Buscar

FUNDAMENTOS DE COMÉRCIO EXTERIOR AULA O1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FUNDAMENTOS DE COMÉRCIO EXTERIOR – AULA 01
Introdução:
Esta aula propõe apresentar ao aluno um panorama internacional atualizado com foco na visão abrangente do comércio internacional e as perspectivas do Brasil nesse cenário.
Para tanto, será apresentada uma avaliação histórica da política econômica brasileira em comparação a do principal país emergente, a China.
Fenômenos no processo de transformação
O mundo, assim como um organismo, vem sofrendo transformações ao longo dos séculos.Para traçarmos um panorama do comportamento mundial e de seu respectivo impacto no comércio exterior brasileiro, apresentaremos o desenvolvimento da China e de Brasil, dois países emergentes, como fenômenos importantes nesse processo de transformação.
Deng Xiaoping: A segunda maior economia mundial, há quarenta anos, mergulhada na revolução cultural maoísta e fechada para o comércio internacional, começou a se abrir com uma “economia de mercado socialista” a partir de Deng Xiaoping, em 1978.
Tendo estudado em Moscou e trabalhado em Paris, Den Xiaoping teve oportunidade de conhecer as faces do capitalismo e do socialismo, o que lhe deu base para levar à China o melhor dos dois sistemas político-econômicos e tirá-la do atraso que durou até a morte de Mao Tsé-tung, em 1976.
Mao Tsé-Tung: De origem camponesa, Mao Tsé-tung contribuiu para a inclusão do camponês na economia chinesa, mas foi Deng Xiaoping que, tendo trabalhado como metalúrgico em uma fábrica da Renault, na França, pôde entender que a real inclusão social se dá através da educação e da especialização. 
Mao desenvolveu um “socialismo de livre mercado” e promoveu modernizações que começaram nos estados e municípios à base de investimentos em educação e infraestrutura para crescer exponencialmente ao longo dos últimos trinta anos em que a China vem conquistando voluptuosamente o mercado internacional.
O fenômeno China
Campos agrícolas  que deram lugar a metrópoles, ingresso de milhões de pessoas no mercado consumidor e uma economia extremamente focada na exportação. Isso tudo fez da China um caso de sucesso mundial, colecionando índices de crescimento incomparáveis às demais economias do mundo que se fartam de produtos baratos vindos de lá. A crítica mais ferrenha aos produtos chineses está na qualidade dos produtos oferecidos, mas não é bem assim. há China pra todos os gostos.
 O que quero dizer é que há produto barato e de baixa qualidade para atender diversos mercados, porém, há produtos de alta tecnologia para atender os mercados mais exigentes, como os parques da Disney, nos Estados Unidos.
Segundo pesquisa do Banco Mundial, os produtos de alta tecnologia vêm aumentando a sua participação na pauta das exportações chinesas.Além disso, com o vigoroso aumento das commodities, impulsionado pela musculosa demanda da própria China, daremos adeus aos preços baratos em breve.Outro assunto polêmico envolve a mão de obra mal remunerada. Com saúde e educação subsidiada pelo Estado totalitário e com um aumento progressivo de salários impulsionado pela, por incrível que pareça, escassez de mão de obra e pelo aumento intencional do consumo interno como uma forma de atenuar a crise mundial de demanda dos últimos anos, a remuneração do cidadão chinês me parece adequada para a cultura e para o estilo de vida locais que estão mudando a cada ano.
Reflexo negativo do crescimento econômico
Os chineses estão enriquecendo espantosamente e, à medida que enriquecem, começam a enfrentar problemas antes inexistentes,, como a falta de gente para trabalhos mais básicos, como operários de chão de fábrica e o envelhecimento da população que, sem um plano do Estado para aposentadoria e para previdência social, economiza tudo o que pode para uma velhice mais tranquila.
De acordo com projeções da das Nações Unidas, o número de chineses em idade para trabalhar começará a cair, consequência da política de filho único, instituída em 1979 para conter o crescimento populacional. “A China vai ficar velha antes de ficar rica”.
Além desses fatores, a população camponesa está parando de migrar para as cidades, num real aceno de que o combustível do crescimento exponencial está acabando. Numa razão diretamente proporcional, os salários aumentam e com eles, a inflação, o que pode estagnar a economia chinesa. Driblar essa situação, como fizeram Japão, Coréia do Sul, Singapura e Taiwan no século passado, pode não ser tão fácil para um país de dimensões continentais e muito populoso.
O desenvolvimento do Brasil
O Brasil vem se desenvolvendo muito rapidamente como um subproduto do crescimento Chinês. Como foi comentado sobre o fenômeno chinês, o vigoroso aumento das commodities acabou com o nosso déficit comercial , valorizou o real e possibilitou a queda dos juros e alavancou nossa economia , que vem crescendo desordenadamente sem investimento em infra estrutura, o que não aconteceu com a China que aprovetou décadas de crescimento para investir pesada em sua infra estrutura. 
Com portos ,Aeroportos e estradas mal estruturadas, temos que pisar no freio no crescimento econômico por não termos meio modernos de escoar a produção.
Outro fator que limita o crescimento econômico brasileiro e a Inflação, pois com a economia aquecida e maior poder de compra, o brasileiro está comprando e provocando o aumento inesperado de preços, que devem ser controlados para manter adormecido o monstro da inflação. 
O que difere um País rico de um País pobre?
A credibilidade,O lastro histórico de crescimento,Uma justa distribuição da riqueza ,O respeito inviolável à propriedade material e intelectual,Normas claras e válidas para todos, sem a nociva sensação de impunidade ou favorecimentos ,A ampliação de oportunidade a todos ,A justiça social e empresarial ,A conscientização de um bem comum maior e de acesso a todos ,Tudo isso em parceria da sociedade com o governo.
Riquezas de um país
Muitos desses conceitos são relativos. Para fazer justiça a um, outro deverá ser punido e, se não houver imparcialidade nessa decisão, não haverá conscientização de que essa punição será melhor para a maioria e as represálias irão existir na medida da influência do punido. 
Há que se promover uma mudança cultural, uma sensibilização de longo prazo que não será nada fácil.
Não se pode falar em conscientização sem educação e informação. Por outro lado, educação e informação dão mais poder de escolha ao cidadão. Será que há interesse político nisso? Essa é uma questão que cada um irá responder diferentemente e, enquanto isso, ficamos patinando na passada categoria de eterno país do futuro.

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes