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Gisele Ribeiro FMU

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Gisele Ribeiro FMU
Ética e Epistemologia Aplicada
7 dias atrás
Material de Ética Epistemológica 
PRIMEIRA PARTE
VOCAÇAO
A vocação é definida como “chamado”, isto é, aquilo que “atrai”, no caso do nosso estudo, aquilo que nos atrai profissionalmente. Também significa “escolha”, “predestinação”. Relaciona-se ao talento, normalmente possuímos uma disposição natural para determinadas atividades, chamados por muitos de “dons”.
Cada indivíduo se desenvolve não apenas pelos valores passados pela família e sociedade, mas também por suas experiências particulares de vida. A escolha da profissão leva em conta os talentos ou dons do indivíduo, como também sua vontade.
Através da vocação escolhemos nossa carreira, mas nada impede que você descubra uma vocação antes desconhecida.
Faz-se importante a reflexão sobre as influências que o fizeram escolher o curso de Direito. Isto porque somos diretamente influenciados pelas pessoas ao nosso redor como a família, sociedade e experiências particulares. É necessário identificar se sua escolha foi realmente “sua” ou se outras pessoas estão comandando sua vontade. Esse processo evita decepções futuras com a carreira... bem como a perda de tempo em uma profissão que não lhe trará satisfação.
Em regra o operador do direito possui facilidade em: oratória, escrita, leitura, história, filosofia, raciocínio lógico. É bom observador, detalhista, investigativo, e possui senso de justiça. Isto porque a profissão exige a análise de casos concretos, bem como da lei, para buscar a melhor solução para determinado problema.
As perguntas são:
- Qual seu objetivo ao ingressar na faculdade?
- Você escolheu essa carreira obedecendo à vontade de seus pais ou de sua família?
- Sua decisão em fazer direito se baseou na possibilidade de ganhar muito dinheiro?
- Qual foi sua inspiração para fazer Direito?
- Porque admira essa profissão?
- Você escolheu fazer direito porque possui senso de justiça?
- Você optou pela carreira porque gosta de defender os mais fracos?
- Você optou pela carreira pelo “status”?
- Você optou pela carreira por conta de alguma experiência pessoal que foi injustiçado e resolveu conhecer as leis para se defender?
- Quais seu planos durante a faculdade?
- O que você espera do Exame de Ordem?
Se a escolha foi SUA, a chance de sucesso será grande! Mas se você está fazendo a vontade de outra pessoa, vale repensar e impor seu desejo... isto porque a vida é sua, e de ninguém mais.
Para ser um bom advogado, se deve honrar o trabalho pela busca da justiça, com honestidade, já que você terá o poder de influenciar de modo direito à vida de outras pessoas.
TRABALHO A SER ENTREGUE: Use folha pautada branca. Escrita à mão. Caneta Preta/Azul. Nome, número, RA e classe. 
Responda: Quais os motivos que te fizeram escolher o curso de Direito? O que você espera do Exame de Ordem? Quais suas características se identificam com a profissão? (Mínimo de 3 parágrafos).
TÉCNICAS DE ESTUDO
Você escolheu o curso de direito. Significa que vai ter de estudar, e muito, durante toda a vida. Por quê? Os costumes e valores se modificam e é de suma importância saber o “antes e o depois” na evolução do Direito.
Esta provado que usamos em média 10% da capacidade cerebral. Portanto, possuímos muito lugar para acumular informação! Mas como em uma maratona, é necessário treino contínuo, e com o tempo o estudo fluirá de forma natural e prazerosa.
Vale à pena gastar tempo estudando? SIM, o estudo é um exercício cumulativo! O Exame de Ordem, necessário para obter a carteira de advogado, exige a matéria dos cinco anos de faculdade. Além disso, você aumentará suas chances de passar em concursos públicos, se destacar na carreira bem como possuir uma rotina de notas durante a faculdade acima da média.
