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Unidade II - Questionário + Tele Aula

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As fadas são fascinantes figuras femininas. Etimologicamente, a palavra “fada”, de acordo com Nelly Novaes Coelho, vem do latim fatum (destino, fatalidade, oráculo etc.). As fadas fazem parte do folclore ocidental e tornaram-se conhecidas como seres fantásticos ou imaginários, de grande beleza, que se apresentavam sob a forma de mulher. Podem ainda encarnar o Mal e apresentarem-se como o avesso da imagem anterior, isto é, como bruxas.
Com base no enunciado e no texto abaixo, aponte a questão correta.
“O rei chorou durante meses, até que conheceu uma princesa lindíssima e casou com ela. A princesa só tinha mesmo beleza, porque o resto nela era vaidade, orgulho e malvadeza. O dia todo ficava na frente do espelho, perguntando: Espelho, espelho meu, existe no mundo mulher mais bonita do que eu?” (Branca de Neve. In: As mais belas histórias infantis de todos os tempos. São Paulo: Globo, 1995)
Fada e bruxa são formas simbólicas da eterna dualidade da mulher ou da condição feminina.
Com base nas características dos contos de fadas, considere as afirmativas que seguem.
I.      O núcleo problemático do conto é existencial, pois o herói e a heroína buscam a realização pessoal.
II.     Os obstáculos ou as provas constituem-se num verdadeiro ritual de iniciação para o herói ou heroína do conto.
Considere as afirmações sobre o surgimento da literatura infantil brasileira.
I.      A literatura infantil brasileira nasce apenas no final do século XIX, consolidando-se somente nos arredores da Proclamação da República.
II.     A literatura infantil brasileira surge num processo de modernização do país à época da extinção do trabalho escravo, do crescimento e da diversificação da população urbana e da incorporação progressiva de levas de imigrantes à paisagem das cidades.
III.    Os livros infantis surgem fortalecidos das várias campanhas de alfabetização deflagradas e lideradas, nessa época, por intelectuais, políticos e educadores.
Em uma interpretação mais profunda dos contos de fadas, podemos perceber:
I. Os contos de fadas ajudam as crianças a dar um sentido para a vida por tratarem de questões humanas universais, como a solidão e a necessidade de enfrentar a vida.
II. Os contos colaboram para o desenvolvimento da personalidade e dos recursos interiores para que as crianças aprendam a enfrentar as dificuldades do crescimento.
III.    Cada um dos principais contos de fadas é único, no sentido em que trata de uma predisposição falha ou doentia do eu. Logo que passamos do "era uma vez", descobrimos que os contos de fada falam dos "sete pecados capitais da infância".
IV. O conto de fadas oferece às crianças um palco onde elas podem representar seus conflitos interiores. As crianças projetam inconscientemente partes delas mesmas em vários personagens da história, usando-os como repositórios psicológicos para elementos contraditórios do eu.
Fadas são entidades fantásticas, características do folclore europeu ocidental. Apresentam-se como mulheres de grande beleza, imortais e dotadas de poderes sobrenaturais, capazes de interferir na vida dos mortais em situações-limite. O surgimento dessas figuras é controverso. No entanto, estudiosos afirmam que as primeiras referências às fadas surgiram na literatura cortesã da Idade Média e nas novelas de cavalaria do Ciclo Arturiano.
As primeiras fadas a habitarem o universo da literatura são?
Morgana e Viviana.
Leia o seguinte texto:
“Enquanto diverte a criança, o conto de fadas a esclarece sobre si mesma, e favorece o desenvolvimento de sua personalidade. Oferece significado em tantos níveis diferentes e enriquece a existência da criança de tantos modos que nenhum livro pode fazer justiça à  multidão e diversidade de contribuições que esses contos dão à vida da criança. (...)             Os contos de fadas são ímpares, não só como uma forma de literatura, mas como obras de arte integralmente compreensíveis para a criança, como nenhuma outra forma de arte o é."
(BETTELHEIM. Bruno. A psicanálise dos contos de fadas. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2004, p. 20)Disponível em <http://www.cintiabarreto.com.br/literatura_infantil/questoessobreliteraturainfantil.shtml>.Acesso em 24 mai. 2012.
III. A literatura infantil deve permitir à criança o desenvolvimento de sua personalidade, incentivando a criatividade e a autonomia na interpretação da realidade.
Leia o texto e marque a alternativa correta.
