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O empresário: capacidade, registro, obrigações e prepostos.

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Universidade do Estado da Bahia
Campus VII – Departamento de Educação – Senhor do Bonfim
Curso de Graduação de Ciências Contábeis – Bacharelado 
Direito Empresarial – ProfªDayse
Semestre Letivo: 2017.1
Discente: Diego Santos Sousa
 Edmilson da Cruz
 Igor Sena
ATIVIDADE I
___________________________________________________________________________
Conteúdo: O empresário: capacidade, registro, obrigações e prepostos.
Senhor do Bonfim, 06 de março de 2017
CAPACIDADE
___________________________________________________________________________
 Quando nós falamos a respeito do empresário individual,nós estamos falando daquela pessoa física que exerce sozinha a atividade empresarial ,logo ,essa pessoa terá um maior poder de direção e demando na sua atividade. Mas por outro lado,assumi um risco muito maior . Tendo em vista que ,o empresário individual ,ele não tem um patrimônio separado. Ele não tem um patrimônio para sua empresa e um outro patrimônio pessoal. Ele tem apenas um patrimônio ,um conjunto de bens único que ele tem ,responde ao mesmo tempo pelas suas despesas empresariais e pelas suas despesas pessoais. 
 Diante disso,o empresário individual mesmo quando ele se registra ,ele não pode adquirir personalidade jurídica. Portanto, ele continua sendo pessoa física ,apesar do seu registro como empresário. 
 No momento que ele decide ser empresário individual ele precisa de certas capacidades. 
O art. 972 declara que ele precisa ter plena capacidade e ser livre de impedimentos. Em relação a capacidade nós sabemos que a pessoa que tem mais de 18 anos,entre 16 a 18,relativamente capaz,menos de 16,absolutamente incapaz. 
 É vem verdade que se ela tiver entre 16 a 18 ela pode se tornar emancipada. E diante desse novo contexto ,é claro, se torna plenamente capaz. O incapaz pode exercer atividade empresarial. 
De acordo com o legislador ele pode continuar uma atividade empresarial. Exemplo : se ele herdar,o pai era dono de um estabelecimento e foi deixado para ele,ou então,quando ele era capaz,ele constituiu uma empresa e agora ele está apenas continuando. Então quer dizer que,a idéia de continuação é ,havia a empresa antes e agora com a incapacidade ele poderia continuar.
 A questão da continuação é definida pela juiz. Compete unicamente ao juiz decidir se a empresa vai ser dissolvida ou extinta. É delegado ao juiz avaliar o risco e o beneficio dessa continuação. Se o juiz autorizar ,ele vai nomear um representante ou um assistente,dependendo da limitação. Se a pessoa for absolutamente incapaz a nomeação vai ser de um representante. Porem se for relativamente capaz ,nesse caso,é convocado um assistente que vai acompanhar os atos empresariais. 
 Vale frizar um detalhe importante ,o incapaz não corre o mesmo risco patrimonial de um empresário comum,porque de acordo com o legislador art. 974,parágrafo 2° estabeleceu a proteção patrimonial pra seu incapaz. A vista disso ,aqueles bens que possui no momento dessa decisão da continuação da empresa,os bens que não tem nada a ver com a atividade empresarial. Esses bens são protegidos. Por exemplo:ele herdou um dinheiro numa conta poupança. Esse dinheiro nunca foi usado para a atividade empresarial. Portanto ,esse dinheiro será protegido. Há também outro caso distinto para ilustrar,uma determinada pessoa herdou um caminhão ,mas se o caminhão era usado para entrega ,o caminhão não será protegido. 
 A vista disso,não é uma proteção absoluta. Assim ,não é uma proteção que vai se estender ao lucro da empresa. É uma proteção que resguarda apenas bens que não tem relação com a empresa e que existe no momento dessa decisão do juiz. 
 Esta registração de bens será resgistrada na junta comercial ,de maneira que qualquer pessoa que negocie com esses incapaz saiba que ele tem uma proteção. Essa proteção vai permanecer ate mesmo se o negócio falir. Esses bens serão protegidos. 
 Assim,a idéia é resguardar,mínimos,que são esses bens independentes da atividade que esse incapaz possui. Conseqüentemente a questão da incapacidade é resolvida no código civil ,no art. 974,975. Lembrando que,é sempre trazendo a idéia da autorização do juiz e da proteção patrimonial. 
