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DIREITOS FUNDAMENTAIS

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DIREITOS FUNDAMENTAIS 
Nós vivemos em sociedade, em processo de interação, por meio de cooperação, competição e 
conflito. 
Instrumentos de controle social: 
 Religião 
 Moral 
 Regras de trato social (educação, etiqueta) 
 Direito 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
 Lei maior onde constam os Direitos Fundamentais (cláusulas pétras – artigo 60, §4º, 
IV); 
 Destinatários: nacionais e estrangeiros que estejam em território nacional, ainda que 
temporariamente; 
DIREITOS FUNDAMENTAIS 
Ingo Wolfang Sarlet: “o termo Direitos Fundamentais se aplica para aqueles direitos do ser 
humano reconhecidos e positivados na esfera do Direito Constitucional positivo de 
determinado Estado, ao passo que a expressão direitos humanos guardaria relação com os 
documentos de direito internacional, por referir-se àquelas posições jurídicas que se 
reconhecem ao ser humano como tal, independentemente de sua vinculação com 
determinada ordem constitucional, e que, portanto, aspiram à validade universal, para todos 
os povos e tempos, de tal sorte que revelam um inequívoco caráter supranacional”. 
CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS 
Classificação constitucional 
 Título II 
o Capítulo I – Dos direitos e deveres individuais e coletivos (artigo 5º); 
o Capítulo II – Dos direitos sociais (artigo 6º ao 11º); 
o Capítulo III – Da nacionalidade (artigo 12º e 13º); 
o Capítulo IV – Dos direitos políticos (artigo 14º ao 16º); 
o Capítulo V – Dos partidos políticos (artigo 17º). 
Obs.: Existem direitos fundamentais que não estão concentrados no título II da CF. 
Classificação doutrinária 
 Dimensões 
o 1ª dimensão – direitos civis e políticos: constituem direitos fundamentais 
negativos, na medida em que o Estado só intervém para defendê-los, não 
sendo necessária sua intervenção para que eles existam; 
o 2ª dimensão – direitos sociais, econômicos, culturais e de lazer: constituem 
direitos Fundamentals positivos, na medida em que necessitam da atuação 
positiva do Estado; 
o 3ª dimensão – direitos difusos e coletivos: exemplo do artigo 225 da CF; 
o 4ª dimensão – direitos ligados à genética 
o 5ª dimensão – direitos ligados à cibernética 
 
PRINCÍPIOS BÁSICOS 
Os Direitos Fundamentais se concretizam por meio de princípios fundamentais os quais são 
prerrogativas que garantem uma convivência digna, livre e igual às pessoas. 
 Princípio da igualdade (artigo 5º, caput, CF): tratar igualmente os iguais e 
desigualmente os desiguais, na medida de suas desigualdades; 
 Inafastabilidade da jurisdição (artigo 5º, XXXV, CF): a lei não excluirá da apreciação do 
Judiciário lesão ou ameaça AA direito; 
 Irretroatividade da lei (artigo 5º, XL, CF): a lei não retroagirá, salvo se for para 
beneficiar o réu; 
 Devido processo legal (artigo 5º, LIV e LV, CF): ninguém será privado de seus bens e 
de sua liberdade sem o devido processo legal, assegurados o contraditório (direito de 
contestar) e ampla defesa (direito de se defender por todos os meios admitidos em 
Direito); 
 Proibição do retrocesso social: proíbe a redução e a abolição dos Direitos 
Fundamentais. 
Artigo 1º, CF – “Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos 
Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito” (...) 
Parágrafo único – “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes 
eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.” 
Artigo 14, CF – “A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e 
secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:” 
I – plebiscito: consulta à opinião pública sobre matéria relevante de caráter normativo ou 
administrativo, realizada previamente a sua formulação, concretizando ou não a medida; 
II – referendo: consulta à opinião pública sobre matéria relevante de caráter administrativo ou 
normativo, realizada após a aprovação do projeto normativo ou da adoção de medida 
administrativa, aprovando-os ou rejeitando-os; 
III - iniciativa popular: enseja ao povo a oportunidade de apresentar projeto de lei ao Poder 
Legislativo (1% do eleitorado brasileiro, dividido em cinco estados – com 3/10%, no mínimo, do 
eleitorado em cada). 