* FORMAS DE CAPTAÇÃO DE SABER*
Você deverá observar qual sua aptidão para o estudo. O cérebro possui basicamente quatro formas de captação de saber vejamos:
a) VISUAL: a pessoa precisa “ver” para aprender. Possui memória fotográfica, lembrando com facilidade esquemas e páginas de livros e cadernos. Também possui necessidade de assistir aulas expositivas.
b) AUDITIVO: a pessoa tem necessidade de “ouvir” para aprender. Normalmente grava aulas para escutar posteriormente, ou grava com sua própria voz o caderno para ouvir oportunamente. Baixa da internet aulas e leis, compra audiobooks. Estuda a matéria em voz alta.
c) CINESTÉSICO: a pessoa aprende por “sensações”. Há a necessidade de viver um caso concreto, seja hipotético ou real. A experiência o faz aprender. Comum nos estagiários que ao encontrar a solução de um caso concreto, não esquece jamais aquele aprendizado.
d) DIGITAL/ POLIVALENTE: a pessoa capta conhecimento por mais de uma das formas de captação de saber acima citadas.
QUADRO DE ESTUDOS
Monte seu quadro de estudos escrevendo seus horários cotidianos: acordar, aula, trabalho, lazer, cursos etc. Encontre entre essas atividades os melhores horários para estudar.
Dicas:
- Aproveite a biblioteca da faculdade! O ambiente silencioso ajuda na concentração, repele a preguiça e ainda te disponibiliza livros.
- Enquanto está em trânsito, dentro de qualquer transporte, ousa aulas ou veja aulas gravadas pelo celular (hoje existem inúmeras online gratuitas, caso você não possua o habito de gravas suas aulas).
Para Sócrates, o estudo abrange três momentos:
1. Aprender: aula;
2. Aprender: fazendo anotações e resumos;
3. Praticar: identificar seu aprendizado em casos concretos, nas notícias diárias e nos problemas enfrentados no estágio.
PROVAS PRINCIPAIS
Estudar sem aprender é não estudar! Por isso evite estudar na véspera das provas. Você só aprende quando consegue armazenar a informação por muito tempo.
No direito algumas técnicas: resumo, mapas, etc. Facilita muito o aprendizado escrever, porque o cérebro trabalha com a repetição. Você lê, grifa, grifa novamente apenas as palavras-chave, e posteriormente escreve, da forma que você estiver mais adaptado.
No estudo é importante, portanto, revisar a matéria sempre! 
Saber a matéria é diferente de fazer a prova! Por isso o treino é muito importante. Existem inúmeros tipos de avaliação: objetiva (“X”), subjetiva (escrita), etc. Por vezes você sabe a matéria mais não consegue um bom desempenho. Por isso faça sempre provas (na internet você consegue muitas provas interessantes). A prova objetiva em regra possui “pegadinhas”, e a subjetiva obriga você a ter uma boa redação e poder de síntese, escrevendo apenas o que realmente interesse sobre a pergunta feita.
A “decoreba” pura é um erro, porque você esquecera tão rápido quanto leu. Então aprenda, veja exemplos, e você memorizará para nunca esquecer!
PRINCIPAIS PROBLEMAS DOS ALUNOS NO ESTUDO
- não sabem ler com eficiência
- não sabem estudar
- não possuem suficiente habilidade escrita e verbal
ATITUDES PARA O ESTUDO
- Motivação
- Compromisso
- Disciplina
- Flexibilização do tempo
O estudo ideal é o realizado todos os dias! É um compromisso com você mesmo! Deixar as coisas para a última hora é pedir para ser derrotado.
O estudo em grupo também é válido, já que os membros explicando uns para os outros estão treinando a fixação da matéria e melhorando o raciocínio.
A IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO
É importante destacar que existe uma grande diferença entre a teoria e a prática. Por isso, além do estudo teórico, é necessário investir no estágio prático, para vivenciar a carreira que você escolheu seguir.
Aproveite seus anos de faculdade para passar por todos os setores de trabalho, desde o público (como Defensoria Pública, Ministério Público, etc.) até o setor privado (como escritórios de advocacia, bancos, empresas etc.). Assim você escolherá seguir o trabalho que mais gostar.
FAÇA UM PROJETO DE VIDA
Eu quero ser ADVOGADO, DELEGADO, JUIZ, FUNCIONARIO PUBLICO!Traçando metas com si mesmo, você terá mais comprometimento. `
LIVRO DE APOIO:
DOUGLAS, William Douglas. Como Passar em Provas e Concursos. Editora: Impetus.
Top of Form
SEGUNDA PARTE
ÉTICA DO ALUNO
A ética estuda o comportamento dos indivíduos. Nesta aula estudaremos o comportamento do aluno no ambiente de estudo.
A sociedade atual, de massa, caracteriza-se pela competição. A disputa não saudável ocorre quando se pretende levar vantagem em tudo, prejudicando o oponente. A essência é:
- o egoísmo;
- o imediatismo;
- o consumismo.
