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Arquitetura Bizantina

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Aula 13: 
 
Arquitetura Bizantina 
Disciplina: Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo 1 
Prof.ª: Andrea Romão 
Aula 13: Arquitetura Bizantina 
Data: 23/10/2015 
Prof.ª: Andrea Romão Aula 13: Arquitetura Bizantina 
INTRODUÇÃO 
 
 • Império Bizantino: Império Romano do Oriente 
- Bizâncio → uma das mais importantes cidades coloniais gregas; 
- Localização → posição geográfica favorável, à margem do estreito de 
Bósforo, entre o mar Negro e o Mar Mediterrâneo; 
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CONTEXTO HISTÓRICO 
 
 - Diocleciano (284 a 305) → período de perseguição aos cristãos; 
 
- Constantino (306 a 337) → elevação do cristianismo à igualdade com 
os cultos pagãos; transferência da capital do império romano para 
Bizâncio (Constantino passou a chamá-la de Constantinopla e 
atualmente é a atual capital da Turquia e se chama Istambul); 
 
- Teodósio (394 a 395) → o Império dividido em: 
- Oriental, com sede em Constantinopla; 
- Ocidental , com sede em Roma (já estudado anteriormente); 
 
- Justiniano (527-565) → cesaropapismo: significa que o chefe de 
Estado (César) torna-se chefe supremo da religião (Papa); 
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CONTEXTO HISTÓRICO 
 
 - Ano de 1054 → as constantes interferências do Estado nos assuntos 
religiosos provocou desgaste com a Igreja, culminando em uma 
divisão da cristandade; 
- Cisão do cristianismo: 
- Igreja Católica do Oriente (Ortodoxa); 
- Igreja Católica do Ocidente; 
A antiga Bizâncio tornou-se 
o centro principal da Igreja 
Ortodoxa. 
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CONTEXTO HISTÓRICO 
 
 • Império Bizantino: Império Romano do Oriente 
- Dividida em três fases principais: 
 
- Idade do ouro (527-565): 
- Reinado de Justiniano; 
- Construção da Igreja de Santa Sofia. 
 
- Iconoclastia (725, aproximadamente): 
- Decreto do Imperador Leão III, que proibia uso de imagens 
nos templos; 
 
- Segunda Idade do Ouro (séculos X e XIII): 
- Novo apogeu das pinturas e mosaicos. 
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ARTE BIZANTINA 
 
 - Objetivo → expressar a autoridade absoluta do imperador, 
considerado sagrado, representante de Deus e com poderes; 
 
- Inspirada e guiada pela religião; 
 
- Arte cristã → caráter cerimonial e decorativo; 
 
- Imponência e riqueza dos materiais e detalhes construtivos; 
 
- Sofreu influências diversas → características orientais e ocidentais 
(greco-romana, síria e persa); 
- Associação do luxo e exotismo do oriente com o equilíbrio e a leveza 
da arte greco-romana; 
 
- Construção de teatros, termas, palácios e sobretudo Igrejas; 
 
- Uma vez oficializado o cristianismo → caráter público expresso em 
edifícios abertos ao culto. 
 
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ARQUITETURA BIZANTINA 
 
 • Características gerais 
- Cúpulas: 
- Cúpula persa → abandono da forma circular na base e adoção da 
forma octogonal, sobre a qual se erguia a cúpula, já não totalmente 
redonda, mas facetada em oito “triângulos” curvos; 
- Cúpula bizantina → mantiveram o formato arredondando não 
colocando o tambor (grande arco circular sobre a qual se assenta a 
cúpula) diretamente sobre a base quadrada. 
- Procurava reproduzir a abóbada celeste. 
- Símbolo do poderio bizantino; 
Cúpula persa 
pendente 
tambor 
cúpula 
Cúpula bizantina 
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 • Características gerais 
- Cúpula bizantina 
- Uso dos sistema de pendentes → “triângulos” curvilíneos 
formados dos intervalos entre os arcos e que constituíam a base 
sobre a qual era colocado o tambor e sobre este a cúpula; 
- Deriva da abóbada de aresta; 
Detalhe do sistema de 
pendentes da cúpula 
bizantina 
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 • Igreja de Santa Irene, em Istambul (324) 
- Primeira catedral bizantina de Istambul; 
- Construída em 324 pelo Imperador Constantino; 
- Em 532 foi devastada pelas chamas e reconstruída por Justiniano, em 
540, com cúpulas; 
- Em 740 foi destruída por um terremoto, depois reparada e ampliada. 
 
