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Asma na pediatria

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Asma: doença crônica por inflamação brônquica com limitação do fluxo aéreo e hiperresponsividade das vias aéreas provocada por aeroalérgenos, vírus respiratório e poluentes do ar. É poligênico, envolve linfócitos T e B, eosinófilos, neutrófilos e IL. Se alérgico, é uma reposta por Th2 mediada por IgE e eosinófilos, sendo a forma mais comum nas crianças. É reversível espontaneamente ou com tto.
QP: episódios recorrentes de sibilância, dispneia, aperto no peito e tosse
Asma aguda grave: broncoespasmo + hipoxemia + sofrimento respiratório (exaustão, fadiga, alteração de consciência)
Epidemiologia: 10-25% dos escolares, 7-10% da população mundial, comprometendo a qualidade de vida, tosse, sibilância, dispneia de dia e noite, exacerbações, limitação de atividades
Início: primeiros anos de vida
Fatores de risco: histórico familiar e pessoal de atopia 
Etiologia: multifatorial, ambiente, genética
Fisiopatologia: edema de mucosa => hipersecreção => broncoespasmo => aumento na resistência de fluxo aéreo (pior em <5a por já terem calibre reduzido) => alçaponamento de ar nos alvéolos => redução de volume corrente => tentativa de compensação: taquipneia => fluxo de ar turbulento => prejuízo nas trocas gasosas => uso de músculos acessórios para aumentar a pressão negativa => inflamação crônica (mediadores inflamatórios, eosinófilos, neutrófilos) => broncoconstrição
Diagnóstico: clínico => Anamnese: história de tosse, sibilância responsiva a beta-2-agonista, dispneia, opressão torácica => importante perguntar sempre: sintomas durante o dia, despertar noturno, uso de medicação de resgate, limitação de atividades nas últimas 4sem => Exame físico: sibilância, uso de musculatura acessória, aumento diâmetro AL do tórax, rinite, eczema atópico; Rx: sinais indicativos, mas não exclusivos de asma => atelectasia, hiperinsuflação, opacidade ao redor do hilo pulmonar, espessamento peribrônquico; Hmg: inespecífico, leucocitose com desvio a esquerda; Gasometria: pouco útil, pode indicar acidose; * >6a: sibilância, falta de ar, sensação de aperto no peito, tosse
Não se enquadram em sintomas de asma: deficiência de crescimento, infecções de repetição, tosse crônica produtiva, PMT, dor torácica => DD: fibrose cística, bronquiolite, mucoviscidose, pneumopatia, refluxo, doença pulmonar crônica, imunodeficiência, aspiração de CE, cardiopatia congênita, bronquiectasia, discinesia ciliar primária, disfunção de corda vocal
Exacerbação: ausência de controle da doença e falha de tto
Tto: O2 (cateter extra-nasal, intra-nasal, máscara, campânula, tenda) para sat>95%; hidratação (vômito, febre, recusa alimentar, taquipneia. Cuidar com edema pulmonar e aumento na secreção de hormônio antidiurético); CI contínuo (introduzido precocemente na crise aguda, reduzem edema e produção de muco); beta-2-agonista de ação prolongada (por nebulização: salbutamol 150ug/kg de 20/20min ou inaladores: 1jato/2kg com máximo de 10 jatos) (+ antileucotrieno) => no início do tto deve ser priorizada menor dose de CI
Riscos do uso de CI: inibição eixo hipófise-hipotálamo-suprarrenal (doses altas e tempo prolongado, é incomum), alteração metabolismo ósseo (a longo tempo, por uso prolongado em doses altas especialmente em meninos). É um dos motivos pelos quais CO é evitado, sendo usado apenas no manejo da exacerbação quando há falha na reposta a medicação de resgate em 2-3d, rápida piora clínica e história prévia de exacerbação grave.

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