O consumismo esta ligado ao tratamento que se dá às pessoas e relações, como se elas fossem descartáveis, e como se tudo fosse possível ser comprado.
O aluno do direito deve reconhecer que se encontra em situação privilegiada no Brasil, e neste sentido possui responsabilidade quanto ao seu papel na sociedade. 
Quem estuda direito tem o dever de dar o exemplo aos demais, de uma conduta reta.
O aluno que age de forma ética:
a) Tratam TODOS aqueles que compartilham seu ambiente de estudo com urbanidade (alunos, professores, e demais trabalhadores da faculdade);
b) Age com respeito;
c) É solidário;
d) Usa da cordialidade;
e) Mantém uma postura leal;
O Respeito é necessário para o mínimo de convivência, e se relaciona com o princípio da dignidade da pessoal humana.
Seguindo essas regras básicas de convivência, teremos um melhor ambiente de estudo, o que estimula nossa visita à faculdade. As ações descritas melhoram os relacionamentos em grupo, formam amizades duradouras, e deixam boas lembranças do tempo vivido em união com todos os membros da classe e da faculdade.
Necessário destacar que regras de comportamento comuns, por sua obviedade, não necessitam de regras estabelecidas. A “regra de ouro” é a de que o estudante trate todas as pessoas que convive como gostaria de ser tratado.
Fato é que o número de operadores do direito vem aumentando a cada ano, e proporcionalmente a disputa desleal mercado de trabalho, e o aumento de reclamações do Tribunal de Ética e Disciplina, regido pelo Código de Ética do Advogado (precisamos pensar em um Código de Ética do estudante de Direito).
Postura do estudante de Direito:
a) Comportar-se como se já fosse advogado, com orgulho;
b) O uso de traje forense, o que significa o uso de roupas adequadas, não sendo indicados: chinelos, bermudas, bonés/ gorros, camiseta regata e afins;
c) Compromisso com o estudo, sendo proibido o uso de artifícios de “cola” e o “plágio” em trabalhos acadêmicos, que significa a cópia de trabalho de colegas sem a devida citação.
d) Responsabilidade quanto ao aproveitamento da faculdade, para que seja facilitada o sucesso no Exame de Ordem.
e) Participação de trabalho voluntário como mutirões de direito para assistência a pessoas necessitadas.
* “QUANTO MAIS LEIS UMA NAÇÃO POSSUI MENOR É SUA MORAL”
Apena aplicando a “regra de ouro” descrita, se evitariam a infinidade de leis que possuímos, somente se obedecendo ao agir ético. O Brasil, por exemplo, possui tantas leis, que mesmo o mais experiente operador do direito possui o conhecimento de todas. 
Em reflexão:
- É necessário haver o estatuto do idoso para dizer que essas pessoas possuem prioridade?
- Há necessidade de lei para determinar que os pais possuem o dever de cuidado com seus filhos, inclusive alimentos?
- Os deficientes físicos precisam depender da feitura de leis para garantirem seu acesso na sociedade com a retirada de obstáculos para sua locomoção?
BULLYING
O bullying é um problema social em destaque na atualidade, com as seguintes * características:
- comportamento agressivo no âmbito do estudo;
- que ocorre de forma intencional e repetitiva;
- sem motivação justificada.
Repete a regra da natureza onde os mais fortes utilizam os mais fracos como objeto de diversão.
As * formas de bullying são:
a) VERBAL: se usa palavras para agredir. Exemplo: ofender, falar mal, colocar apelidos pejorativos, etc.
b) FÍSICO: o agressor utiliza sua força física para machucar o colega mais frágil. Ex: bater, roubar, furtar, destruir pertences, etc.
c) PSICOLÓGICO: agride-se a mente da vítima, minando sua auto-estima. Ex: humilhar, excluir, chantagear, difamar, etc.
d) SEXUAL: o sexo é utilizado como forma de submissão. Ex: abusar, violentar, insinuar, etc.
e) * VIRTUAL ou CYBERBULLYING: é o bullying onde se utiliza ferramentas tecnológicas. Ex: celulares, filmadoras, fotos, internet, etc.
É considerado a forma mais devastadora que bullying por sua forma de PROPAGAÇÃO:
- instantânea;
- de efeito multiplicador;
- que expõe a vítima ao escárnio público.
