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Resumo Psicologia das Personalidades prova I

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Psicologia das Personalidades – Edson Nascimento 09/03/2017
Fatores que influenciaram a construção de teorias da personalidade
Vamos estudar teorias clássicas da personalidade, e tais teorias tiveram início em decorrência dos movimentos, interesses e necessidades da psicologia, onde muitos teóricos começam a trabalhar para oferecer explicação sobre a personalidade humana, tentando entender o motivo das pessoas serem como são, que fatores são importantes, o se precisa considerar para entender a personalidade humana. È fato que Darwin foi um fator importante neste processo, tanto de desenvolvimento da psicologia geral como da psicologia da personalidade.
Assim certas situações e contextos levam os psicologia a terem necessidade de compreender como as pessoas eram como eram.
Tradição de observação clínica 
Alguns movimentos assim influenciaram a teoria da personalidade. Existem diversas teorias das personalidades e nem todas são criadas ao mesmo tempo. Existem diversas diferenças, pois algumas teorias sofreram influencia maior de algumas áreas de investigação da psicologia ao passo que outras de outras áreas. 
Sabemos que a psicologia se desenvolveu no século XIX como fruto da filosofia e da fisiologia experimental. Assim, a origem da psicologia da personalidade deve-se muito mais a profissão médica e as condições da pratica médica. De fato os primeiros pensadores desta época foram Freud, Yung e McDougall (todos com formação médica e psicoterapeutas). Tal vinculo entre a teoria da personalidade e a aplicação prática permaneceu evidente durante todo o desenvolvimento da psicologia tanto que a tradição de observação clinica esta na base de diversas teorias, ou seja, muitas teorias tiveram inicio a partir do trabalho de psicólogos clínicos como, por exemplo, FREUD (um dos primeiros teóricos de personalidade). Freud trabalhava no contexto da clinica, ele tinha interessee em tentar entender como as pessoas eram como eram, ou se haviam fatores que faziam parte da personalidade das pessoas desde sempre. E ele no contexto clinico teria a necessidade de compreender como as pessoas eram.
Outra influencia, em outro campo que não a clinica e sim da área mais experimental de investigação de laboratório, da tradição psicométrica, que são teóricos que não trabalhavam o conceito clinico mas tem interesse de compreender fatores que analisassem a personalidade dos indivíduos, que desenvolvem instrumentos para avaliar a personalidade – um exemplo é o Cattell que construiu diversos instrumentos e tetes de personalidade que são utilizados até hoje. assim a tradição psicométrica, tem como ênfase na mensuração e no estudo das diferenças individuais .
Perguntas como: porque indivíduos criados no mesmo ambiente são diferentes, ou ainda porque famílias que convivem juntas tem personalidades tão diferentes, levaram tais teóricos a investigar a personalidade, a procurar mensurar isso de alguma forma. Estes teóricos trabalhavam então em contexto diferente da clinica.
Esta claro que a teoria da personalidade ocupou um papel discidente no desenvolvimento da psicologia, tendo seus teóricos como uma espécie de rebeldes de sai época. Foram rebeldes da medicina, e das ciências experimentais. Foram rebeldes contra as ideias convencionais e práticas usuais e principalmente contra métodos típicos, técnicas de pesquisa (mesmo que respeitáveis) e problemas aceitos e normativos. 
Isso levou a teoria da personalidade a jamais ser inserida profundamente na psicologia acadêmica dominante, o que levou a vários desdobramentos, como por exemplo dar liberdade a teoria da personalidade dos modelos tradicionais de pensamento e dos preconceitos referentes ao comportamento humano. Assim, por estarem fora da “instituição da psicologia” os teóricos da personalidade podiam questionar ou rejeitar com mais facilidade as suposições amplamente aceitas pelos psicólogos da época.
Outro olhar aponta a ideia de que as teorias da personalidade são funcionais em sua orientação. Ou seja, elas se preocupam com questões que fazem diferença no ajustamento e não sobrevivência do individuo.
O que é uma teoria
Apenas para relembrar uma teoria é o conjunto de convenções criadas pelo próprio teórico. Assim compreender uma teoria como conjunto de convenções enfatiza o fato de que as teorias não são “dadas”, ou predeterminadas pela natureza, pelos dados, ou por qualquer outro processo determinante.
Assim, uma teoria em sua forma contem duas partes: 
1 - Uma série de suposições relevante sistematicamente relacionadas uma a outra, e 
2 - Um conjunto de definições empíricas.
A teoria da personalidade e demais teorias psicológicas
Outra tradução foi à tradição GESTALTICA – que considerava a unidade do comportamento e que o estudo fragmentado do comportamento não traria as respostas necessárias. A ideia de que a gente quando esta querendo compreender o fenômeno personalidade ou o individuo (sua personalidade), não adianta observar parte do comportamento deste mesmo individuo, é necessário ampliar nosso olhar, e isso significa, por exemplo, observar este individuo em diferentes momentos e situações, pois o individuo pode em determinado contexto ser de um jeito que ele não e em outro contexto diferente, por exemplo: um individuo pode se comportar na frente de um profissional de forma respeitosa, harmônica, educada, etc, e com os os amigos ser totalmente diferente, falando palavrões, fazendo piadas, sendo infantil etc... assim, se nos concentrarmos em uma visão apenas em um determinado momento especifico, vamos acabar oferecendo conclusões parciais a respeito do individuo Por isso a Gestalt presume que se tenha acesso ao todo ou quase todo (dentro das nossa limitações) e não um olhar fragmentado que seria uma analise inadequada.
Ainda na base das teorias temos a Psicologia experimental e teorias da aprendizagem, que colaboraram com o estudo empírico sistemático do comportamento estas duas áreas trouxeram a noção de que para se fazer analises de personalidade isso tem de ser baseado em um grande conjunto de informações a partir de estudos sistemáticos, pois se por exemplo conhecemos alguém que sempre foi super tranquila e cordado e um dia surta reagindo de forma agressiva (provavelmente em decorrência de alguma situação especifica), o que poderia ser dito a respeito desta pessoa? Seria ela uma pessoa calma como sempre a conhecemos, ou agressiva como vimos na situação especifica? 
Podemos inferir que faltam elementos para analise em questão, pois se na maioria das vezes esta pessoa foi tranquila, será que eu poderia afirmar que se trata de um individuo tranquilo, ou deve considerar o ataque de raiva deste individuo em determinada situação? Não seria, portanto errado dizer que se trata de um individua na maioria das vezes tranquilo, mas quando colocado em determinada situação de estresse se torna agressivo. Ou seja, está é a pessoa, ela é composta por estes dois traços de personalidade. 
Esta situação faz com que pensemos o que é personalidade... alguns teóricos colocam que comportamento não é personalidade, existem diferentes formas de ver isso, uma das ideias é qualquer coisa que o individuo faça, qualquer comportamento que represente o que ela é, faz parte da personalidade dela. Já outros dizem que não, que existe algo mais essencial que chama-se personalidade e não apenas comportamento isolado, pois o individuo poderia se assumir estressado, ou seja, que sua personalidade é estressada e que ele que se contem socialmente.
Então concluímos que existem modos diferentes que se compreender a personalidade, e o que a tradição das teorias experimentais e de personalidade nos trouxe é que para termos garantias do que estamos falando é preciso é valido é preciso ter informações sistemáticas, não podendo me basear em eventos isolados, em poucos dados. Alem disso a teoria da aprendizagem traz que a personalidade é construída na história do individuo em decorrência das suas aprendizagens ao longo de sua vida.
Uma ultima visão seria a da Genética e fisiologia,que teve como intuito de identificar elementos biologicamente determinados para composição da personalidade do individuo. Nesta teoria acreditava-se nos elementos biologicamente determinados para composição da personalidade. No entanto até os dias atuais não existem comprovações neste sentido da genética determinando a personalidade do individuo, porém o interesse neste campo é real e crescente, fazendo com que nenhum dos teóricos elimine o papel da genética/hereditariedade na composição da personalidade (mesmo sem provas definitivas).
Já no processo fisiológico já se tem comprovações de que desde o útero o individuo é afetado na construção de sua personalidade, como exemplo temos mães que usam drogas geram crianças mais irritadiças, mães ansiosas, etc... Mas cabe lembrar que tais fatores NÃO SÃO DETERMINANTES, e sim que proporcionam maiores possibilidades.
Assim, os teóricos vão considerar tanto os aspectos ambientais (fisiológicos) como os aspectos da biologia ou hereditários. Mesmo assim, nos perguntamos o que será que pode ser herdado? Pode-se herdar uma característica? Por exemplo, ser mais introvertido, extrovertido, etc... herda-se características genéticas? Que se herda? 
A ideia que é afirmada pelas teorias, é que não se vai herdar diretamente características. Herda-se pré-disposições, ou seja, o individuo passa a ter uma pré-disposição a ser mais irritável ou sensível a determinados estímulos. Se por exemplo, um individuo, é criado em um ambiente barulhento, desorganizado, tumultuado, pode ser que venha a se tornar um individuo muito mais irritado, agressivo, uma pessoa impaciente, ao mesmo tempo em que uma pessoa que foi criada neste ambiente ao se deparar com outros tipos de ambiente pode vir a ser mais tolerante com determinados comportamentos ditos “desorganizados”,e vice versa. Assim conclui-se que herdamos pré-disposições que em contato com outros fatores vai constituindo a personalidade do individuo.
