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Administração de Materiais

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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RH E DE RECURSOS MATERIAIS 
ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA 
PROFESSOR JOSÉ CARLOS 
 
www.pontodosconcursos.com.br 1 
 
Olá amigos! 
 
Prontos para mais uma aula? 
 
Lembre-se: 
 
Você deve encarar o autodesenvolvimento como um desafio 
constante; não importam as circunstâncias: o que vale é o desejo e a 
força de vontade da auto-superação. Dificuldades vão sempre existir 
em nossos caminhos, mas nada deve nos separar dos nossos 
objetivos. 
 
 
 
 
 
 
 
Vale ressaltar que se trata de material de uso pessoal, não podendo 
ser repassado a terceiros, em caráter gratuito ou oneroso, seja 
impresso, por e-mail ou qualquer outro meio de transmissão sob risco 
de violação do estabelecido na Lei n. º 9.610/1998 e no Código Penal. 
Desde já agradecemos à compreensão e estamos abertos para 
qualquer dúvida ou pendência, tanto sobre o material quanto para 
qualquer outro assunto relacionado ao concurso em questão. 
 
Informamos, ainda, que o material baseia-se na obra MARTINS, 
Petrônio Garcia & ALT, Paulo Renato Campos. Administração de 
Materiais e Recursos Patrimoniais. São Paulo: Saraiva, 2006, e, 
ainda, POZO, Hamilton. Administração de Recursos Materiais e 
Patrimoniais – Editora Atlas – 4ª Edição, que você pode adquirir em 
qualquer livraria caso deseje aprofundar-se no assunto. 
 
 
Aula 05 – Noções de Administração de Recursos Materiais. 
 
 
 
 
“O princípio da sabedoria está em adquiri-la, sim, 
com tudo o que possuis adquiras o entendimento”. 
Provérbio do Rei Salomão. 
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RH E DE RECURSOS MATERIAIS 
ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA 
PROFESSOR JOSÉ CARLOS 
 
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Sumário: 
 
 
1. Introdução sobre a Administração de Recursos Material e 
Patrimônio............................................................................. 2 
Conceituação de material e patrimônio : .................................... 4 
Patrimônio das empresas e órgãos públicos: .............................. 5 
2. Atividades da Administração de materiais............................... 7 
2.1. Compras......................................................................... 7 
Estrutura Organizacional de Compras:..................................... 16 
2.2. Cadastramento .............................................................. 18 
2.3. Recebimento. ................................................................ 24 
2.4. Armazenagem ............................................................... 28 
Técnicas de armazenagem:.................................................... 34 
2.5. Transporte .................................................................... 37 
2.6 Gestão de estoques......................................................... 39 
3. Questões de Concursos Anteriores: ..................................... 39 
4. Gabarito:......................................................................... 47 
5. Bibliografia: ..................................................................... 53 
 
 1. Introdução sobre a Administração de Recursos Material e 
Patrimônio. 
As empresas precisam e têm a sua disposição cinco tipos de 
recursos: materiais, patrimoniais, de capital ou financeiros, humanos 
e tecnológicos. Entretanto, nosso objetivo será apenas analisar os 
recursos materiais e patrimoniais. 
 
 
 
Figura 1 – Recursos à Disposição das empresas. MARTINS, Petrônio Garcia & ALT, 
Paulo Renato Campos. Administração de Materiais e Recursos Patrimoniais. 
 
 
A administração dos recursos materiais engloba a seqüência de 
operações que tem seu início na identificação do fornecedor, na 
compra do bem, em seu recebimento, transporte interno e 
acondicionamento, em seu transporte durante o processo produtivo, 
em sua armazenagem como produto acabado e, finalmente, sem sua 
distribuição ao consumidor final. 
Patrimoniais Capital Humanos 
RECURSOS 
Materiai
 
Tecnológic
 
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RH E DE RECURSOS MATERIAIS 
ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA 
PROFESSOR JOSÉ CARLOS 
 
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Figura 2: Ciclo da Administração de Materiais. – Recursos à Disposição das 
empresas. MARTINS, Petrônio Garcia & ALT, Paulo Renato Campos. Administração 
de Materiais e Recursos Patrimoniais. 
 
A administração de recursos patrimoniais trata da seqüência de 
operações que, assim como a administração dos recursos materiais, 
tem inicio na identificação do fornecedor, passando pela compra e 
recebimento do bem, para depois lidar com sua conservação, 
manutenção ou, quando for o caso, alienação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Recurso é tudo aquilo que gera ou tem a capacidade de gerar 
riqueza, no sentido econômico do termo. Assim, um item de estoque 
é um recurso, pois, agregado a um produto em processo, irá 
constituir-se em um produto acabado, que deverá ser vendido por um 
preço superior ao somatório de todos os custos incorridos em sua 
fabricação. De modo análogo, um edifício que abriga as instalações 
de uma empresa é um recurso, já que é essencial ao seu 
funcionamento. 
 
 
 
Identificado
r 
Comprar 
materiais 
Expedição 
Armazenagem 
do produto 
Movimentaçã
o interna 
Transportar Recebimento 
de 
Sinal de 
demanda 
Clientes Transporte 
A administração de recursos patrimoniais cuida de uma parte dos 
materiais, ou seja, dos recursos patrimoniais (os bens necessários 
para a empresa operar, criar valor e proporcionar satisfação ao 
cliente). Os recursos materiais e patrimoniais são geridos 
separadamente por causa de sua complexidade. Por exemplo: 
Administrar os materiais de limpeza não poderia exigir a mesma 
complexidade de administrar as máquinas utilizadas na produção. 
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Bens x recursos: 
Por transmitirem a idéia de que são capazes de gerar 
produtos e serviços, e, portanto, produzir riquezas, os 
bens são muitas vezes considerados como sinônimos 
de recursos. Assim, um automóvel, considerado como 
um bem móvel, pode ser utilizado na prestação de um 
serviço com valor econômico, e como tal é um recurso. 
 
Conceituação de material e patrimônio: 
 
O conceito de "material" e de "patrimônio" pode ser entendido como 
conjunto e subconjunto, ou seja, material é o todo e o patrimônio é a 
parte que preenche determinadas características, ou seja, os bens 
necessários para a empresa operar, criar valor e proporcionar 
satisfação ao cliente. Exemplo: uma madeira é um material. Uma 
máquina da produção é um patrimônio. 
 
 
 
 
 
 
 
Vamos ver algumas definições: 
 
Material: designação genérica de móveis, equipamentos, 
componentes sobressalentes, acessórios, utensílios, veículos em 
geral, matérias-primas e outros bens utilizados ou passíveis de 
utilização nas atividades da entidade; 
 
Material Permanente: de duração superior a dois anos, levando-se 
em consideração os aspectos de durabilidade, fragilidade, 
perecibilidade, incorporabilidade e transformabilidade; 
 
Carga Patrimonial: conjunto de materiais permanentes sob a 
responsabilidade do titular de uma unidade administrativa; 
Em outras palavras: quando o departamento de patrimônio transfere 
um patrimônio (ex: uma mesa) para você, a mesa passa a ter "carga 
patrimonial" no seu nome, ou seja, está sob sua guarda, sua 
responsabilidade. 
 
Tombamento: ato de inscrever o bem no registro 
patrimonial, com a concomitante afixação do respectivo 
código numérico mediante plaqueta, gravação, etiqueta 
ou qualquer outro método adequado às suas 
características. 
 
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Registro Patrimonial: descrição analítica do material permanente, 
ao qual se atribui um código numérico seqüencial, contendo as 
informações necessárias à sua identificação, localização e carga 
patrimonial. 
 
Conseguiu visualizar a diferença entre Registro e Tombamento? 
Registrar é como se fosse cadastrar o bem em algum tipo de planilha 
ou programa específico descrevendo suas características e todas as 
informações sobre o bem. O tombamento inclui registrar no "controle 
de patrimônio" da entidade colando a etiqueta com o código do bem. 
 
Todo e qualquer material permanente, quando da sua aquisição, sob 
qualquer modalidade, será recebido pelo Almoxarifado de Material 
Permanente da Coordenação de Material, e, se aceito, imediatamente 
tombado ou, quando for o caso, relacionado. 1. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Assim vemos que o principal objetivo do tombamento dos bens não é 
substituí-lo, não é inviabilizar a existência de controles físicos e 
analíticos (pelo contrário, o tombamento auxilia a existência de 
controles), não é promover a inadequação ao sistema contábil (uma 
vez que a numeração auxilia a contabilidade a identificar o bem) e 
muito menos preservar a inexistência de uma política de 
administração do ativo imobilizado, considerando que o tombamento 
facilita a identificação dos bens instalados na instituição, fazendo uso 
de chapas numéricas ou de codificação de barras, preservando, 
assim, a existência de uma política de administração do ativo 
imobilizado. 
 