Os comportamentos descritos são causadores:
- DE DESINTERESSE NO LOCAL DO ESTUDO;
- DOENÇAS PSICOSSOMÁTICAS;
- TRANSTORNOS DE PÂNICO;
- DEPRESSÃO;
- ANOREXIA/ BULIMIA;
- FOBIA ESCOLAR;
- ANSIEDADE GENERALIZADA.
Em longo prazo, o estresse prolongado pode causar na vítima esquizofrenia, reação homicida contra seus agressores e até o suicídio.
Por todos os problemas abordados o bullying dele ser eliminado do convívio de estudo, através da instrução aos alunos e professores sobre o problema e denúncia, para se tratar esse grave problema social da atualidade.
NOTÍCIAS
http://topicos.estadao.com.br/bullying
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,pais-de-jovem-que-se-matou-apos-bullying-publicam-nota-de-suicidio-em-jornal,957515,0.htm
- 
INDICAÇÃO DE FILMES:
- CYBERBULLYING
- BULLYING, PROVOCAÇÕES SEM LIMITES
TERCEIRA PARTE
ÉTICA
A ética A ética (significa a 'Casa da Alma') é a filosofia moral, isto é, o ponto de vista do indivíduo sobre o bem e do mal. *É o estudo do comportamento humano.
Toda a cultura institui uma moral aos seus membros, que são os valores éticos, trata-se de uma herança que ganhamos ao nascer. Dita-se a conduta correta e reprime-se a conduta incorreta. Somos influenciados pelas condições em que vivemos (grupo social, escola, religião, política).
Esta influência se dá pelos costumes. O costume são regras repetidas e não questionadas que acabam se tornando verdades absolutas. Os consumes são anteriores às leis (inclusive muitos costumes se tornaram leis).
Consideramos o comportamento ético como o bom comportamento!
Sócrates deu início ao desenvolvimento das questões éticas. E Aristóteles, posteriormente distinguiu o saber TEORÉTICO (conhecimento dos seres e fatos que agem independentemente da interferência do homem) e do saber PRÁTICO/ PRÁXIS (conhecimento que só existe como conseqüência de nossa ação).
*A ética é um saber prático, mas também significa a reflexão, problematização de uma determinada questão. Por isso o sujeito ético é aquele que sabe o que faz e conhece as causas e os fins da sua ação, utilizando sua liberdade de forma correta.
Assim, não deliberamos sobre as estações do ano, o movimento dos astros, nem por outras coisas regidas pela natureza. Mas deliberamos/ decidimos sobre tudo aquilo que para acontecer depende da nossa vontade.
Os antigos dividiam em três aspectos a ética:
- racionalismo: a vida virtuosa é agir conforme a razão;
- naturalismo: a vida virtuosa é agir conforme a Natureza (Cosmos), e nossa própria natureza (Ethos).
- inseparável a política da ética: a conduta do indivíduo e os valores da sociedade tem existência compartilhada para encontra a liberdade, justiça e felicidade
O que é bom para uma pessoa, pode não ser bom para outra. Porque não há valor absoluto. Por isso a ética estimula o pensamento das razões que fazem alguém valorizar certa coisa ou comportamento.
A teoria da ética tem por objetivo determinar o que é realmente bom para o indivíduo, e a sociedade como um todo.
As circunstâncias em que aquele determinado indivíduo está inserido configura a *“ética da situação”, o que significa que em uma situação normal a pessoadeveria tomar uma determinada atitude boa, mas naquela situação peculiar ela agindo de forma boa naquele momento, mas julgada má em situações normais. Portanto o conceito de bom fica flexível, porque será determinada de acordo com a situação.
O homem em sociedade, para poder conviver com outros homens se questiona: “Como devo agir perante
os outros?”. Dependendo da decisão escolhida, o indivíduo será julgado por um grupo da sociedade como bom, e por outro grupo como mal. Daí a necessidade de se tentar encontrar um ponto comum para o não conflito.
A ética é julgamento do caráter moral de uma determinada pessoa. A mudança de valores é um processo necessário, e característico da evolução do pensamento, e acabarão por se refleti no comportamento humano e na sociedade globalizada.
DEVER ÉTICO
O dever ético é um juízo de valor baseado em uma regra que impões determinada obrigação. Haverá conflito quando um dever que nos impõe certo comportamento transgride outra obrigação incompatível com a primeira.
O dever parece uma limitação da nossa liberdade, mas pelo contrário, é sua plena afirmação, pois só deve algo quem tem liberdade. Neste sentido o direito de alguém implica o dever de outrem.
