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Universidade Federal de Alagoas Centro de Tecnologia – CTEC Engenharia Ambiental e Sanitária Práticas de Gestão Ambiental no Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA-UFAL/EBSERH) Brenda Barros Cabral Gabriela Jatobá Cordeiro de Sousa Heverton Henrique Nascimento Silva Letícia de Queiroz Barbosa Loran Peres da Silva Sarah Alves do Amaral Mansur Orientadora: Drª Karina Ribeiro Salomon Maceió - AL 2016 Universidade Federal de Alagoas Centro de Tecnologia – CTEC Engenharia Ambiental e Sanitária Práticas de Gestão Ambiental no Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA-UFAL/EBSERH) Trabalho desenvolvido sob a orientação da professora Drª Karina Ribeiro Salomon, para desenvolvimento de práticas de gestão ambiental no HUPAA -UFAL/EBSERH. Maceió - AL 2016 1 Sumário 1. Introdução ........................................................................................................................ 6 1.1. História do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes - HUPAA ...................... 7 2. Objetivos ........................................................................................................................... 8 2.1. Objetivo Geral ........................................................................................................... 8 2.2. Objetivos Específicos ................................................................................................. 8 3. Legislação sobre resíduos sólidos de serviço de saúde ....................................................... 9 4. Caracterização do Estabelecimento ................................................................................. 12 4.1. Identificação ............................................................................................................ 12 4.2. Estrutura Administrativa do Pavimento Térreo ........................................................ 14 4.3. Capacidade Operacional .......................................................................................... 15 4.4. Caracterização Física ................................................................................................ 15 4.5. Número Populacional .............................................................................................. 16 4.6. Abastecimento de Água ........................................................................................... 16 5. Classificação dos Resíduos ............................................................................................... 16 5.1. Classificação dos Resíduos – RDC ANVISA 306/2004................................................. 17 5.2. Diagnóstico Situacional dos Resíduos dos Setores Administrativos do Pavimento Térreo .....................................................................................................................................21 6. Manuseio dos Resíduos ................................................................................................... 22 6.1. Segregação e Acondicionamento ............................................................................. 22 6.2. Identificação ............................................................................................................ 22 6.3. Gerenciamento interno ........................................................................................... 24 6.4. Destinação Final ...................................................................................................... 25 7. Práticas de gestão ambiental ........................................................................................... 26 7.1. A política dos 5R’s .................................................................................................... 30 7.2. Normas aplicáveis ao Plano de Gerenciamento de Resíduos do HUPAA ................... 30 7.3. Medidas de Produção mais Limpa ............................................................................ 32 7.4 Análise Swot ............................................................................................................ 33 7.5. Ciclo PDCA ............................................................................................................... 34 8. Conclusão ....................................................................................................................... 37 9. Referências Bibliográficas ................................................................................................ 38 2 Lista de Figuras Figura 1: Hospital Universitário Professor Alberto Antunes. .................................................... 12 Figura 2: Hospital Universitários Professor Alberto Antunes. ................................................... 13 Figura 3: Etiqueta do Resíduo Comum Não Reciclável.. ........................................................... 22 Figura 4: Etiqueta dos Resíduos Comum Reciclável.................................................................. 23 Figura 5; Etiqueta do Resíduo Comum não Reciclável.. ............................................................ 23 Figura 6: Etiqueta do Resíduo Biológico.. ................................................................................. 24 Figura 7: Lixeira de 200L utilizada para acondicionamento temporário.................................... 24 Figura 8:Local do Armazenamento externo do HUPAA. ......................................................... 25 3 Lista de Tabelas Tabela 1: Divisão setorial e quantidade de salas por setor. ..................................................... 14 Tabela 2: Leitos ativos e classificação na HUPAA. ................................................................... 