Assim, entendemos que era necessário sistematizar o estudo da personalidade, e algumas perguntas serviram de base para o inicio das pesquisas na área:
O que motiva um indivíduo a fazer algo? 
Como lidar com os traumas experimentados no decorrer da vida? – a personalidade ajudaria a lidar com os traumas.
Como esses traumas podem interferir na personalidade do indivíduo? – a personalidade poderia ser modificada de acordo com um trauma sofrido.
O que é necessário para um ajustamento saudável ao ambiente? - a personalidade teria a função de ajustamento.
Por que alguns indivíduos desenvolvem sintomas incapacitantes? – Freud trabalhou muito com casos de histeria, observando que muitas vezes o desenvolvimento de quadros histéricos (sintomas de conversão) estava associado a estrutura de personalidade da mulher estudada. Ou seja, o jeito da pessoa se relacionar com o mundo poder ser incapacitante, como por exemplo, desenvolvimento de uma cegueira histérica que incapacitaria parcialmente a pessoa.
No inicio da psicologia os teóricos de personalidade, vindos da tradição clínica, eram quem ofereciam respostas práticas para a vida diária. Muitos dos teóricos que trabalhavam no contexto clinico queriam responder a todas as perguntas oferecendo soluções pratica para estes problemas. Já outros teóricos, de uma tradição experimental, estavam interessados em investigar aspectos mais específicos dos fenômenos psicológicos, tais como a personalidade é constituída? Ela muda ou não? Que elementos fazem parte da personalidade? Que fatores poderiam produzir mudanças na personalidade? 
Tinha-se ainda uma visão um tanto romântica de que a proposta era de uma teoria integrativa, na qual o quebra-cabeça apresentado pelos achados distintos de estudos separados seria montado pelo teórico de personalidade. Por muito tempo então existiu a ideia de se pegar a produção clinica e de laboratório e um teórico da personalidade iria unir e sistematizar todo este conhecimento e dar resposta, para ajudar a compreender os fenômenos da personalidade, gerando inclusive uma integração da psicologia. Como esta união não foi possível até hoje, vimos ao longo da história a construção de diversas teorias e ações diferentes (que podem ser reunidas em grupos), mas com propostas diferentes a respeito dos fenômenos, o que levou a um ampliar tão grande das teorias que não mais fez sentido falar apenas de personalidade ou teoria de personalidade, e sim falar de fenômenos psicológicos muito mais amplos, assim, as teorias deixaram de ser teorias da personalidade para serem teorias psicológicas, pois em uma teoria psicológica podemos falar tanto de personalidade como de motivação ou transtornos, formas de tratamento etc. Com isso as teorias se ampliam para dar conta de explicar os diversos outros fenômenos existentes que não eram da linha da personalidade. Neste sentido muitas das teorias cresceram e existem até hoje como por exemplo a teoria Freudiana, Yunguiana, teoria Rogeriana, Skinner, Masllow, etc.
Para o teórico de personalidade, um entendimento adequado do comportamento humano só vai surgir do estudo da pessoa em sua totalidade. O sujeito deve ser visto como uma pessoa inteira funcionando em um habitat natural A ideia é que para se entender a personalidade do individuo é necessário ver a pessoa como por inteiro e no contexto, Não podemos destacar o individuo do contexto nem fragmenta-lo. 
Em termos amplos, então, o que distingue os teóricos da personalidade dos tradicionais teóricos da psicologia? Eles são mais especulativos e menos ligados a operações experimentais ou de mensuração. A visão rígida do positivismo afetou muito menos os psicologos da personalidade do que os psicólogos experimentais. Pois os psicólogos da personalidade acabaram por desenvolver teorias muito mais multidimensionais e complexas do que a psicologia.
Reforçando mais uma vez o que é personalidade
Uma das definições levanta que a personalidade de um indivíduo é avaliada por meio da efetividade com que ele consegue eliciar reações positivas em uma variedade de pessoas em diferente circunstancia.
Outra traz a ideia da consciência da personalidade onde a mesma constitui-se na impressão mais destacada ou saliente que ele criou nos outros.
Em ambos os casos, o observador seleciona um atributo ou uma qualidade altamente típica do sujeito, que presumivelmente é uma parte importante da impressão global criada nos outros, e identifica sua personalidade por estes termos. Está claro que existe um elemento de avaliação em ambos os usos.
A definição biossocial mostra uma estreita correspondência com uso popular do termo, uma vez que equipara personalidade ao “valor da impressão social” que o individuo provoca. É a reação dos outros indivíduos o que define a sua personalidade. Podemos inclusive afirmar que o individuo não possui nenhuma personalidade a não ser aquela proporcionada pela resposta dos outros. Allport contesta vigorosamente a implicação de que a personalidade reside apenas ao “outro que responde”, e sugere ser preferível uma definição biofísica que baseie firmemente a personalidade em características ou qualidades do sujeito.
Assim, podemos dizer que a personalidade tem um lado orgânico como um lado latente, além é claro da ideia de personalidade como algo globalizante que integre o ser como um todo, que abrangeria a personalidade por enumeração, ou seja, tudo sobre o inviduo.
Finalmente alguns teóricos consideram que a personalidade é a essência da condição humana. AllPort mesmo considera a personalidade como sendo o que o homem realmente é.
Allport (1937) encontrou quase 50 definições diferentes de personalidadem ao estudar o assunto: 
Impressão mais destacada (atributo ou qualidade altamente típica do sujeito) – aqui a ideia é que se define a personalidade com base no que o indiviuo tem que se destaca – aquilo que é muito característico do individuo, aquilo que logo reconhecemos com sua característica mais forte. Assim, mesmo existindo no sujeito uma série de características prevaleceriam as mais destacadas para quepudesse representá-lo.
Habilidade ou perícia social (ajustamento) – Neste caso a personalidade segundo alguns teóricos tem a função de ajustamento ao meio em que se vive. Assim, utilizaríamos recursos da personalidade para dar conta das demandas do meio. Por exemplo, um sujeito introvertido tendo de atuar em um meio extrovertido necessita alterar sua personalidade para dar conta da demanda do meio em que está inserido agora. 
Definições biossociais (“valor” da impressão social) X definições biofísicas (características e qualidades do sujeito) – esta característica define a personalidade do individuo baseando-se naquilo que os outros pensam a seu repeito (impressão social), e também existem aqueles que tem sua personalidade definida com base naquilo que ele mesmo pensa dele (qualidades do sujeito). Agora cabe um pensamento: Será que o que pensamos a respeito de nós mesmos, foi de alguma forma “aprendido” com a convivência com os outros? Será possível termos uma definição limpa de nós mesmos, sem influencia de outras pessoas?
Definição globalizante ou tipo coletânea (tudo sobre o indivíduo) – Já nesta definição, deve-se considerar TUDO sobre o individuo, ou seja, todas as características vão ser consideradas, desde as que mais se destacam até aquelas que quase não aparecem – assim considera-se sempre o todo. 
Definição integrativa (organização ou padrão) – Esta definição esta caracterizada naquilo que o indivíduo faz com mais frequência, mesmo que de vez em quando este comportamento não se repita.
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Essência da condição humana (o que a pessoa realmente é) - O que a pessoal realmente é, ou seja, minha personalidade é composta por minha essência, algo meu, único, característica própria. Tem-se a ideia de que já vem com o individuo e trem pouca modificação ao longo da vida, uma visão essencialista. 
É sempre importante colocar que desde aquela época havia e ainda há muita diversidade sobre o que é personalidade, não tendo até o momento uma única e clara definição, e muitas das definições são totalmente contraditórias.
Assim, podemos concluir que a personalidade será sempre entendida de acordo com uma teoria. 
A personalidade é definida pelos conceitos empíricos específicos que fazem parte da teoria da personalidade empregada pelo observador .
A personalidade consiste em uma série de valores ou termos descritivos que descrevem o indivíduo que está sendo estudado em termos das variáveis ou dimensões que ocupam uma posição central dentro de uma teoria específica. 
Assim, uma questão é apresentada: Será que a gente consegue observar uma regularidade em determinadas características, ou seja, algumas permanecem com mais frequência ao passo que outras seriam mais mutáveis? De onde vem estas determinadas características? Pois se existe regularidade de onde vem as mais estáveis? Elas são aprendidas, construídas etc. ao longo da vida? Tem alguma influencia biológica? Tem combinação de mais de uma característica?
Assim, a ideia central é que existem diferentes modos de pensar a personalidade, os teóricos vão divergir a respeito de suas teorias (acima descritas). Da mesma forma que também teremos divergência entre estes teóricos sobre o que eles consideram com mais relevante. Neste sentido algumas teorias vão ser de difícil comparação, uma vez que os teóricos foram por caminhos completamente diferentes, enfatizando aspectos e outras ordens totalmente diferentes e fenômenos totalmente complexos. Não existe um eixo central, mas podemos ter grupos maios próximos para comparação, pois são teorias criadas em contextos epistemológicos diferentes, em contextos diferentes, assim a personalidade será sempre compreendida dentro de seu grupo, relacionando o que esta sendo dito com uma teoria, utilizando termos que dentro de sua teoria tem sentido, significam algo.