Igreja de Santa 
Irene, em 
Istambul 
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 • Igreja de Santa Irene, em Istambul (324) 
- Projetada como uma basílica de três naves, com uma cúpula sobre o 
cruzamento; 
- Um dos primeiros exemplos de transição da planta de basílica para a 
planta em cruz. 
Planta baixa da 
Igreja de Santa 
Irene, em Istambul 
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 • Igreja de Santa Irene, em Istambul (324) 
 
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 • Igreja de Santa Sofia, em Istambul (532-537) 
- Arquitetos → Antêmio de Tralles e Isidoro de Mileto; 
- Três fases: 
- Anexando a primeira grande construção de onde se encontra; 
- Reformulação encomendada por Teeodósio II, em 415, destruída 
num incêndio; 
- Restauração e aplicação (imperador Justiniano). 
- Pretendia resumir a riqueza, a grandeza e o caráter místico do 
império bizantino; 
- A atmosfera e a luz criem condições para se chegar ao conhecimento 
de Deus de uma forma mística → as características arquitetônicas 
tornam a religião uma vivência simbólica; 
- Elementos de destaque: 
 - Cúpula; 
- Arcos; 
- Abóbadas; 
- Absides; 
- Mosaicos; 
- Pinturas afresco nas 
paredes e tetos; 
- Azulejos. 
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 • Igreja de Santa Sofia, em Istambul (532-537) 
- Exterior → muito simples; 
- Onde ficam à vista as estruturas de suporte da construção “expulsas” 
da composição interna. 
 
Igreja de Santa Sofia, 
em Istambul, na 
Turquia 
Minaretes 
(pequenas torres 
salientes) 
Cúpula 
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 • Igreja de Santa Sofia, em Istambul (532-537) 
- Exterior 
 
Igreja de Santa Sofia, em Istambul, na Turquia 
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 • Igreja de Santa Sofia, em Istambul (532-537) 
- Possui planta centrada, quase quadrada. 
 
Planta baixa 
da Igreja de 
Santa Sofia 
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 • Igreja de Santa Sofia, em Istambul (532-537) 
 
 
Corte longitudinal da Igreja de Santa Sofia 
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 • Igreja de Santa Sofia, em Istambul (532-537) 
- Interior: 
- Acabamento das paredes → embutidos ou mosaicos. 
 
 
Interior da Igreja de Santa Sofia 
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 • Igreja de Santa Sofia, em Istambul (532-537) 
- Interior: 
 
 
Detalhe 
cobertura da 
Igreja de 
Santa Sofia 
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 • Igreja de Santa Sofia, em Istambul (532-537) 
- Interior: 
 
 
Detalhe 
colunata da 
Igreja de 
Santa Sofia 
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 • Igreja de Santa Sofia, em Istambul (532-537) 
- Interior: 
 
 
Detalhe 
capitel da 
Igreja de 
Santa 
Sofia 
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 • Igreja de Santa Sofia, em Istambul (532-537) 
- Mosaicos →pequenos cubos de mármore colorido, terracota ou 
esmalte, presos à parede com argamassa; 
- Muitos foram destruídos ou cobertos depois da invasão de 
Constantinoplapelos turcos otomanos, em 1543 (a representação de 
seres vivos era proibido pelo islamismo); 
 
 
Detalhe do mosaico 
da cúpula da Igreja 
de Santa Sofia 
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 • Igreja de Santa Sofia, 
em Istambul (532-
537) 
- Cúpula → a maior 
construída até então (31m 
diâmetro e 54m altura); 
- No tambor, a luz jorra de 
quarenta janelas, cujos 
vitrais representam os dias 
de Jesus no deserto, 
criando a ilusão de que a 
cúpula paira no ar, 
sustentada por quarenta 
feixes luminosos; 
- Repousa sobre quatro 
gigantescos pilares de 
mármore colorido. 
 