15 Tabela 3: Quantidade de consultas ambulatoriais de janeiro a agosto de 2016........................ 16 Tabela 4: Número de internações hospitalares de janeiro a agosto de 2016. ........................... 16 Tabela 5: Tabela 5: Geração de resíduos por cada grupo. ........................................................ 21 Tabela 6: Acompanhamento mensal de peso e valor pago de resíduos comum a IDEAL 2016. . 27 Tabela 7: Acompanhamento de peso de resíduos comum IDEAL 2016. ................................... 29 Tabela 8: 5R’s aplicados no Hospital Universitário Professor Alberto Antunes.. ....................... 30 Tabela 9: Medidas de produção mais limpa P+L. ..................................................................... 32 Tabela 10: Análise Swot do Hospital Universitário do Professor Alberto Antunes. ................... 33 4 Lista de Gráficos Gráfico 1: Acompanhamento mensal do peso do resíduo comum a IDEAL. .............................. 26 Gráfico 2: Acompanhamento do valor mensal do resíduo comum a IDEAL. ............................. 27 Gráfico 3: Acompanhamento mensal do peso do resíduo contaminado. ................................. 28 Gráfico 4: Acompanhamento do valor mensal de resíduos contaminados SERQUIP.. ............... 29 5 Lista de Abreviaturas EP- Educação Permanente CIPA – Comissão Interna de Prevenção de AcidentesRSS- Resíduos de Serviço de Saúde SAME- Serviço de Arquivo Médico e Estátística SCIH – Serviço de Controle de Infecção Hospitalar SGPTI- Setor de Gestão de Processos e de Tecnologia da Informação SOST- Serviço Ocupacional de Segurança do Trabalho SND- Serviço de Nutrição e Dietética UAF- Unidade de Abastecimento Farmacêutico 6 1. Introdução A origem humana está intrinsecamente ligada a produção de lixo, que nos primórdios da vida terrestre eram somente excretas corporais e restos de alimentos. Entretanto com o passar da evolução terrestre, o homem passou a participar de uma dinâmica global ligada a produção exponencial de resíduos. Com isso, há uma preocupação constante com o gerenciamento de resíduos, que se não for feito de forma correta, acarreta vários problemas ambientais, como poluição do solo, da água e do ar. Todavia, avanços científicos e tecnológicos vêm mostrando novos caminhos para a destinação dos resíduos aliados à preservação da qualidade da saúde pública e meio ambiente. O poder de degradação humana sobre o meio ambiente foi potencializado a partir do surgimento e consolidação do modo de produção capitalista e da Revolução Industrial, quando ocorreu a expansão comercial e marítima, o crescimento das cidades, o êxodo rural e a mudança no modo de pensar e agir das pessoas (NETO,CAMPOS E SHIGUNOV,2009). Para a manutenção da vida no globo, não somente as empresas poluidoras tem que se preocupar com a preservação ambiental. Mas sim, todos os empreendimentos e indivíduos precisam se conscientizar sobre o impacto ambiental que produzem ao executar suas atividades. Com isso, a maneira de administrar e gerir as empresas mudou e vem mudando para a prestação dos seus serviços atreladas as problemáticas sustentáveis. Nesse cenário, O Hospital Universitário Professor Alberto Antunes - HUPAA não pode ficar alheio a essas mudanças e necessita promover e conhecer as boas práticas de gestão ambiental. No hospital universitário, os temas relacionados a sustentabilidade são novos e as práticas ambientais adotadas, via de regra, se resumem a atividades individuais isoladas baseando-se na consciência ambiental de seus funcionários. Conforme Barbieri (2007), a solução e minimização dos problemas ambientais requer uma mudança de atitude por parte dos empresários e administradores. Segundo o autor, os comandantes das organizações “devem passar a considerar o meio ambiente em suas decisões e adotar concepções administrativas e tecnológicas que contribuam para ampliar a capacidade de suporte do planeta”(BARBIERI,2007, P. 113). O HUPAA, como qualquer outro local, é consumidor e gerador de poluição e, portanto, deve ser orientado por ferramentas de gestão que possam reduzir ou eliminar os efeitos danosos ao ambiente natural. Desse contexto decorre a escolha 7 pela aplicação do modelo oferecido pelo método de Produção mais Limpa (P+L), análise de SWOT, Ciclo PDCA e 5 R’s, que inicialmente será aplicado no setor administrativo do pavimento térreo. 1.1. História do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes - HUPAA Inaugurado em outubro de 1973, com a vinda do Navio-hospital SS HOPE, procedente dos Estados Unidos para a cidade de Maceió, resultado de um intercâmbio científico entre a UFAL e a Universidade de Harvard. Através do referido intercâmbio, desenvolveram–se programas de treinamento, pesquisas e atendimentos de casos clínicos que fossem de interesse cientifico. Tal fato revestiu-se de particular importância, contribuindo para a capacitação de nossos profissionais de saúde. Tendo sua história voltada para consolidação do ensino, pesquisa e assistência na área da saúde, o Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA), tem sua origem vinculada à Universidade Federal de Alagoas (UFAL), a partir da publicação da Lei de nº 3.867, de 25 de janeiro de 1961, que autoriza a criação do Complexo Cidade Universitária – o Campus Universitário e o espaço destinado ao Hospital Universitário O HUPAA, filial da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), é um órgão de apoio acadêmico da UFAL, e desenvolve ações abrangendo as áreas de ensino, pesquisa, assistência e extensão. Por ser um hospital-escola, tem como atividade primordial a formação e capacitação de recursos humanos aliada a uma assistência integral em saúde, fatores que vem contribuindo para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado de Alagoas. 