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Jéssica de Almeida Cordeiro Yasmin Corrêa Plácido dos Santos Química orgânica experimental Il Síntese do Vermelho de Monolite Relatório dirigido ao professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Doutor Leandro Lara Carvalho. Macaé, abril 2017 1 Índice 1.Introdução………………………………………………………………..…..2 1.1. Corantes orgânicos…………………………………………........2 1.2.Aminas……………………………………………………..….…….2 1.3. Substituição nucleofílica por adição-eliminação em carbono acílico……………………………………………………………….…....3 1.4. acetilação de aminas………………………………………….….4 1.5. Substituição eletrofílica aromática……………………….….….5 1.6. Reação de nitração em compostos aromáticos………….……6 1.7.Diazotação……………..………………………………….…….….7 2.Objetivo…………………………………………………………..………...….8 3.Parte experimental……………………………………………....…………..8 3.1. Procedimentos………………………………………..……..…….8 4. Resultados e discussão………………………………………....…..…….10 4.1. Acetilação da anilina………………………………...……..……10 4.2. Nitração da Acetoanilida…………………………...…….….….11 4.3. Síntese da p-nitroacetanilida………………….…...…….........12 4.4. Diazotação da p-nitroanilina…………………….……..……….12 4.5. Vermelho de monolite a partir do p -nitrobenzeno diazônio..13 5. Conclusão………………………………………………………..…….…….14 6.Referências bibliográficas……………………..…………………....….…...14 2 1.Introdução 1.1. Corantes orgânicos Desde a antiguidade os corantes orgânicos são conhecidos e usados para diversos fins, sempre extraídos de fontes naturais de origem principalmente vegetal. Estes corantes não eram muito funcionais, pois careciam de brilho, boa fixação e graduações de cor. Porém, em 1856, o químico William Perkin tentou preparar o alcaloide quinina em seu laboratório, e seu experimento por acaso resulta no primeiro corante sintético, a mauveína. A partir deste evento, muitos outros corantes foram sintetizados, tomando o lugar dos corantes naturais quase que completamente. Ao contrário dos pigmentos, que também realizam a função de tingir, os corantes possuem a propriedade de serem solúveis no meio em que são aplicados, e devem se fixar uniforme e irreversivelmente ao substrato, sendo resistentes a lavagem, oxidação do ar, exposição à luz intensa, entre outros. Os grupamentos cromóforos estão presentes nos corantes e estes são responsáveis para dar a capacidade de gerar cor entre eles o mais comum e um dos mais importantes são os azo-compostos. Os sais de diazônio aromáticos são um grupo de compostos orgânicos cuja estrutura geral é R−N2+X−, onde R pode ser qualquer grupo orgânico, um alquil ou um aril, e X− habitualmente um ânion haleto. Estes fazem parte do grupo azo e são bem estáveis, mostrando-se importante intermediário na síntese de corantes. 1.2. Aminas As aminas são bases orgânicas, que são obtidas a partir da substituição de um, dois ou três átomos de hidrogênio da amônia (NH3) por cadeias carbônicas. Portanto, o grupo funcional das aminas pode ser um dos três a seguir: 3 As aminas possuem em seu átomo de nitrogênio um par de elétrons não compartilhados, sendo possível, portanto, oferecer esse par de elétrons (segundo a teoria eletrônica de Gilbert Newton Lewis, uma base é toda espécie química capaz de oferecer um par de elétrons). Além disso, o par de elétrons possibilita que as aminas também possam receber um próton H+ (segundo a teoria protônica de Brønsted-Lowry, base é toda espécie química capaz de receber um próton H+). 1.3. Substituição nucleofílica por adição-eliminação em carbono acílico A substituição dar-se como no mecanismo descrito no esquema 1. . Em geral a reatividade está relacionada a facilidade de saída do grupo abandonador (L). 