*RESPONSABILIDADE
O livre-arbítrio/ liberdade significa a escolha que o homem tem de agir conforme sua vontade. Só aquele que é livre possui responsabilidade. Se de alguma forma o homem não tiver liberdade plena de escolha, sua responsabilidade estará comprometida. Ex: menores de idade, atos mediante chantagem, etc.
O animal, diferente do homem que possui razão, age por instinto, portanto, de forma reflexa, onde não há escolha. O animal é isento de responsabilidade em regra. Quem se responsabilizará pelo comportamento do animal é seu dono, realmente livre para decidir suas ações.
* QUEM É SUJEITO DE DIREITO?
Apenas o ser humano, porque ele é capaz de exercer um poder moral, porque possui vontade livre. “Quanto maior a liberdade, maior o grau de responsabilidade”.
Para Aristóteles as ações humanas certas são as que seguem o “critério do meio termo”. Ex: Pode-se ser avarento ou pródigo, mas prefere-se gastar com moderação. Portanto a finalidade da ética é a busca do equilíbrio, e conseqüentemente da felicidade, através de uma postura de vida que visem o bem.
*COMO SABER SE NOSSOS ATOS SÃO ÉTICOS?
Kant estabeleceu o *Princípio de Toda Ação Ética ou Imperativo Categórico, que trata do mandamento: “age de tal modo que a regra da tua ação se possa tornar o fundamento de uma norma para todos.”
Devemos então generalizar os atos que pensamos e verificar se são abstratamente reprováveis pelo demais.
Ex: Um ladrão vê um carro valioso na rua. Usa toda sua capacidade para furtá-lo sem ser percebido.
*Os seguintes questionamentos são utilizados para se saber se o ato é ético:
1. É possível transformar o furto em ato geral?
2. O próprio ladrão admitiria que outra pessoa o roubasse?
3. Se fosse uma norma furtar, todos nós ficaríamos felizes?
Se as respostas forem negativas, o ato em exame NÃO será ético!
*DIMENSÕES DE MUNDO
No estudo da nossa matéria se faz necessário observar o presente e planejar o melhor futuro. Vejamos:
a) MUNDO DO “SER”
O mundo do “ser” é tudo o que existe, é a realidade em que vivemos. Ex: a criminalidade é algo atual na sociedade.
b) MUNDO DO “DEVER SER”
O mundo do “dever ser” se relaciona diretamente com a ética, porque regula como deve ser o comportamento do homem, o que deve acontecer para se alcançar um mundo ideal. Ex: mundo pacífico, sem criminosos.
LIVROS DE APOIO
REALE: LIÇÕES PRELIMINARES E FILOSOFIA DO DIREITO
VADE MECUM HUMANISTICO RT
QUARTA PARTE
TEORIA DOS VALORES
“Como e por que os valores valem?” 
As coisas valiosas determinam nossas decisões, dando sentido às escolhas.
O valor está relacionado ao sentimento, que significa a interpretação que fazemos das coisas.
Os valores estão relacionados à cultura, já que sua influência é direta desde o nascimento, como uma espécie de herança.
*Aristóteles dizia que o homem é um ser social destinado a viver em grupo. Sendo assim da natureza humana o fenômeno da convivência ou interdependência recíproca.
Os valores, via de regra, se transformam com o tempo. Ex: biquíni, mulher no trabalho, etc.
Alguns valores são considerados universais, considerados em toda a parte e constantes (não mudam), chamados de *INVARIANTES AXIOLOGICAS. Exemplo: 
- dignidade da pessoa humana;
- amor;
- solidariedade;
- etc.
TEORIAS 
a) Subjetiva
b) Objetiva
A) SUBJETIVA
Engloba diversas “teorias psicológicas de valoração”:
- Tipo Hedonista: “valioso é o que nos agrada, causando-nos prazer”.
- Tipo Voluntarista: ”o valor é a satisfação de um desejo, de um propósito.”
A tese nuclear é a de que os valores existem como resultado/ reflexo de motivos psíquicos, de desejo, inclinações, sentimento e etc.
Os valores teriam uma ordem de preferência, que marca a razão da escolha exteriorizada.
Assim, um dos elementos do valor é a preferibilidade. A problemática se encontra na diferença entre a preferência individual e coletiva, que nem sempre são iguais.