8 2. Objetivos 2.1. Objetivo Geral Reduzir os desperdícios com o decorrer dos processos diários, minimizando a produção de resíduos gerados no HUPAA. Além de proporcionar aos resíduos gerados um encaminhamento seguro, de forma prática, aumentando a eficiência e a competitividade dos serviços fornecidos, visando à proteção dos funcionários, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente, pautado em métodos de produção mais limpa, análise Swot, 5R’s e ciclo PDCA. 2.2. Objetivos Específicos Definir cronograma de atividades a serem realizadas após reunião com a comissão do PGRSS e gerência de ensino e pesquisa do HUPAA. Capacitar os funcionários quanto aos procedimentos corretos de gerenciamento de resíduos e implicações deste na presevação ambiental, envolvendo (EP, CIPA, SOST,SCIH e Hotelaria); Minimizar a geração de resíduos e adequação na segregação; Racionalizar o consumo de material, evitando desperdícios; Maximizar programas de reuso e reciclagem; Promover a educação ambiental e sanitária; Adequar a empresa aos regulamentos legais da área ambiental; Garantir que os resíduos gerados tenham a correta destinação final. 9 3. Legislação sobre resíduos sólidos de serviço de saúde Para o desenvolvimento de um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Saúde (PGRSS) é indispensável o conhecimento das normas técnicas e legislações vigentes, pois são elas que direcionam o planejamento e as ações referentes a gestão de resíduos sólidos. Simbologia NBR 7500 - Símbolos de risco e manuseio para o transporte e armazenamento de material. Acondicionamento NBR 9191 - Especificação. Sacos plásticos para acondicionamento; NBR 9195 - Métodos de ensaio. Sacos plásticos para acondicionamento; NBR 9196 - Determinação de resistência a pressão do ar; NBR 9197 - Determinação de resistência ao impacto de esfera. Saco plástico para acondicionamento de lixo - determinação de resistência ao impacto de esfera; NBR 13055 - Determinação da capacidade volumétrica. Saco plástico para acondicionamento - determinação da capacidade volumétrica; NBR 13056 - Verificação de transparência. Filmes plásticos para sacos para acondicionamento - verificação de transparência; NBR 13853 - Requisitos e métodos de ensaio para coletores para resíduos de serviços de saúde perfurantes ou cortantes. Coleta e transporte NBR 12980 - Define termos utilizados na coleta, varrição e acondicionamento de resíduos sólidos urbanos. GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE 101 NBR 13221 - Especifica os requisitos para o transporte terrestre de resíduos, de modo a evitar danos ao meio ambiente e a proteger a saúde pública; NBR 13332 - Define os termos relativos ao coletor-compactador de resíduos sólidos, acoplado ao chassi de um veículo rodoviário, e seus principaiscomponentes; 10 NBR 13463 - Classifica a coleta de resíduos sólidos urbanos dos equipamentos destinados a esta coleta, dos tipos de sistema de trabalho, do acondicionamento destes resíduos e das estações de transbordo; NBR 14619 - Estabelece os critérios de incompatibilidade química a serem considerados no transporte terrestre de produtos perigosos; NBR 12810 - Fixa os procedimentos exigíveis para coleta interna e externa dos resíduos de serviços de saúde, sob condições de higiene e segurança; NBR 14652 - Estabelece os requisitos mínimos de construção e de inspeção dos coletores-transportadores rodoviários de resíduos de serviços de saúde do grupo A. Armazenamento NBR 12235 - Fixa as condições exigíveis para o armazenamento de resíduos sólidos perigosos de forma a proteger a saúde pública e o meio ambiente. Amostragem dos resíduos NBR 10007 - Fixa os requisitos exigíveis para amostragem de resíduos sólidos. Gerenciamento NBR 15051 - Estabelece as especificações para o gerenciamento dos resíduos gerados em laboratório clínico. O seu conteúdo abrange a geração, a segregação, o acondicionamento, o tratamento preliminar, o tratamento, o transporte e a apresentação à coleta pública dos resíduos gerados em laboratório clínico, bem como a orientação sobre os procedimentos a serem adotados pelo pessoal do laboratório; NBR 14725 - Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos - FISPQ. ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária RDC n° 50, de 21 de fevereiro de 2002; RDC n° 305 de 14 de novembro de 2002; RDC n° 306 de 7 de dezembro de 2004. 11 CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente Resolução n° 5 de 05/08/93; Resolução n° 6 de 19/09/91; Resolução n° 358 de 29 de abril de 2005; Resolução n° 275, de 25 de abril de 2001. 12 4. Caracterização do Estabelecimento 4.1. Identificação Razão Social: Hospital Universitário Professor Alberto Antunes Nome Fantasia: Hospital Universitário Professor Alberto Antunes – HUPAA CNPJ: 24.464.109/0002-29 Endereço: Av. Lourival Melo Mota, S/N, Tabuleiro do Martins. Horário de Funcionamento: Ambulatorial: das 07h ás 19h /dia Atendimento Obstétrico e Pronto Atendimento Oncológico: 24h/dia Referência em: Hospital de ensino, pesquisa, assistência e extensão, sendo também referência em patologias complexas, clínicas e cirúrgicas. Munícipio: Maceió- AL (1.013.773 habitantes – censo IBGE/2015) Responsável Técnico pelo Estabelecimento: Drª Maria de Fátima Siliansky Andreazzi Figura 1: Hospital Universitário Professor Alberto Antunes. Fonte: Google Maps 2016. 