Patrimônio das empresas e órgãos públicos: 
 
A gestão patrimonial deverá obedecer às normas gerais de Direito 
Financeiro e sobre licitações e contratos administrativos, em vigor 
para os três Poderes, e à legislação interna aplicável. 
Normalmente o material recebe uma plaqueta de patrimônio 
(tombamento), mas em alguns tipos de material não é possível 
colocar a plaqueta em face de suas características (por exemplo, 
um tecido). Neste caso, o material deverá ser relacionado, ou 
melhor, registrado por arrolamento1. 
Assim, os itens que não puderem ser tombados serão relacionados. 
Entretanto, todos os que puderem ser tombados, deverão ser. 
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O material permanente terá a seguinte classificação: 
 
a) regular - quando estiver em perfeitas condições de uso, 
funcionamento e aproveitamento pela unidade detentora da carga; 
b) ocioso - quando, embora em perfeitas condições de uso, não 
estiver sendo aproveitado; 
c) recuperável - quando o custo de sua recuperação não ultrapassar 
cinqüenta por cento de seu valor de mercado; 
d) antieconômico - quando sua manutenção for onerosa, ou seu 
rendimento precário, não justificando sua utilização; 
e) irrecuperável - quando economicamente inconveniente sua 
recuperação ou não mais puder ser utilizado para o fim a que se 
destina. 
 
 
 
 
 
 
 
O material permanente, qualquer que seja a forma de aquisição, será 
obrigatoriamente incorporado ao Patrimônio da entidade. 
 
Responsabilidade: 
 
Todos os bens móveis permanentes serão confiados a agentes 
responsáveis. É dever do servidor zelar pela conservação, guarda e 
uso do material que lhe for confiado, sendo responsabilizado por 
desaparecimento, bem como por dano que causar ao mesmo, esteja 
ou não sob sua guarda. 
 
Os prejuízos causados à entidade, resultantes de extravio, perda ou 
dano, serão indenizados por quem os tiver dado causa, após processo 
regular de apuração de responsabilidade. 
 
Isso não quer dizer que o servidor será responsabilizado tendo culpa 
ou não. Ele será responsabilizado por desaparecimento, bem como 
por dano que causar ao patrimônio que estiver sob sua 
responsabilidade, esteja ou não sob sua guarda. 
 
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Ao mesmo tempo, após processo regular de apuração de 
responsabilidade, ou seja, após a apuração de quem realmente 
causou o prejuízo, este prejuízo será indenizado pelo culpado. 
 
Fique de olho! Cabe exclusivamente ao Departamento de Material e 
Patrimônio a guarda do material permanente ocioso, recuperável, 
irrecuperável ou antieconômico. 
 
2. Atividades da Administração de materiais 
 
A administração do material corresponde no seu todo, ao 
planejamento, organização, direção, coordenação e controle de todas 
as tarefas necessárias à definição de qualidade, aquisição, guarda, 
controle e aplicação dos materiais destinados às atividades 
operacionais de uma organização. 
 
Estas atividades são: compras, cadastramento, recebimento, 
armazenagem, transporte e gestão de estoque. 
 
2.1. Compras 
 
Segundo Hamilton Pozo, o termo “compras” freqüentemente lembra o 
processo de compras da administração de materiais. Nesse processo 
de compras, existem as seguintes atividades centrais: 
 
• assegurar descrição completa das necessidades; 
• selecionar fontes de suprimentos; 
• conseguir informações de preço; 
• colocar os pedidos (ordens de compra); 
• acompanhar (follow up) os pedidos; 
• verificar notas fiscais; 
• manter registros e arquivos; 
• manter relacionamento com vendedores. 
 
A questão é que o processo de compras é externo e envolve bem 
mais atividades do que aquelas diretamente relacionadas com 
movimentação e armazenagem de mercadorias. Entretanto, duas 
dessas atividades influenciam significantemente a eficiência do fluxo 
de bens. 
 
A primeira delas é a seleção de fornecedores. Sua escolha 
depende do preço, qualidade, continuidade de fornecimento e 
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localização. A localização dos fornecedores interessa ao pessoal de 
logística, porque representa o ponto de partida geográfico do qual os 
bens devem ser entregues. Não importa se o transporte é contratado 
pelo fornecedor ou comprador: a distância entre fontes de 
suprimento e comprador influencia o tempo necessário para obter as 
mercadorias, além de afetar a confiabilidade dos prazos de entrega. 
Quando existem múltiplos pontos de carregamento, a proximidade 
geográfica dos mesmos pode atuar nas oportunidades de 
consolidação de fretes e na diminuição dos custos de transporte. 
 
Em segundo lugar, a colocação de pedidos em determinado 
fornecedor também afeta a eficiência da logística. A ordem de compra 
especifica as quantidades e possivelmente as instruções de entrega. É 
o documento primordial para iniciar o fluxo de produtos no canal de 
fornecimento. O processo de compras e as ordens resultantes 
estabelecem o volume de produtos a serem movidos e estocados no 
sistema logístico em dado instante. Coordenação falha entre os 
processos de compra e de movimentação de produtos pode levar a 
custos logísticos desnecessários. 
 
Seria demais estender o conceito de Logística para incluir todas as 
atividades associadas com a função de compras de materiais. Por 
isso, o termo obtenção é utilizado para referir-se aos aspectos de 
compras que têm algum impacto nas atividades de movimentação e 
armazenagem. Dessa forma, assume-se aqui que o termo compras, 
usado tradicionalmente em muitas empresas, envolve tanto compras 
como funções de movimentação de materiais. 
 
 
Sinal de demanda: 
 
O sinal de demanda é a forma sob a qual a informação chega à 
área de compras para desencadear o processo de aquisição de bem 
material ou patrimonial. No caso de bens patrimoniais,o sinal pode 
vir, por exemplo, de um estudo de viabilidade ou de uma necessidade 
de expansão. Já no caso de obras públicas, ele pode ser resultado, 
entre outros, de um estudo de mercado ou de necessidades sociais. 
 
No caso de recursos materiais, as formas mais comuns são 
solicitações de compras (ou requisição de compras), MRP (materials 
requirement planning ou planejamento das necessidades de 
materiais), just-in-time, reposição periódica, ponto de pedido, 
caixeiro-viajante e contratos de fornecimento. 
 
 
 
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Por meio da solicitação de compras ou requisição de compras, 
qualquer unidade organizacional ou mesmo um colaborador qualquer 
manifesta sua necessidade de comprar um item para uso em 
benefício da empresa. 
 
O materials requirement planning (MRP) ou planejamento das 
necessidades de materiais é uma técnica que permite determinar as 
necessidades de compras dos materiais que serão utilizadas na 
fabricação de certo produto. 
 
Com base na lista de materiais, obtida por meio da estrutura analítica 
do produto, também conhecida como árvore do produto ou explosão 
do produto e, em função de uma demanda dada, o computador 
calcula as necessidades de materiais que serão utilizados e verifica se 
há estoques disponíveis para o atendimento. Se não há material em 
estoque na quantidade necessária, ele emite uma solicitação de 
compra. 
 
O sistema just-in-time é um método de produção com o objetivo de 
disponibilizar os materiais requeridos pela manufatura apenas quando 
forem necessários para que o custo de estoque seja menor. 
 
A idéia do just-in-time é suprir produtos para linha de produção, 
depósito ou cliente apenas quando eles são necessários. Se as 
necessidades de material ou produtos e os tempos de ressuprimento 
são conhecidos com certeza, pode-se evitar o uso de estoques. Os 
lotes são pedidos apenas nas quantidades suficientes para atender o 
consumo com antecedência de apenas um tempo de ressuprimento. 
 
O enfoque do just-in-time nem sempre leva ao "estoque zero". Caso 
as necessidades ou os tempos de reposição não sejam conhecidos 
com certeza, então quantidades ou tempos maiores deverão ser 
usados, o que acaba colocando estoque extra no sistema. Além disso, 
pode-se manter estoques maiores do que o necessário para conseguir 
vantagens e descontos associados a maiores lotes de compra ou 
 Estudos 
 
Solicitação de compras 
MRP 
Just-in-time 
Reposição periódica 
PP 
Caixeiro-viajante 
Contratos de fornecimento 
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transporte. Quando essas situações acontecem, o método do just-in-
time leva a resultados similares aos das outras técnicas de controle 
de estoques. Portanto, a técnica é vantajosa quando os produtos têm 
alto valor unitário e necessitam de alto nível de controle; as 
necessidades ou demanda são conhecidas com alto grau de certeza; 
os tempos de reposição são pequenos e conhecidos, e, não há 
benefício econômico em suprir-se com quantidades maiores que as 
requeridas. 
 
No sistema de reposição periódica ou intervalo padrão, depois de 
decorrido um intervalo de tempo preestabelecido, por exemplo, três 
meses, um novo pedido de compra para certo item de estoque é 
emitido. 
 
Para determinar quanto deve ser comprado no dia da emissão do 
pedido, verifica-se a quantidade ainda disponível no estoque, 
comprando-se o que falta para atingir um estoque máximo também 
previamente determinado. 
 
Exemplo: O intervalo de reposição do item de estoque de código "x" é 
de dois meses (por exemplo, todos os dias 15 dos meses ímpares). O 
estoque físico existente no dia 15 de maio (data do pedido) era de 
280 unidades e o estoque do "x" não pode ultrapassar 600 unidades. 
 