DIREITO À VIDA (CF, artigo 5º, caput) 
 Pena de morte 
Manuel da Mota Coqueiro X Benedito da Silva (1855): Manuel da Mota Coqueiro foi o 
último homem condenado à pena de morte no Brasil, em março de 1855 na cidade em 
Macaé. Mota Coqueiro foi um grande fazendeiro com propriedades na região. Era um 
Expectativas de direitos 
fundamentais. São DH, já 
que ainda não foram 
positivados. 
homem muito influente, de grandes negócios na região, mas de temperamento muito 
rude, era muito temido pela sua valentia, arrogância e pela forma cruel que tratava 
seus escravos. Certa feita, fechou a compra de uma grande propriedade em parceria 
com um meeiro que levou sua família para morar na propriedade. Passado algum 
tempo, a filha mais nova desse colono apareceu grávida e culpou Mota Coqueiro de 
ser o pai da criança. Após a descoberta, o colono começa a pressionar Mota Coqueiro 
a beneficiá-lo nos negócios da fazenda em prol da gravidez de sua filha. Poucos dias 
depois, toda a família de colonos é assassinada a golpes de facão, exceto a filha que 
estava grávida que fugiu pela mata. Depois do assassinato, a casa ainda teria sido 
incendiada. Após investigações precárias da época, Mota Coqueiro foi acusado de ter 
sido o mandante do crime. Como Mota Coqueiro já tinha uma má fama na cidade pelo 
seu caráter e possuía muitos desafetos, as investigações do crime na época foram 
feitas de maneira parcial e pouco claras. Na época, pela Constituição vigente, o 
Imperador D. Pedro II poderia conceder a Graça Imperial para aboná-lo da pena de 
morte, mas o caso foi tão chocante para a época que D. Pedro não abonou a pena a 
Mota Coqueiro. E em 6 de março de 1855, Mota Coqueiro foi enforcado em praça 
pública na cidade de Macaé. Poucos anos mais tarde descobriu-se, através de 
evidências escondidas na época, que Mota Coqueiro era inocente e tivera sido 
enforcado sem culpa. Depois de saber que Mota Coqueiro fora condenado inocente, o 
Imperador D. Pedro II, extinguiu a pena de morte no Brasil. 
 Exceção (artigo 5º, LXVII da CF – Guerra declarada) 
Código militar – traição, favorecimento do inimigo, informação ou auxílio ao 
inimigo, covardia, fuga em presença do inimigo, espionagem, recusa de 
obediência, etc. Pena: fuzilamento. 
 Aborto 
 Artigo 2º da CF - A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com 
vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. 
 Artigo 128 do CP - Não se pune o aborto praticado por médico: 
Aborto necessário 
I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante; 
Aborto no caso de gravidez resultante de estupro 
II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento 
da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal. 
 
 Anencéfalos – STF (ADPF 54 - abril/2012): Por maioria de votos, o Plenário 
do Supremo Tribunal Federal (STF) julgou procedente o pedido contido na 
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 54, ajuizada na 
Corte pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS), para 
declarar a inconstitucionalidade de interpretação segundo a qual a interrupção 
da gravidez de feto anencéfalo é conduta tipificada nos artigos 124, 126 e 128, 
incisos I e II, todos do Código Penal. 
 Células tronco embrionárias 
 Lei de biosegurança (nº 11.105/2005) 
Art. 5o É permitida, para fins de pesquisa e terapia, a utilização de células-
tronco embrionárias obtidas de embriões humanos produzidospor 
fertilização in vitro e não utilizados no respectivo procedimento, atendidas as 
seguintes condições: 
I – sejam embriões inviáveis; ou 
II – sejam embriões congelados há 3 (três) anos ou mais, na data da publicação 
desta Lei, ou que, já congelados na data da publicação desta Lei, depois de 
completarem 3 (três) anos, contados a partir da data de congelamento. 
§ 1o Em qualquer caso, é necessário o consentimento dos genitores. 
§ 2o Instituições de pesquisa e serviços de saúde que realizem pesquisa ou 
terapia com células-tronco embrionárias humanas deverão submeter seus 
projetos à apreciação e aprovação dos respectivos comitês de ética em 
pesquisa. 
§ 3o É vedada a comercialização do material biológico a que se refere este 
artigo e sua prática implica o crime tipificado no art. 15 da Lei no 9.434, de 4 
de fevereiro de 1997. 
 ADI 3510 
Ementa: Ação direta de inconstitucionalidade. Lei de biossegurança. 
Impugnação em bloco do art. 5A da lei nº 11.105, de 24 de março de 2005 (lei 
de biossegurança). Pesquisas com células tronco embrionárias. Inexistência de 
violação do direito à vida. Constitucionalidade do uso de células-tronco 
embrionárias em pesquisas científicas para fins terapêuticos. 