13 Figura 2: Hospital Universitários Professor Alberto Antunes. Fonte: Google Earth 14 4.2. Estrutura Administrativa do Pavimento Térreo A estrutura administrativa é dividida em alguns setores que são: Tabela 1: Divisão setorial e quantidade de salas por setor. Fonte: Hotelaria/HUPAA Setor Quantidade de salas Almoxarifado 3 Arquivo 2 Cartório 1 Compras e Contratos 2 Coord. Memorial 1 Direção Geral 10 Hotelaria 4 Jurídico 2 Memorial 1 Ouvidoria 2 Patrimonio 1 Planejamento 1 Salão dos bancos 1 SAME 2 Serviço Social 1 SGPTI 1 SND 5 SOST 2 Telefonista 1 UAF 3 Farmácia Satélite 1 15 4.3. Capacidade Operacional O HUPAA é um serviço de saúde que atende média e alta complexidade. Tem áreas de internação que vão do 2º (segundo) ao 6º (sexto) andar. Tem áreas ambulatoriais com atendimentos específicos diversos como: dermatologia, pneumologia, ginecologia, oftalmologia,etc. Possui ainda Banco de Sangue, Banco de leite, Banco de Olhos, Serviço de Nefrologia, Hospital Dia (para pacientes com SIDA, hepatites virais, etc), Laboratório de Análises Clínicas, Serviço de Patologia, Serviço de Medicina Nuclear, Serviço de Radiologia, Serviço de Radioterapia e Quimioterapia (CACON), além das áreas administrativas, entre outros. Tabela 2: Leitos ativos e classificação do HUPAA. Fonte: Hotelaria/HUPAA LEITOS ATIVOS/OPERACIONAIS TOTAL Clínica Cirúrgica 31 Neurocirurgia 13 Clínica Médica 39 Clínica Pediátrica 21 Hospital Dia (Clínica Médica) 06 Obstetrícia 60 UCI Neonatal Convencional 19 UCI Mãe Canguru 05 UTI Adulto 10 UTI Neonatal 10 TOTAL 214 4.4. Caracterização Física Área Total Construída: 30.000,00 m 2 Quantidade de Prédios: 1 Número de Pavimentos: 6 16 Número de Leitos Ativos: 214 4.5. Número Populacional A população do HUPAA, gira em torno de 15 a 20 mil pessoas por mês, incluindo servidores, pacientes, médicos, enfermeiros, nutricionistas, dentistas, professores, residentes, visitantes, entre outros. Tabela 3: Quantidade de consultas ambulatoriais de janeiro a agosto de 2016. Fonte: MV Portal, 2016. Mês Nº de consultas Dias ùteis Média diária de consultas Jan 9.189 20 459.45 Fev 8.702 18 483.44 Mar 11.787 22 535.77 Abr 10.350 20 517.50 Mai 10.448 21 497.52 Jun 12.476 21 594.10 Jul 12.305 21 585.95 Ago 14.684 23 638.43 Total 89.941 166 541.81 Tabela 4: Número de internações hospitalares de janeiro a agosto de 2016. Fonte: Sistema MV,2016. Mês Nº de internações Dias Média diária de internações Jan 690 31 22.26 Fev 583 29 20.10 Mar 659 31 21.26 Abr 644 30 21.47 Mai 684 31 22.06 Jun 670 30 22.33 Jul 661 31 21.32 Ago 634 31 21.42 Total 5.255 244 21.54 4.6. Abastecimento de Água O sistema de abstecimento de água é fornecido pela Companhia de Saneamento de Alagoas (CASAL). O HUPAA possui uma caixa d’ água que abastece o hospital, o sistema de bombeiros (prevenção a incêndios) e o setor de nefrologia. Não a aplicação de produtos químicos na água. Os efluentes gerados é ligado a rede de esgoto da Ufal e posteriormente a rede de coleta pública. 5. Classificação dos Resíduos A classificação dos resíduos de serviço de saúde objetiva destacar a composição 17 desses resíduos segundo as suas características biológicas, físicas, químicas, estado da matéria e origem para seu manejo seguro. A classificação adotada é baseada na Resolução RDC da ANVISA Nº 306 de 7 de dezembro de 2004, Resolução CONAMA Nº 358, de 29 de abril de 2005. 5.1. Classificação dos Resíduos – RDC ANVISA 306/2004 Resíduos do Grupo A Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características, podem apresentar risco de infecção. São divididos em: A1, A2, A3, A4, A5 Resíduos do grupo B Resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. Resíduos do grupo C Quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de isenção especificados nas normas do CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear) e para os quais a reutilização é imprópria ou não prevista. Resíduos do grupo D Resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo serequiparados aos resíduos domiciliares ou comuns. Resíduos do grupo E Materiais pérfuro-cortantes ou escarificantes, tais como: lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, lâminas de bisturi, lancetas; tubos capilares; micropipetas; lâminas e lamínulas; espátulas; e todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri) e outros similares. 18 Resíduos infectantes - GRUPO A Grupo A1: Culturas e estoques de microrganismos; resíduos de fabricação de produtos biológicos, exceto os hemoderivados; descarte de vacinas de microrganismos vivos ou atenuados; meios de cultura e instrumentais utilizados para transferência, inoculação ou mistura de culturas; resíduos de laboratórios de manipulação genética. - Resíduos resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação biológica por agentes classe de risco 4, microrganismos com relevância epidemiológica e risco de disseminação ou causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido. Bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas por contaminação ou por má conservação, ou com prazo de validade vencido, e aquelas oriundas de coleta incompleta. - Sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos, recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, contendo sangue ou líquidos corpóreos na forma livre. Grupo A2: Não há geração. Grupo A3: Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem sinais vitais, com peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25 centímetros ou idade gestacional menor que 20 semanas, que não tenham valor científico ou legal e não tenha havido requisição pelo paciente ou familiares. Grupo A4: Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores, quando descartados.Filtros de ar e gases aspirados de área contaminada; membrana filtrante de equipamento médico-hospitalar e de ppesquisa, entre outros similares; Sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e secreções, provenientes de pacientes que não contenham e nem sejam suspeitos de conter agentes Classe de Risco 4, e nem apresentem relevância epidemiológica e risco de disseminação, ou microrganismo causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido ou com suspeita de contaminação com príons; 19 Resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, lipoescultura