A quantidade a ser pedida será: 
estoque máximo - estoque atual, ou seja, 600 - 280 = 320 unidades. 
o sistema de reposição contínua ou sistema do ponto de pedido ou 
lote padrão é o mais popular método utilizado nas fábricas e consiste 
em disparar o processo de compra quando o estoque de certo item 
atinge um nível previamente determinado. 
 
No sistema da reposição contínua, o ponto de pedido é calculado em 
função do consumo médio e do prazo de atendimento. 
 
 
Exemplo: o componente de estoque "y", que é reposto pelo sistema 
de lote padrão, tem um consumo médio de 120 unidades por dia e 
um tempo de atendimento de 10 dias úteis. O ponto de pedido será: 
consumo médio x tempo de atendimento = 120 x 10 = 1.200 
unidades. Assim, sempre que o item do estoque atingir o nível de 
1.200 unidades emite-se um novo pedido de compras, na quantidade 
previamente estabelecida, geralmente o lote econômico. Isso pode 
ocorrer a intervalos variáveis, já que o consumo geralmente não é 
constante, situação em que há necessidade de estoque de segurança. 
 
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O sistema de caixeiro viajante consiste em um 
vendedor visitar os clientes e verificar in loco se está 
faltando mercadoria no estoque para que ele, em 
comum acordo com o cliente, tire o pedido. O sinal 
de demanda, no caso, a falta de mercadoria, é 
identificado pelo caixeiro-viajante. Com a revolução 
das comunicações, este sistema está 
desaparecendo. 
 
Nos contratos de fornecimento o processo de compra é iniciado em 
função de uma necessidade de produção. 
No Contrato de fornecimento, quando o material se faz necessário, o 
próprio computador emite e envia uma ordem de compra. 
 
Dica: Compras é a atividade que visa suprir as 
necessidades da empresa mediante a aquisição de 
materiais ou serviços, emanadas das solicitações 
dos usuários, objetivando identificar no mercado as 
melhores condições comerciais e técnicas. 
 
 
 
 
Gestão de compras: 
 
A gestão de aquisição – a conhecida função de compras – assume 
papel verdadeiramente estratégico de negócios de hoje em face de 
volume de recursos, principalmente financeiros, envolvidos, deixando 
cada vez mais para trás a visão preconceituosa de que era uma 
atividade burocrática e repetitiva, um centro de despesas e não um 
centro de lucros. 
 
O posicionamento atual da função aquisição é bem diferente do modo 
tradicional como era tratada antigamente. Antes da Primeira Guerra 
Mundial, tinha papel essencialmente burocrático. Depois, já na 
década de 1970, devido principalmente à crise do petróleo, a oferta 
de várias matérias-primas começou a diminuir enquanto o preço 
aumentava vertiginosamente. Nesse cenário, saber o que, quanto, 
quando e como comprar começa a assumir condição de sobrevivência 
e, assim, o departamento de compras ganha mais visibilidade dentro 
da organização. 
 
Hoje, a função compras é vista como parte do processo de logística 
das empresas, ou seja, como parte integrante da cadeia de 
suprimentos (supply chain). Por isso, muitas empresas passaram a 
usar a denominação gerenciamento da cadeia de suprimentos ou 
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simplesmente gerenciamento de suprimentos, um conceito voltado 
para o processo, em vez do tradicional compras, voltado para as 
transações em si, e não para o todo. 
 
 
 
O gerenciamento da cadeia de suprimentos, ou supply chain, ou 
cadeia logística integrada, nada mais é do que administrar o sistema 
de logística integrado da empresa, ou seja, o uso de tecnologias 
avançadas, entre elasgerenciamento de informações e pesquisa 
operacional, para planejar e controlar uma complexa rede de fatores 
visando produzir e distribuir produtos e serviços para satisfazer o 
cliente. 
 
São redes de empresas que se sucedem desde a extração de recursos 
naturais, sua transformação em materiais primários, fabricação de 
componentes, subconjuntos, conjuntos, montagens finais, 
armazenagem e distribuição até a chegada do produto nas mãos do 
consumidor final e que, após o seu ciclo de vida útil se ocupam da 
sua reciclagem. São responsáveis pelo fluxo inverso de materiais e 
informações e pela redução dos custos de transação a um mínimo 
indispensável. 
Os componentes da cadeia de suprimentos devem ser preparados 
para juntos maximizarem seu desempenho, adaptando-se 
naturalmente a mudanças externas e em outros componentes. Para 
isso é necessário um alto grau de integração entre fornecedor e 
cliente que, como parceiros, diminuem custos ao longo da cadeia 
(entre 10% e 30%) e tempo médio de estocagem (cerca de 50%). 
 
À área de compras também compete o cuidado com os níveis de 
estoque da empresa, pois embora altos níveis de estoque possam 
significar poucos problemas com a produção, acarretam um custo 
exagerado para uma manutenção. Esses altos custos para mantê-los 
são resultantes de despesas com o espaço ocupado, custo de capital, 
pessoas de almoxarifado e controles. 
 
Baixos níveis de estoque, por outro lado, podem fazer com que a 
empresa trabalhe num limiar arriscado, em que qualquer detalhe, por 
menor que seja, acabe prejudicando ou parando a produção. A 
empresa poderá enfrentar, por exemplo, reclamações de clientes, 
altos níveis de estoque intermediários gerados por interrupções no 
processo produtivo. 
 
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A necessidade de adequação aos sistemas just-in-time (JIT) de 
muitas das empresas levou a modificações importantes, entre elas a 
criação da nova função de suprimentos. O procurement surge para 
que o JIT seja possível. A nova função é exatamente o procurement. 
 
O chamado procurement2 envolve, além do relacionamento 
puramente comercial com os fornecedores, também a pesquisa e o 
desenvolvimento desses relacionamentos, sua qualificação e o 
suporte técnico durante o relacionamento entre as partes, e que leva 
à necessidade de um aperfeiçoamento dos sistemas de informação. 
Hoje, há uma integração total entre todos os setores internos da 
empresa, clientes e fornecedores. 
 
Além de tudo o que já foi visto, o departamento de compras também 
pode assumir vários outros papéis. Um deles está relacionado com a 
negociação de preços com os fornecedores. Essa negociação 
determinará o preço final dos produtos e, portanto, a competitividade 
da empresa. Mas ela pode ir mais longe, já que o comportamento do 
comprador pode mexer com vários aspectos da economia, como o 
nível de preços, o poder de compras do consumidor e o 
relacionamento entre os setores. 
 
 
Estratégias de Aquisição de Recursos Materiais e 
Patrimoniais: 
 
A definição de uma estratégia correta de compras pode dar à 
empresa uma grande vantagem competitiva. Se por um lado ela 
decidir produzir mais internamente, ganha independência, mas perde 
flexibilidade. Por outro lado, se decidir comprar mais de terceiros em 
detrimento da fabricação própria, pode tornar-se dependente. Nesse 
caso, deve decidir também o grau de relacionamento que deseja com 
seus parceiros. 
 
Componentes que são vitais para o produto final eram sempre 
fabricados internamente. Essa concepção está mudando com o 
desenvolvimento de parcerias estrangeiras nos negócios. Outra 
situação praticamente determinante é aquela em que a fabricação de 
um componente exige altos investimentos, fora do alcance de 
eventuais fornecedores. Mesmo assim, são usuais as situações em 
que um grande fabricante financia as instalações de um futuro 
fornecedor, pois não interessa a ele produzir o referido componente. 
 
 
 
 
Quando se tem uma demanda simultaneamente alta e estável, a 
fabricação dos materiais necessários internamente pode ser uma 
boa opção. 
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Basicamente podemos ter duas estratégias operacionais que irão 
definir as estratégias de aquisição dos bens materiais, a 
verticalização e a horizontalização. Ambas têm vantagens e 
desvantagens e, de um modo geral, o que é vantagem em uma passa 
a ser desvantagem na outra e vice-versa. 
 
 
 
 
 
 
 
Verticalização 
A verticalização é a estratégia que prevê que a empresa produzira 
internamente tudo o que puder, ou pelo menos tentará produzir. Foi 
predominante no inicio do Século XX, quando as grandes empresas 
praticamente produziam tudo que usavam nos produtos finais ou 
detinham o controle acionário de outras empresas que produziam os 
seus insumos. O exemplo clássico é o da Ford, que produzia o aço, o 
vidro, centenas de componentes, pneus e até a borracha para a 
fabricação dos seus automóveis. 
 
As principais vantagens da verticalização são as independências de 
terceiros - a empresa tem maior liberdade na alteração de suas 
políticas, prazos e padrão de qualidade, além de poder priorizar um 
produto em detrimento de outro que naquele momento é menos 
importante, ficando com ela os lucros que seriam repassados aos 
fornecedores e mantendo o domínio sobre tecnologia própria; assim, 
a tecnologia que o fornecedor desenvolveu, muitas vezes com a 
ajuda da empresa, não será utilizada também para os concorrentes. 
 
