajuste a sua base de dados.
Para medir a Contabilidade Nacional é necessário diferenciar as atividades econômicas (aparecem no mercado, tem remuneração) das atividades do cotidiano (não aparece no mercado, não é remunerada). Esse fato dá origem ao chamado Paradoxo de Pigou, onde qualquer atividade que realizada em um ambiente não comercial, não é computado no PN do país.
Embora o PN vise medir a atividade econômica, existe uma série de transações que mesmo aparecendo no mercado, não são consideradas como renda ou produto nacional. Essas transações podem ser: Pagamentos de transferência, não são computados no PN porque não representam remuneração a fatores de produção do período corrente. Trata-se apenas de transferências do governo ao setor privado; Valorização e desvalorização de ativos, pois não se associa à produção de bens e serviços; Atividades ilegais, atividades de contrabando e o tráfico de drogas, não são computados, pois não são socialmente úteis.
Existem atividades que não aparecem no mercado, mas são computadas no produto nacional, as principais são, pagamentos em espécie (em mercadorias ou serviços), Autoconsumo pelo próprio produtor e Imóveis ocupados pelos próprios proprietários. 
Em relação à distinção de produto final e intermediário, há uma série de dificuldades práticas de medição para distinguir se um bem ou serviço é intermediário ou final. Por essa razão, a ONU recomenda como norma geral que tudo o que for comprado pelas famílias, pelo governo, mesmo que sejam matérias primas ou componentes, deve ser considerado produto final nas Contas Nacionais, já que esses agentes não processam, não manufaturam nenhum bem. Também são considerados bens finais todas as exportações e os estoques, não dando importância caso sejam produtos finais ou intermediários.
Segundo a um pensamento marxista, para a medição de um produto numa economia centralizada, o produto econômico relevante seria apenas o produto físico, no sentido de que atividades voltadas a serviços não são produtivas, nessa linha de pensamento, o que gera riqueza é o bem material.
O capitulo ainda traz a abordagem sobre a presença da economia informal como sendo a desobediência civil de atividades econômicas regulares de mercado. Se forem incluídas as atividades ilegais, então surge o conceito mais amplo de economia subterrânea ou economia marginal. 
Para fazer a comparação do tamanho das economias dos países, é utilizado os valores em termos de poder de compra, porém, para os investidores internacionais, são relevantes os dólares correntes. Para comparar no tempo a evolução econômica do próprio país, deve-se utilizar o PIB real, na moeda nacional. Para comparações internacionais, utiliza-se o PIBppp.
A medida do produto nacional procura captar alterações de bem-estar, O indicador mais utilizado para avaliar o bem-estar do ponto de vista social é o índice de Desenvolvimento Humano (IDH), divulgado periodicamente pelas Nações Unidas. Entretanto, como a metodologia do IDH ainda não está consolidada a medida do Produto Nacional (PIB) ainda é o indicador mais operacional, tanto para comparações internacionais, como para medir o crescimento do país ao longo dos anos.
Tudo que foi discutido no capitulo até agora são calculados com base em dois sistemas principais de contabilidade social: o Sistema de Contas Nacionais e a Matriz Insumo-Produto. O Sistema de Contas Nacionais baseia-se no método contábil das partidas dobradas, e tem como característica não considerar as transações com bens e serviços intermediários, enquanto a Matriz Insumo-Produto baseia-se numa matriz de dupla entrada, e considera tanto as transações com bens e serviços finais como intermediários.
O Sistema de Contas Nacionais da ONU é baseado em quatro contas Conta Produto Interno Bruto, Conta Renda Nacional Disponível Líquida, Conta Transações Correntes com o resto do mundo, Conta de Capital. Os lançamentos das transações são feitos de acordo com o tradicional método das partidas dobradas. Como complemento, apresenta-se também a Conta Corrente das Administrações Públicas, que por sua vez é dividida em quatro contas básicas, que são, Conta Produto Interno Bruto (apresenta-se no débito); Conta Renda Nacional Disponível Liquida (Pode ser registrada no lado de débito e crédito); Conta Transações Correntes Com O Resto Do Mundo (registram-se, no lado dos débitos); Conta de Capital (pode ser registrada no lado do debito e crédito). 
Ainda sobre as Contas Nacionais, obtêm-se ainda mais três conceitos. A Poupança Interna é o saldo da conta Renda Nacional Disponível Líquida. Esse saldo não separa a parcela de poupança do setor privado e a do governo. A Renda Disponível do setor privado é o que sobra efetivamente para o setor privado gastar ou poupar e a Renda Disponível do setor público dispõe efetivamente para gastar ou poupar. 
Porém existe outro sistema mais difundido para medir a atividade econômica agregada de um país, a Matriz insumo-produto, onde mostra toda a cadeia produtiva, o que cada setor de atividade compra e vende para outros setores, cada setor são relacionadas duas vezes, em linhas é determinado o que cada setor vende e em coluna, o que cada setor compra. Assim, permitem fazer previsões de produção de cada setor, fixadas algumas metas de demanda e visão imediata dos prováveis resultados de diversas alternativas de política econômica sobre a atividade produtiva, possibilitando razoável previsão do impacto de alterações na produção de um setor, então por meio dessa matriz podem-se calcular vários coeficientes ligados à economia.

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