ou outro procedimento de cirurgia plástica que gere este tipo de resíduo; Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não contenha sangue ou líquidos corpóreos na forma livre; Peças anatômicas (órgãos e tecidos) e outros resíduos provenientes de procedimentos cirúrgicos ou de estudos anatomopatológicos ou de confirmação diagnóstica; Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais não submetidos a processos de experimentação com inoculação de microorganismos, bem como suas forrações; Bolsas transfusionais vazias ou com volume residual pós-transfusão. Grupo A5: Órgãos, tecidos, fluidos orgânicos, materiais perfurocortantes ou escarificantes e demais materiais resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação com príons. Resíduos químicos – Grupo B Produtos hormonais e produtos antimicrobianos; citostáticos; antineoplásicos; imunossupressores; digitálicos; imunomoduladores; anti-retrovirais, quando descartados por serviços de saúde, farmácias, drogarias e distribuidores de medicamentos ou apreendidos e os resíduos e insumos farmacêuticos dos Medicamentos controlados pela Portaria MS 344/98 e suas atualizações; Resíduos de saneantes, desinfetantes, desinfestantes; resíduos contendo metais pesados; reagentes para laboratório, inclusive os recipientes contaminados por estes; Efluentes de processadores de imagem (reveladores e fixadores); Efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em análises clínicas; Demais produtos considerados perigosos, conforme classificação da NBR10.004 da ABNT (tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos). Resíduos químicos – Grupo C Enquadram-se neste grupo os rejeitos radioativos ou contaminados com radionuclídeos, provenientes delaboratórios de análises clinicas, serviços de medicina nuclear e radioterapia, segundo a resolução CNEN-6.05. 20 Resíduos - Grupo D Papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos, peças descartáveis de vestuário, resto alimentar de paciente, material utilizado em anti-sepsia e hemostasia de venóclises, equipo de soro e outros similares não classificados como A1; Sobras de alimentos e do preparo de alimentos; Resto alimentar de refeitório; Resíduos provenientes das áreas administrativas; Resíduos de varrição, flores, podas e jardins; Resíduos de gesso provenientes de assistência à saúde. Resíduos - Grupo E Materiais perfurocortantes ou escarificantes, contendo ou não contaminação biológica. Lâmina de bisturi; Ampolas de vidro (medicamentos); Ponta perfurante do equipo; Lâmina do barbeador; Agulhas; Mandril de cateteres intravenoso ou arterial; Dispositivos intravenosos (escalpe); Todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubo de coleta, placa de Petri); Brocas, limas endodônticas; Pontas diamantadas; Lancetas; Micropipetas; Lâminas e lamínulas; Pregos; Tesoura; 21 5.2. Diagnóstico Situacional dos Resíduos dos Setores Administrativos do Pavimento Térreo Com base na RDC 306/2004, foi realizado um estudo analítico dos resíduos produzidos no HUPAA. Banheiros e copas não foram considerados nessa análise. Tabela 5: Tabela 5: Geração de resíduos por cada grupo. Fonte: HUPPA Setores Grupo A Grupo B Grupo C Grupo D Grupo E Almoxarifado x Arquivo x Cartório x Compras e Contratos x Coord. Memorial x Hotelaria x Jurídico x Manutenção x Memorial x Patrimônio x Planejamento x Salão dos Bancos x SAME x Serviço Social x SND x SOST x Telefonista x UAF x x x 22 6. Manuseio dos Resíduos 6.1. Segregação e Acondicionamento Segregação Operação realizada no ponto de geração de acordo com as caracteristicas físicas, químicas e biológicas do resíduo. Acondicionamento É a colocação do resíduos em embalagens adequadas para a coleta, transporte, armazenamento e disposição final segura. Deve ser de acordo com o tipo de resíduo e os limites de enchimento obedece a 2/3 da capacidade, segundo a NBR 9191. O HUPAA padronizou lixeiras de 15 L, 50L, 100L, 200L e 240L. 6.2. Identificação São utilizadas etiquetas para identificar os recipientes de acondicionamento, carros de transporte interno e externo, salas e abrigos de resíduos do HUPAA. A identificação das lixeiras e contenedores foi padronizada, sendo utilizadas etiquetas adesivas conforme modelos abaixo. Figura 3: Etiqueta do Resíduo Comum Não Reciclável. Fonte: Autor. 23 Figura 4: Etiqueta dos Resíduos Comum Reciclável. Fonte: Autor. Figura 5; Etiqueta do Resíduo Comum não Reciclável. Fonte: Autor.24 Figura 6: Etiqueta do Resíduo Biológico. Fonte: Autor. 6.3. Gerenciamento interno Coleta Interna Nessa fase os sacos com resíduos são recolhidos das unidades e/ou setores pelos funcionários da higienização e limpeza no setor e transportados para os armazenamentos temporários, por meio de um carro auxiliar de limpeza. Armazenamento temporário O armazenamento temporário, denomianado expurgo ou sala de utilidades, é o local onde os resíduos, por um curto período de tempo, ficam armazenados em lixeiras de 200L e 240L para então serem enviados para o armazenamento externo, onde os mesmos serão recolhidos pelos serventes de limpeza (coletores de resídos). Figura 7: Lixeira de 200L utilizada para acondicionamento temporário. Fonte: Autor. 25 Armazenamento Externo É a contenção dos resíduos em uma área específica, denominada “Abrigo de Resíduos”, durante o aguardo da coleta externa, para a destinação final visando o tratamento ou a deposição final. Os aspectos construtivos do abrigo de resíduos dos grupos A,B, D e E devem obedecer a RDC nº 306/2004, RDC nº 50/2002, RDC nº 307/2002 e RDC nº 189/2003 da Anvisa. Figura 8:Local do Armazenamento externo do HUPAA. Fonte: Autor. 