A preferência individual é variável e incerta, sendo impossível distingui-los como bons ou maus desejos. 
Já as preferências de grupos ou de uma coletividade exercem “pressão social”, com a força de ditar comportamentos e exigindo ações, muitas vezes em conflito com as preferências individuais.
Característica de destaque é a de que os valores subsistem mesmo que os desejos tenham acabado ou não sejam satisfeitos.
Neste sentido O VALOR DE UM ATO PODE SIGNIFICAR O SACRIFÍCIO DE UM DESEJO. Como ATOS MORALMENTE VALOROSOS ESTÃO O DO HERÓI E DO MÁRTIR.
 OBJETIVA
b.1) interpretação sociológica dos valores.
Os valores interpretados de forma sociológica encontram-se em conformidade com as EXIGÊNCIAS DA PSICOLOGIA SOCIAL, E NÃO INDIVIDUAL.
Neste sentido, os VALORES SÃO FATOS DA SOCIEDADE, como a expressão de CRENÇAS/desejos sociais, ou ainda produtos da consciência coletiva.
A sociedade não seria simplesmente o ajuntamento de homens, mas haveria uma IDÉIA NUCLEAR ENTRE ELES, isto é, uma CONSCIÊNCIA COLETIVA IRREDUTÍVEL superior à consciência individual.
A consciência coletiva é UM REPOSITÓRIO DE VALORES, QUE OBRIGAM E ENLAÇAM NOSSA VONTADE, porque representam TENDÊNCIAS que prevalecem no todo COLETIVO, exercendo coação sobre as consciências individuais.
O mundo dos valores seria a expressão da CONSCIÊNCIA COLETIVA CONSIDERADA COMO UNIDADE, e não em sentido singular/individual, expondo desta forma seu caráter IDEAL.
A consciência coletiva TRANSCENDE, isto é, extrapola a consciência individual, e dela é imanente, isto é, da individualidade vem.
Ex: solidariedade social.
O homem não segue apenas o que quer, mas sim subordina sua conduta, contrariando suas tendências espontâneas.
O homem chega ao mundo valioso por seu autodomínio e capacidade de superar seus instintos.
b.2) Ontologísmo axiológico
Os valores estão em posição platônica, ideal. Não resultam de nossos desejos, inclinações ou do fato social, mas vem antes do conhecimento/conduta humana.
Neste sentido os valores não seriam constituídos pelo homem, mas, DESCOBERTOS pelo homem durante a história.
Os valores seriam OBJETOS IDEAIS, ANTERIORES A HISTÓRICA porque eternos. Portanto a história seria a tentativa incessante de atingir esse mundo transcendente.
Nesta busca, o homem utilizaria a INTUIÇÃO, único meio para penetrar no mundo dos valores, já que estes apenas podem ser captados pelo espírito.
b.3) teoria histórico-cultural dos valores
O HOMEM É O ÚNICO SER CAPAZ DE INOVAR NO PROCESSO DOS FENÔMENOS NATURAIS. 
A natureza obedece a uma previsão, CÍCLICA, DE CAUSA E EFEITO, onde tudo acontece através de uma transformação do que já existe, não se criandonada novo, repetindo-se.
Mas o homem inova e transcende, porque dotado de espírito, que instaura novas formas de ser e de viver. Assim O HOMEM SERVE-SE DAS LEIS NATURAIS DE UM PRIMEIRO MUNDO E CRIA UM SEGUNDO MUNDO, O HISTÓRICO-CULTURAL.
Destaca-se a capacidade do homem de subordinar a natureza, transformando-a para fins específicos seus.
O valor se realiza quando o espírito humano se projeta para fora, como consciência histórica, sito é, a EXPERIÊNCIA DE GERAÇÕES.
Aqui os valores não são objetos ideais, modelos estáticos, se inserindo antes da nossa experiência histórica
LIVRO DE APOIO
(Capítulo XIII – Teorias Sobre o Valor – Miguel Reale – Filosofia do Direito)
QUINTA PARTE
TEORIA DO CONHECIMENTO
Conhecer é trazer para nossa consciência algo que está fora de nós. Trata-se de uma conquista espiritual (porque não é material).
Ex: posso ter roubado todos os meus bens materiais, mas jamais os espirituais – Como no ditado: “vão-se os anéis, ficam-se os dedos”.
