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resenhas controle de constitucionalidade

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Generalidades, Conceito E Presupostos.
Ao definir de forma mais abrangente o controle de constitucionalidade é um mecanismo de verificação de compatibilidade entre um ato normativo e a Constituição, possui como princípios a supremacia da Constituição e a rigidez constitucional. 
Este primeiro se refere à posição hierárquica da Constituição, dentro de um sistema estruturado de forma escalonada, ela é fundamento de validade a todas as demais normas. Já a rigidez constitucional direciona-se a elaboração processual complexa e diversa da Constituição, pois a mesma não pode ser produzida de igual forma que todos os outros atos normativos, se assim fosse as leis infraconstitucionais, em caso de contrariedade acarretaria a revogação do ato anterior e não a inconstitucionalidade.
Vale aqui ressaltar que o controle de constitucionalidade é o exercício da jurisdição constitucional, ou seja, a aplicação da Constituição pelo Poder Judiciário, ou em sentido indireto, quando a Constituição serve de referencias para atribuição de sentido a uma norma infraconstitucional.
O Primeiro Precedente: Marbury v. Madison
O contexto histórico em questão se dá por volta de 1800, no primeiro mandato de Thomas Jefferson como presidente dos Estados Unidos da América. Seu antecessor, o federalista John Adams, antes da posse de Tomas Jefferson, ainda era maioria nos poderes Executivo e Legislativo, articulou juntamente com o Congresso um plano para deter a maioria federalista também no Poder Judiciário.
Tal plano teve como base duas leis: uma lei de reorganização do Judiciário federal, consistia em reduzir o numero de Ministros da Suprema Corte e criar dezesseis novos cargos de juiz federal, todos preenchidos com federalistas aliados a Adams; e outra criada uma semana antes da posse de Jefferson, que autorizou o presidente a nomear quarenta e dois juízes de paz.
Véspera da posse do presidente eleito, Adams assinou os atos de investidura e mandou que seu Secretário de Estado, John Marshall, que também foi indicado Presidente da Suprema Corte, entregasse aos nomeados. Pela falta de tempo a tarefa não pôde ser concluída e alguns dos investidos não foram nomeados, dentre eles estava William Marbury.
Tomas Jefferson assume a presidência e orienta o novo Secretário de Estado, James Madison, a interromper definitivamente a nomeação dos juízes de paz. Marbury, portanto, decide entrar com ação, na Suprema Corte, para reconhecer seu direito ao cargo. O Congresso que já havia se tornado maioria republicana decide revogar as leis de reforma do Poder Judiciário, extinguindo os cargos criados e destituindo os ocupantes, e interromper a sessão da Corte.
Na sessão de 1803 após muitas discussões, a decisão final foi de que o direito ao cargo se dá tão somente após a entrega efetiva do ato de investidura e que os atos do Poder Executivo são passiveis de controle jurisdicional, quanto sua constitucionalidade e sua legalidade.
Marbury v. Madison inaugurou o controle de constitucionalidade no constitucionalismo moderno, deixando firmado o principio da supremacia da Constituição, a subordinação de todos os Poderes Estatais a ela e concedendo ao Judiciário competência para invalidar atos que lhe contravenham.
O Fenômeno Da Incontitucionalidade
Atos jurídicos são fatos jurídicos que resultam de uma manifestação de vontade, e dento deles se inserem as normas jurídicas, que são atos criados por órgãos constitucionalmente autorizados a modificar as situações por elas abrangidas. As normas jurídicas passam pela analise de três planos: o de existência, validade e eficácia.
O plano de existência consiste na verificação dos elementos constitutivos definidos pela lei, como causa de incidência. Dentro desses elementos existem duas categorias, os comuns, por serem indispensáveis a qualquer ato jurídico, são eles o agente, objeto e forma; e os específicos quando se referem a determinada categoria de atos. O plano de validade por sua vez cuida de constatar se os elementos do ato preenchem os atributos exigidos em lei, que são a competência, forma adequada e a licitude-possibilidade. O plano de eficácia refere-se a capacidade de irradiar as consequências almejadas.
Em síntese um ato que contenha agente capaz, objeto lícito-possível, forma adequada, e alcança as devidas consequências, este será existente, válido e capaz. A inconstitucionalidade de um ato jurídico se dá quando lhe falta algum elemento de validade. Reconhecida a invalidade da norma inconstitucional, esta não deverá ser eficaz.
Segundo Kelsen uma norma inconstitucional deveria estar sujeita somente a anulabilidade, com um efeito constitutivo ex nunc. Ele afirma que o controle de constitucionalidade não é propriamente uma atividade judicial, somente uma atividade legislativa negativa. Assim uma lei inconstitucional, somente obteria tal status e seria punida, com sua retirada do ordenamento, após o pronunciamento da Suprema Corte, antes disso era uma lei existente, valida e eficaz. Defende fortemente que os efeitos constitutivos desta deveriam ser plenamente ex nunc.
 A teoria da nulidade declara que um ato inconstitucional é um ato nulo de pleno direito, assim, a decisão que reconhece a inconstitucionalidade é de caráter declaratório, e todas as relações jurídicas construídas com base nela terão efeitos retroativos, voltaram ao status quo ante.
Após diversas discussões a Suprema Corte brasileira, adotou a teoria da nulidade, mas abriu exceções e concessões, além de estabelecer casos em que os efeitos retroativos fossem atenuados. Em 10 de novembro de 1999, foi ciada a Lei n. 9.868, na qual estabelece expressamente a atenuação dos efeitos retroativos sobre o processo e julgamento da ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de inconstitucionalidade.
Referencia:
BARROSO, Luís Roberto. O Controle de Constitucionalidade No Direito Brasileiro. São Paulo, Saraiva, 2014.

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