6.4. Destinação Final O gerador do resíduo é responsável até a sua destinação final, o hospital tem o dever de garantir que os serviços contratados ou ainda os métodos utilizados como destinação final dos resíduos são seguros, tanto para a sociedade em geral como para o meio ambiente. Coleta Externa Os resíduos comuns são recolhidos pela COPREL e IDEAL e o resíduo contaminado pela SERQUIP. A empresa IDEAL recolhe o resíduo as segundas – feiras, terças - feiras, quintas – feiras e sextas - feiras. A COPREL é responsável por recolher plasticos, papel e papelão uma vez na semana e a SERQUIP recolhe os resíduos contaminados diariamente. 26 A IDEAL destina o resíduo para o aterro sanitário de Maceió e a SERQUIP incinera ou autoclava os resíduos contaminados e depois depositam no seu aterro próprio , localizado em Pilar – AL. 7. Práticas de gestão ambiental Foi observado, que a mistura do resíduo hospitalar com o resíudo comum ocorre no momento de segregação. Ao mesmo tempo, para evitar problemas com o orgão ambiental, o hospital está provisoriamente caracterizando como resíduo contaminado todo e qualquer resíduo médico hospitalar gerado. Segue abaixo, tabelas e gráficos que mostram que apartir do mês de fevereiro o valor pago para resíduos contaminados cresceu exorbitantemente, tendo em vista que a deposição desse tipo de rejeito é mais cara que o rejeito comum. Gráfico 1: Acompanhamento mensal do peso do resíduo comum a IDEAL. Fonte: Hotelaria 22.5 14.96 9.13 9.38 10.23 6.31 5.88 12.15 10.96 12.58 11.55 0 5 10 15 20 25 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Peso do Resíduo Comum IDEAL (TN) 27 Gráfico 2: Acompanhamento do valor mensal do resíduo comum a IDEAL. Fonte: Autor Tabela 6: Acompanhamento mensal de peso e valor pago de resíduos comum a IDEAL 2016. Fonte: Hotelaria 10,000.00 11,000.00 12,000.00 13,000.00 14,000.00 15,000.00 16,000.00 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Valor Pago do Resíduo Comum IDEAL (R$) Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Remoções 16 16 16 16 16 10 15 16 16 16 16 Peso (Tn) 22.50 14,96 9,13 9.38 10.23 6.31 5.88 12.15 10,96 12,58 11,55 Valor Pago (R$) 15.300,00 15.300,00 15.300,00 15.300,00 15.300,00 10.200,00 14.750,00 15.600,00 13.660,00 11.800,00 11.800,00 28 Gráfico 3: Acompanhamento mensal do peso do resíduo contaminado. Fonte: Autor 5,000.00 7,000.00 9,000.00 11,000.00 13,000.00 15,000.00 17,000.00 19,000.00 21,000.00 23,000.00 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Peso do Resíduo Contaminado SERQUIP (kg) 29 Gráfico 4: Acompanhamento do valor mensal de resíduos contaminados SERQUIP. Fonte: Autor. Tabela 7: Acompanhamento de peso de resíduos comum IDEAL 2016. Fonte: Hotelaria 17,000.00 27,000.00 37,000.00 47,000.00 57,000.00 67,000.00 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Valor Pago do Resíduo Contaminado SERQUIP (R$) Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Peso (Kg) 5.197.90 12.669.20 18.772.50 16.335.50 16.927.50 22.778.00 20.502,00 19.923.42 18.353,50 17.011,50 15.352,95 Valor Pago (R$) 17.672,86 53.317,23 62.272,70 48.189,71 49.936,11 67.195,09 60.479.41 58.774,08 54.142,81 50,183,91 45.291,19 30 7.1. A política dos 5R’s Pode-se dizer que as preocupações com a coleta, o tratamento e a destinação dos resíduos sólidos representa, apenas uma parte do problema ambiental enfretando. Vale lembrar que a geração de resíduos é precedida por uma ação impactante sobre o meio ambiente, a extração de recursos naturais. Os 5R’s fazem parte de um processo educativo que tem por objetivo uma mudança de hábitos no cotidiano dos funcionários, pacientes, acompanhantes, visitantes, residentes e estagiários. Tabela 8: 5R’s aplicados no Hospital Universitário Professor Alberto Antunes. Fonte: Autor. 5R’s Ação Área de coleta seletiva Repensar - Refletir sobre hábitos de consumo e descarte. Todos os setores Reduzir - Captação da água da chuva para lavagem do abrigo de resíduos e carros de coleta. - Instalação dos sacos de lixos com cores especificas. - Impressão frente e verso. - Preferir a adoção de copos reutilizáveis ao invés de descartáveis. -Substituir torneiras convencionais por torneiras automaticas. - Substituir as válvulas do sanitário por válvulas de descarga de duplo acionamento. Todos os setores Reaproveitar - Utilizar os impressos não mais utilizados como rascunho Todos os setores Reciclar -Treinamento Todos os setores Recusar - Preferir produtos de empresas que se preocupam com o meio ambiente. Todos os setores 7.2. Normas aplicáveis ao Plano de Gerenciamento de Resíduos do HUPAA ➢NBR 10.004, de setembro de 1987 – Classifica os resíduos sólidos quanto aos riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública. O Hospital Universitário Professor Alberto Antunes – HUPAA, cumpre o que está disposto na norma brasileira supracitada, que fala sobre a classificação e riscos dos resíduos gerados em suas dependências. ➢ NBR 7.500, de setembro de 1987 – determina os símbolos de riscos e o manuseio para o transporte e armazenamento de materiais. 31 No HUPAA existe a separação dos resíduos em três lixeiras com cores distintas: verde para resíduos recicláveis, preta para lixo comum e branca para resíduos infectantes. Todas as lixeiras contam com identificação clara dos símbolos de riscos. Os resíduos são recolhidos das lixeiras duas vezes ao dia e enviados para um abrigo, num setor externo ao hospital, ondem aguardam até a destinação final. ➢ NBR 9.190, de dezembro de 1985 – classificação de sacos plásticos para acondicionamento de lixo. a) classe I - para acondicionamento de resíduos domiciliares; b) classe II - para acondicionamento de resíduos infectantes. ➢ NBR 9.191, de dezembro de 1993 – especificação de sacos plásticos para acondicionamento de lixo. ➢ NBR 12.807, de janeiro de 1993 – estabelece a terminologia dos RSS. ➢ NBR 12.809, de fevereiro de 1993 – determina os procedimentos de manuseio dos RSS. Os resíduos comuns são acondicionados em sacos pretos, os resíduos infectantesem sacos brancos e os resíduos recicláveis em sacos azuis. O manejo dos RSS no âmbito dos estabelecimentos de saúde deve obedecer a critérios técnicos e sanitários e contemplar os aspectos de minimização na geração, segregação, acondicionamento, identificação, coleta e transporte interno, armazenamento temporário, tratamento interno, armazenamento externo, coleta e transporte externo, tratamento externo e disposição final (HUFSC-2011). ➢ NBR 12.810, de janeiro de 1993 – normatiza os procedimentos de coleta de RSS. Nessa fase os sacos com resíduos são recolhidos pelos funcionários da higienização e limpeza e transportados para os armazenamentos temporários. 