A estratégia da verticalização apresenta também desvantagem. Ela 
exige maior investimento em instalações e equipamentos. Assim, já 
que a empresa está envolvendo mais recursos e imobilizando-os, ela 
acaba tendo menor flexibilidade para alterações nos processos 
produtivos, seja para incorporar novas tecnologias ou para alterar 
volumes de produção decorrentes de variações no mercado – quando 
se produz internamente, é difícil e custosa a decisão de parar a 
produção em demanda baixa e comprar novos equipamentos e 
contratar mais funcionários para um período incerto de alta procura. 
 
 
 
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 Vantagens e Desvantagens da Verticalização 
 
 Vantagens Desvantagens 
 
 Independências de terceiros Maior investimento 
 Maiores lucros 
Menos flexibilidade (perda de 
foco) 
 Maior autonomia Aumento da estrutura da empresa 
 
Domínio sobre a tecnologia 
própria 
 
 
Horizontalização 
A horizontalização consiste na estratégia de comprar de terceiros o 
máximo possível dos itens que compõem o produto final ou os 
serviços de que necessita. É tão grande a preferência da empresa 
moderna por ela que, hoje em dia, um dos setores de maior 
expansão é o horizontalização e parcerias. De um modo geral não se 
terceiriza os processos fundamentais, ou também, denominados core 
process, por questões de detenção tecnológica, qualidade do produto 
e responsabilidade final sobre ele. 
 
Entre as principais vantagens da horizontalização estão a redução de 
custos – a empresa não necessita de novos investimentos em 
instalações industriais -, maior flexibilidade para alterar volumes de 
produção decorrentes de variações no mercado – a empresa compra 
do fornecedor a quantidade que achar necessária, pode até não 
comprar nada num determinado mês -, e uso do know how dos 
fornecedores no desenvolvimento de novos produtos por meio da 
engenharia simultânea. 
 
A estratégia de horizontalizaçãoapresenta desvantagens como a 
possível perda do controle tecnológico e deixar de auferir o lucro 
decorrente do serviço, ou fabricação que está sendo repassada. 
 
 Vantagens e Desvantagens da Horizotalização 
 
 Vantagens Desvantagens 
 
 Redução de custos Menor controle tecnológico 
 Maior flexibilidade e eficiência 
Deixa de auferir o lucro do 
fornecedor 
 Incorporação de novas tecnologias Maior exposição 
 
Foco no negócio principal da 
empresa 
 
 
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Estrutura Organizacional de Compras: 
 
Para que haja sucesso no processo de aquisição, é necessário que a 
empresa tenha uma eficaz condução do setor de compras, que 
deverá estar subordinado do departamento de logística, devendo 
estar composto por pessoal técnico e administrativo competente e 
altamente motivado. 
Essa ligação direta com a logística, produção e vendas proporciona 
rapidez na tomada de decisões, fluxos contínuos, custos reduzidos e, 
principalmente, satisfação do cliente. Logicamente, a operação 
eficiente e eficaz depende da habilidade e da capacidade de organizar 
e de relacionar-se do pessoal envolvido. 
 
A organização do setor de compras ou suprimentos visa não só a seu 
desempenho como um sistema, mas também, principalmente, a sua 
interação com os demais setores da empresa e com o mercado; 
fornecedores, entidades governamentais, públicas, privadas e classes 
sociais. 
 
 
 
 
 
 
O responsável pelo setor de compras tem como funções primordiais 
deveres administrativos e executivos, estabelecendo as diretrizes 
gerais do setor, bem como gerenciá-lo eficazmente. É o responsável 
pelo perfeito relacionamento com as empresas fornecedoras e com as 
exigências operacionais dos demais departamentos da organização, 
primando por uma administração eficiente voltada para o bom 
desempenho e motivação de seus comandados na obtenção dos 
resultados esperados pelos acionistas. 
 
O volume de operações de compras pode alcançar quantidades 
apreciáveis e peculiaridades operacionais que recomendem avaliar se 
todas as compras devam ser feitas em um ponto centralizado, ou 
estabelecer-se em seções de compras separadas para cada unidade 
de negócios. 
 
Existem várias razões para que as empresas decidam por centralizar 
ou descentralizar as compras, e, certamente, essas decisões 
apresentam vantagens e desvantagens. Vejamos algumas delas. 
 
Vantagens da centralização em Compras: 
• permite manter um melhor controle global de materiais e de 
estoques e coerência das transações financeiras; 
O setor de compras deverá estar estruturado em conformidade com o 
tamanho da empresa, ou com o volume de atividades desenvolvidas e 
requeridas pela empresa. 
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• comprar em quantidades maiores, o que pode significar condições e 
preços melhores; 
• redução dos custos de transporte ao combinarem pedidos e 
despachar quantidade maior; 
• homogeneidade na qualidade dos materiais adquiridos; 
• combinar pedidos pequenos e assim reduzir a duplicação de 
pedidos, o que pode reduzir os custos; 
• evita a concorrência danosa ente os compradores regionais e as 
disparidades de preços de aquisição de um mesmo material por 
compradores diversos. 
 
Vantagens da descentralização: 
• exerce um melhor gerenciamento de suas funções e de suas 
necessidades, além de permitir um melhor controle das funções e 
necessidades; 
• maior autonomia funcional das unidades regionais; 
• permite uma maior flexibilidade e sensibilidade na solução de 
problemas regionais, pelo conhecimento abrangente do problema 
pela regional interessada, assim como melhor conhecimento das 
fontes de suprimento, meios de transporte e armazenamento mais 
próximo da região. 
• permite responder mais rapidamente às necessidades de aquisição 
emergencial. 
 
Exemplo de um processo típico de compras: 
Toda empresa tem seu procedimento de compras. Vamos descrever 
um processo típico. 
 
Primeiramente, a unidade organizacional que necessita o material 
envia ao setor ou departamento de compras um documento interno 
solicitando a compra (solicitação de compras). 
 
O setor de compras analisa a solicitação quanto aos limites de 
autoridade do solicitante que são normalmente estabelecidos pela 
empresa para o valor das compras. 
 
Depois disso, o setor de compras efetua as cotações com pelo menos 
três fornecedores (é a prática usual). O setor de compras, então, 
recebe as propostas, analisa-as, julga qual(is) a(s) melhor(es), busca 
em seu banco de dados fornecedores disponíveis e negocia os 
fornecedores preços e condições de pagamentos, para, então, 
selecionar o fornecedor que apresenta melhores condições de suprir 
aquela necessidade. Assim, o departamento de compras age como 
intermediário entre a empresa e seus fornecedores, sempre buscando 
melhores condições que tragam vantagem para a empresa. 
 
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Passadas todas essas etapas, ele emite o pedido de compras e faz o 
acompanhamento (follow-up) do fornecimento. 
 
Para o caso da grande maioria das empresas, o setor ou 
departamento de compras utiliza-se dos tradicionais sistemas de 
informações. Seus funcionários identificam fornecedores, fazem 
cotações de preços ou condições de fornecimento, escolhem o 
fornecedor, emitem pedidos de compras e acompanham prazos de 
entrega. 
 
Para muitas outras empresas, entretanto, essa metodologia tem 
mudado substancialmente nos últimos tempos, com o surgimento das 
parcerias. Nesse tipo de atuação, muda completamente a forma de 
relacionamento entre clientes e fornecedor. Da desconfiança e 
antagonismo passa-se a uma relação de confiança recíproca, 
estabelecendo-se meios mais rápidos e eficazes de troca de dados e 
informações sobre, por exemplo, prazos, quantidades a serem 
fornecidas, formas de pagamentos e preços. 
 
Outra característica comum a quase todas as empresas é a 
disponibilidade de software de planejamento e controle de compras, 
que automaticamente emitem pedidos de reposição de materiais. 
Muitos desses softwares se comunicam diretamente com o cliente (ou 
fornecedor) por formas eletrônicas, como e-mails, EDI e outros que 
surgem a cada dia. 
 
Vale lembrar que as obras, serviços, compras, alienações, 
concessões, permissões e locações da Administração Pública, 
quando contratadas com terceiros, serão necessariamente precedidas 
de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas na Lei de Licitações e 
Contratos (Lei nº 8.666/93). 
 
2.2. Cadastramento 
 
Cadastramento É a atividade que implica o reconhecimento perfeito 
da classificação de materiais, estabelecimento de codificação e 
determinação da especificação, objetivando a emissão de catálogos 
para utilização dos envolvidos nos procedimentos de administração 
de materiais. 
 
 
 
 
 
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Uma técnica básica da política de materiais é a padronização dos 
materiais em uso na organização. Esta padronização se dá pela 
aplicação de especificações técnicas e pela existência de um 
programa de classificação e catalogação de materiais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para cadastrar, você deve classificar os materiais (ou seja, organizá-
los por características semelhantes), dar a eles um código e 
determinar sua especificação. 
 
Fazer a especificação significafazer a descrição pormenorizada de 
suas características com a finalidade de identificá-lo de seus 
similares. A especificação correta facilita a compra do item, o 
entendimento do fornecedor e a inspeção por ocasião do 
recebimento. Deve ter, no mínimo, nome e características físicas. 
 