O que é definido em uma teoria não necessariamente será a mesma definição de outra teoria, pois são linhas de pesquisa diferentes. Desta forma dificilmente teremos uma definição de teoria misturando as teorias, pois como disse são termos diferentes, tais como fundamentações teóricas, metodologia de investigação, etc 
Alguns problemas das teorias de personalidade
Falta clareza, em geral não são apresentadas de maneira direta e ordenada. Carecem de definições mais diretas e claras sobre os conceitos que utilizam – Existem alguns teóricos muito cuidadosos em suas definições e outros menos, mas a maioria das teorias são propostas como explicações baseadas em poucos dados. Construídas mais com base no experimento do que comprovadas. Assim, teremos teóricos colocando que a personalidade é construída por partes que se relacionam entre si, e tais partes tem funções diferentes que determinam comportamentos diferentes, no entanto não há comprovação a este respeito. 
O processo de derivação, na maioria das teorias, é casual, obscuro e ineficiente – explicações ex post facto e poucas predições. Neste caso é comum falarmos de um individuo, apenas depois de algo ter ocorrido, ou seja, eu preciso ver o individuo em ação por isso o nome post facto... o que ocorre na verdade é que normalmente se encaixa uma teoria no comportamento do sujeito.
Uma pessoa introvertida na hora de uma apresentação em publico pode vir a sofrer muito, e isso é previsível ao observarmos esta pessoa antes dela se expor. Assim, é mais fácil fazer analise das pessoas com base no conhecimento que temos dela do que encaixa-la em uma teoria especifica.
Assim, podemos dizer que se trata de um fenômeno complexo, e de difícil definição. Mas, é necessário ter certo cuidado, pois as vezes criamos categoria para as pessoas sem sequer conhecê-las.
Para que serve uma teoria da personalidade
Ela orienta o teórico para certas áreas de problemas e indica que determinadas variáveis são de importância central no estudo desses problemas. 
Elas estimulam a pesquisa, pois geram curiosidade, dúvida e ideias a respeito do homem e seu jeito de ser. 
Muitas das teorias formam formuladas não só com intenção de explicar o funcionamento da personalidade, mas com objetivo de trazer soluções práticas para o cotidiano, assim, algumas teorias são base para algum tipo de tratamento/atendimento.
Um exemplo é a teoria de Rogers do Sef – onde primeiro foi formulada uma teoria para depois trabalhar com este individuo. A teoria de personalidade acaba assim sendo útil para problemas práticos (mesmo a ideia de self de Rogers não sendo comprovada).
Podemos dizer que criar uma teoria nos ajuda na curiosidade de como é um fenômeno, para fazer pesquisa, trazendo algumas maneira de explicar o fenômeno.
Organização das teorias
Psicodinâmicas 
Enfatizam os motivos inconscientes e o conflito intrapsíquico resultante - Nesta teoria o individuo nem sempre sabe o que faz, pois são motivações inconscientes – e a personalidade é dividida em partes (estruturas), estas partes criam funções diferentes e isso superaria o conflito intrapsíquico. Como esta conflito gera sofrimento, o individuo precisa arrumar estratégias para lidar com os conflitos.
Estruturais 
Enfatizam a organização da personalidade em elementos constitutivos – Aqui a personalidade também tem uma estrutura, tem uma divisão, na verdade a personalidade é composta em um grande número de traços que definem a personalidade.
Experienciais 
Enfatizam a maneira pela qual a pessoa percebe a realidade e experiência seu mundo – o que é mais importante para estes teóricos não são as partes, e sim o individuo que vai entrar em contato com o mundo e sua percepção do mundo é mediadora da sua ação, ou seja, o que ele faz é determinado pela forma com que ele percebe o mundo, como ele experimenta o mundo. Por exemplo - Eu vivo em um ambiente violento, e experimento isso de um modo mais tranquilo (percebo que não preciso mudar), achando que não sou assim continuo me comportando como sempre fui (tranquilo). Ou seja, o que esta em jogo aqui é como o individuo percebe.
Aprendizagem 
Enfatizam os processos de aprendizagem que definem a construçãodo indivíduo – o que é importante não são os elementos, não é a hereditariedades etc.. mas sim na ênfase de como o individuo é construído ao longo do tempo, de acordo com suas experiências. Diferentes experiências produzem diferentes características de personalidade, sendo que ao longo da vida pode-se mudar tais características de acordo com suas experiência. O contexto em que eu vivo pode mudar minhas características de personalidade, por exemplo se eu sou uma pessoa tranquila mas vivo em um ambiente violento, posso vir a me tornar a ser violento para poder viver neste ambiente,
Algumas características vão estar presentes em todas as categorias, mas o importante é o que tem mais destacado como sendo o diferencial.
JUNG
É importante lembrar que na época de Yung havia uma profusão de pensamentos em se tentar conectar ciência e psicologia. Mesmo filho de pastor protestante rígido conseguiu ter uma infância lúdica. Seguiu psiquiatria e ao trocar informações com Freud foi considerado um gênio por Freud sendo o primeiro presidente da sociedade de psicanálise. 
O ponto-chave desta separação entre os dois psiquiatras foi a formulação do conceito de inconsciente. Jung percebeu que o inconsciente não era apenas um reservatório de emoções sombrias e desejos primitivos e perversos, mas que também era fonte de criatividade e elo inexorável entre o homem primitivo e o contemporâneo. Para tanto, dividiu o inconsciente em pessoal e coletivo.
INCONSCIENTE COLETIVO
	Segundo Jung, o inconsciente coletivo não deve sua existência a experiências pessoais; ele não é adquirido individualmente. Jung faz a distinção: o inconsciente pessoal é representado pelos sentimentos e ideias reprimidas, desenvolvidas durante a vida de um indivíduo. O inconsciente coletivo não se desenvolve individualmente, ele é herdado. É um conjunto de sentimentos, pensamentos e lembranças compartilhadas por toda a humanidade.
	O inconsciente coletivo é um reservatório de imagens latentes, chamadas de arquétipos ou imagens primordiais, que cada pessoa herda de seus ancestrais. A pessoa não se lembra das imagens de forma consciente, porém, herda uma predisposição para reagir ao mundo da forma que seus ancestrais faziam. Sendo assim, a teoria estabelece que o ser humano nasce com muitas predisposições para pensar, entender e agir de certas formas. Por exemplo, o medo de cobras pode ser transmitido através do inconsciente coletivo, criando uma predisposição para que uma pessoa tema as cobras. No primeiro contato com uma cobra, a pessoa pode ficar aterrorizada, sem ter tido uma experiência pessoal que causasse tal medo, e sim derivando o pavor do inconsciente coletivo. Mas nem sempre as predisposições presentes no inconsciente coletivo se manifestam tão facilmente.
Os arquétipos presentes no inconsciente coletivo são universais e idênticos em todos os indivíduos. Estes se manifestam simbolicamente em religiões, mitos, contos de fadas e fantasias. Entre os principais arquétipos estão os conceitos de nascimento, morte, sol, lua, fogo, poder e mãe. Após o nascimento, essas imagens preconcebidas são desenvolvidas e moldadas conforme as experiências do indivíduo.  Por exemplo: toda criança nasce com o arquétipo da mãe, uma imagem pré-formada de uma mãe, e à medida que esta criança presencia, vê e interage com a mãe, desenvolve-se então uma imagem definitiva.
	Jung acreditava que na vida cada individuo tem como tarefa uma realização pessoal, o que torna uma pessoa inteira e sólida. Essa tarefa é o alcance da harmonia entre o consciente e o inconsciente.
	Jung explorou outras áreas da psicologia, tais como o desenvolvimento da personalidade, identificação de estágios da vida, as dinâmicas da personalidade, sonhos e símbolos, entre outras. Suas teorias tiveram um grande impacto sobre o campo da filosofia e são amplamente estudadas e praticadas até os dias de hoje.
A PSIQUE PARA JUNG
Psique para JUNG é nossa estrutura de pensamento psicoemocional. Assim, Personalidade é denominada por Jung como psique. Em sua teoria há inúmeros sub-sistemas que interagem o tempo todo. Assim, podemos dizer que a principal característica do sistema psíquico aqui é o dinamismo
Continuou com a ideia da consciência, estipulando o ego como seu centro. Nada chega até a consciência se não for pelo ego. Assim, o ego é o organizador da consciência, composto de percepções conscientes, recordações, pensamentos e sentimentos. É o ego que fornece continuidade e identidade à personalidade. Apesar de ser uma parte pequena na psique total, é o ego que desempenha a função básica de vigia da consciência. Ao contrario do que pensamos, quando interagimos socialmente, não mostramos o ego, nem vemos o ego de outrem, mas sim a persona. O ego é um organizador das diversas personas. Ou seja, a função do ego é estar bem.