32 7.2.1. ISO 14001 O Hospital Universitário Professor Alberto Antunes, não dispõe ainda de um Sistema de Gestão Ambiental, impossibilitando a certificação da ISO, sendo que essa certificação é de extrema importância para a excelência da gestão ambiental, pois como requisitos para obtê-la estão envolvidas a definição de uma política ambiental organizacional apropriada à natureza, escala e impactos ambientais de suas atividades, comprometimento com a melhoria contínua e a prevenção da poluição, dentre outras medidas necessárias. 7.3. Medidas de Produção mais Limpa Tabela 9: Medidas de produção mais limpa P+L. Fonte: Autor MEDIDAS DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA P A P E L Inserir novas tecnologias para arquivo digital; Utilizar de funções de impressão para mitigar o uso de papel, como o uso de frente e verso e rascunho; E N E R G IA Manter apagada as luzes, computadores e ar condicionado do local ao deixar a sala vazio por tempo significativo, para facilitar a cooperação é interessante dispor lembretes em torno do ambiente; Para tempos curtos, os monitores devem ser desligados e o aparelho deve está em modo econômico; Em ambientes com janela, deve-se utilizar a luz e a ventilação natural quando suficiente; O diagnóstico in loco do local nos deu informações básicas da rotina do HUPAA. Por se tratar de setores administrativos, o tipo de geração de resíduo é comum a todos, diferindo apenas a quantidade, mas as medidas propostas a seguir são válidas pra todos. Para a melhoria do ambiente, foram propostas medidas mitigatórias no âmbito do uso de papel e consumo de energia, visando diminuir os gastos e consequentemente impactando em sua geração. 33 7.4 Análise Swot Tabela 10: Análise Swot do Hospital Universitário do Professor Alberto Antunes. Fonte: Autor. Coluna 1 Nota (somatório=1) Nota (1 a 5) Nota Final Comentários Forças Periodicidade da coleta 0,2 4 0,8 As empresas responsáveis realizam o recolhimento do lixo com frequência boa. Ambiente de aprendizado 0,1 3 0,3 O hospital em si é um ambiente que deve apoiar o constante aprendizado do seu pessoal. Cartilha 0,1 2 0,2 Já possui pessoal determinado a orientar os funcionários sobre o meio ambiente. Fraquezas Mão de obra 0,2 3 0,6 Pouco qualificada/insuficiente. Lixeiras 0,1 2 0,2 Falta do material. Membros 0,2 3 0,6 Falta de conscientização. Radiologia 0,1 1 0,1 Materiais estocados sem destinação. Oportunidades Horta 0,05 3 0,15 Criação de uma horta nos fundos do hospital. Compostagem 0,05 3 0,15 Aplicar a técnica na horta. Reforma no abrigo 0,1 3 0,3 A reforma já está para acontecer, melhorando as condições de armazenamento de muitos materiais, até suas respectivas coletas. Estagiários 0,1 3 0,3 Pessoas com ideias novas e inconformadas com a realidade do HU. Venda de recicláveis 0,1 5 0,5 Doação para cooperativas. Relacionamento com a UFAL 0,1 5 0,5 Ajuda de alunos, tanto para capacitação de funcionários, quanto para projetos e alternativas sustentáveis. Ameaças Fiscalização 0,15 4 0,6 O recebimento de possíveis multas. Falta de local para o lixo hospitalar 0,15 3 0,45 O aterro sanitário do município não possui uma célula destinada para o lixo hospitalar. Resíduo químico perigoso 0,15 2 0,3 Falta de uma empresa que recolha esse tipo de material, por causa da falta de documentação. Licitação 0,05 1 0,05 Dificuldade de aprovação do processo de licitação para as empresas coletoras. 34 RESULTADO= 0,3 O hospital, neste quesito, encontra-se em situação classificada como RUIM, pela análise de SWOT realizada. Serão discutidos com a comissão do PGRSS propostas de cronogramas de atividades a serem realizadas inicialmente no setor administrativo pavimento térreo. 7.5. Ciclo PDCA Programa de Gestão de Resíduos Sólidos do Setor Administrativo Justificativa As atividades do Hospital Universitário estão associadas à geração de resíduos que quando mal manejados/alocados podem contaminar o solo e água, precisando assim de cuidados especiais, ligados principalmente a proteção ambiental e saúde pública, tanto dos resíduos comuns como dos resíduos hospitalares, justificando assim a implantação do PGRSS. Como o objetivo é focar no setor administrativo do hospital, o resíduo sólido monitorado será o comum. Foram feitas visitas técnicas para analisar o que precisa ser implementado e o que pode ser reaproveitado, para a implantação do Plano de Controle Ambiental. Objetivos Otimizar o uso dos materiais para diminuir o desperdício dos resíduos e o impacto causado ao meio ambiente e a saúde pública pelo gerenciamento inadequado. Garantir armazenamento e disposição final adequada tanto para os resíduos recicláveis, quanto para os não recicláveis. Conscientização dos profissionais que trabalham no hospital. Metas Coletar seletivamente os resíduos e monitorar todo seu trajeto até sua disposição final, garantindo a destinação final correta para cada tipo de resíduo. 