REGISTRO
___________________________________________________________________________
 
 Todo empresário é obrigado pelo artigo 967 do Código civil a fazer o registro na Junta Comercial antes de iniciar as atividades empresariais. No entanto a não inscrição imediata na Junta Comercial não exclui o empresário do regime jurídico empresarial, no entanto estará agindo de modo irregular e por isso pode acabar sofrendo algumas consequências.
 Para se inscrever no Registro Público de Empresas Mercantis, é necessário que o empresário obedeça as formalidades legais trazidas pelo artigo 968 do Código Civil. No artigo 969 o Código Civil acrescenta que “o empresário que instituir sucursal, filial ou agência, em lugar sujeito a jurisdição de outro RPEM, neste deverá também escrevê-la, com a prova da inscrição da originária”.
 Destaca-se que a única exceção, em relação a obrigatoriedade do registro são os que exercem atividade rural, os quais possuem faculdade de registrar-se na Junta Comercial.
Apesar de o Código Civil trazer regras específicas sobre o registro, no Brasil, possui-se uma legislação especial, a Lei 8.934/1994. No artigo primeiro, a mesma estabelece as finalidades do registro da empresa, no artigo terceiro a mesma Lei dita anteriormente cria o SINREM, sistema que regula o registro de empresa no Brasil. Esse sistema possui dois órgãos: o DNRC órgão central do SINREM, e as Juntas Comerciais que são órgãos locais.
 A doutrina destaca que as Juntas Comerciais por fazerem parte da estrutura administrativa dos Estados, mas também estar no plano técnico sujeita a DNRC, possui subordinação hierárquica híbrida, ou seja no plano técnico se submetem ao DNRC e no âmbito administrativo se submetem a administração estadual.
 Cabe às Juntas Comercias executar os atos de registro dos empresários individuais, das sociedades empresárias e dos seus auxiliares, executando matricula, arquivamento e autenticação.
 A matricula é um ato de registro que se refere a alguns profissionais específicos, os auxiliares de comércio; O arquivamento é o registro que se refere aos atos constitutivos da sociedade empresária ou do empresário individual; E a autenticação é o ato de registro que se refere aos instrumentos de escrituração contábil do empresário e dos agentes auxiliares do comércio.
 O artigo 9 da Lei 8.934/1994, apresenta como se organiza a Junta Comercial : “ I- a Presidência; II- O plenário; III- As Turmas; IV- a Secretária Geral; V- a Procuradoria“ .
São chamados Vogais os membros da Junta comercial que decidem sobre os atos de registro e compõem as Turmas e o órgão do plenário, o Artigo 11, caput, da lei 8.934/1994 fala sobre os Vogais.
 As turmas tem suas peculiaridades relatadas nos artigos 23 e 24 da Lei 8.934/1994, o artigo 25 e 26 da mesma Lei fala sobre a Secretária Geral e os 27 e 28 fala sobre a Procuradoria.“Os documentos citados no inciso II do artigo 32 da Lei 8.934/1994 devem ser apresentados na junta, em um prazo de 30 dias contados da assinatura”, isso segundo o artigo 36 da mesma Lei, as decisões sobre os atos de registro feitos pela Junta Comercial fica a cargo do Presidente, Vogais ou servidores que possuam comprovados conhecimento sobre Direito Comercial e Registro de Empresas Mercantis para decisões singulares, no entanto em casos específicos, se submetem a um regime de decisão Colegiada, essas afirmações podem ser vistas nos artigos 41 e 42 da Lei anterior.
 Já o artigo 43 da Lei dita acima vai dizer que os pedidos de arquivamento submetidos a decisão Colegiada tem o prazo de 5 dias úteis, desde do recebimento,e os de regime singular 2 dias úteis.
 O artigo 37 da Lei 8.934/1994 elenco os documentos necessários para o pedido de arquivamento de atos constitutivos e suas respectivas alterações. Fora os documentos neles citados só podem ser exigidos outros documentos se houver expressa determinação legal, diz o artigo 34 da lei acima citada.
 O artigo 49 da Lei 8.934/1994 diz que as decisões da Junta Comercial são recorríveis, porém os instrumentos recursais não possuem efeito suspensivo, o artigo 44 da mesma Lei demonstra quais são os recursos possíveis de se fazer.
