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Conteúdo Metodologia e Prática de Língua Portuguesa Marilia Ferranti Marques Scorzoni Aula 10 * Estudar a Gramática Reflexiva Ensino de Gramática: alguns equívocos Nesta aula... * * Gramática Reflexiva Gramática reflexiva: representa o raciocínio sobre as variedades linguísticas. É a gramática em explicitação. Leva o aluno a explicitar fatos da estrutura e do funcionamento da língua. Menos aulas expositivas e menos teoria gramatical pronta para o aluno. * * Desenvolvimento da capacidade de compreensão e expressão. Reflexão mais voltada para a semântica como: Diferenças entre palavras sinônimas (ex.: belo e bonito, ganhar e vencer). Diferenças acarretadas pela inversão de palavras (ex.: homem grande e grande homem). Diferenças entre a negação do adjetivo e o uso do antônimo formado por prefixo (ex.: "não ser favorável" e ser "desfavorável"). * Gramática Reflexiva * Objetivo da gramática reflexiva O objetivo deve ser ampliar a capacidade de uso da língua que o aluno já adquiriu, desenvolvendo sua competência comunicativa por meio de atividades com textos utilizados nas mais diferentes situações de interação comunicativa e que, por isso mesmo, são construídos e constituídos com recursos próprios. * * Vídeo * * Ensino de Gramática: alguns equívocos Língua e gramática são a mesma coisa; Basta saber gramática para falar, ler e escrever com sucesso; Explorar nomenclaturas e classificações é estudar gramática; Toda atuação verbal tem que se pautar pela norma prestigiada; O respaldo para a aceitação de um novo padrão gramatical está prioritariamente nos manuais de gramática. * * É importante também ter a consciência de que “saber gramática” não implica necessariamente em “falar bem” ou “escrever corretamente”. Isso é só mais um dos muitos mitos que compõem o preconceito linguístico tão vigoroso em nossa sociedade. Se o conhecimento da gramática normativa garantisse o ‘escrever bem’, todos os professores de língua seriam excelentes escritores, prosadores criativos... * Ensino de Gramática: alguns equívocos * O ensino de gramática conforme os PCN “Não é possível tomar como unidades básicas do processo de ensino as que decorrem de uma análise de estratos letras/fonemas, sílabas, palavras, sintagmas, frases que, descontextualizados, são normalmente tomados como exemplos de estudo gramatical e pouco têm a ver com a competência discursiva.” (Brasil,1998, p.23). * * O texto como ponto de partida; Critérios sobre o que ensinar: aquilo que tem utilidade para abordar os conteúdos e facilitar a comunicação nas atividades de reflexão sobre a língua, excluindo-se tudo o que for desnecessário e costuma apenas confundir os alunos nos três primeiros anos do Ensino Fundamental. * O ensino de gramática conforme os PCN * Nos quarto e quinto anos, pode-se buscar uma maior explicitação de regras de ortografia e acentuação e sistematização de conteúdos de natureza gramatical. Os conteúdos desse bloco devem continuar sendo selecionados em função das necessidades apresentadas pelos alunos no processo de produção e compreensão de texto. * O ensino de gramática conforme os PCN * Referências BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais primeiro e segundo ciclos do ensino fundamental. Brasília, DF: MEC/SEF, 1997. TRAVAGLIA, L. C. Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática. São Paulo: Cortez, 2003. * Conteúdo Metodologia e Prática de Língua Portuguesa Marilia Ferranti Marques Scorzoni Atividade 10 * ENEM_2014 Só há uma saída para a escola se ela quiser ser mais bem-sucedida: aceitar a mudança da língua como um fato. Isso deve significar que a escola deve considerar qualquer forma da língua em suas atividades escritas? Não deve mais corrigir? Não! Há outra dimensão a ser considerada: de fato, no mundo real da escrita, não existe apenas um português correto, que valeria para todas as ocasiões: o estilo dos contratos não é o mesmo do dos manuais de instrução; o dos juízes do Supremo não é o mesmo do dos cordelistas; o dos editoriais dos jornais não é o mesmo do dos cadernos de cultura dos mesmos jornais. Ou do de seus colunistas. POSSENTI, S. Gramática na cabeça. Língua Portuguesa, ano 5, n. 67, maio 2011 (adaptado) * * Sírio Possenti defende a tese de que não existe um único “português correto”. Assim sendo, o domínio da língua portuguesa implica, entre outras coisas, saber: descartar as marcas de informalidade do texto. reservar o emprego da norma padrão aos textos de circulação ampla. moldar a norma padrão do português pela linguagem do discurso jornalístico. adequar as formas da língua a diferentes tipos de texto e contexto. desprezar as formas da língua previstas pelas gramáticas e manuais divulgados pela escola. * * * * * * * *
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