Persona é o termo que Jung utilizou para designar os muitos papéis sociais que desempenhamos para interagir com o mundo. A persona se desenvolve desde os primeiros anos de vida, quando a criança aprende quais valores são socialmente aceitos e quais comportamentos são valorizados pelos seus pais. Assim, o indivíduo apresenta padrões de comportamento condizentes com aquilo que aprendeu como sendo a conduta adequada frente a cada um dos ambientes e situações nas quais precisa desempenhar funções.
As características ou comportamento que são considerados indesejados, os aspectos instintivos e animalescos, são reprimidos no inconsciente pessoal, e formam o que Jung chamou de sombra, que, apesar de estar no inconsciente, continua exercendo sua influência no campo da consciência. Essa influência torna-se maior e perigosa quando a sombra é negligenciada.
Foi Jung que utilizou pela primeira vez o termo Complexo, sendo depois amplamente utilizado por Freud (como no complexo de édipo, por exemplo). Mas, de uma forma diferente, o complexo não seria uma patologia, mas sim uma estrutura inerente ao sistema psíquico. Os complexos pertencem ao campo do inconsciente pessoal, apesar de seu núcleo ser herdado geneticamente e, portanto, pertencer ao inconsciente coletivo, o qual abordaremos em seguida. Os complexos seriam aglomerados de energia psíquica atraídos por um determinado padrão de sentimento, pensamento, percepções, memórias advindas de uma ou mais experiências. Cada complexo possui um centro, denominado arquétipo, que estipula uma imagem simbólica coerente com a energia psíquica aglomerada. Vamos exemplificar para tornar isso mais claro.
Todos possuímos um complexo materno, que pode ser positivo ou negativo, conforme as experiências de um indivíduo. A partir da interação do indivíduo com a sua mãe real, uma pessoa pode sofrer um “trauma”e passar a ter dificuldades em lidar com essa representação da mãe, constituindo assim um complexo materno negativo, que acaba concentrando energia psíquica de forma intensa neste complexo, mantendo o indivíduo inconscientemente fixado nesta relação mal resolvida. Neste caso, a imagem simbólica do arquétipo poderia ser uma bruxa, quando num complexo materno positivo seria Durga, Nossa Senhora, Iemanjá, e todas as figuras da grande mãe de todas as culturas
ARQUETIPOS
Nas pesquisas sobre o simbolismo das alucinações e fantasias de seus pacientes psiquiátricos, Jung descobriu a existência de determinados padrões de comportamento característicos da espécie humana, e portanto, herdados por todas as pessoas em quaisquer culturas e regiões. Deu o nome de arquétipo à esta tendência inata que direcionam o desenvolvimento humano. É o equivalente psíquico ao DNA.
O arquétipo, apesar de constituir o núcleo central dos complexos, pertencem ao inconsciente coletivo, que é a parte mais arcaica do inconsciente presente em todos os seres humanos. Cabe ressaltar que, apesar de todas as pessoas herdarem os arquétipos, a expressão de um ou de outro dependerá das experiências de vida do indivíduo.
Porém também temos os arquétipos que existem como estruturas psíquicas, cujo funcionamento dinâmico dependetambém das experiências de um indivíduo. É o caso do animus e anima. Animus é o arquétipo do masculino na mulher e a anima é o arquétipo do feminino no homem. Sua formação e ativação, portanto, também seu modo de funcionamento são ativados pela experiência que o indivíduo têm com o sexo oposto.
Dentro de todo sistema arquetípico, existe um arquétipo central, centro regulador de toda psique – consciente e inconsciente -, potencial inato ordenador e organizador da vida psíquica, que direciona o desenvolvimento da personalidade que é chamado de Self.
SELF
O Self é um fator interno de orientação, é o Self que envia símbolos à consciência para que possam ser interpretados e revelados. Este entendimento e integração permitem ampliar a consciência sobre si mesmo e cumprir a meta do desenvolvimento psicológico total.
Então entramos aqui num quesito importante a respeito do que se fala em muitos centros que tratam a espiritualidade: a morte do ego. Como vimos, o ego é apenas um instrumento, uma pequena parte da psique consciente, mas deveras importante. Muito mais influencia negativamente a sombra do que o ego. O caminho que tantos pregam chamando de “morte do ego”, é na verdade a ligação do ego com o Self, o que leva a um desenvolvimento consciente do Self, somente acessível através de um árduo processo de compreensão e aceitação dos nossos processos inconscientes. Assim, o ego não parece ser mais o centro da personalidade, mas se torna apenas uma das inúmeras estruturas psíquicas.
A este processo de desenvolvimento da personalidade rumo à consciência plena de todos os seus aspectos foi denominado por Jung como individuação. A meta da individuação é atingir a experiência profunda de que todos os níveis da psique sao um mesmo todo, pleno de potencialidades. E desse modo o indivíduo pode se perceber dentro da sua verdadeira natureza, ou seja, indivisível, completo, total e repleto de possibilidades de realização. São todas as possibilidades que o individuo utiliza para estar bem no arquétipo self.
Pensamento, Sentimento, Sensação, Intuição
Jung identificou quatro funções psicológicas fundamentais: pensamento, sentimento, sensação e intuição. Cada função pode ser experienciada tanto de uma maneira introvertida quanto extrovertida.
O pensamento e o sentimento eram vistos por Jung como maneiras alternativas de elaborar julgamentos e tomar decisões. O pensamento está relacionado com a verdade, com julgamentos derivados de critérios impessoais, lógicos e objetivos. Sentir é tomar decisões de acordo com julgamentos de valores próprios.
Jung classifica a sensação e a intuição, juntas, como as formas de apreender informações, ao contrário das formas de tomar decisões. A sensação refere-se a um enfoque na experiência direta, na percepção de detalhes, de fatos concretos, o que uma pessoa pode ver, tocar, cheirar. 
A intuição é uma forma de processar informações em termos de experiência passada, objetivos futuros e processos inconscientes. Pessoas intuitivas dão significado às suas percepções com tamanha rapidez que via de regra não conseguem separar suas interpretações dos dados sensoriais brutos. Os intuitivos processam informação muito depressa e relacionam, de forma automática, a experiência passada e informações relevantes à experiência imediata.
Para o indivíduo, uma combinação das quatro funções resulta em uma abordagem equilibrada do mundo: uma função que nos assegure de que algo está aqui (sensação); uma segunda função que estabeleça o que é (pensamento); uma terceira função que declare se isto nos é ou não apropriado, se queremos aceitá-lo ou não (sentimento); e uma quarta função que indique de onde isto veio e para onde vai (intuição). Entretanto, ninguém desenvolve igualmente bem todas as quatro funções. Cada pessoa tem uma função fortemente dominante, e uma função auxiliar parcialmente desenvolvida. As outras duas funções são em geral inconscientes e a eficácia de sua ação é bem menor. Quanto mais desenvolvidas e conscientes forem as funções dominante e auxiliar, mais profundamente inconscientes serão seus opostos. Jung chamou a função menos desenvolvida em cada indivíduo de "função inferior". Esta função é a menos consciente e a mais primitiva e indiferenciada.
É importante colocar que se conseguimos na terapia observar como é a pessoa, entendemos como ela elaborou seu histórico de vida. Pelo comportamento dela, sabemos como seu conteúdo de inconsciente foi represado (lembrando que inconsciente é todo lixo indesejado). Conhecer a forma de funcionamento do individuo é importante para que possamos desenvolver uma seção terapêutica rica de observação, objetivação no que diz respeito à dinâmica do paciente.
Ênfase na estrutura
Os teóricos: Henry Murray, Gordon Allport, Raymond Cattell, Hans Jurgen Eysenck não tem seguidores atualmente. Havia na época uma grande quantidade de teorias com base na teoria Freudiana e Allport e Caattel trazem uma nova visão. Allport lança uma teoria que se diferencia totalmente da teoria Freudiano que não enfatiza as pectos psicodinâmicos., ele têm uma preocupação com a estrutura da personalidade, ou seja, em como os elementos compõem a personalidade, como estes elementos podem se alterar, ser adquiridos, etc. Assim Allport e Cattel estão convencidos de que a personalidade é composta por traços e ele parte para esta investigação, ou seja, para identificar estes traços.
Allport e Carttel estão então em busca de uma taxonomia, ou seja, um conjunto sistemático de características que possa ser usado para resumir a personalidade de um indivíduo. Tanto que Cattell chega a colocar que gostaria de criar uma “tabela periódica de elementos da personalidade”. Assim, ele gostaria de descrever todos os elementos que pudessem compor a personalidade humana. O que não significa necessariamente que todos os elementos fariam parte da personalidade de todas as pessoas. Mas que teríamos uma série de elementos possíveis que organizados de diferentes maneiras comporiam a personalidade do individuo (igual uma tabela periódica).
Na busca por identificar estes traços que comporiam a tabela, Cattell foi um teórico que propôs uma série muito grande de testes para mensurar, classificar os traços de personalidade.
Eles tem uma visão interacionista: o comportamento é visto como uma função conjunta das características da pessoa e dos aspectos situacionais. Assim eles não pensam em personalidade como que vem do individuo ou que é somente construído da interação. Para eles é o conjunto, ou seja, a convivência pode modificar a personalidade. 
