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SINTESE DOTEXTO APEDAGOGIA DO OPRIMIDO FILOSOFIA.doc

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA 
DEPARTAMENTO DE FUNDAMENTAÇÃO DA EDUCAÇÃO
Prof. Edson C. Guedes
	SÍNTESE DE TEXTO
	Nome: J Pde C 
	IDENTIFICAÇÃO DO TEXTO:
Autor: Paulo Freire
Título do texto: A dialogicidade como prática da liberdade
Título do livro/periódico de onde foi extraído o texto: A pedagogia do Oprimido 
	Do que trata o texto?
Este texto tem como referência a obra Freiriana “Pedagogia do Oprimido” onde se discute o quão opressoras podem ser as práticas educativas despolitizadas e descontextualizadas, que não percebem o educando como sendo um sujeito crítico e pensante.
	Qual é o problema e a tese do autor nesse texto?
A dialogicidade problematizada por Freire esmiúça a importância do uso palavra como ação efetiva em sala de aula, a análise reflexiva compartilhada e discutida simultaneamente e de forma recíproca. O diálogo como liberdade de expressão de ideias e opiniões concedido ao envolvidos no processo de ensino aprendizagem, transformando à relação professor-aluno em um processo onde os saberes são discutidos e compartilhados de forma horizontal, por intermédio da palavra.
A obra de Freire expressa claramente uma proposta pedagógica, que implica em um inovador projeto de sociedade. Trata-se da humanização da espécie humana de forma homogênea e generalizada, devendo se materializar concretamente na dignidade da vida das pessoas a partir da superação das realidades sociais que as atrofiam e oprimem. O homem como sendo um sujeito humano, libertador, dialógico, criativo e, principalmente, ético, amoroso capaz de respeitar os povos em suas existencialidades, natureza e em todas as suas dimensões culturais. (2 pontos – problema = 1,0 tese = 1,0)
	Quais são as ideias principais? Comente-as.
Dialogicidade
Principal base para a construção de uma cultura biófila, esperançosa, crítica, criativa, solidária e conscientizadora.
Pedagogia libertadora
Educa para o mundo e para a vida, formar um indivíduo pleno, consciente de suas possibilidades e historicamente situado. O processo educativo visto como forma de libertação ideológica e transformação do contexto social.
O “Ser Mais”
 Ser sujeito ativo, realizado em seus sonhos, transformador do seu mundo, que luta pelos seus ideais, discute e não aceita passivamente aquilo que lhe é imposto. “Se, na verdade, não estou no mundo para simplesmente a ele me adaptar, mas para transformá-lo; se não é possível mudá-lo sem um certo sonho ou projeto de mundo, devo usar toda possibilidade que tenha para não apenas falar de minha utopia, mas participar de práticas com ela coerentes” Paulo Freire
A experiência existencial coloca em contradição a condição de domesticação. A vocação inata do homem em “Ser Mais” impulsiona-o, por gênese, à busca pela libertação.
A palavra
Através da palavra, como ferramenta o homem torna-se um ser social, a palavra é a linguagem que relaciona o homem com o homem e com o meio. “Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão”. Paulo Freire
Esperança
 A esperança está na própria essência da imperfeição dos homens, levando-os a uma eterna busca, vai fazendo os sujeitos dialógicos cada vez mais companheiros na pronúncia do mundo implica o testemunho que um sujeito dá aos outros de suas reais e concretas intenções. Não podendo existir, se a palavra, descaracterizada, não coincide com os atos “Ai daqueles que pararem com sua capacidade de sonhar, de invejar sua coragem de anunciar e denunciar. Ai daqueles que, em lugar de visitar de vez em quando o amanha pelo profundo engajamento com o hoje, com o aqui e o agora, se atrelarem a um passado de exploração e de rotina”.Paulo Freire
“Educação Bancária”
Totalmente contrário a esse tipo de educação, Freire critica-a por não trabalhar o que realmente importa segundo ele, que é a construção do conhecimento através das experiências prévia do educando, situando-o e respeitando como sujeito crítico e aprimorando e exercitando suas habilidades intelectuais, cada qual ao seu modo e tempo. Neste tipo de ensino a aprendizagem concreta não é muito considerada sendo valorizada a reprodução mecânica de conteúdo, de respostas prontas e decoradas. O professor como sendo o detentor do saber e o “aluno” como aquele que recebe o conhecimento pronto e acabado, um verdadeiro processo de alienação. A tônica dessa relação é fundamentada na sequência metódica e repetitiva: receber, memorizar, repetir, neste caso a palavra não tem nenhum sentido, é “oca”.
“A narração, de que o educador é o sujeito, conduz os educando a memorização mecânica do conteúdo narrado. Mais ainda, a narração os transforma em “vasilhas”, em recipientes a serem “enchidos” pelo educador. Quanto mais vá “enchendo” os recipientes com seus “depósitos”, tanto melhor educador será. Quanto mais se deixem docilmente “encher”, tanto melhores educandos serão”. (FREIRE, 1987: 33)
Opressão
 Nessa relação de dominação, aquele que recebe a educação nunca alcançará a condição de sujeito interativo do processo educativo; para isso haveria de ter posicionamento crítico de sua realidade, tomando consciência de sua história existencial. É colocado apenas como sujeito-objeto de subjugação e modelamento ideológico. O sujeito oprimido: Nesse sentido a palavra ‘sujeito’: sujeito submetido a outro pelo controle e a dependência, muito comum ainda nos dias de hoje na prática educativa dita tradicionalista. Esta opressão tende a tornar o educando um mero reprodutor, que futuramente repetirá com outros (as), disseminando e perpetuando a “pedagogia do oprimido”.