 “A construção da leitura na sala de aula merece cuidados especiais por parte do professor. O livro de literatura é um objeto de arte com características particulares oriundas de uma experiência criadora. Enquanto arte da palavra, o texto literário semeia diversos sentidos na busca de um cultivo plural de leituras. Cabe a cada leitor a cultura desse solo criativo de descampado feitio. O ato de ler atualiza esse processo revelador da arte da palavra desenvolvendo a expressão do sujeito leitor numa dimensão crítico-reflexiva. É nessa perspectiva, então, que a prática leitora do livro infantil deve se manifestar no convívio da sala de aula.”
(MIGUEZ, Fátima. Nas arte-manhas do imaginário infantil: o lugar da literatura na sala de aula. Rio de Janeiro: Zeus, 2000, p. 15)
Disponível em <http://www.cintiabarreto.com.br/literatura_infantil/questoessobreliteraturainfantil.shtml>. Acesso em 25 mai. 2012.
O texto literário ultrapassa o caráter pedagógico, pois o livro, assim como a arte, é plural, possibilitando ao leitor diversos sentidos e, portanto, diversas possibilidades interpretativas.
Observe o trecho do livro “Cazuza”, de Viriato Corrêa:
 Vovó Candinha é outra figura que nunca se apagou de minha recordação.
Não havia, realmente, mulher que tivesse maior prestígio para as crianças de minha idade. (...)Era pela manhã que vovó Candinha costumava chegar. O dia nem sempre havia acabado de nascer e já a pequenada estava à beira do rio para recebê-la. Mal ia saltando da canoa, nós corríamos a abraçá-la com tanta afoiteza e tanta efusão que havia perigo de lhe rasgarmos o vestido rodado, de chita ramalhuda._ Quantas histórias a vovó traz? Perguntávamos.
_ Um bandão delas, respondia a velha. (...)_Era uma vez uma princesa muito orgulhosa, que fez grande má-criação à fada sua madrinha...
Acendiam-se os nossos olhos, batiam emocionados os nossos corações... (Viriato Corrêa (1992). Cazuza. 37. ed. São Paulo: Nacional)
A figura da vovó Candinha resgata uma tradição de se contar oralmente os contos de fadas, com uma carga pedagógica de trazer ensinamentos aos pequenos ouvintes. Qual a personagem de Perrault exerce o mesmo fascínio da vovó Candinha ao contar as suas histórias aos filhotes?
Mamãe gansa
Os contos de fadas podem ser encarados como uma jornada em quatro etapas, sendo cada etapa da jornada uma estação no caminho da autodescoberta: travessia, encontro, conquista e celebração.
Considere os trechos dos contos de fadas e as etapas que seguem.
III. “Uma semana depois, a princesa e o príncipe se casaram, numa festa maravilhosa que até hoje todo mundo comenta. E ficaram morando naquele mesmo castelo, onde tiveram muitos filhos e foram felizes para sempre.” – CELEBRAÇÃO. (A Bela Adormecida. As mais belas histórias infantis de todos os tempos. São Paulo: Globo, 1995, p. 24).
IV. “E não acabou de falar, porque Maria deu um empurrão nela com toda a força, trancando a bruxa dentro do forno. Depois, a menina correu para o porão e soltou João.” – CONQUISTA. (Joãozinho e Maria. As mais belas histórias infantis de todos os tempos. São Paulo: Globo, 1995, p. 19-20).
Observe o trecho do livro “Infância”, de Graciliano Ramos:
 “Principiei a leitura de má vontade. E logo emperrei na história de um menino vadio que, dirigindo-se à escola, se retardava a conversar com os passarinhos e recebia deles opiniões sisudas e bons conselhos.
- Passarinho, queres tu brincar comigo?
Forma de perguntar esquisita, pensei. E o animalejo, atarefado na construção de um ninho, exprimia-se de maneira ainda mais confusa. (...) O passarinho, nogalho, respondia com preceito e moral. E a mosca usava adjetivos colhidos no dicionário. A figura do barão manchava o frontispício do livro – e a gente percebia que era dele o pedantismo atribuído à mosca e ao passarinho. Ridículo um indivíduo hirsuto e grave, doutor e barão, pipilar conselhos, zumbir admoestações.”
(O Barão de Macaúbas, em Infância).
 
A autora Maria Antonieta Antunes Cunha discute os termos “simples” e “fácil” no tocante à literatura infantil, diferenciando-os. O texto de Graciliano Ramos ilustra a revolta de uma criança quanto à linguagem formal utilizada no livro do Barão de Macaúbas. O menino estranha, além da linguagem, a moralização das personagens, mas tem consciência de quem é a culpa de tal pedantismo. Aponte a passagem que traz, de forma irônica, essa revolta do menino.
Ridículo um indivíduo hirsuto e grave, doutor e barão, pipilar conselhos, zumbir admoestações.

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