Na teoria do conhecimento dois aspectos devem ser observados:
1. O observador, sujeito que conhece (COGNOSCENTI);
2. O objeto de observação (algo que se quer ter ciência/ consciência). Tudo que é passível de conhecimento é objeto.
Ex: Maria observa perecer uma maçã.
Quem é o observador? Maria
Quem ;e o objeto de conhecimento? Maçã perecendo
O trabalho científico é o esforço do sujeito em conhecer um objeto determnado. Trata-se de um trabalho contínuo/ Metódico (obedece a uma ordem) e não casual (fortuito).
Ex: Já se achou que a terra era o centro do sistema solar. Posteriormente descobriu-se que o sol é o centro desse sistema.
ATENÇÃO:
- O conhecimento é próprio do homem: é inerente a ele como pesquisador;
- Nem todos conhecem da mesma forma: o fato da água se solidificar no frio pode ser conhecido através de livros por Carla, observando um experimento por Marcos, etc.;
- O mesmo homem pode conhecer algo de maneiras diferentes: posso fazer o fogo através de fricção, pelo uso de gás, por raio da natureza, etc.
ESTRUTURA DO CONHECIMENTO
O conhecimento científico implica na TIPOLOGIA, ou seja, na divisão de categorias como tipos, espécies, gêneros famílias, a serem utilizadas em cada realidade. Trata-se de uma ordem em estruturas ou esquemas de classificação, reunindo-se qualidades comuns aos fenômenos ou casos.
O direito é uma ciência tipológica! Exemplo está no caso do advogado que tendo o caso concreto em mãos deve descobrir na lei e doutrina o tipo correspondente ao seu caso particular.
O sistema jurídico é organizado em títulos, capítulos, etc.
* O conhecimento pode ser obtido pelos seguintes TIPOS:
1. VULGAR/ COMUM/ POPULAR/ HEREDITÁRIO/ CULTURAL: 
Não há compromisso com a apuração. É obtido na maior parte da nossa existência, que nos fornece noções. Será, portanto, adquirido durante a nossa vida e dependerá de nossas experiências próprias. Ex: se deixar o açúcar destampado, ele atrai formigas; se ficar exposto ao sol, a pele queima; etc.
2. CIENTÍFICO: 
Preza pela apuração/ explicação racional/ precisa de provas concretas. Possui cunho raciona/ metódico (ordem, onde se estabelecem ELOS/ NEXOS que unem fatos observados até se encontrar a SÍNTESE/ CONCLUSÃO) com críticas aos próprios resultados.
3. FILOSÓFICO: 
Ligado à construção de idéias, buscando verdades por meio de indagação, priorizando o olhar sobre a condição humana.
LIVRO DE APOIO
(Capítulo V – Graduação do Conhecimento – Miguel Reale – Filosofia do Direito)
QUINTA PARTE
TEORIA DO CONHECIMENTO
Conhecer é trazer para nossa consciência algo que está fora de nós. Trata-se de uma conquista espiritual (porque não é material).
Ex: posso ter roubado todos os meus bens materiais, mas jamais os espirituais – Como no ditado: “vão-se os anéis, ficam-se os dedos”.
Na teoria do conhecimento dois aspectos devem ser observados:
1. O observador, sujeito que conhece (COGNOSCENTI);
2. O objeto de observação (algo que se quer ter ciência/ consciência). Tudo que é passível de conhecimento é objeto.
Ex: Maria observa perecer uma maçã.
Quem é o observador? Maria
Quem ;e o objeto de conhecimento? Maçã perecendo
O trabalho científico é o esforço do sujeito em conhecer um objeto determnado. Trata-se de um trabalho contínuo/ Metódico (obedece a uma ordem) e não casual (fortuito).
Ex: Já se achou que a terra era o centro do sistema solar. Posteriormente descobriu-se que o sol é o centro desse sistema.
ATENÇÃO:
- O conhecimento é próprio do homem: é inerente a ele como pesquisador;
- Nem todos conhecem da mesma forma: o fato da água se solidificar no frio pode ser conhecido através de livros por Carla, observando um experimento por Marcos, etc.;
- O mesmo homem pode conhecer algo de maneiras diferentes: posso fazer o fogo através de fricção, pelo uso de gás, por raio da natureza, etc.
ESTRUTURA DO CONHECIMENTO
O conhecimento científico implica na TIPOLOGIA, ou seja, na divisão de categorias como tipos, espécies, gêneros famílias, a serem utilizadas em cada realidade. Trata-se de uma ordem em estruturas ou esquemas de classificação, reunindo-se qualidades comuns aos fenômenos ou casos.