A padronização é a análise dos materiais a fim de permitir seu 
intercâmbio, possibilitando, assim, redução de variedade e 
consequente economia. O objetivo é uniformizar. A padronização 
reduz o risco de falta de material no estoque, permite a compra em 
grandes lotes e reduz a quantidade de itens no estoque. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dica: Classificação é o processo de aglutinação de materiais por 
características semelhantes. 
 
 
Tipos de Classificação: 
 
Existem vários tipos de classificação, cada um com um objetivo 
diferente, que possuem vantagens e desvantagens, conforme quadro 
abaixo. 
 
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Classificação Objetivo Vantagem Desvantagem Aplicações 
Valor de consumo Materiais de maior 
consumo (valor) 
Método ABC. 
Demonstra os mate-
riais de grande in- 
vestimento no 
estoque. 
Não fornece análise
da importância ope- 
racional do material. 
Fundamental.Deve 
 ser utilizada em com- 
junto com “impor- 
 tância operacional”. 
Importância 
operacional 
Importância dos 
materiais para o 
funcionamento da 
empresa 
Demonstra os mate-
riais vitais para a 
empresa. 
Não fornece análise
econômica dos 
estoques. 
Fundamental. Deve 
ser utilizada em con- 
junto com “valor de 
consumo”. 
Perecibilidade Se o material é 
perecível ou não 
Identifica os materiais 
sujeitos à perda por 
 perecimento, facilitando 
armazenamento e 
 movimentação 
 Básica. Deve ser utilizada 
com a classificação de 
“periculosidade”. 
Periculosidade Grau de periculosidade 
do material. 
Determina incompatibilidade 
com outros 
materiais, facilitando 
armazenamento e 
movimentação 
Básica. Deve ser utilizada
com a classificação de 
“perecibilidade”. 
Possibilidade de 
Fazer ou comprar 
Se o material deve ser 
comprado, fabricado 
internamente ou 
recondicionado. 
Facilita a organização da 
programação e planejamento 
de compras. 
Complementar para os
procedimentos de compra. 
 
Dificuldade de aquisição Materiais de fácil e 
difícil aquisição. 
Agiliza a reposição 
dos estoques 
Complementar para os
procedimentos de compra. 
Complementar para os
procedimentos de compra. 
Mercado fornecedor Origem dos materiais 
(nacional ou importado) 
Auxilia a elaboração
dos programas de 
importação. 
 
Quadro dos tipos de classificação. Fonte: Prof. Ionara Rech 
 
Cada organização deve utilizar o tipo de classificação que lhe for mais 
conveniente e trouxer mais vantagens ao seu tipo de negócio, ao seu 
dia-a-dia. 
 
1. Perecibilidade 
 
O critério de classificação pelo perecimento 
(obsolescência) significa evitar o desaparecimento 
das propriedades físico-químicas do material. 
Muitas vezes, o fator tempo influencia na 
classificação, assim, a empresa adquire 
determinado material para ser utilizado em data 
oportuna, e, se porventura não houver consumo, sua utilização 
poderá não ser mais necessária, o que inviabiliza a estocagem por 
longos períodos. 
 
Existem recomendações quanto a preservação dos materiais e sua 
adequada embalagem para proteção à umidade, oxidação, poeira, 
choques mecânicos, pressão etc. 
 
 
 
 
 
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2. Periculosidade 
 
A adoção dessa classificação visa a identificação de materiais, como, 
por exemplo, produtos químicos e gases, que, por suas 
características físico-químicas, possuam incompatibilidade com 
outros, oferecendo riscos à segurança. 
A adoção dessa classificação é de muita utilidade 
quando do manuseio, transporte e armazenagem de 
materiais. 
 
3. 
 
 
3. Possibilidade de Fazer ou comprar 
 
Se o material deve ser comprado, fabricado internamente ou 
recondicionado. Facilita a organização da programação e 
planejamento de compras. 
a) Fazer internamente: fabricados na empresa; 
b) Comprar: adquiridos no mercado; 
c) Decisão de comprar ou fazer: sujeito à análise; 
d) Recondicionar: materiais passíveis de recuperação. 
 
 
4. Dificuldade de aquisição 
 
As dificuldades na obtenção de materiais podem provir de: 
a) Fabricação especial: envolve encomendas especiais e 
acompanhamentos; 
b) Escassez: há pouca oferta no mercado; 
c) Sazonalidade: há alteração em determinada período do ano 
d) Monopólio: há um único fornecedor; 
e) Logística sofisticada: transporte especial, ou difícil acesso; 
f) Importações: imprecisão e/ou longo lead time. 
 
 
5. Mercado Fornecedor 
 
a) Mercado nacional: materiais fabricados no próprio país; 
b) Mercado internacional: materiais fabricados fora do país; 
c) Materiais em processo de nacionalização: materiais aos quais estão 
desenvolvendo fornecedores nacionais, ou similares. 
 
 
 
 
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Outro tipo de classificação utilizado pelas organizações é por tipo de 
demanda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A) Quanto à aplicação: 
 
1. Materiais produtivos: Compreendem todo e qualquer material 
ligado direta ou indiretamente ao processo de fabricação. Exemplos: 
matérias-primas, produtos em fabricação, produtos acabados. 
 1.1 Matérias-primas: materiais básicos e insumos3 que constituem 
os itens iniciais e fazem parte do processo produtivo da empresa. 
 1.2 Produtos em fabricação (ou em processamento): são os que 
estão sendo processados ao longo do processo produtivo. Não se 
encontram no almoxarifado porque já não são matérias-primas, nem 
podem estar na expedição porque ainda não são produtos acabados. 
 1.3 Produtos acabados: são os produtos constituintes do estágio 
final do processo produtivo, portanto; já prontos. 
 1.4. Materiais auxiliares, ou materiais indiretos, ou materiais não-
produtivos, ou improdutivos: são os itens que não se incorporam ao 
produto final. 
 
2. Materiais de manutenção: materiais de consumo, com 
utilização repetitiva, aplicados em manutenção. 
Materiais de manutenção são, por exemplo, óleos e filtros 
das máquinas, que você precisa trocar independentemente 
da máquina dar defeito ou não. 
 
3. Materiais improdutivos: compreende todo e qualquer 
material não incorporado às características do produto 
fabricado. Exemplos: materiais para limpeza, de escritório, 
etc. 
 
 
4. Materiais de consumo geral: materiais de consumo, com 
utilização repetitiva, aplicados em diversos setores da empresa, para 
fins que não sejam de manutenção. 
Materiais de consumo geral são os improdutivos, excluindo os 
utilizados na manutenção. 
 
- produtivos 
- de manutenção 
- improdutivos 
- de consumo geral 
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B) Quanto ao valor de consumo anual: 
É fundamental para o sucesso do processo de gerenciamento de 
estoques que se separe o essencial do acessório, voltando nossas 
atenções para o que realmente é importante quanto a valor de 
consumo. 
 
Para tanto, conta-se com a ferramenta Curva ABC ou Curva Pareto 
(ou ainda curva 80-20), método pelo qual se determina a importância 
dos materiais em função do valor expresso pelo próprio consumo 
emdeterminado período. 
 
Assim os materiais são classificados em A, B ou C de acordo com a 
curva ABC de consumo anual; 
Materiais A: Materiais de grande valor de consumo; 
Materiais B: Materiais de médio valor de consumo; 
Materiais C: Materiais de baixo valor de consumo. 
OBS.: Não é recomendado analisar a curva ABC isoladamente, 
devendo-se estabelecer uma interface com a importância 
operacional. 
 
C) Quanto à importância operacional: 
A maioria dos órgãos de gestão baseia suas análises de 
ressuprimento e definem as quantidades de reposição por meio de 
resultados de consumos históricos e tempos necessários para 
recompor os níveis de estoque. Esse tratamento matemático não 
diferencia os diversos materiais de estoque e não considera sua 
individualidade. 
 
Todavia, existem materiais que, independentemente de fraco 
consumo, poderão, caso venham a faltar, prejudicar seriamente a 
continuidade de produção de uma empresa ou ainda, trazer sérios 
riscos de poluição ambiental e segurança industrial, tornando o custo 
da falta mais oneroso do que o custo do investimento em estoque. 
 
Adota-se a classificação da importância operacional, visando 
identificar materiais imprescindíveis ao funcionamento da empresa. 
Materiais X: materiais de aplicação não importante, com 
possibilidade de uso similar existente na empresa; 
Materiais Y: materiais de importância média, com ou sem similar na 
empresa; 
Materiais Z: materiais de importância vital, sem similar na empresa, 
cuja falta acarreta a paralisação de uma ou mais fases operativas. 
 
 
 
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2.3. Recebimento. 
 
 
O recebimento de uma empresa é mais bem 
compreendido com uma combinação de cinco 
elementos principais: espaço físico, recursos de 
informática, equipamentos de carga e descarga, 
pessoa e procedimentos normalizados. 
 
 
O correto dimensionamento do espaço físico envolve espaço para fila 
de veículo, plataformas compensadoras de altura, espaço para 
separação e conferência, acesso livre para o estoque inicial e para a 
fabrica. 
 