Ambos tem interesse na mensuração da personalidade, e propuseram testes de personalidade sendo Cattell o maior deles.
Outro teórico foi Hans Jurgen Eysenck que analisou a fisiologia para traçar a personalidade. Por exames no cérebro ele detectou introversão e extroversão no individuo, mostrando assim que a personalidade também tem um componente fisiológico. 
Aspectos enfatizados pela teoria das personalidades
Assim as teorias com ênfase na estrutura enfatizam determinados aspectos como sendo mais importante na compreensão da personalidade humana.
Estrutura
Autoconceito - Aqui é dado uma ênfase nos aspectos conscientes, bem diferente das psicodinâmicos. Sendo que alguns teóricos chegam a negar totalmente a ideia de inconsciente ao passo que outros utilizam a ideia mas com peso maior ao consciente. Assim, o autoconceito tem papel importante ao estar relacionado em como o individuo se vê. Como ele entende como ele é, de forma que o autoconceito determina a personalidade do individuo, inclusive proporcionando ao individuo a capacidade de mudança de sua personalidade uma vez que o mesmo pode não gostar de determinado traço que possui e assim procura alteralo.
Motivos múltiplos – Para estes teóricos a motivação para mudança de comportamento pode ser diversa, também diferente das teorias da psicodinâmicas onde o individuo funcionaria com base em uma única motivação. Por exemplo para Jung a motivação é alcançar a individuação. ParaHeich é a busca pelo equilíbrio energético. Por exemplo planos para o futuro, desejos, determinadas coisas que estão acontecendo na vida do individuo.
Ancoramento na biologia – Aqui a relação esta com os aspectos biológicos na composição da personalidade. Tais aspectos biológicos podem ser hereditários como fisiológicos (mudanças na fisiologia ao longo da vida pode alterar a personalidade, inclusive por alterações em decorrência de doenças, uso de drogas etc).
Hereditariedade – Aspectos herdados hereditariamente.
Processo de aprendizagem – a ideia é que no decorrer da vida do individuo haveriam mudanças em sua personalidade dado ao aprendizado do mesmo ao longo de sua vida.Para isso a questão da interação é importante. Por exemplo se em um processo terapêutico o individuo buscar mudar intencionalmente determinado traço de personalidade podemos estar atuando com autoconceito e aprendizado. Assim ele aprende a fazer diferente.
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Gordon Allport
Nasceu nos EUA – 1897 e faleceu em 1967, Formou-se em economia e filosofia e doutorou-se em psicologia – uma curiosidade é que os teóricos da personalidade advém das mais diversas áreas que não a psicologia - Foi influenciado por teóricos da Psicologia da Gestalt e do Funcionalismo. Preocupava-se com a complexidade e singularidade do comportamento humano individual – ele tem estudos relacionados a situações e conceitos da constituição do individuo, ou seja, de que o individuo é constituído de um conjunto de fatores que interagem entre si, oferecendo uma complexidade, não sendo possível descrever este mesmo individuo com base em apenas uma característica. Assim, por ser composto de diversos elementos o individuo se torna singular.
Enfatizava os determinantes conscientes do comportamento e a noção de presente – Allport da muito mais importância ao presente e planejamento futuro do que eventos do passado. Não enfatizando assim determinantes inconscientes ou históricos (que não quer dizer que o mesmo não negue os determinantes históricos). 
É importante colocar que ele NÃO NEGA determinantes históricos, ele apenas não enfatiza. Assim, as teorias acabam sempre por determinar determinados aspectos em relação a outros, determinando quais mais importantes, o que não significa negar determinados aspectos.
“A ênfase na racionalidade, na unidade da personalidade e nas descontinuidades, bem como seu repúdio a qualquer abordagem mecanicista da ciência natural, mostram bem como ele se afastou de Freud. Em muitos aspectos, o seu modelo é o primeiro modelo não-freudiano da personalidade” (p. 226). 
Assim Allport tenta romper com todas as propostas da psicodinâmicas, lançando assim uma proposta diferente com ênfase nos aspectos consciente, nos aspectos da racionalidade – na descontinuidade relacionada a ideia de não existirem fases no desenvolvimento da personalidade, diferente de Jung que acreditava em fases na construção da personalidade do individuo, onde todos passariam por todas as fases, o que para Allport não existe, ou seja, para Allport não existe esta ideia de uma série de ocorrências para todos em um determinada idade e depois outras ocorrências em outra idade etc, indo totalmente contra as ideia de Freud I(fase anal fase oral, etc...)
Estrutura e dinâmica da personalidade
Ele rejeitava o determinismo da infância em favor de metas futuras e preocupações presentes – para ele o individuo funcionava de forma prospectiva e não retrospectiva, ou seja, uma visão do futuro. Por exemplo se eu quero melhorar de vida vou fazer uma faculdade, assim, o que faz você estudar é o plano para o futuro. E à medida que o aluno vai avançando as mudanças vão ocorrendo.
Fez duas grandes formulações sobre a personalidade – 1937 e 1961. Em 1961 ele propôs uma visão atualizada e diferente em alguns pontos em relação à anterior, ou seja, ele reformulou algumas de suas teorias.
Ele tinha uma postura eclética e adotou conceitos de diferentes teorias para falar sobre sua concepção de personalidade. Ele foi influenciado pela Gestalt, pelo funcionalismo, ao pragmatismo, etc. 
A estrutura da personalidade é vista como sendo composta por traços. Esses traços motivam e impulsionam os comportamentos do indivíduo. Então para Allport ao contrário de Cattell (que queria uma descrição completa de todos os possíveis traços de personalidade) a personalidade para Allport era criada por traços – assim ela fala da diversidade de traços que existe muito maior do que Carttell propôs. Assim a personalidade era constituída por diferentes traços que nos impulsionam a nos comportarmos como comportamos.
Personalidade, caráter e temperamento
Personalidade – “o que o homem realmente é” – aquilo que nós somos indica nossa personalidade - A personalidade é a organização dinâmica (dos sistemas psicofísicos que são os traços que tem os componentes fisiológicos e psicológicos), dentro do indivíduo, daqueles sistemas psicofísicos que determinam seus ajustamentos únicos ao ambiente. Para Allport os traços existem dentro do individuo (mesmo não tendo provado ou achado). São traços dinâmicos, ou seja, alguns podem funcionar mais em determinadas situações do que outros, em determinados contexto o traço da introversão por exemplo pode aparecer mais do que outro traço. E o objetivo destes traços é o de ajustamento do individuo ao ambiente.
Caráter está relacionado ao código de comportamentos em termos do qual os indivíduos ou seus atos são avaliados – é a personalidade avaliada a partir de julgamentos morais. Ou seja, quando alguém vai dizer que determinado traço de um individuo é bom ou ruim, pois a personalidade não tem avaliação e/ou julgamento a respeito da pessoa, se ela é boa ou ruim, se tal característica é interessante ou não. Este é o papel do caráter para ALLPORT. Veremos que este conceito de caráter é do Allport e bem diferente de Rich por exemplo que não usa personalidade e sim caráter para designar personalidade.
Temperamento – são disposições estreitamente ligadas a determinantes biológicos ou fisiológicos, que, portanto mudam relativamente pouco com o desenvolvimento. Para Allport temos alguns traços de personalidade que já vem com o individuo desde seu nascimento e que mudariam relativamente pouco ao longo da vida (isso existe no senso comum, quando colocamos que uma pessoa tem temperamento calmo, ou que puxou o temperamento da Mãe etc..)
Os Traços
Traço comum - “Estrutura neuropsíquica capaz de tornar muitos estímulos funcionalmente equivalentes, e de iniciar e orientar formas equivalentes (significativamente consistentes) de comportamento adaptativo e expressivo” (geral). Aqui novamente vemos a ideia de que um traço tem um componente físico e um psicológico, que em diferentes situações o individuo se comporta de forma semelhante . Por exemplo, uma pessoa introvertida pode ter sempre o mesmo comportamento seja apresentando um trabalho ou em uma festa. Assim, em diferentes contextos com estímulos diferentes ela mantém o mesmo comportamento.
Disposição pessoal ou traço morfogênico - “Estrutura neuropsíquica generalizada (peculiar ao indivíduo) capaz de tornar muitos estímulos funcionalmente equivalentes, e de iniciar e orientar formas consistentes (equivalentes) de comportamento adaptativo e estilístico” (específico). O traço comum encontramos em diferentes pessoas como por exemplo introversão, já o traço morfogênico é o traço que da uma característica especial ao individuo. Por exemplo uma pessoa incomodada ou com vergonha que fica muito vermelha..nem todos reagem assim a vergonha, o seu modo o seu estilo esta ligado a este traço morfogênico.
O traço é uma ponte para o comportamento como podemos ver acima. Mas lembrando de que o traço não é aparente, assim, sempre vemos o comportamento para definir o traço. De acordo com a imagem acima, mesmo com estímulos diferentes tenho comportamentos parecidos. Assim de acordo comsua experiência o individuo se comporta de determinada maneira, ou seja, se o individuo começa a sempre ter a mesma reação mesmo a estímulos diferentes o traço esta sendo criado.