Temas geradores
O educador deve conhecer o educando enquanto indivíduo inserido num contexto social de onde deverá sair o "conteúdo" a ser trabalhado, assim serão formulados os temas geradores, resultado desta reflexão coletiva em torno de temas de relevância e significado para o grupo, referendando suas aspirações, desencadeando de forma sistematizada nas as temáticas que serão abordadas e desenvolvidas na organização e planejamento de conteúdos.
 É convencido que a educação deve transformar e libertar o indivíduo que Freire apresenta e defende a construção de temas geradores a partir da leitura de mundo que os educando trazem consigo para, numa constante práxis, tomar posse de sua cidadania: “para em diálogo com elas, conhecer, não só a objetividade em que estão, mas a consciência que tenham desta objetividade; os vários níveis de percepção de si mesmos e do mundo em que e com que estão.” (FREIRE, 1987).
(Mínimo 6 ideias principais – cada ideia 0,5 ponto – essa questão não irá ultrapassar 4 pontos)
	Conexões feitas (Você consegue estabelecer alguma relação entre a(s) reflexão (ões) desenvolvida(s) com outros assuntos ou práticas?). Relate-as.
Não é muito difícil fazer conexões com a realidade entre a temática abordada por Freire e a realidade vivida nas salas de aula e fora delas atualmente, começando pelo que ele chamou de “educação bancária, para isso vou fugir um pouco do meu tempo histórico, e vou regressar ao processo de alfabetização pelo qual eu e grande maioria dos “alunos” da minha época passamos, escolas onde o professor era visto como o único ser com sabedoria ali presente, frente a ele cadeiras enfileiradas uma atrás da outra, alunos calados e copiando do quadro, muitas vezes assuntos dos quais nunca ouvimos falar antes, ou objetos que não vimos e nem veríamos tão cedo. Para exemplificar posso relatar a vez em que eu aprendi as cores do semáforo embora eu tenha nascido e sido alfabetizada na área rural de uma cidade onde hodiernamente ainda não existe nenhum semáforo. Não tive o direito de aprender as tais cores a partir dos pássaros, flores ou hortaliças com os quais eu tinha contato diariamente. Essa falta de contextualização dificultou muito minha assimilação devido ao fato de que eu ignorava completamente o que seria um semáforo, para mim algo completamente sem sentido.
Isso devia-se ao fato de termos nosso conteúdo ditado única e exclusivamente pelo livro didático,sem que o professor tivesse autonomia e tão pouco formação para trabalhar metodologias mais humanizadas e emancipatórias. 
Os métodos de avaliação dos quais os professores ainda lançam mão também não são muito condizentes com o sistema de avaliação Freiriano, não valorizando a competência do aluno e a tentativa de acertar. O erro também deve ser considerado de acordo com os métodos de Paulo freire, pois ele é a tentativa do acerto, que pensado de forma diferente chegou-se a outra resposta, devendo-se investigar o caminho do “erro”. Avaliação por prova onde se deve dar repostas conclusas e objetivas não mede o quanto alguém conhece sobre um determinado assunto, pois não se consideram as condições (psicológicas, emocionais, de saúde...) individuais de cada um no momento da resposta, o que deve influenciar no resultado final. A avaliação deve ser contínua, pois prova não prova nada. 
(Mínimo 2 conexões – 1,0 ponto cada uma – Máximo 2,0 pontos)
	Conclusão do autor.
Discutiu-se aqui o quanto complexa é a realidade, e em caso de querermos mudá-la muitas vezes é exigido de nós uma verdadeira e radical revolução, de cunho político, ético e social. Buscou-se por meio das ideias aqui defendidas evidenciar e explicar o funcionamento do sistema opressor, suas estratégias, ideologias e as consequências que o mesmo pode causar à sociedade . 
Este trabalho também objetivou mostrar quais as formas de combater esta violência, que é, em primeiro lugar, dialogar com os oprimidos. Para que possamos de fato nos libertar, precisamos estar juntos. À medida que estes nos ajudam a libertar-nos libertam-se também. Sabemos que não somos salvadores ou libertadores do povo, entretanto devemos aprender a sermos construtores de nossa própria vida, porque somos seres humanos, e não objetos. Devemos também estar cientes que, para acontecer uma verdadeira revolução, esta verdade tem que ser dirigida primeiramente ao EU, devo ser verdadeiro comigo, para só então estendê-la aos outros.
“Não é fazer-se diferente, mas fazer-se semelhante; não é falar para o povo, é falar com o povo, sobre o povo e sobre o mundo, isto é fazer-se e fazer o mundo”. 
 (1 ponto)
	Outros comentários.
A luz desta obra de Freire entendemos que ele buscou elaborar novas bases filosóficas (antropológica, epistemológica, política e eticamente), por meio das quais nos fosse possível discutir novas alternativas para a convivência em sociedade de forma mais humanizada - nos capacitando de atingir a liberdade através de um processo educativo transformador ,amoroso, respeitador, democrático e solidário na organização, produção e reprodução da vida do sujeito social.
(1 ponto)

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