4 Facilidade de saída é inversamente relacionada a basicidade. Aminas são bases mais fortes e os piores grupos de saída. Via de regra os compostos acilas podem ser sintetizados a partir dos mais reativos. Sínteses de derivados de acila a partir de derivados de acila menos reativos é difícil e necessita de reagentes especiais. Para sofrer adição-eliminação nucleofílica o composto acila tem que ter um bom grupo de saída. Cloreto de acila reage com perda do íon cloreto, anidridos reagem com perda de íon carboxilato. Em geral a reatividade está relacionada a facilidade de saída do grupo abandonador (L). Facilidade de saída é inversamente relacionada a basicidade. Aminas são bases mais fortes e os piores grupos de saída. Via de regra os compostos acilas podem ser sintetizados a partir dos mais reativos. Sínteses de derivados de acila a partir de derivados de acila menos reativos é difícil e necessita de reagentes especiais. 1.4. acetilação de aminas As reações de acetilação basicamente introduzem um grupo acila em um determinado composto orgânico. A acetilação de uma amina é uma reação ácido-base de Lewis, em que um grupo amino de natureza básica, efetua um ataque nucleofílico sobre o átomo de carbono carboxílico. Como no exemplo do esquema 2 . (Esquema 2) 5 A acetilação tem como função mais importante, proteger o grupo amina primário e secundário. Aminas acetiladas possuem pouca sensibilidade a reações de oxidação e substituição aromáticas e são menos propensas a participar de várias reações típicas das aminas livres, pois são pouco básicas, podendo o grupo amino ser regenerado em meio ácido ou básico. A acilação apresenta baixo rendimento quando no anel estiverem presentes nos grupos atrativos de elétrons ou grupos –NH2, -NHR ou –NR2. O uso de Haletos Arílicos ou Vinílicos como reagentes não é recomendado, pois formam com facilidade carbocátion, não formando assim rearranjo de carbocátion, pois se estabiliza através da ressonância. Podendo ser acetiladas de várias maneiras com: • Ácido acético glacial, apresenta um interesse comercial pelo seu baixo custo. • Anidrido acético, que possui velocidade de hidrólise suficientemente lenta, o que permite que a acetilação da amina seja produzida em soluções aquosas, gerando um produto de alta pureza e bom rendimento, contudo não é apropriado para reações com aminas desativadas ou seja, bases fracas. • Cloreto de acetila, não é indicada por várias razões, a principalmente porque reage fortemente liberando HCl, convertendo metade da amina no seu sal (cloridrato), assim incapacitado-a de participar da reação. 1.5. Substituição eletrofílica aromática Areno (Ar-H) é o termo genérico para um hidrocarboneto aromático. O grupo arila (Ar) é derivado pela remoção de um átomo de um areno, compostos aromáticos sofrem substituição eletrofílica aromática (SNAr), como ilustrado no esquema 3. 6 O eletrófilo tem uma carga positiva parcial ou total, benzeno reage com um eletrófilo usando dois de seus elétrons A primeira etapa é parecida com.π uma adição a uma ligação dupla ordinária (como a de um alceno).Diferentemente da reação de adição, o anel benzeno reage posteriormente de modo a regenerar o sistema aromático muito estável Na etapa 1 do mecanismo, o eletrófilo reage com dois elétrons do anelπ aromático para formar um íon arênio. O íon arênio é estabilizado por ressonância que deslocaliza a carga. 1.6. Reação de nitração em compostos aromáticos Esta reação introduz um grupo nitro (-NO2) em anéis aromáticos, o grupo nitro pode ser convertido em outros grupo nitrogenados. Para realizar a reação de nitração em compostos aromáticos são necessários reagentes potentes como H2SO4/HNO3. A primeira etapa é a geração de um eletrófilo forte, neste caso NO2 + . Esta espécie é gerada através da interação dosdois ácidos: o H2SO4 que é ácido mais forte protona o HNO3, que desidrata (perde água). Após, o íon nitrônio, que é muito reativo, se combina com o benzeno para levar ao produto nitrado. O benzeno ataca a carga positiva do nitrogênio, levando ao mesmo tempo a quebra de uma ligação π N=O. Ocorre a formação do intermediário catiônico e, após a eliminação de um próton a aromaticidade é restituída e, o produto nitrado é formado, como no esquema 4. 