Embora os traços e as disposições existam realmente na pessoa, eles não podem ser observados diretamente, precisando ser inferidos a partir do comportamento- assim reforça que não temos acesso ao traço, não tem como localizar o traço a ideia é que pelo comportamento se infere o traço, e para isso olhamos no comportamento:
Frequência de ocorrência – ele ocorre muitas vezes?
Intensidade de ocorrência – em graus de diferença?
Variedade de situações – em diferentes contextos?
Ex.: pessoa sarcástica – frequentemente sarcástica em diferentes contextos e/ou em diferentes intensidades 
Allport rejeitava a ideia de identificar as pessoas em tipos. Os tipos são construções idealizadas do observador. A disposição pessoal pode representar a singularidade da pessoa, ao passo que o tipo vai escondê-la. Para Allport os tipos representam distinções artificiais que não têm muita semelhança com a realidade, e os traços são um reflexo verdadeiro do que realmente existe. É bom lembrar que algumas teorias de personalidade vão atribuir tipos a determinadas categorias de personalidade. JUNG tem uma tipologia de personalidade, na verdade ela foi mais desenvolvida posteriormente por seus seguidores, algumas pessoas são classificadas por atitudes e funções em um teste baseado na teoria de Jung.
Quando existe uma grande variedade de traços para Allport não tem sentido em se categorizar isso. Ele acredita que se deve olhar o individuo e não no seu tipo de traço.
Intenções (propósito)
Para Allport, mais importante do que a busca do passado ou da história do indivíduo é a simples pergunta sobre o que o indivíduo pretende ou busca em seu futuro. 
Na categoria intenções estão incluídos os desejos, as ambições, as esperanças, as aspirações e os planos. Desse modo, para Allport os propósitos do indivíduo são determinantes sobre o comportamento presente. 
O que o individuo faz hoje esta relacionado ao contexto em que se esta e ao planejamento de futuro, ou seja, seu propósito, seus ideais. E isso para ele é o importante para o comportamento do individuo.
Proprium
	Allport rejeitava a utilização do termo self, pois traz a ideia de que há algo autônomo dentro do indivíduo, um homúnculo que avalia e decide coisas. Está é uma critica comum as teorias psicodinâmicas. Assim propium é um substituo para o self que Allport não acreditava.
Para ele esse termo, ou o que o self fazia, eram na verdade as funções da personalidade. O teórico que o utilizava, estava, portanto, sendo pouco parcimonioso.
O proprium, foi um termo escolhido pelo autor para falar sobre o conjunto de funções da personalidade. O proprium não é inato e desenvolve-se em etapas no decorrer da vida do indivíduo.
As funções da personalidade são (mais ou menos em ordem):
Senso corporal
Auto-identidade
Auto-estima 
Auto-extensão (ir além da satisfação de necessidades)Elas dão unidade à personalidade, permitindo que os traços se entrelacem como em uma tapeçaria.
Auto-imagem 
Senso de ser quem se é
Pensamento racional
Anseios próprios
Estilo cognitivo
Função de conhecer
Estas seriam funções da personalidade, ou seja, o que a personalidade faz. E que vão se desenvolvendo no decorrer da vida do individuo e que não necessariamente o individuo desenvolve todas as funções.
Desenvolvimento da personalidade
Allport considerava o recém-nascido uma criatura quase inteiramente constituída por hereditariedade, pulsão primitiva e existência reflexa. Desse modo, ainda não é possível falar de personalidade nesta fase da vida.
Há apenas temperamento no primeiro ano de vida. Não tem personalidade.
A partir do segundo ano, o contato com o mundo, vai oferecer oportunidades de diferenciação, integração, maturação, imitação, aprendizagem, autonomia funcional e extensão do EU. Isso vai construir uma estrutura de traços cada vez mais ampla e a definição de intenções na vida do indivíduo. Ou seja, a medida que se tem novas experiências no mundo, novos traços são construídos. 
O indivíduo sai de uma condição biológica que definia sua motivação para comportar-se no mundo para uma condição psicológica, em que a motivação é redefinida com base em suas intenções e em seu funcionamento consciente no mundo.
Na vida adulta, o indivíduo é uma pessoa cujos maiores determinantes do comportamento são um conjunto de traços organizados e congruentes. Sua motivação não é fundamentalmente biológica e é diversa. Além disso, o que motiva o indivíduo, motiva agora (para eliminar ideias de motivações/pulsões da história do indivíduo)
Assim existem diversas motivações para um individuo se comportar. Allport não considera o que ocorreu no passado do individuo e sim o que esta acontecendo no momento e nas aspirações do futuro. Assim, o que não for uma motivação biológica como sede, calor, fome, etc.. não interessa a ele como ação passada na vida do individuo.
“os indivíduos normais sabem, como regra, o que estão fazendo e por quê. Seu comportamento se ajusta a um padrão congruente, e, no âmago desse padrão, estão as funções que Allport chamou de próprias (proprium). Um entendimento completo do adulto não é possível sem o conhecimento de suas metas e aspirações. Seus motivos mais importantes não são ecos do passado e sim acenos do futuro. Na maioria dos casos, saberemos mais sobre aquilo que uma pessoa vai fazer se conhecermos seus planos conscientes do que suas memórias reprimidas” (p. 238).
Há, porém, indivíduos que não atingem esse nível de maturidade. 
Para alcançar a maturidade:
Ter uma extensão do EU (que vai além da simples satisfação de necessidades, mas o indivíduo cria novas motivações, e consegue planejar e projetar o futuro); 
Relacionar-se calorosamente com outros e desenvolver uma segurança emocional e uma aceitação de si mesmo.
Ser realisticamente orientado, tanto em relação a si como ao mundo externo
Possuir uma filosofia de vida unificadora (por exemplo, a religião) 
É bom lembrar neste momento na pirâmide das necessidades de Maslow, sendo que para Allport é necessário sempre criar novas motivações para ser maduro.
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REICH
Wilhelm Reich (1897-1957) foi um psicanalista austríaco, discípulo de Sigmund Freud que criou, a partir da Psicanálise uma nova abordagem terapêutica a qual, além das intervenções verbais, de fundamentação psicanalítica, também inclui intervenções corporais. Esta abordagem terapêutica foi inicialmente chamada de Vegetoterapia Caractero-Analítica e posteriormente de Orgonoterapia. Atualmente, é comum referirmo-nos a ela simplesmente como Psicoterapia Reichiana.
Evolução do conceito de energia em Reich (fases):
- Psicanálise: Conceito da energia libido. Desde o início, Reich interessou-se pelo aspecto biológico e quantitativo da energia. Mantêm a visão mais concreta de energia libidinosa, ao desenvolver “análise de caráter”;
- Análise do Caráter: A libido passa a ser entendida como uma energia concreta que se mantinha fixada nas blindagens do caráter. Ruptura com a psicanálise - questões econômicas relativas a sexualidade. Como a energia é retida no corpo? Na psicanálise a libido está ligada a representações psíquicas. O enfoque está centrado no “como?” do funcionamento psíquico, enquanto na psicanálise o “que?” e o “por que?” ocupam o centro da atenção terapêutica. A importância recai sobre os mecanismos de defesa e não mais no material inconsciente reprimido;
- Vegetoterapia Caráctero-analítica: Reich liga os processos de expansão ao sistema nervoso autônomo parasimpático e os processos de contração ao sistema nervoso autônomo simpático. Busca romper as blindagens do caráter através das interpretações dos mecanismos defensivos, no nível psíquico. Busca romper a contenção muscular evegetativa através do trabalho corporal e de seus bloqueios, liberando a bioeletricidade. Objetiva liberar a estase energética e restabelecer a plena capacidade de descarga orgástica.
- Metade da década de 30, o corpo é solicitado a adentrar o campo de atuação clínica. Reich inaugura uma abordagem própria, com técnicas específicas. A análise do caráter, apesar de assentada nas premissas psicanalíticas, é ampliada com a noção de corpo como lugar de expressão do caráter, visto como imprescindível fornecedor de dados para a análise, além de possível via de acesso a conteúdos inconscientes e afetos represados.
- Reich, durante a 1ª guerra mundial procura pelas causas da estrutura enfraquecida dos homens; Em “Análise do Caráter” descreve a estrutura do caráter como reflexo dos conflitos reprimidos.
- Resultam neuroses, e, para se proteger dos sentimentos reprimidos o homem desenvolve uma autêntica couraça de caráter, que bloqueia o fluxo de energia.
- Couraça de caráter serve como proteção contra decepções, mas também pode prejudica-lo. O caráter neurótico tem uma couraça muito forte que bloqueia a energia sexual, deixando- o agir irracionalmente e tornando- o inflexível.
- Em Oslo iniciou pesquisas que investigava reações fisiológicas de prazer e angústia e medindo as “diferenças de potencial elétrico,postulou a presença de uma energia a que, inicialmente, chamou de bioeletricidade”. Dando sequência ao seu trabalho investigativo e ampliando o campo de pesquisa em direção à biofísica e biogênese, o cientista considerava ter encontrado um novo tipo de energia a qual nomeou de Orgone, com características e manifestações próprias, passando a exercer o que denominou de Orgonomia.