O direito é uma ciência tipológica! Exemplo está no caso do advogado que tendo o caso concreto em mãos deve descobrir na lei e doutrina o tipo correspondente ao seu caso particular.
O sistema jurídico é organizado em títulos, capítulos, etc.
* O conhecimento pode ser obtido pelos seguintes TIPOS:
1. VULGAR/ COMUM/ POPULAR/ HEREDITÁRIO/ CULTURAL: 
Não há compromisso com a apuração. É obtido na maior parte da nossa existência, que nos fornece noções. Será, portanto, adquirido durante a nossa vida e dependerá de nossas experiências próprias. Ex: se deixar o açúcar destampado, ele atrai formigas; se ficar exposto ao sol, a pele queima; etc.
2. CIENTÍFICO: 
Preza pela apuração/ explicação racional/ precisa de provas concretas. Possui cunho raciona/ metódico (ordem, onde se estabelecem ELOS/ NEXOS que unem fatos observados até se encontrar a SÍNTESE/ CONCLUSÃO) com críticas aos próprios resultados.
3. FILOSÓFICO: 
Ligado à construção de idéias, buscando verdades por meio de indagação, priorizando o olhar sobre a condição humana.
LIVRO DE APOIO
(Capítulo V – Graduação do Conhecimento – Miguel Reale – Filosofia do Direito)
SEXTA PARTE
TEORIA DOS OBJETOS
Ontognoseologia/Ontologia: estudo do objeto. Teoria do ser enquanto ser, do ser como objeto de conhecimento.
O fim da teoria dos objetos é determinar qual a natureza daquilo que é objeto de conhecimento.
Diferença entre sujeito cognoscente e sujeito de juízo.
Juízo é o enunciado de algo a respeito de algo, com convicção da verdade atribuída. O juízo abrange um sujeito de quem se afirma. O predicado menciona a qualidade. O verbo entrelaça-os.
O sujeito de um juízo lógico sempre se refere a um objeto, a respeito do qual se declara algo. O sujeito de um juízo refere-se sempre a um objeto. Objeto é tudo o que pode ser sujeito de juízo.
Ex: “a parede é branca”. O objeto da minha visão se converte em sujeito de juízo.
*Quais as espécies de objeto podem ser tratadas pela ciência?
a- OBJETOS FÍSICOS 
A característica dos objetos é o fato de não poderem ser concebidos sem a referência espaço e tempo.
Ex: pedra. Qualidades: aspereza, resistência, brancura, etc. (qualidades secundárias). Todo corpo é extenso, porque qualidade primária de todos os seres corpóreos.
O espaço-tempo delimita uma esfera da realidade.
A todos os objetos físicos é inerente a idéia de resistência.
b- OBJETOS PSICOLÓGICOS:
Observaremos o que ocorre em nossa vida interior. Psicologia.
São as emoções, paixões, instintos, inclinações, desejos. A ciência tenta explicá-los através de laços de coexistência ou sucessão. 
Apenas duram com otempo.
O sentimento não está no homem como uma coisa corpórea, simplesmente “é”.
Ex: “a emoção é enquanto dura”
Objetos físicos e psíquicos são da categoria dos objetos naturais, isto é, elementos dados pela natureza, não construídos pelo homem. Ponto comum entre eles é o PRINCÍPIO DA CAUSALIDADE, de acordo com nexos antecedente e conseqüente.
Direito como objeto natural
É um complexo de fenômenos de consciência, fatos de ordem psíquica, existe enquanto o homem se inclina a uma linha especifica de desejos e vontades.
A natureza “normativa” do direito transcende o mero psicológico. Mas depende da psicologia para a análise dos atos jurídicos.
d- OBJETOS IDEAIS
Cuidam de entidades abstratas, que excluem a temporariedade e a espacialidade. São seres que existem enquanto pensados. Existem na mente humana.
Ex: lógica, matemática, triângulo, circunferência
A circunferência é uma entidade lógica, sempre igual a si mesma, que não se modifica.
Chamados atemporais, e a - espaciais.
São concebidos como entidades absolutas. Existiriam mesmo que não tivessem sido pensados.
O direito tem sua lógica. Alguns juristas pensam que é uma ciência puramente ideal. Seu objeto é norma. Chamada “teoria pura do direito”.
Mas há que se reconhecer que não é o direito uma entidade meramente lógica.
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