7 (Esquema 4) 1.7. Diazotação Aminas aromáticas em meio ácido e a baixas temperaturas (0 a 5 °C), dão origem a compostos conhecidos como sais de diazônio. No caso da fenilamina, em meio acidificado com ácido clorídrico, forma-se o cloreto de benzeno-diazônio. Estes sais devem ser mantidos abaixo de 5 °C, pois decompõem-se com o calor, sendo precursores muito importantes em diversas sínteses orgânicas que liberam gás nitrogênio. (Esquema 5) Os azo-compostos referem-se a compostos químicos que carregam o grupo funcional R-N=N-R', em que R e R' podem ser tanto uma aril ou alquil. O grupo N=N é chamado de azo.Os azo-compostos referem-se a compostos químicos que carregam o grupo funcional R-N=N-R', em que R e R' podem 8 ser tanto uma aril ou alquil. O grupo N=N é chamado de azo. Muitos dos derivados mais estáveis contêm duas ou mais arilas devido ao deslocamento de elétrons. É por causa desse deslocamento que muitos azo-compostos possuem sua coloração típica, sendo, então, usados como tinturas e corantes (no caso, chamados corantes azóicos). 2.Objetivo O objetivo do presente trabalho é chegar a um tipo de corante, vermelho de monolite, pela reação de diazotação através de métodos posteriores como o da obtenção da acetanilida, p-nitroacetanilida e p- nitroanilina através da hidólise, respectivamente. 3.Parte experimental Reagentes: Anilina, anidrido acético, água destilada, acetanilida, ácido nítrico concentrado, ácido sulfúrico concentrado, p-Nitroacetalinida, p-dietil-aminobenzaldeído, solução aquosa de ácido sulfúrico 70%, solução aquosa de hidróxido de sódio 20%, ácido acético glacial, : p-nitroanilina, nitrito de sódio, β-naftol, ácido clorídrico concentrado, etanol, solução alcóolica de KOH. Materiais: Béquer de 500 mL e 250 mL, funil de adição de 100 mL, funil de Büchner, Kitassato de 500 mL, papel de filtro, placa de agitação magnética e barra magnética, proveta 10 mL e 50 mL, erlenmeyer de 125 mL, balão de fundo redondo de 250 mL, vidro de relógio, espátula, funil de decantação e tubo de ensaio. 3.1. Procedimentos Iniciou-se a obtenção da acetanilida com 7,75g de anilina pesados na balança 9 de precisão juntamente à 60 mL de água mantendo em agitação. Ainda em agitação, acrescentou-se 8,981 mL de anidrido acético. Feito isso, adicionou-se mais 50mL de água em constante agitação. Em seguida, a solução foi posta em banho de gelo. Após resfriamento, o precipitado foi filtrado à vácuo, com o auxílio do funil de Buncher e depois lavado em água destilada gelada e colocado pra secar sob o vidro de relógio. Posteriormente, para a obtenção da p-Nitroacetanilida, utilizou-se apenas 2,5 gramas dos cristais (retirado do rendimento total do precipitado) em um erlenmayer. Na capela, utilizou-se solução de 4 mL de ácido sulfúrico e adicionou-se ao erlenmeyer em banho de gelo. Em seguida, preparou-se uma solução com 4,5 mL de ácido sulfúrico e misturou-se com 1,4 mL de ácido nítrico em um bécher pequeno no banho de gelo. Adicionou-se lentamente a mistura no erlenmeyer em agitação manual, e quando a adição completa foi realizada, a mistura ficou 20 min. repousando. O teste de confirmação foi realizado com 1mL de ácido clorídrico 20% junto à alguns cristais do sólido. Após repouso, a filtração à vácuo foi realizada, para dar início ao processo de purificação. Transferiu-se o ppt para um bécher com 200 mL de água em ebulição e colocou-se em agitação magnética e aquecimento. Adicionou-se pequenas alíquotas de etanol para auxiliar na completa solubilização. Após recristalização, deixou-se esfriar para a formação de novos cristais. Em seguida, para a reação de síntese da p-nitroanilina, filtrou-se à vácuo a solução com os cristais, lavou-se com água destilada, e deixou-se secar ao ar por alguns minutos. Após verificar o rendimento, na capela, utilizou-se 1,9 gramas com a adição de ácido sulfúrico a 70% e deixou-se atingir o maior nível energético possível em aquecimento e agitação na placa. Tendo alcançado a ebulição e permanecido por alguns minutos, é vertida sobre a solução 60 mL de água gelada. Em seguida, aos poucos