- Orgonoterapia: A partir de uma série de experimentos, a essa energia cósmica, primária e anterior à matéria e à vida, Reich deu o nome de energia ORGONE. Nesse período o seu trabalho clínico prosseguia, estabelecendo e a estruturação segmentar, o conceito de campo energético e o uso do acumulador de energia. A partir do conceito de energia cósmica parte para compreensões funcionais da atmosfera, dos desertos, das biopatias, da sociedade.
- O termo energia ORGONICA foi derivado a partir do organismo e orgasmo. Segundo ele a energia Orgônica cósmica funciona no organismo vivo como energia biológica específica. Assim sendo, governa o organismo total e se expressa nas emoções e nos movimentos puramente biofísicos dos órgãos.
- Reich afirmava que a psicanálise é uma ciência materialista e revolucionária que atuaria na resolução de conflito. Buscou entender o conceito de caráter individual que fora estudado por Marx, aprofundando sobre o autoritarismo e formação do caráter.
São derivados do conceito de libido de Freud. Ele acrescenta à psicanálise o conceito de caráter como uma estrutura integrada ao ego, introduzindo o conceito de couraça de caráter e os aspectos físicos de defesa do organismo.
A fórmula do Orgasmo:
1º) os órgãos sexuais se enchem de líquido - tensão mecânica;
2º) ocorre intensa excitação - carga bioenégética;
3º) a excitação sexual é descarregada nas contrações musculares -
descarga bioenergética;
4º) ocorre relaxamento físico - relaxamento mecânico
Caráter - Resultado das relações do id e do ego com o mundo exterior. Se a pressão do id ou da sociedade torna-se muito forte, o ego se reedifica e forma uma blindagem para se proteger das forças que são dirigidas contra ele. Essa rigidez do ego é a base em que está fundada a blindagem do caráter.
Couraça do caráter - Reich buscava tornar seus pacientes mais conscientes de seus traços de caráter. Frenquentemente imitava seus gestos e posturas características (um piscar de olhos, por ex) ou então fazia os próprios pacientes repetirem seus traços de caráter.
Cada atitude de caráter tem uma atitude física correspondente e que o caráter do indivíduo é expresso corporalmente sob a forma de rigidez muscular ou couraça muscular.
Anéis segmentares:
● Demonstram os bloqueios do fluxo de energia do organismo;
● Representam emoções contidas;
● A região da couraça se relaciona com o significado simbólico de cada parte do corpo
- Acredita-se que um tipo especial de energia chamada kundalini flui através do corpo em forma de espiral, quando ativada – fogo serpentino - relaciona-se com o centro energético do planeta. 
Localiza-se no primeiro chakra, na base da espinha. A energia kundalini liga-se às energias sexual e criativa. Se não é liberada em expressões sexuais ou criativas normais, produz um estado de doenças no organismo.
Um pouco mais de Reich
Wilhelm Reich logo cedo ingressou na recém criada Sociedade Psicanalítica Internacional, quando Sigmund Freud ainda desenvolvia os primeiros conceitos da Psicanálise. Foi também um de seus maiores críticos e dissidente. As divergências de Reich que o levaram a afastar-se da Psicanálise foram quanto às origens e aos procedimentos para se tratar a neurose. Reich defendia a tese que uma pessoa é tornada neurótica por mecanismos sociais e políticos. Para ele, a neurose forma-se de fora para dentro, através do meio social autoritário e hierarquizado que impõe ao indivíduo desde cedo padrões e condutas de comportamento que se chocam aos seus.  Este processo ocorre por um conjunto de regras e normas, na maioria das vezes de forma sutil e dissimulada, mas que vai gerando um perfeito ajustamento e diminuição de poder crítico nas pessoas. Reich afirmava categoricamente que, enquanto existir qualquer espécie de regulamentação moral, social ou política limitando a autonomia dos homens, não se poderá falar em liberdade real nem muito menos em saúde emocional.
Além de ser produto de mecanismos disciplinadores e de controle social, a neurose se instala em todo o corpo e não apenas na mente como acreditava a Psicanálise. Com isso, Reich traz para a psicologia uma nova e importante vertente, onde o corpo passa a ser utilizado como diagnóstico (através da leitura corporal) e local da ação terapêutica (através dos exercícios corporais). Reich defendia ser um desequilíbrio energético o que causa a neurose. Mas não apenas uma energia psíquica, e sim a energia única que circula por todo o corpo. Esta energia passou a ser designada de modos diferentes, mas com o mesmo significado: bioenergia, energia orgônica ou energia vital.
A distribuição defeituosa e imprópria da bioenergia, principalmente na musculatura voluntária, leva à formação do que ele veio a chamar de Couraça Caracteriológica ou Couraça muscular do caráter. Reich observou que emoções e pensamentos têm sempre equivalentes físicos e vice-versa. Uma emoção traz consigo mudanças na circulação da bioenergia relacionadas a contrações musculares localizadas e modificações na respiração e na postura física. Assim, se um indivíduo for submetido desde a infância a contínuas situações de medo ou insegurança, por exemplo, as transformações fisiológicas naturais, em vez de circunstanciais, tendem a se cristalizar e se tornar crônica de forma inconsciente. Aquilo que deveria acontecer em situações específicas torna-se contínuo na vida da pessoa, criando-se, então, uma estrutura muscular e postural característica que determina o seu jeito de estar no mundo: o seu caráter. Esta mesma estrutura corporal certamente estará relacionada a atitudes emocionais, criando uma relação direta entre corpo e emoção. Para Reich, a couraça neuromuscular do caráter é a expressão física da neurose. É a materialização corporal dos traços de comportamento e atitudes emocionais do indivíduo, tornando-se uma espécie de corporificação do inconsciente.
Reich comprovou que, para se combater a neurose, era necessária a eliminação da tensão crônica da couraça. Na Soma, trabalhamos com exercícios corporais próprios, outros oriundos de jogos teatrais, danças e brincadeiras, além da capoeira angola. São trabalhos corporais variados que atuam sobre a couraça neuromuscular, buscando dissolver suas tensões crônicas, liberando a energia vital que estava sendo desperdiçada e tornando-adisponível para o ato de viver. Os exercícios bioenergéticos, além de produzirem uma boa circulação energética, também possibilitam a consciência corporal, consciência de si próprio, como também na identificação dos bloqueios. Ao mesmo tempo, o trabalho de conscientização ética e política importante para a compreensão das origens da neurose é desenvolvido na dinâmica de grupo autogestiva no decorrer da terapia.
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Raymond Cattell
Inglaterra – 1905-1998
Bacharel em Química e Doutorado em Psicologia (tanto que tentou fazer a tabela periódica da personalidade).
Na década de 1930 mudou-se para os EUA
Trabalhou com Spearman (capacidades mentais) e com Thorndike (lei do efeito)
Interesses pela psicologia experimental, social e genética humana.
Publicou mais de 400 artigos, 40 livros e mais de uma dúzia de testes (personalidade, inteligência e psicopatologia)
Pretendia que sua abordagem substituísse os modelos “pré-científicos” e “especulativos” de Freud, Jung e outros. Para ele os teóricos da psicodinâmica não seguiam os padrões da ciência positivista da época.
A natureza da personalidade
A personalidade é aquilo que permite uma predição do que uma pessoa fará em uma dada situação (é possível se prever o que a pessoa vai fazer de acordo com sua personalidade). A personalidade está relacionada a todos os comportamentos do indivíduo, tanto os manifestos quanto os que acontecem sob a pele. Assim, qualquer coisa que o indivíduo faça é personalidade, é uma ideia integrativa, pois tudo o que ele faz manifestos ou sob a pele – (aquilo que não observava diretamente era sob a pele – pensar, sentir). Para ele ao se conhecer uma pessoa desta forma se possibilita prever como ela vai se comportar em determinada situação no futuro.
A personalidade é uma estrutura complexa e diferenciada de traços, com sua motivação dependente de um subconjunto destes, os chamados traços dinâmicos (atitudes, sentimentos e ergs – pulsões de base biológica). Os traços dinâmicos estão relacionados a motivaçao do individuo, ou seja, aquilo que faz o individuo se comportar de determinada maneira – fome, sede, interesse sexual, proteção, gregariedade, apelo, são traços de ordem biológica, são os ergs (traços sob a pele).
Organização da personalidade
A personalidade é constituída por traços.
Um traço é uma estrutura mental, uma inferência feita a partir do comportamento observado para explicar a regularidade ou consistência neste comportamento. Identificamos um traço a partir de um comportamento observado, ou seja, supomos o traço de acordo com o que observa-se.
Classificação de traços:
De superfície – inferidos a partir do comportamento
De origem – identificados somente por análise fatorial
Traço de superfície – representam agrupamentos de variáveis manifestas que parecem ocorrer juntas. São produzidos pela interação dos traços de origem e são menos estáveis que estes. Qualquer um pode observar ao contrário dos traços de origem que requerem analise fatoriais. A personalidade é composta por TODOS os traços do individuo, no entanto alguns comportamentos são mais frequentes, provavelmente aqueles que tem traços mais latentes.