A disponibilidade de recursos de informática pede, por exemplo, 
terminal EDI e de leitura ótica de código de barras, programas de 
comunicação com fornecedores e planejamento, e controle da 
produção (PCP). 
 
Para a carga e descarga, podem ser usados equipamentos 
apropriados, como, paletes, empilhadeiras e esteiras de distribuição. 
 
Pessoal qualificado é imprescindível; não se aceitam 
mais elementos que só exerçam uma função, e sim 
colaboradores polivalentes, com nível de instrução 
adequado e treinados. O homem que confere uma 
carga deve estar habilitado a inserir dados no 
sistema, determinar o destino da carga recebida e, 
em muitos casos, transportá-la para o local 
destinado. 
 
Na normalização de procedimentos, dá-se ênfase ao que deve ser 
feito em caso de exceção, principalmente dispondo até que ponto o 
colaborador tem autonomia de decisão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O recebimento é a atividade que visa garantir o rápido 
desembaraço dos materiais adquiridos pela empresa, zelando 
para que as entradas reflitam a quantidade estabelecida, na 
época certa, ao preço contratado e na qualidade especificada nas 
encomendas. 
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A estocagem inicial deve se limitar aos itens que a análise econômica 
prévia determinar, e os tipos de instalações variam de acordo com o 
tipo e escala da empresa. A forma mais comum de armazenagem é 
por meio de estruturas porta-paletes, simples ou de dupla 
profundidade, convenientemente dispostas a facilitar o acesso de 
equipamentos de elevação e transporte, a proteção do produto contra 
contaminantes internos ou externos, a fácil localização na hora de 
armazenagem e da coleta, segurança contra incêndios e iluminação 
conveniente. 
 
As atividades de recebimento abrangem desde a recepção do material 
na entrega pelo fornecedor até a entrada nos estoques. A função de 
recebimento de materiais é módulo de um sistema global integrado 
com as áreas de contabilidade, compras e transportes e é 
caracterizada como uma interface entre o atendimento do pedido pelo 
fornecedor e os estoques físico e contábil. 
 
Recebimento é a atividade intermediária entre as tarefas de compra e 
pagamento ao fornecedor, sendo de sua responsabilidade a 
conferência dos materiais destinados à empresa. 
 
As atribuições básicas do Recebimento são: 
1. coordenar e controlar as atividades de recebimento e devolução de 
materiais; 
2. analisar a documentação recebida, verificando se a compra está 
autorizada; 
3. controlar os volumes declarados na Nota Fiscal e no Manifesto de 
Transporte com os volumes a serem efetivamente recebidos; 
4. proceder a conferência visual, verificando as condições de 
embalagem quanto a possíveis avarias na carga transportada e, se 
for o caso, apontando as ressalvas de praxe nos respectivos 
documentos; 
5. proceder a conferência quantitativa e qualitativa dos materiais 
recebidos; 
6. decidir pela recusa, aceite ou devolução, conforme o caso; 
7. providenciar a regularização da recusa, devolução ou da liberação 
de pagamento ao fornecedor; 
8. liberar o material desembaraçado para estoque no almoxarifado; 
 
A análise do Fluxo de Recebimento de Materiais permite dividir a 
função em quatro fases: 
1a fase - entrada de materiais; 
2a fase - conferência quantitativa; 
3a fase - conferência qualitativa; 
4a fase - regularização; 
 
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1a fase - Entrada de Materiais: 
 
A recepção dos veículos transportadores efetuada na portaria da 
empresa representa o início do processo de Recebimento e tem os 
seguintes objetivos: 
• a recepção dos veículos transportadores; 
• a triagem da documentação suporte do recebimento; 
• constatação se a compra, objeto da Nota Fiscal em análise, está 
autorizada pela empresa; 
• constatação se a compra autorizada está no prazo de entrega 
contratual; 
• constatação se o número do documento de compra consta na Nota 
Fiscal; 
• cadastramento no sistema das informações referentes a compras 
autorizadas, para as quais se inicia o processo de recebimento; 
• o encaminhamento desses veículos para a descarga; 
 
As compras não autorizadas ou em desacordo com a programação de 
entrega devem ser recusadas, transcrevendo-se os motivos no verso 
da Nota Fiscal. Outro documento que serve para as operações de 
análise de avarias e conferência de volumes é o "Conhecimento de 
Transporte Rodoviário de Carga", que é emitido quando do 
recebimento da mercadoria a ser transportada. 
 
As divergências e irregularidades insanáveis constatadas em relação 
às condições de contrato devem motivar a recusa do recebimento, 
anotando-se no verso da 1a via da Nota Fiscal as circunstâncias que 
motivaram a recusa, bem como nos documentos do transportador. O 
exame para constatação das avarias é feito através da análise da 
disposição das cargas, da observação das embalagens, quanto a 
evidências de quebras, umidade e amassados. 
 
Os materiais que passaram por essa primeira etapa devem ser 
encaminhados ao Almoxarifado. Para efeito de descarga do material 
no Almoxarifado, a recepção é voltada para a conferência de 
volumes, confrontando-se a Nota Fiscal com os respectivos registros 
e controles de compra. Para a descarga do veículo transportador é 
necessária a utilização de equipamentos especiais, quais sejam: 
paleteiras, talhas, empilhadeiras e pontesrolantes. 
 
O cadastramento dos dados necessários ao registro do recebimento 
do material compreende a atualização dos seguintes sistemas: 
• Sistema de Administração de Materiais e gestão de estoques: 
dados necessários à entrada dos materiais em estoque, visando ao 
seu controle; 
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• Sistema de Contas a pagar: dados referentes à liberação de 
pendências com fornecedores, dados necessários à atualização da 
posição de fornecedores; 
• Sistema de Compras: dados necessários à atualização de saldos e 
baixa dos processos de compras; 
 
2a fase - Conferência Quantitativa: 
 
É a atividade que verifica se a quantidade declarada 
pelo fornecedor na Nota Fiscal corresponde 
efetivamente à recebida. A conferência por 
acusação também conhecida como "contagem 
cega" é aquela no qual o conferente aponta a 
quantidade recebida, desconhecendo a quantidade 
faturada pelo fornecedor. A confrontação do recebido versus faturado 
é efetuada a posteriori por meio do Regularizador que analisa as 
distorções e providencia a recontagem. 
 
Dependendo da natureza dos materiais envolvidos, estes podem ser 
contados utilizando os seguintes métodos: 
• Manual: para o caso de pequenas quantidades; 
• Por meio de cálculos: para os casos que envolvem embalagens 
padronizadas com grandes quantidades; 
• Por meio de balanças contadoras pesadoras: para casos que 
envolvem grande quantidade de pequenas peças como parafusos, 
porcas, arruelas; 
• Pesagem: para materiais de maior peso ou volume, a pesagem 
pode ser feita através de balanças rodoviárias ou ferroviárias; 
• Medição: em geral as medições são feitas por meio de trenas; 
 
3ª Fase – Conferência qualitativa: 
 
Visa garantir a adequação do material ao fim que se destina. A 
análise de qualidade efetuada pela inspeção técnica, por meio da 
confrontação das condições contratadas na Autorização de 
Fornecimento com as consignadas na Nota Fiscal pelo Fornecedor, 
visa garantir o recebimento adequado do material contratado pelo 
exame dos seguintes itens: 
• Características dimensionais; 
• Características específicas; 
• Restrições de especificação; 
 
4ª Fase: Regularização: 
 
Caracteriza-se pelo controle do processo de recebimento, pela 
confirmação da conferência qualitativa e quantitativa, 
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respectivamente por meio do laudo de inspeção técnica e pela 
confrontação das quantidades conferidas versus faturadas. 
 
O processo de Regularização poderá dar origem a uma das seguintes 
situações: 
• liberação de pagamento ao fornecedor (material recebido sem 
ressalvas); 
• liberação parcial de pagamento ao fornecedor; 
• devolução de material ao fornecedor; 
• reclamação de falta ao fornecedor; 
• entrada do material no estoque; 
 
O material em excesso ou com defeito será devolvido ao Fornecedor 
acompanhado da Nota Fiscal de Devolução, emitida pela empresa 
compradora. 
 
2.4. Armazenagem 
 
A armazenagem de materiais também é uma 
preocupação constante do administrador. A 
armazenagem, embora não se aperceba disso 
facilmente têm um custo (posse e conservação da 
área, conservação dos próprios materiais, custo de 
pessoal, etc.), além do próprio custo do estoque 
imobilizado. 
 
Assim pela padronização e pelo planejamento deve-se procurar 
reduzir a quantidade de material armazenado e aumentar a 
velocidade com que ele entra e sai dos locais de armazenagem. 
Deve-se também estar atento às modernas técnicas e equipamentos 
de armazenagem e embalagem, para aumento da eficiência e 
redução de custos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Antigamente o almoxarifado se constituía em um depósito, quase 
sempre o pior e mais inadequado local da empresa, onde os materiais 
eram acumulados de qualquer forma, utilizando mão-de-obra 
desqualificada. 
Almoxarifado é a atividade que visa 
garantir a fiel guarda dos materiais 
confiados pela empresa, objetivando sua 
preservação e integridade até o consumo 
final. 
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Com o tempo surgiram sistemas de manuseio e de armazenagem 
bastante sofisticados, o que acarretou aumento da produtividade, 
maior segurança nas operações de controle e rapidez na obtenção 
das informações. 
 