foram adicionados 75 mL de hidróxido de sódio (20%) até atingir pH básico. Filtrou-se o precipitado a vácuo, lavou com água destilada e inicou-se o processo de recristalização com água. Por fim, o precipitado obtido na última síntese, foi filtrado à vácuo, lavado com 10 água destilada e inicou-se o processo para então a síntese do vermelho de monolite. Em um béquer de 250 mL, colocou-se 0,6941 g de p-nitroanilina, 1,46 mL de água e 1,7 mL de HCl concentrado. Aqueceu-se até a dissolução de todo o material. Resfriou-se a mistura até a temperatura ambiente e foi acrescentado 3,8 g de gelo picado, mergulhando o béquer em banho de gelo. Em seguida, adicionou-se a solução de 0,35 g de NaNO2 em 1 mL de água, lentamente e com agitação, mantendo o banho de gelo. Deixou-o em repouso por 10 minutos. Em seguida filtrou-se a mistura resultante em papel pregueado e recebeu a solução em banho de gelo, mantendo-a por alguns instantes até sua utilização. Em um béquer de 250 mL, dissolveu-se 0,7 g de β-naftol em 19,4mL de etanol e manteve-se a solução a baixa temperatura. Transferiu-se a solução resfriada para um funil de decantação e gotejou-se lentamente sob a solução de cloreto de p-nitro-benzenodiazônio (preparado acima), agitando continuamente e mantendo a temperatura da mistura reacional em torno de 5 oC, com auxílio de banho de gelo. Após adição, agito-se ocasionalmente a mistura por cerca de 15 minutos. Por fim , o produto final foi obtido após a filtração, lavagem e secagem do precipitado. 4. Resultados e discussão 4.1. Acetilação da anilina A reação de acetilação (mecanismo 1) aconteceu a partir do ataque nucleofílico do grupo amino (base de Lewis), sobre o carbono carbonílico do anidrido acético (ácido de Lewis) que possui velocidade de hidrólise lenta, o que permitiu que a acetilação da amina fosse produzida em solução aquosa , formando a acetoanilida. Seguido de eliminação do acetilo (estabilizado por ressonância,ou seja, base fraca), que em seguida desprotona o nitrogênio, formando ácido acético, subproduto da reação. Rendimento: M(anilina) = M(C 6H7N) = 6x12,01 + 7x1,00 + 1x14,01 = 93,07g/mol. 11 M(acetoanilida) = M(C 8H9NO) = 8x12,01 + 9x1,00 + 1x14,01 + 1x16,00 = 135,09/mol A relação estequiométrica é de 1 para 1. Anilina adicionada = 7,75g (0,0832 mol) Acetoanilida obtida = 9,53g (0,0705 mol) Cálculo do rendimento: 0,0705 mol x 100%= 84,735% 0,0832 mol 4.2. Nitração da Acetoanilida O oxigênio ligado ao hidrogênio no ácido nítrico se liga a um hidrogênio do ácido sulfúrico (mecanismo 2, etapa 1). Assim, o oxigênio ligado aos dois hidrogênios no ácido nítrico rompe a ligação com o nitrogênio ficando com o par de elétrons, posteriormente, o oxigênio (ligado ao nitrogênio) com carga formal negativa utiliza um par de elétrons para formar uma ligação π com o nitrogênio, formando o íon nitrônio (NO2+). A adição da mistura ácida à acetanilida, inicia-se a etapa lenta da reação (mecanismo 2, etapa 3). Com a adiçãoda mistura de ácido nítrico e ácido sulfúrico, o eletrófilo (NO2+) é atacado pelo anel aromático na região de maior densidade eletrônica e menor impedimento estéreo. Mantivemos a temperatura controlada porque, uma temperatura elevada pode ocasionar a formação de produtos multi-nitrados. Durante a adição da mistura ácida a temperatura não passou de 0ºC. Rendimento: M(Acetoanilida) = M( C8H9NO) = 8x12,01 + 9x1,00 + 1x14,01 + 1x16,00 = 135,09/mol M(p-Nitroacetoanilida) = M( C8H8N2O3) = 8x12,01 + 8x1,00 + 2x14,01 + 3x16,00 =180,1g/mol. 12 A relação estequiométrica é de 1 para 1. Acetoanilida = 2,5g (0,0185 mol) p-Nitroacetoanilida = 2,44g (0,0135 mol) Cálculo do rendimento: 0,0135 mol x 100% = 72,97% 0,0185 mol 4.3. Síntese da p-nitroacetanilida Para o retorno do grupo amino ao anel aromático, foi feita uma reação em de hidrólise da p- nitro-acetanilida (mecanismo 3). Utilizou-se de ácido sulfúrico como catalisador em refluxo, a água é protonado pelo ácido, que gera uma molécula de hidronio, que em sequência é