35 Indicadores Ambientais Deve ser avaliada a mobilização dos funcionários no programa de gestão de resíduos e utilizar como indicador quantitativo o percentual dos que comparecem ao treinamento, dentre todos os convocados. Público alvo Funcionários do Hospital, estagiários, residentes e terceirizados. Metodologia Utilizar da parceria com a UFAL para realização da palestra de conscientização Requisitos legais Resolução CONAMA 358/2005 e ANVISA RDC 306/2006 Atividades Implantação do PGRSS; Mobilização e treinamento; Monitoramento e manutenção de resultados. Identificação do problema: Disposição final dos resíduos sólidos; Observação: Realização de visitas técnicas para levantamento de informações; Análise: Não há confiabilidade nos profissionais que trabalham no hospital quanto a classificação escolhida na hora da eliminação dos resíduos; Plano de ação: Implantar a coleta seletiva efetiva no Hospital; Ação: Utilizar da parceria com a UFAL para reeducação dos profissionais do HU quanto ao tipo e destinação de cada resido e sua importância ambiental(duração de 5 meses). Como no hospital já possuem lixeiras que descriminam o tipo de lixo, elas serão mantidas de inicio e depois outras cores serão implantadas; Verificação: Nos primeiros meses da implementação da atividade será realizada uma verificação das lixeiras, antes dos resíduos serem recolhidos pelas empresas contratadas para transporte e destinação final, para quantificar a eficácia do projeto e esses resultados serão levados para os encontros com os profissionais, 36 para pontuar onde o problema continua e incentiva-losa mostrarem melhor resultado; Padronização: Para o resultado ser mantido é necessário que a filosofia do programa fique na mente dos participantes, para que as instruções recebidas por eles sejam facilmente repassadas. Eleger um coordenador, que também tenha passado pela reeducação, para auxiliar nos primeiros anos a manter o resultado, ou seja, repassando os treinamentos; Conclusão da implantação. 37 8. Conclusão A gestão ambiental tem por objetivo desenvolver a sustentabilidade em todos os processos de uma empresa, garantindo assim o uso racional de recursos naturais, diminuição no volume de resíduos sólidos gerados, otimização de processos, diminuição dos níveis de poluição produzidos, a diminuição de custos de operação, entre outros. Tais medidas, quando cumpridas efetivamente, conferem à empresa a valorização pela responsabilidade ecológica e preocupação com o bem estar da população. No contexto hospitalar, a gestão ambiental é imprescindível para o estabelecimento, da segurança e higiene do local, funcionários, estudantes, estagiários, residentes e pacientes. Os resíduos provenientes das atividades hospitalares apresentam alta periculosidade à saúde pública e ao meio ambiente e por esse motivo sua gestão é obrigatória por lei. Através de medidas de produção mais limpa, que tem como principio a redução da geração de resíduo na fonte, é possível obter resultados significativos na gestão de resíduos sólidos diminuindo o material a ser destinado ao aterro sanitário ou à incineração e autoclavação. Um fator muito importante no processo de implantação da gestão de resíduos sólidos é a participação de todos os envolvidos nos treinamentos e orientações. Os funcionários e pacientes precisam ter informações objetivas e estimulantes através dos vários canais de comunicação e se fazerem parte integrante de toda essa gestão. Sendo assim, percebe-se a necessidade da gestão de resíduos no Hospital Universitário. Aplicando as medidas sugeridas, o setor poderá reciclar uma grande quantidade de material, obtendo retorno financeiro, sem gastos desnecessários com resíduos não contaminados indo para incineração e com a doação dos resíduos recicláveis para as cooperativas. 38 9. Referências Bibliográficas 1. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10004Resíduos Sólidos – classificação. Rio de Janeiro: ABNT,2004. 2. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº306 de 07 de dez. de 2004. Dispões sobre o regulamento técnico para o gerenciamento de resíduos de serviço de saúde. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 2004. 3. Naime, R. H.; Ramalho, A. H.; Naime, I. S. Diagnóstico do sistema de gestão dos resíduos sólidos do hospital de clínicas de Porto Alegre. v.3, n.1, p.12-36, jan./jun. 2007. 4. Ribeiro, M. B.; Uhlmann, V. O.; Pftischer, E. D.; Ramos, A. C. Análise da gestão ambiental: Estudo em dois hospitais da grande Florianópolis. Rev. Elet. Em Gestão, Educação e Tecnologia Ambiental. Cascavel, v.8, p.1829-1850, set./dez. 2012. 5. Cafure, V. A.; Graciolli, S. R.; Os Resíduos de Serviço de Saúde e Seus Impactos Ambientais: Uma Revisão Bibliográfica. V.3, n.2, p. 301-314, jul./ dez. 2015. 6. Garcia, L. P.; Ramos, B. G.; Gerenciamento dos resíduos de serviço de saúde: Uma questão de biossegurança. Cadernos de Saúde Pública, v.20, n.3, p.744-752. mai./jun. 2004. 7. Plano de gerenciamento de resíduos de serviço de saúde do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (UFAL), Maceió, 2015, p.150. 8. Confortin, A. C. Estudo dos serviços de saúde do hospital regional do Oeste/SC. Florianópolis, 2001. Dissertação de mestrado da- Faculdade de Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina, 2001. 9. Medeiros, D. N.; Calábria, F. A.; Silva, G. C.; Silva, J. C. Aplicação da Produção mais Limpa em uma empresa como ferramenta de melhoria contínua. v.17, n.1, p. 109-128, jan./abr. 2007. 10. Plano de gerenciamento de resíduos de serviço de saúde do Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (UFSC), Florianópolis, 2014, p.56. 11. Copetti, G. O. Práticas de gestão ambiental em um escritório de advocacia. Porto Alegre, 2010. Trabalho de conclusão de curso da- Faculdade de Administração, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), 2010.
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