O termo Almoxarifado é derivado de um vocábulo árabe que significa 
"depositar". 
 
 
 
 
 
 
 
 
Almoxarifado é o local destinado à guarda e conservação de 
materiais, em recinto coberto ou não, adequado à sua natureza, 
tendo a função de destinar espaços onde permanecerá cada item 
aguardando a necessidade do seu uso, ficando sua localização, 
equipamentos e disposição interna acondicionados à política geral de 
estoques da empresa. 
 
O almoxarifado deverá: 
• assegurar que o material adequado esteja, na quantidade devida, 
no local certo, quando necessário; 
• impedir que haja divergências de inventário e perdas de qualquer 
natureza; 
• preservar a qualidade e as quantidades exatas; 
• possuir instalações adequadas e recursos de movimentação e 
distribuição suficientes a um atendimento rápido e eficiente; 
 
Em outras palavras, a função do administrador de almoxarifado 
consiste em planejar esses setores (localizar, preservar e assegurar), 
de modo a operá-lo (receber, guardar, entregar e controlar) 
preservando os materiais de deteriorações e desvios. 
 
A eficiência de um almoxarifado depende fundamentalmente: 
• da redução das distâncias internas percorridas pela carga e do 
conseqüente aumento do número das viagens de ida e volta; 
• do aumento do tamanho médio das unidades armazenadas; 
• da melhor utilização de sua capacidade volumétrica; 
 
Os objetivos do almoxarifado, assim como de todo e qualquer 
sistema de administração de materiais, prendem-se aos seguintes 
tópicos: 
 
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• ter o material certo; 
• na quantidade certa; 
• na hora certa; 
• no lugar certo; 
• na especificação certa; 
• ao custo e preço econômicos. 
O controle de custos unitários de produção é feito 
pelo departamento de custos. A venda de forma 
eficiente dos produtos da empresa é feita pelo departamento de 
marketing, e o controle do horário da jornada de trabalho dos 
colaboradores, pelo departamento de pessoal, ou recursos humanos. 
 
O Almoxarife: 
 
Almoxarife é o funcionário responsável pelo depósito e 
distribuição de materiais e matérias-primas (fiel de 
armazém). 
 
Os Almoxarifes programam e coordenam as atividades 
de recebimento, conferência, controle, guarda, 
distribuição, registro e inventário de materiais permanentes e de 
consumo, para uso das unidades e órgãos da Instituição. 
 
• Asseguram o bom andamento de processos de entrada e saída de 
materiais, verificando, executando os registros específicos, visando 
facilitar consultas e a elaboração de inventários. 
• Classificam, controlam o uso e disposição física dos espaços onde os 
materiais são estocados, dispensando atenção especial a materiais 
perecíveis ou de certo grau de periculosidade, conforme 
especificações dos mesmos e normas técnicas vigentes. 
• Asseguram o controle rígido do estoque, bem como consumo médio 
e ponto de compra, calculando demandas futuras, evitando falta de 
materiais. 
• Auxiliam na organização de arquivo, envio e recebimento de 
documentos, pertinentes a sua área de atuaçãopara assegurar a 
pronta localização de dados. 
• Zelam pela segurança individual e coletiva, utilizando equipamentos 
de proteção apropriados, quando da execução dos serviços. 
• Zelam pela guarda, conservação, manutenção e limpeza dos 
equipamentos, instrumentos e materiais utilizados, bem como do 
local de trabalho. 
 
 
 
 
 
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Equipamentos para armazenamento: 
 
Também chamados de unidades de estocagem, esses equipamentos 
compreendem: 
• armações; 
• estrados do tipo pallets; 
• engradados; 
• contenedores. 
 
Armações 
São prateleiras fabricadas com estruturas de aço ou de madeira em 
unidades padronizadas, segundo as necessidades do armazém e da 
estocagem. Na construção das prateleiras, há que se levar em conta, 
além dos objetivos a que se destinam, as proporções e 
posicionamentos estudados no lay-out. 
A maioria dos almoxarifados de pequeno porte usa estantes de 
madeira fabricadas na própria oficina da organização, pois os 
contingentes estocados são constituídos de materiais leves, de 
pequeno volume, como os materiais de escritório, de limpeza, etc. 
Entretanto, nos últimos anos, tem-se observado uma gradual 
substituição das armações de madeira por estruturas metálicas, 
mesmo nos pequenos almoxarifados. 
As estruturas metálicas possuem uma série de vantagens adicionais 
em relação à madeira: são imunes à ação de insetos e roedores, 
suportam maior peso, são mais fáceis de ser montadas ou 
desmontadas e têm grande durabilidade. 
 
Estrados ou Pallets 
Como unidade de estocagem, os estrados ou pallets revolucionaram 
os métodos e técnicas de armazenamento, modificando 
radicalmente a concepção de transporte e movimentação 
de material vigente até pouco tempo atrás. 
Consistem em estrados feitos principalmente de madeira, 
com medidas padronizadas, sobre os quais se montam cargas 
unitárias, possibilitando eficiente guarda e/ou movimentação de 
materiais, por meio de equipamentos de transporte interno. 
 
 
E o que é um palete? 
 
Trata-se de uma plataforma disposta horizontalmente para 
carregamento, constituída de vigas, blocos ou uma simples face sobre 
os apoios, cuja altura é compatível com a introdução dos garfos da 
emplilhadeira, e que permite o agrupamento de materiais, 
possibilitando o manuseio, a estocagem, a movimentação e o 
transporte num único carregamento. 
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A paletização vem sendo utilizada em empresas que demandam 
manipulação rápida e armazenagem racional, envolvendo grandes 
quantidades. A paletização tem como objetivo realizar, de uma só 
vez, a movimentação de um número maior de unidades. Ao pallet é 
atribuído o aumento da capacidade de estocagem, economia de mão-
de-obra, tempo e redução de custos. O emprego de empilhadeiras e 
pallets já proporcionou a muitas empresas economia de até 80% do 
capital despendido com o sistema de transporte interno. 
 
Esse sistema de armazenamento denomina-se também sistema de 
blocagem. Ele permitiu a melhor utilização do espaço vertical com a 
ajuda de prateleiras de aço chamadas porta- pallets, com a vantagem 
dos benefícios proporcionados pela movimentação das cargas 
unitárias. 
 
Casos há em que se pode dispensar as estruturas de aço porta- 
pallets, como, por exemplo, nas cargas uniformes que formam uma 
superfície de sustentação, que possibilitam a superposição de vários 
blocos paletizados. Verifica-se aí também a otimização do 
aproveitamento do espaço vertical do armazém apenas com blocos 
superpostos. 
 
Existem vários tipos e tamanhos de pallets que atendem às 
especificações de uso, porém com aberturas laterais para entrada e 
sustentação dos garfos de empilhadeiras e carrinhos de transporte. 
 
Os pallets são plataformas, nas quais as mercadorias são empilhadas, 
servindo para unitizar, ou seja, transformar a carga numa única 
unidade de movimentação. 
 
VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DE PALETES 
1. Melhor aproveitamento do espaço disponível para armazenamento, 
utilizando-se totalmente do espaço vertical disponível, por meio do 
empilhamento máximo; 
2. Economia nos custos de manuseio de materiais, por meio da 
redução do custo da mão-de-obra e do tempo necessário para as 
operações braçais; 
3. Possibilidade de utilização de embalagens plásticas ou amarração 
por meio de fitas de aço da carga unitária, formando uma só 
embalagem individual; 
4. Compatibilidade com todos os meios de transporte (marítimo, 
terrestre, aéreo); 
5. Facilita a carga, descarga e distribuição nos locais acessíveis aos 
equipamentos de manuseio de materiais; 
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6. Permite a disposição uniforme de materiais, o que concorre para a 
desobstrução dos corredores do armazém e dos pátios de descarga; 
7. Os paletes podem ser manuseados por uma grande variedade de 
equipamentos, como empilhadeiras, transportadores, elevadores de 
carga e até sistemas automáticos de armazenagem. 
 
Engradados 
São estrados providos de proteção lateral. Prestam-se à guarda e 
transporte de materiais que, devido à fragilidade de sua embalagem 
e/ou à irregularidade de seu formato, não admitem o uso de 
estrados. 
 
Contenedores 
Mais conhecidos como containers (“caixas de 
carga”), apresenta-se sob a forma de uma caixa 
metálica retangular, revestida de chapa de aço, 
alumínio ou fibra de vidro, hermeticamente 
fechada e selada, destinada ao 
acondicionamento (não confundir com 
embalagem) e ao transporte intermodal de mercadorias consolidadas 
(desde o fabricante até o consignatário ou importador). 
 