desprotonada pelo oxigênio. Em seguida a água ataca a carbonila, a reação segue com prototropismo, e saída do grupo abandonador. Obtendo-se assim a p-nitro-anilina. O excesso de ácido sulfúrico pode levar a formação do o sal bisulfato de p-nitro-anilínio. Rendimento: M(p-Nitro-Acetoanilida) = M(C8H8N2O3) = 8x12,01 + 8x1,00 + 2x14,01 + 3x16,00 = 180,1g/mol. M(p-nitroanilida) = ( C6H 6N2O2) = 6x12,01 + 6x1,00 + 2x14,01 + 2x16,00 = 138,08g/mol. A relação estequiométrica é de 1 para 1: p-Nitro-Acetoanilida = 1,9 g (0,0105 mol) p-nitroanilida = 0,69g (0,0050 mol) Cálculo do rendimento: 0,0050 mol x 100% = 47,61% 0,0105 mol 13 4.4. Diazotação da p-nitroanilina. Para a realização da síntese do vermelho de monolite a partir da p-nitroanilina foi feito reação de diazotação, como demonstra o mecanismos 4. A formação do sal de diazônio (o p-nitrobenzeno diazônio) ocorreu na presença dessa amina (base de Lewis), ácido clorídrico (ácido forte), e nitrito de sódio. É importante ressaltar que a reação foi realizada a baixas temperaturas (0ºC), porque sal de diazônio decompõem-se com o calor. O eletrófilo reage com o grupamento amino da p-nitroanilina, e em seguida ocorre perda de água. Formado o sal de diazônio, que tem a capacidade de reagir com compostos aromáticos que possuem alta densidade eletrônica. 4.5. Vermelho de monolite a partir do p -nitrobenzeno diazônio. A formação do azocorante segue o mecanismo geral de substituição eletrofílica aromática. Para esta etapa, foi utilizado como aromático o 2 -naftol (mecanismo 5) , cujo grupo –OH (ativante) aumenta a densidade eletrônica do anel (efeito indutivo). O procedimento foi realizado em baixas temperaturas, para evitar decomposição do sal. Foi importante o controle do pH. Quando o íon hidróxido está presente, o íon diazônio ArN2+ encontra-se em equilíbrio com um composto não ionizado, o diazo-hidróxido ou ácido diazóico (Ar-N=N-OH) e com sais diazóicos (Ar-N=N-O-Na+) derivados. Portanto, para o eletrófilo, a reação é favorecida por meio ácido, que foi aproveitado da reação de formação do ácido nitroso (presença de HCl). Por fim foi obtido, um composto (azocorante) de coloração vermelha bem forte. O nome usual do corante obtido é vermelho de monolite, ou formalmente, 1-p-nitrofenilazo-2-naftol. Rendimento M(p-nitroanilida) = ( C6H 6N2O2) = 6x12,01 + 6x1,00 + 2x14,01 + 2x16,00 = 14 138,08g/mol. M(1-p-nitrofenilazo-2-naftol) = M(C16H11N3O3) = 16x12,01 + 11x1,00 + 3x14,01 + 3x16,00 = 293,19g/mol A relação estequiométrica é de 1 para 1: p-nitroanilida = 0,69g (0,0050 mol) 1-p-nitrofenilazo-2-naftol = 2,233g (0,0076 mol) Cálculo do rendimento: 0,0076 mol x 100% = 152% 0,0050 mol 5. Conclusão Através do procedimento realizado em conformidade com a metodologia , pudemos comprovar a ocorrência das reações de formação de sais de diazônio e, a partir destes, obter azocorantes, compostos muito utilizados sob diversas formas em nosso dia-dia. Entretanto, o rendimento calculado foi superior ao esperado. Como a pesagem foi realizada com o material ainda úmido, acredita-se que esse tenha sido um fator que influenciou diretamente no resultado. Tendo como ponto crítico a temperatura, que foi controlada durante todo o experimento, principalmente na fase de hidrólise o qual teve que atingir temperatura elevadas por um determinado tempo, afim de pudesse alcançar um nível de energia bem alto. De uma forma geral, pode-se dizer que o objetivo foi alcançado, uma vez que se obteve, com sucesso, o azocorante conhecido como vermelho de monolite apresentando coloração e aspectos físicos característicos. 6.Referências bibliográficas Handbook of Chemistry and Phisics Química Orgânica – Volume único – John McMurry. SOLOMONS, T.W Graham; FRYHLE, Craig B. Química Orgânica. 10. 15 ed. [S.l.]: LTC, 2013. 613 p. v. 2. 06 Reações de enois.. Disponível em: <http://www.iq.usp.br/wjbaader/qfl2342/06%20Rea%C3%A7%C3%B5es%20de%20e nois.pdf>. Acesso em: 18 abr. 2017
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