Detalhe da cúpula da Igreja de Santa Sofia 
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• Igreja de Santa Sofia, em Istambul (532-537) 
- Cúpula 
Detalhe do lado 
externo da cúpula 
da Igreja de Santa 
Sofia 
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• Basílica de São Vital, em Ravena (546-548) 
- Única grande igreja do período que sobreviveu intacta até os dias 
atuais → expressão da influência bizantina na Itália; 
- Exterior → simples, com paredes de tijolos separadas por 
contrafortes. 
Fachada da 
Igreja de São 
Vital, em 
Ravena 
Contraforte Contraforte 
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• Basílica de São Vital, em Ravena (546-548) 
- Sobre o octógono exterior é erigido o octógono central que circunda 
a cúpula; 
Planta Baixa da 
Igreja de São Vital, 
em Ravena 
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• Basílica de São Vital, em Ravena (546-548) 
 
Corte da Igreja de São Vital, em Ravena 
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• OBS: Basílica planta centrada X Basílica longitudinal 
 
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• Basílica de São Vital, em Ravena (546-548) 
 
Vista aérea da Igreja de São Vital, em Ravena 
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• Basílica de São Vital, em Ravena (546-548) 
 
Vista aérea da Igreja de São Vital, em Ravena 
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• Basílica de São Vital, em Ravena (546-548) 
- Interior → coberto por mosaicos e pinturas bizantinas. 
 
Interior da 
Igreja de 
São Vital, 
em Ravena 
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• Basílica de São Vital, em Ravena (546-548) 
 
 
Detalhe mosaicos da Igreja de São Vital, em Ravena 
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• Basílica de São Vital, em Ravena (546-548) 
 
 
Detalhe da cúpula da Igreja de São Vital, em Ravena 
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• Basílica de São Vital, em Ravena (546-548) 
- Mosaico da Imperatriz Teodora e sua comitiva → figuras 
rigorosamente frontais; pedras de diferentes tons. 
 
 
Detalhe 
mosaico da 
Igreja de São 
Vital, em 
Ravena 
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• Basílica de São Marcos, em Veneza (Séc. XI) 
- Construída entre 1060 e 1094. 
 
 
Fachada da Basílica de São Marcos, em Veneza 
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• Basílica de São Marcos, em Veneza (Séc. XI) 
 
 
 
Vista da 
cobertura 
da Basílica 
de São 
Marcos, 
em 
Veneza 
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• Basílica de São Marcos, em Veneza (Séc. XI) 
- Planta em cruz grega. 
 
 
 
Planta baixa Basílica de 
São Marcos, em Veneza 
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• Basílica de São Marcos, em Veneza (Séc. XI) 
- Interior → repleto de mosaicos que apresentam cenas de passagem 
da Bíblia; 
- Mosaicos → função fundamental, indispensável ao equilíbrio de todo 
o organismo. 
 
 
 
Detalhe mosaicos 
interior Basílica de 
São Marcos 
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• Basílica de São Marcos, em Veneza (Séc. XI) 
 
 
 
 
Detalhe mosaicos interior Basílica de São Marcos 
OBRIGADA! 
 
Contato: 
dearomao@yahoo.com.br 
Disciplina: Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo 1 
Prof.ª: Andrea Romão 
Aula 13: Arquitetura Bizantina 
Data: 23/10/2015

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