Traço de origem (fatores) – variáveis subjacentes que entram na determinação de múltiplas manifestações de superfície. Só são identificados por meio de análise fatorial, que permite ao investigador estimar as variáveis ou os fatores que são a base deste comportamento exterior ou de superfície. Estes são os mais fortes na personalidade (não necessariamente de ordem biológica).
Traços de molde ambiental – são aqueles que são constituídos no decorrer da vida do individuo de acordo com sua experiência, u seja, são moldados pelo ambiente.
Traços constitucionais – São aqueles que já estão no individuo – de origem biológica.
Traços de superfície podem ser ligados ao traço de origem, mas não necessariamente tem sua correspondência nos traços de origem.
Exemplos de traços de origem (16 + 7)
Para ele a personalidade humana é composta por 16 possíveis traços de origem da personalidade (depois ampliada por mais 7).
Sizia – reservado, imparcial, crítico;
Harria – obstinado, autoconfiante, realista;
Praxernia – prático, preocupações “sensatas”;
Propensão a culpa – apreensivo, perturbado;
Submissão – humilde, dócil, amoldável;
Dominação – agressivo, competitivo;
Temperamento conservador – conservador, tradicional;
Baixa tensão érgica – relaxado, tranquilo, letárgico – traços constitucional – origem biológica.
Allport diz que existem traços de temperamento, ou seja, que tem base biológica é a mesma ideia de traço constitucional do Cattell. Tem características de personalidade moldadas biologicamente.
Lembrando também que as pessoas podem ter alguns traços mais fortes que os outros ou pode não ter alguns traços. Não necessariamente as pessoas tem os 16 traços isso é apenas uma matriz.
Modalidades de expressão dos traços
Os traços podem ser classificados de acordo com a modalidade por meio da qual se expressam:
Traços dinâmicos – acionar o indivíduo rumo a uma meta (atitudes, sentimentos, ergs – pulsões biológicas); Pensando que o individuo esta com fome, ele vai ter um sentimento uma ideia de que algo esta acontecendo com seu corpo, o que faz o individuo dar o nome a sensação do que esta sentindo (o nome é cultural). Diante deste sentimento o individuo vai ter uma atitude, ou seja, ir atrás de comida, pedir comida, etc. A atitude é de acordo com o contexto e de acordo com a personalidade do individuo (jeito de ser).
Traços de capacidade – efetividade com a qual ele atinge a meta (inteligência, obstinação); esta sempre relacionada ao quanto a pessoa vai ser efetiva.
Traços de temperamento – relação com aspectos constitucionais da resposta, como velocidade, energia ou reatividade emocional (irritabilidade, letargia); lembrando que o que herdamos ainda vai ser moldado pelo ambiente.
Estados e papéis – estruturas mais transitórias ou flutuantes da personalidade – são relacionados ao conceito de PERSONA do JUNG, ou seja, nos comportamos de modo diferente de acordo com o ambiente – persona marido, persona professor, persona pai. Por isso são estruturas transitórias, pois nunca somos um só.
Traços Dinâmicos - Treliça Dinâmica
Os vários traços dinâmicos estão inter-relacionados em um padrão de subsidiação (estão relacionados em uma hierarquia); 
As atitudes são subsidiárias aos sentimentos que, por sua vez, são subsidiários aos ergs.
Considera-se que existem outros ergs em funcionamento, ou seja, alguns ergs funcionam paralelamente. Por exemplo, um erg do conhecimento é despertado em decorrência da necessidade de se realizar uma prova, mesmo com o erg da fome ativo. Neste caso o individuo tem de tomar decisões de acordo com suas prioridades. Pois podem ter muito mais do que apenas duas coisas ocorrendo ao mesmo tempo.
Análise fatorial
Método fundamental para a construção da teoria de personalidade de Cattell.
A partir do estudo de um grande número de escores sobre o comportamento de um grande número de sujeitos, a análise fatorial pode ser utilizada para identificar fatores gerais que determinam a variação nas variáveis superficiais. Quando fazemos uma analise fatorial pegamos um grande número de pessoas e medimos variáveis que estão presentes (variáveis pré definidas de acordo com o que se esta medindo), algumas vão se repetir mais vezes, são os fatores que se sobressai, são os fatores gerais, os fatores que quase todos apresentam.
Desse modo, o teórico fatorial espera identificar um pequeno número de fatores básicos cuja operação explica a maior parte da variação dos escores iniciais. 
16 PF (Cattell e cols., 1999)
Baseado nas análises de todos os adjetivos da língua inglesa que descreviam o comportamento humano.
Cattell identificou 16 fatores primários dentre estes adjetivos.
O teste é composto por 185 itens, sendoque para cada fator existem de 10 a 15 itens.
Os itens apresentam 3 alternativas de resposta, uma numa direção, outra na direção contrária e uma com interrogação.
O examinando deve ter, no mínimo, nível fundamental para responder ao teste e usará cerca de 35 a 50 minutos.
Normas para participantes com idades entre 15 e 92 anos. 
EXEMPLOS DE ITENS:
Se as pessoas agem como se não gostassem de mim:
Isso não me aborrece
?
Eu usualmente me sinto magoado(a).
Eu sempre mantenho meus pertences em perfeitas condições:
Verdadeiro
?
falso
Ao lidar com pessoas é melhor:
“Por todas as cartas na mesa”
?
Ser reservado.
Eu fico frustrado quando as pessoas levam muito tempo para explicar alguma coisa:
Verdadeiro
?
falso
Os maiores problemas surgem de pessoas:
Que questionam e modificam métodos que já são satisfatórios
?
Que rechaçam padrões novos e promissores.
Muitas pessoas são tão sensíveis e delicadas que deveriam fortalecerem-se para seu próprio bem:
Verdadeiro
?
falso
16 PF - Avaliação
Os escores brutos serão transformados em percentis e estes serão avaliados de acordo como o grupo de referência da normatização. Não há uma classificação em forma de TIPO
Modelo dos Cinco Grande Fatores (CGF) – Big Five
Modelo geral que atualmente é utilizado para descrever a estrutura da personalidade.
5 fatores: Extroversão, Socialização, Realização, Neuroticismo e Abertura a experiências.
Modelo originado do trabalho de Cattell.
Proposto inicialmente por McDougall (1932), investigado posteriormente por Thurstone (1934), mas somente desenvolvido com o avanço tecnológico a partir do final do século XX. McCrae e Costa (1997) realizaram um estudo em que a personalidade foi avaliada de acordo com esses fatores em 6 línguas diferentes, atestando uma universalidades dos fatores
Bateria Fatorial de Personalidade (BFP)
Nunes, Hutz e Nunes (2010) – baseada no modelo dos Cinco Grandes Fatores.
Bateria com 126 itens.
A resposta deve ser dada de acordo com uma escala Likert de 7 pontos que varia de descreve-me muito mal até descreve-me muito bem. 
Bateria Fatorial de Personalidade (itens)
Extroversão:
Faço muitas coisas durante minhas horas de folga.
Converso com muitas pessoas diferentes quando vou a festas. 
Sociabilidade:
Preocupo-me com todos.
Acredito que as pessoas têm boas intenções.
Respeito autoridades.
Realização:
Começo rapidamente as tarefas que tenho que fazer.
Escolho as palavras com cuidado.
As pessoas dizem que sou muito detalhista.
Neuroticismo:
Mesmo quando preciso resolver alguma coisa para mim, costumo adiar até o último momento.
Com frequência tomo decisões precipitadas.
Tenho muito medo de que meus amigos deixem de gostar de mim.
Por mais que me esforce, sei que não sou capaz de superar os obstáculos que tenho que enfrentar no dia a dia.
Abertura à experiências:
Interesso-me por teorias que tentam explicar o universo.
Acho natural que os valores morais mudem ao longo do tempo.
Gosto de ir a lugares que não conheço. 
Bateria Fatorial de Personalidade - Avaliação
São avaliados os cinco fatores separadamente e pode também ser definido um Escore Geral. Não há TIPO.
Os valores brutos são transformados em percentis que definem onde se localiza aquele indivíduo quando comparado com um grupo semelhante de referência:
Desenvolvimento da personalidade
Em seus estudos sobre a personalidade, Cattell verificou que há fatores semelhantes em idades que variavam de 4 anos à idade adulta.
Interessou-se, por muitos anos, em avaliar o peso relativo das influências genéticas e ambientais sobre os traços de personalidade. Desenvolveu um método (MAVA – Multiple Abstract Variance Analysis) que investigou irmãos e gêmeos. Observou que a influência ambiental poderia pressionar a modificação de traços constitucionais.
Não há definição de fases de desenvolvimento nem identificação de faixa etária mais importante para a constituição da personalidade.
Tréptico – mudanças da personalidade devidas à influência ambiental (aprendizagem, agentes externos como dietas, drogas, estimulação, religião, etc.)
As fontes de influência genética e tréptica sobre um traço podem correlacionar-se de várias maneiras e podem interagir ao longo do tempo. Assim, a influência genética pode levar a certos comportamentos que podem provocar determinados tipos de influências trépticas que podem, por sua vez, aumentar ou inibir o desenvolvimento posterior do traço.

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