 O artigo 29 da Lei 8.934/1994 diz que qualquer pessoa, sem motivo específico, pode consultar os assentamentos existentes na Junta Comercial e obter certidões, mediante o preço devido. Os atos decisórios da Junta comercial deverão ser publicados no Diário Oficial, segundo artigo 31 da mesma Lei.
OBRIGAÇÕES
___________________________________________________________________________
 Os empresários individuais e as sociedades empresárias, têm, basicamente, três obrigações fundamentais, para que suas atividades sejam legalmente amparadas: dever de arquivamento de seus atos constitutivos na Junta Comercial; dever de escrituração dos livros empresariais obrigatórios e dever de levantar, periodicamente, o balanço patrimonial e de resultado econômico da empresa.
A inscrição do empresário individual será feita no Registro Público das Empresas Mercantis, sendo obrigatória, será feita mediante requerimento dirigido à Junta Comercial contendo os requisitos do artigo 968, do Código Civil de 2002. Caso, a empresa tenha intenção de abrir uma sucursal, filial ou agência em lugar diverso, sujeito a jurisdição de outra Junta, será tomada o mesmo caminho acima referido. Os documentos necessários para a realização do registro de uma empresa deverão ser apresentados à Junta Comercial no prazo de 30 dias, contados da data da lavratura dos atos respectivos. Requerido o registro além desse prazo, ele somente produzirá efeito a partir da data de concessão e não da lavratura do ato constitutivo. Feito o registro dentro do prazo legal, os efeitos se operam ex tunc, retroagindo à data da lavratura. Não feito em prazo legal, os efeitos serão apenas ex nunc, correndo a partir do arquivamento feito pela Junta Comercial.
De acordo com o artigo 1.179 a empresa poderá usar um sistema de escrituração de livros, manual, mecanizado ou eletrônico. As escriturações ficaram a cargo de um profissional contabilista, legalmente habilitado para exercer tal feito, a não ser que na localidade da empresa não exista nenhum. Nesse caso, o empresário deverá contratar profissional que entenda competentemente para o desenvolvimento de tal tarefa. Além, de contar com o contabilista altamente habilitado para tal, ou, profissional que seja competente no assunto, o empresário contará com livros obrigatórios, que são de suma importância, subdivididos em comuns e especiais, estes são específicos para cada atividade, a título de exemplo, Livro de Registro de Duplicatas, Livro de Ações Nominativas das Sociedades Anônimas, Livros de Atas de Assembléias Gerais; aqueles independem da atividade exercida ou do tipo societário, haverá apenas um único exemplar, Livro Diário. Destarte, poderá contar, a seu critério, com livros facultativos que servem apenas para aprimorar o sistema de controle da atividade empresarial.
O levantamento do balanço patrimonial e de resultado econômico, deverá ser levantado anualmente, quando trata-se de empresário individual. Em tratando-se de sociedades anônimas, que distribuem dividendos a cada seis meses, o balanço deverá ser semestral. O balanço patrimonial serve para demonstrar a situação real da empresa, indicando seu ativo e passivo, ou seja, todos os bens, créditos e débitos. Já o de resultado acompanhará o de balanço patrimonial e constarão crédito e débito. Finalizando, o balanço patrimonial e de resultado econômico, são de extrema importância, para que seja avaliada, anualmente ou semestralmente, como a empresa está em relação a lucros, dividendos, bens etc.
PREPOSTOS
___________________________________________________________________________
 Algumas pessoas são proibidas de exercer cargo empresarial. Em leis esparsa ,não necessariamente no código civil nós temos proibições. 
 Como por exemplo o falido ,o falido enquanto não tiver a extinção das suas obrigações ,ele não pode exercer atividade empresarial . 
Vale destacar também outro impedimento relevante ,que o do servidor públicos ,que aparece no art. 17 da Lei 8112 de 1990.
 Quanto ao servidor publico que pode ser estendido para o ramo militar na ativa,para o membro da magistratura,membro do ministério publico. 
 Ele é impedido de ser empresário individual e de ser administrador de uma sociedade . Entretanto,ele pode ser sócio ,acionista ,cotista. O que ele é terminantemente proibido é de ser empresário individual e administrador de sociedade. 
 Mas se exercer vai responder pelas obrigações ,isto está previsto no art. 973 do código civil. Quando se trata de empresário individual está se referindo sempre a pessoa física.

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