Descaracterização do aborto. Normas constitucionais conformadoras do 
direito fundamental a uma vida digna, que passa pelo direito à saúde e ao 
planejamento familiar. Descabimento de utilização da técnica de interpretação 
conforme para aditar à lei de biossegurança controles desnecessários que 
implicam restrições às pesquisas e terapias por ela visadas. Improcedência 
total da ação. 
DIREITO À SAÚDE (artigo 6º, caput, da CF) 
Artigo 196, CF – A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas 
sociais e econômicas que visem a redução do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso 
universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. 
Artigo 197, CF – São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder 
Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle (...) 
Aartigo 198, CF – As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e 
hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes 
diretrizes: 
I – descentralização, com direção única em casa esfera do Governo (...) 
DIREITO DO CONSUMIDOR 
Artigo 5º, XXXII da CF 
CDC – Lei 8.078/90 
 Consumidor: pessoa física ou jurídica que adquira um bem ou contrate um serviço 
como destinatário final. 
 Fornecedor: pessoa física ou jurídica que desenvolva atividade de criação, montagem, 
construção, importação, exportação, produção, transformação, distribuição ou 
comercialização e prestação de serviços. 
PRODUTO 
 Vício de qualidade: não cumpre sua finalidade, deteriorado, sem segurança, que 
diminua seu valor. 
 Vício de quantidade: ligado a pesos e medidas. 
Responsabilidade 
Fornecedor (solidária e objetiva) 
Qualidade 
O fornecedor possui 30 dias para sanar o vício. Caso não sane: 
 Restituição de valor 
 Substituição do produto 
 Abatimento no preço 
Quantidade 
 Restituição do valor 
 Substituição do produto 
 Abatimento no preço 
 Complementação 
SERVIÇO 
Vício 
Não compre sua finalidade, não respeita normas, oferta diverge da prestação. 
Responsabilidade 
Prestador de serviço 
 Restituição do valor 
 Abatimento no preço 
 Reexecução 
Prazo para reclamação 
30 dias para bens e serviços não duráveis e 90 dias para bens e serviços duráveis. 
DIREITO DE ARREPENDIMENTO 
Poderá o consumidor arrepender-se, dentro de 7 dias, se a compra foi realizada fora do 
estabelecimento comercial. 
INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA 
Será deferida pelo juiz se verificada a hipossuficiência do consumidor e a verossimilhança dos 
fatos alegados. 
DIREITO DE PROPRIEDADE 
 Artigo 5º, caput, da CF. 
 XXII – é garantido o direito de propriedade. 
 XXIII – a propriedade atenderá a sua função social. 
 XXIV – desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, 
mediante justa e prévia indenização. 
Obs.: Desde que exista a necessidade, não pode o proprietário discutir. Já no caso da “justa” indenização, pode o 
proprietário discutir. 
 CF, artigo 182, §4º, III – é facultado ao Poder Público Municipal exigir de proprietário 
do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu 
adequado aproveitamento sob pena de desapropriação, assegurada indenização. 
Obs.: A indenização, neste caso, poderá se paga por meio de títulos da dívida pública. 
DESAPROPRIAÇÃO PARA FINS DE REFORMA AGRÁRIA 
 Artigo 184 da CF – compete à União desapropriar, para fins de reforma agrária, o 
imóvel rural, que não esteja cumprindo sua função social, mediante indenização. 
Obs.: A indenização, neste caso, poderá se paga por meio de títulos da dívida rural. 
 Artigo 186 da CF – a função social é cumprida quando a propriedade rural atende, 
simultaneamente, os seguintes requisitos: 
o I – aproveitamento racional e adequado; 
o II – utilização adequada dos recursos naturais e preservação do meio 
ambiente; 
o Observância das disposições que regulam as relações de trabalho; 
o IV – exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos 
trabalhadores. 
 Artigo 185 da CF – São insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma agrária: 
o I – a pequena e média propriedade, assim definida em lei, desde que seu 
proprietário não possua outra; 
o II – a propriedade produtiva. 
EXPROPRIAÇÃO 
 Artigo 243 da CF – as glebas de qualquer região do país onde forem localizadas 
culturas ilegais de plantas psicotrópicas serão imediatamente expropriadas e 
especificamente destinadas ao assentamento de colonos, para o cultivo de produtos 
alimentícios e medicamentos, sem qualquer indenização ao proprietário e sem 
prejuízo de outras sanções previstas em lei.

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