Entretanto, o termo “contenedor” vem se estendendo a outras formas 
de construção, aplicação e finalidade, e já existe no mercado uma 
variedade para uso industrial, comercial e com múltiplas finalidades, 
como as caixas de plástico para armazenar e transportar leite, carne, 
bebidas, pescado, etc., que, além de tudo, são fabricadas de maneira 
a possibilitar um eficiente empilhamento. 
 
Finalizando, uma das grandes vantagens da paletização é que os 
paletes podem ser manuseados por uma grande variedade de 
equipamentos, como empilhadeiras, transportadores, elevadores de 
carga e até sistemas automáticos de armazenagem. Assim, salvo 
situações especiais, não há necessidade de investimentos em 
equipamentos adequados a seu manuseio. Por esse motivo, a 
resposta “a” é a alternativa errada. 
 
Critérios de Armazenagem 
 
A armazenagem pode ser simples ou complexa. 
O que determina a complexidade da armazenagem são as 
características intrínsecas do material, que variam quanto a: 
fragilidade; combustibilidade; volatilização; oxidação; explosividade; 
intoxicação; radiação; corrosão; inflamabilidade; volume; peso; 
forma. 
 
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Os materiais de armazenagem complexa demandam as seguintes 
necessidades: 
• Conservação adequada (explosivos); 
• Equipamentos especiais de combate a incêndio (magnésio); 
• Equipamentos especiais para movimentação (geladeiras); 
• Manuseio especial (cristais); 
• Estrutura de armazenagem especial (carnes), etc. 
 
Técnicas de armazenagem: 
Para se realizar uma estocagem correta, há que se observar um 
conjunto de regras formuladas segundo critérios definidos. Cada 
almoxarifado terá, segundo as suas peculiaridades de organização e 
funcionamento, as suas normas de funcionamento, cujospreceitos 
devem ser observados rigorosamente pelos operadores e usuários do 
armazém. 
 
Os materiais sujeitos à armazenagem não obedecem a regras 
taxativas que regulem o modo como os materiais devem ser 
dispostos no Almoxarifado. Por essa razão, deve-se selecionar a 
alternativa que melhor atenda ao fluxo de materiais de cada 
organização. 
 
Independentemente do critério ou método de armazenamento 
adotado é oportuno observar as indicações contidas nas embalagens 
em geral. 
 
Mesmo que haja variação de um almoxarifado para outro em 
organizações diferentes, tais regras buscam os mesmo objetivos, 
quais sejam: 
• redução das perdas por quebra; 
• diminuição de acidentes no trabalho, por dispensar o elemento 
humano da movimentação de cargas pesadas; 
• menor tempo gasto nas movimentações e expedição; 
• ampliação, com melhor aproveitamento de área útil de 
armazenamento. 
 
Armazenagem em área externa: devido à sua natureza, muitos 
materiais podem ser armazenados em áreas externas, o que diminui 
os custos e amplia o espaço interno para materiais que necessitam de 
proteção em área coberta. Podem ser colocados nos pátios externos 
os materiais a granel, tambores e “containers”, peças fundidas e 
chapas metálicas. 
Coberturas alternativas: não sendo possível a expansão do 
almoxarifado, a solução é a utilização de galpões plásticos, que 
dispensam fundações, permitindo a armazenagem a um menor 
custo. 
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Em síntese, o que se procura por meio das normas de 
armazenamento é aumento da eficiência do processo de estocagem, 
traduzindo, em expressões máximas, o seu rendimento e, em 
expressões mínimas, os seus custos. 
 
Critérios de armazenamento 
Entre os critérios mais comuns que orientam a elaboração de normas 
de armazenamento, podem ser enumerados os seguintes: 
• rotatividade de materiais; 
• volume e peso; 
• ordem de entrada/saída; 
• similaridade; 
• valor; 
• carga unitária; 
• acondicionamento e embalagem; 
 
Rotatividade de materiais 
Dentre os itens de material mantidos em estoque, existem aqueles 
que têm maior movimentação em relação a outros, em virtude de sua 
utilização por maior número de usuários, ou por outro motivo 
qualquer. A esses materiais que entram e saem com maior freqüência 
deve ser dado um tratamento específico em relação à localização no 
armazém, ou seja, armazená-los nas proximidades das portas 
(setores de expedição e embalagem). 
Esse procedimento oferece as seguintes vantagens: 
• minimização de número de viagens entre as áreas de estocagem e 
de expedição; 
• descongestionamento do trânsito interno do almoxarifado; 
• melhor aproveitamento da mão-de-obra interna, com menor 
desgaste físico dos operadores; 
• maximização do tempo despendido na expedição do material, etc. 
 
Volume e peso do material 
Da mesma forma, os itens mais volumosos e pesados devem ficar 
perto das portas para facilitar não só a sua conservação, como 
também a sua movimentação, e ser colocados sobre estrados ou 
pallets (tipo especial de estrado). 
 
Ordem de entrada/saída 
Armazenar, observando esse critério, significa obedecer à ordem 
cronológica de saída levando em conta a sua época de entrada. Isso 
quer dizer: as unidades estocadas há mais tempo devem sair 
primeiro, a fim de que não venham a ocorrer situações de 
esquecimento de itens em estoque, o que pode causar oxidações, 
deterioração, obsoletismo, perda de propriedades físicas, 
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endurecimentos, ressecamentos e outras situações que impliquem 
em perda de material. 
 
Similaridade 
Sempre que possível, os materiais devem ser armazenados 
considerando a sua similaridade com outros itens, o que pode ser 
feito mais facilmente com o auxílio do catálogo de materiais. 
O agrupamento de materiais que apresentam características físicas, 
aplicações ou naturezas semelhantes em locais adjacentes facilita a 
sua localização, a movimentação e até a contagem. 
 
Valor do material 
O valor financeiro que um determinado material representa para o 
estoque define a sua forma de armazenamento. As regras não 
diferem muito daquelas adotadas para os demais itens, porém deve-
se destacar que o local deve ser apropriado e proporcionar maior 
condição de segurança. 
Para os controles de estoque que utilizam o método denominado 
“ABC”, ou “curva ABC”, podemos adiantar que os itens de material 
aqui tratados integram a letra “A”. 
 
Carga unitária 
O critério de carga unitária baseia-se na constante necessidade de 
racionalização do espaço útil de armazenamento, com o máximo 
aproveitamento do conceito de cubagem. Porém, aliada à 
racionalização do espaço, a carga unitária favorece sobremaneira a 
boa movimentação do material, a rapidez de carga e descarga e, 
conseqüentemente, a redução dos custos. 
Esse método consiste na arrumação ou composição de pequenos 
itens –pacotes ou unidades menores – em volumes dimensionados 
em peso, cubagem e quantidade maiores. Pode-se dizer também que 
o critério de carga unitária significa transformar as unidades simples 
em unidades múltiplas. 
 
Acondicionamento e embalagem 
A abertura das caixas ou embalagens recebidas do 
fornecedor para conferência dos materiais adquiridos é 
uma praxe. Porém, depois disso, deve-se lacra-las 
novamente, com o aproveitamento da própria 
embalagem. Evidentemente, só se deve deixar 
desembalado o contingente de unidades necessárias à 
entrega do período. 
Tal procedimento traz os mesmos benefícios apontados no critério da 
carga unitária, pois guarda com ele uma grande similitude. 
Podemos verificar que a única alternativa errada é a letra “c”, uma 
vez que, a intenção é evitar a obsolescência. Uma forma de evitar é 
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adotar a técnica de armazenagem de ordem de entrada/saída, pois, 
assim, as unidades estocadas há mais tempo sairão primeiro, a fim 
de que não venham a ocorrer situações de esquecimento de itens em 
estoque, o que pode causar oxidações, deterioração, obsoletismo, 
perda de propriedades físicas, endurecimentos, ressecamentos e 
outras situações que impliquem em perda de material. 
 
2.5. Transporte 
 
O transporte faz parte das preocupações 
básicas do administrador de materiais. Seja 
ele interno ou externo, um baixo 
desempenho na sua execução pode 
comprometer a atividade fim da organização. 
Deve-se estar sempre atento às modernas 
técnicas e equipamentos de transporte, além 
da evolução das relações comerciais com aquelas empresas 
prestadoras de serviço nesta área, que podem vir a ser empregadas 
como uma importante maneira de economia de tempo e recursos. 
 
Essa função compreende todas as tarefas, responsabilidades e 
relacionamentos utilizados na movimentação/deslocamento de 
materiais demandados pelo processo de criação de bens e serviços. 
Devido à sua natureza, pode-se dizer que é realizado dentro do 
sistema de produção a fim de deslocar materiais: 
• do recebimento para o almoxarifado; 
• do almoxarifado para a unidade de produção; 
• de uma unidade de produção para outra; 
• de uma unidade de produção para o almoxarifado; 
• do almoxarifado de produtos acabados para o despacho. 
 
Qual é o melhor modal? Transporte rodoviário, aéreo, marítimo, 
ferroviário? Para cada rota há uma possibilidade de escolha, que deve 
ser feita mediante uma análise profunda de custos, muito além de 
uma simples análise do custo baseada em peso por quilometragem 
(Kg/Km). Para cada

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